Atores revelados em "Pantanal" comemoram sucesso da reprise
Paulo Gorgulho e Ingra Liberato: ela está com filme em cartaz.
Desde que reestreou no SBT ‘Pantanal’ não pára de gerar notícia. O último feito do fenômeno da extinta Manchete foi ter dado audiência recorde no horário para o SBT, ontem: foram 15 pontos de pico e 13 de média. No mesmo período, a TV Globo registrou 23 pontos e a Record ficou com 13. Os atores que participaram da trama — muitos revelados naquele ano de 1990 — só têm a comemorar.
A atriz Luciene Adami, que na novela interpretava a fogosa Guta, diz que ‘Pantanal’ foi essencial para sua carreira. “Fico emocionada de me rever 18 anos depois. Mesmo as cenas de nudez não me deixam constrangidas, participei de um trabalho transgressor”, orgulha-se, hoje aos 44 anos. Apesar de sumida dos holofotes, Luciene não ficou parada: participou de ‘Essas Mulheres’, na Record e ‘Cristal’, no SBT. Atualmente ela está ensaiando em São Paulo a peça ‘As Pontes de Madison’. “Tomara que a reprise traga mais luz para meu trabalho”, torce.
Ingra Liberato também fez história na trama. A patricinha Madeleine revelou a atriz, que em seguida ganhou a protagonista de ‘A História de Ana Raio e Zé Trovão’, também na Manchete. Ela ainda fez novelas na Record, hoje mora no Sul e agora está em cartaz com o filme ‘Valsa para Bruno Stein’, com o qual ganhou o prêmio de melhor atriz em Gramado. “Não imaginava que ‘Pantanal’ cairia na boca do povo 18 anos depois, acho que a audiência só vai crescer”, acredita.
Os músicos Sérgio Reis e Almir Sater, que viveram a dupla Tibério e Trindade no folhetim, são só saudade. Eles fizeram tanto sucesso que foram chamados para interpretar uma dupla sertaneja em ‘O Rei do Gado’, também de Benedito Ruy Barbosa, na Globo, em 1993, e em 2006 participaram de ‘Bicho do Mato’, na Record. “Tenho jornal guardado dizendo que levantávamos todos os ibopes”, vangloria-se Sérgio. Mas garante: sucesso mesmo foi ‘Pantanal’.
“Daqui a pouco o Ibope vai empatar, espera entrar a segunda fase da história”, aposta Sérgio. “E pensar que o Almir não queria fazer. Ele disse que iria para os Estados Unidos participar do Free Jazz. Eu disse: ‘Almir, você é pantaneiro, vamos lá tocar nossa viola, beijar na boca de umas mulheres bonitas e ainda ganhar para isso!’”, diverte-se. Sérgio é um entusiasta, não perde um capítulo da reprise. “Agora todo mundo vai poder ver aquela beleza. Na época que passou, o povo de Cuiabá não podia assistir, a Manchete não pegava lá”, conta ele, que lança CD este ano.
Almir também não seguiu sua carreira como ator. Morando no interior de São Paulo, ele não pensa muito nessa idéia. “Acho ótimo que a novela esteja fazendo sucesso de novo, mas é minha música que alimenta a família”, defende.
Jove e Juma entram amanhã
‘Pantanal’ dobrou a audiência desde a estréia. O primeiro capítulo obteve 7 pontos — o que já era quase o dobro do Ibope anterior da emissora no horário, de 4 pontos. A audiência promete subir ainda mais com o início da segunda fase da novela, a partir de amanhã. No capítulo de segunda-feira, Jove (Marcos Winter) procura seu pai no Mato Grosso.
Na fazenda de José Leôncio, vai conhecer a bela Juma Marruá (Cristiana Oliveira), que cuidará de sua picada de cobra. As tensões também vão aumentar quando Jove começar a disputar com Tadeu (Marcos Palmeira) a atenção da fogosa Guta (Luciene Adami), filha do fazendeiro vizinho de seu pai.
Márcio Garcia fará par com Juliana Paes na nova novela de Glória Perez
Acabou o mistério: Márcio Garcia interpretará Bahuan na novela ‘Caminho da Índia’, que Glória Perez escreve para substituir ‘A Favorita’, em 2009.
E mais: o bonitão fará par romântico com ninguém menos do que a toda boa Juliana Paes, a Maya da próxima produção da Globo para às 21h. Bahuan e Maya são indianos e a história deles se passa na Índia. As gravações estão previstas para começar em setembro.
A última novela de Márcio na emissora carioca foi ‘Celebridade’, de Gilberto Braga, exibida em 2003. Dois anos depois, o ator mudou de casa. Ficou na Record desde 2005, onde atuou em ‘Prova de Amor’ e, em seguida, passou a apresentar o programa ‘Melhor do Brasil’, até abril deste ano, quando se desligou da emissora paulista. Semana que vem, o diretor geral Marcos Schechtman retorna da Índia, onde está escolhendo as locações, e começa a definir o resto do elenco.
Atores da próxima novela das 19h continuam gravando em Bali
As gravações de ‘Três Irmãs’, próxima novela das 19h, que estréia em setembro, continuam a todo vapor. Depois de Bali, na Indonésia, Paulinho Vilhena gravou novas cenas de seu personagem — o surfista Eros, filho de Valquíria (Maytê Proença) —, quinta-feira, em Grumari (foto). Como está acostumado às ondas, Paulinho deu show nas manobras. Bem diferente de Carolina Dieckmann e Marcos Palmeira, que nada íntimos da prancha, têm tido aulas do esporte.
"A Favorita" estréia em clima de "vacas magras", mas empolga
O primeiro de capítulo de "A Favorita" refletiu bem a fase de "vacas magras" da Globo. Na estréia, a emissora quebrou sua tradição de exibir cenas típicas de uma superprodução, daquelas de hipnotizar o público com pirotecnias, imagens aéreas ou personagens em cenários luxuosos no exterior. Tudo foi muito pobrinho para o padrão de uma novela das oito.
Patrícia Pilar hipnotiza no papel de Flora, que tenta provar inocência e reencontrar a filha
Os primeiros minutos da nova trama das 21h mostraram a saída da prisão de Flora, interpretada pela Patrícia Pillar, em excelente atuação. Ela passou 18 anos na cadeia, jura ser inocente da morte do amante Marcelo, marido de sua melhor amiga, Donatela, vivida pela canastrona Claudia Raia. Livre, Flora quer provar sua inocência e rever a filha Lara, personagem da limitada Mariana Ximenes.
A novela do João Emanuel Carneiro, 36, estreante no horário nobre, era para ser ambientada originalmente em Brasília, mas os custos elevados de gravar cenas na capital federal fizeram a Globo abortar a idéia. As últimas novelas do horário bombardearam o telespectador com os clichês da paisagem carioca. Ninguém suporta mais ver Copacabana, Ipanema e Leblon.
Alícia, personagem de Taís Araújo, é um dos bons chamarizes de "A Favorita"
Em "A Favorita", é a vez de São Paulo mostrar seus cartões-postais. Após deixar o xilindró, Flora passa a morar no centro velho da capital paulista. No primeiro capítulo, lugares como o viaduto Santa Ifigênia e a praça da Sé foram mostrados. Já o tango eletrônico do grupo Bajofondo, composto por argentinos e uruguaios, é o tema da novela com a música "Pa Bailar". É um alívio para quem estava cansado de MPB ou "Eu acredito na rapaziada".
O primeiro capítulo não esqueceu das velhas fórmulas de segurar a audiência. Alicia, a mimada filha de um político corrupto vivida pela Taís Araújo, já tirou a roupa em um evento para se vingar do pai, que se recusou a mexer os pauzinhos para que ela consiga verba pública para uma exposição.
Cauã, michê em "Belíssima" (2005-2006), só tem mesmo o corpo como arma de atuação
O visual de Alicia, bem como o gênio difícil e mimado, lembra o da modelo britânica Naomi Campbell --uma boa sacada de caracterização. Já o veterano Milton Gonçalves faz o deputado Romildo Rosa, apresentado como "cavaleiro do povo".
O ator Cauã Reymond também deve fazer o ibope subir. Ele já apareceu dando amassos em uma moça e exibiu o corpo vestindo só uma cueca. Halley, o nome do seu personagem, é a arma da novela para sacudir os hormônios da mulherada (e gays, por tabela). O rapaz é filho
da cafetina Cilene, mais uma mulher espalhafatosa no currículo da atriz Elizângela.
Personagem de Mariana entra em conflito com Donatela por ter um namorado operário
A apresentação dos personagens principais foi competente para um primeiro capítulo graças à atuação de atores experientes e cativantes como Glória Menezes (Irene, a avó de Lara que desconfia de Donatela), Mauro Mendonça (Gonçalo, marido de Irene) e Tarcísio Meira (Copola, ex-namorado de Irene). Já o elenco mais jovem --como Thiago Rodrigues (Cassiano, namorado de Lara) e Carmo Dalla Vecchia (repórter Zé Bob)-- se mostrou insosso. Não piores do que Murilo Benício (Dodi, marido de Donatela).
Desde terça-feira (3), "A Favorita" enfrenta no horário "Os Mutantes", a continuação de "Caminhos do Coração", que terminou hoje na Record como um sucesso. Vai ser uma briga das boas, pois a novela da Record promete mais agilidade e efeitos especiais do que a trama da Globo. João Emanuel Carneiro tem a vantagem de contar com um elenco de nomes fortes e uma história mais realista. Deu vontade de ver o encontro de Flora e a filha Lara, de ver Flora esbofeteando Donatela, de ver os pitis de Alicia e a malandragem de Halley.
O primeiro de capítulo de "A Favorita" refletiu bem a fase de "vacas magras" da Globo. Na estréia, a emissora quebrou sua tradição de exibir cenas típicas de uma superprodução, daquelas de hipnotizar o público com pirotecnias, imagens aéreas ou personagens em cenários luxuosos no exterior. Tudo foi muito pobrinho para o padrão de uma novela das oito.
Patrícia Pilar hipnotiza no papel de Flora, que tenta provar inocência e reencontrar a filha
Os primeiros minutos da nova trama das 21h mostraram a saída da prisão de Flora, interpretada pela Patrícia Pillar, em excelente atuação. Ela passou 18 anos na cadeia, jura ser inocente da morte do amante Marcelo, marido de sua melhor amiga, Donatela, vivida pela canastrona Claudia Raia. Livre, Flora quer provar sua inocência e rever a filha Lara, personagem da limitada Mariana Ximenes.
A novela do João Emanuel Carneiro, 36, estreante no horário nobre, era para ser ambientada originalmente em Brasília, mas os custos elevados de gravar cenas na capital federal fizeram a Globo abortar a idéia. As últimas novelas do horário bombardearam o telespectador com os clichês da paisagem carioca. Ninguém suporta mais ver Copacabana, Ipanema e Leblon.
Alícia, personagem de Taís Araújo, é um dos bons chamarizes de "A Favorita"
Em "A Favorita", é a vez de São Paulo mostrar seus cartões-postais. Após deixar o xilindró, Flora passa a morar no centro velho da capital paulista. No primeiro capítulo, lugares como o viaduto Santa Ifigênia e a praça da Sé foram mostrados. Já o tango eletrônico do grupo Bajofondo, composto por argentinos e uruguaios, é o tema da novela com a música "Pa Bailar". É um alívio para quem estava cansado de MPB ou "Eu acredito na rapaziada".
O primeiro capítulo não esqueceu das velhas fórmulas de segurar a audiência. Alicia, a mimada filha de um político corrupto vivida pela Taís Araújo, já tirou a roupa em um evento para se vingar do pai, que se recusou a mexer os pauzinhos para que ela consiga verba pública para uma exposição.
Cauã, michê em "Belíssima" (2005-2006), só tem mesmo o corpo como arma de atuação
O visual de Alicia, bem como o gênio difícil e mimado, lembra o da modelo britânica Naomi Campbell --uma boa sacada de caracterização. Já o veterano Milton Gonçalves faz o deputado Romildo Rosa, apresentado como "cavaleiro do povo".
O ator Cauã Reymond também deve fazer o ibope subir. Ele já apareceu dando amassos em uma moça e exibiu o corpo vestindo só uma cueca. Halley, o nome do seu personagem, é a arma da novela para sacudir os hormônios da mulherada (e gays, por tabela). O rapaz é filho
da cafetina Cilene, mais uma mulher espalhafatosa no currículo da atriz Elizângela.
Personagem de Mariana entra em conflito com Donatela por ter um namorado operário
A apresentação dos personagens principais foi competente para um primeiro capítulo graças à atuação de atores experientes e cativantes como Glória Menezes (Irene, a avó de Lara que desconfia de Donatela), Mauro Mendonça (Gonçalo, marido de Irene) e Tarcísio Meira (Copola, ex-namorado de Irene). Já o elenco mais jovem --como Thiago Rodrigues (Cassiano, namorado de Lara) e Carmo Dalla Vecchia (repórter Zé Bob)-- se mostrou insosso. Não piores do que Murilo Benício (Dodi, marido de Donatela).
Desde terça-feira (3), "A Favorita" enfrenta no horário "Os Mutantes", a continuação de "Caminhos do Coração", que terminou hoje na Record como um sucesso. Vai ser uma briga das boas, pois a novela da Record promete mais agilidade e efeitos especiais do que a trama da Globo. João Emanuel Carneiro tem a vantagem de contar com um elenco de nomes fortes e uma história mais realista. Deu vontade de ver o encontro de Flora e a filha Lara, de ver Flora esbofeteando Donatela, de ver os pitis de Alicia e a malandragem de Halley.
Fim de 'Caminhos do Coração' bate recorde de audiência
Já a Globo amargou a pior estréia de uma novela das oito nos últimos 10 anos
A estratégia montada pela Record de exibir o último capítulo da novela ‘Caminhos do Coração’ no mesmo horário da estréia de ‘A Favorita’, segunda-feira, rendeu resultados à emissora: a Globo amargou a pior estréia de uma novela das oito nos últimos 10 anos, com 35 pontos de média e 49% de participação. Já a Record comemorou o ibope de 23 pontos de média (obtido pela segunda vez desde o lançamento) e 32% de ‘share’. A novela seguinte, ‘Amor e Intrigas’, que entrou às 22h20, também se beneficiou e alcançou sua melhor média, 19 pontos.
Em clima de euforia, o autor de ‘Caminhos’, Tiago Santiago provoca. “Vou criar um novo mutante, o homem-zebra”, diverte-se, referindo-se ao bicho que caracteriza resultados ‘improváveis’. Para o autor, ‘Os Mutantes’, que estreou ontem, tem chance de disputar a liderança: “É o começo de uma nova era”.
Há dois anos a Globo não alcança média de 50 pontos numa estréia (a última foi em 2006, com ‘Páginas da Vida’). ‘Duas Caras’ assinalou 40 pontos e ‘Paraíso Tropical’, 41. Porém, Gilberto Braga se recuperou e marcou 56 pontos no capítulo final. Já ‘Duas Caras’, que pela primeira vez exibiu um desfecho no sábado, ficou com 47.
Segundo a Central Globo de Comunicação, a emissora ficou satisfeita com a estréia e acredita na recuperação. “O que se viu no ar foi uma novela forte, emocionante e de qualidade. Televisão não se faz com ações oportunistas, mas com um trabalho sério e consistente. Não temos dúvidas de que o público fará de ‘A Favorita’ mais um sucesso de audiência”.
Nos bastidores da Globo, diz-se também que a audiência do ‘Jornal Nacional’ teria prejudicado ‘A Favorita’ ao se encerrar, às 20h50, com apenas 26 pontos. Oficialmente, a média do jornalístico foi de 31 pontos. Há quem acredite que se ‘Os Mutantes’ competisse com ‘JN’ poderia ganhar a disputa.
O autor João Emanuel Carneiro mostrou que vai impor ritmo em ‘A Favorita’. Claudia Raia já se posicionou como vilã (bom para confundir o espectador) e Patrícia Pillar tem força para os embates. Mas é o trio Tarcísio Meira, Mauro Mendonça e Milton Gonçalves, alfinetando políticos, que pode render polêmica. Só que alguém deve avisar a Mariana Ximenes que não basta esganiçar a voz para ter 20 anos.
Também deu para entender a revolta do sindicato das enfermeiras com ‘profissionais’ sensuais retratadas na TV. A redação de ‘A Favorita’ é estereotipada. Rosi Campos é a chefe de colete, Juliana Paes, a fofinha, e Carmo Dalla Vecchia, o ‘grosseirão’ em nome do ‘furo’. Ninguém diz ‘Fui!’ para chefe. Em profissão alguma.
Também deu para entender a revolta do sindicato das enfermeiras com ‘profissionais’ sensuais retratadas na TV. A redação de ‘A Favorita’ é estereotipada. Rosi Campos é a chefe de colete, Juliana Paes, a fofinha, e Carmo Dalla Vecchia, o ‘grosseirão’ em nome do ‘furo’. Ninguém diz ‘Fui!’ para chefe. Em profissão alguma.
"Os Mutantes", continuação de "Caminhos do Coração", começou a ser exibida, nesta terça-feira (3), pela Record, com efeitos toscos de filhotes de dinossauros e um ataque de lobisomens em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, além dos sons retumbantes e apocalípticos, potencializando o medo em relação à invasão dos seres bestiais.Michel Angelo/RecordSamira (à esq), mantida presa por dra. Juli (centro), é irmã gêmea de Maria e tem o poder de absorver os poderes dos mutantesSamira (à esq), mantida presa por dra. Juli (centro), é irmã gêmea de Maria e tem o poder de absorver os poderes dos mutantes
A trama de Tiago Santiago, arma da Record contra a Globo nos levantamentos do Ibope, fez a transição para sua nova temporada com o julgamento de mocinha Maria (Bianca Rinaldi), que foi considerada inocente pela morte do milionário Sócrates, seu pai, dono da Progênese, maior rede de hospitais, clínicas e laboratórios do país. Por meio de um holograma, César (Cássio Scarpin) conta que a mandante da morte de Sócrates era a doutora Júlia (Ítala Nandi), criadora dos mutantes.
A trama de Tiago Santiago, arma da Record contra a Globo nos levantamentos do Ibope, fez a transição para sua nova temporada com o julgamento de mocinha Maria (Bianca Rinaldi), que foi considerada inocente pela morte do milionário Sócrates, seu pai, dono da Progênese, maior rede de hospitais, clínicas e laboratórios do país. Por meio de um holograma, César (Cássio Scarpin) conta que a mandante da morte de Sócrates era a doutora Júlia (Ítala Nandi), criadora dos mutantes.
Aliviada, fora do tribunal, Maria está acompanhada de seu advogado, o dr. Carvalho (Rocco Pitanga), e de Helga (Preta Gil), testemunha que convenceu o júri da inocência da mocinha. De repente, ela vê seu amor Marcelo (Leonardo Vieira) e Joca (Java Mayan) em um carro e passa a segui-lo em um táxi. O carro dele pára próximo ao Municipal, quando os lobisomens gigantes começam a atacar, provocando pânico em motoristas e pedestres. Maria dá saltos em cima de carros para fugir os lobisomens e acaba perdendo Marcelo de vista.
A expectativa para o reencontro de Maria e Marcelo, vítima da amnésia, é um dos chamarizes da novela no começo desta segunda fase. Devido aos efeitos especiais toscos, a imagem dos lobisomens não era nítida, mostrada em cortes muito rápidos, em frações de segundos. Mas, em blogs de fãs, o lado trash da trama é cultuada pelos jovens.
Os ovos de dinossauros começam a ganhar espaço na trama, chegando ao continente. Um dino nasce e corre em direção ao mar, provocando susto na Aranha (Natália Guimarães). Para quem entende um pouco de efeitos especiais, dá para perceber que a imagem do filhote em movimento não foi bem aplicada na paisagem. A aposta de "Os Mutantes" é que os dinos cresçam e ataquem a cidade de São Paulo. O capítulo também abusou dos efeitos sonoros, com um fundo musical apocalíptico.
A grande vilã da novela apareceu remoçada. Graças ao "soro da juventude", doutora Júlia rejuvenesceu. Agora a personagem é vivida pela atriz e ex-VJ Babi Xavier e quer ser chamada de Juli. Ela e Taveira (Gabriel Braga Nunes) se beijam. Antes, Juli mostra seu grande trunfo nesta temporada: a mutante Samira (Bianca Rinaldi), irmã gêmea de Maria, que foi seqüestrada ainda bebê e criada como uma fera no laboratório subterrâneo da doutora Julia na ilha. O poder de Samira, que permanece presa em uma jaula moderna, é absorver os poderes de outros mutantes.
Aumento do número de novelas movimenta o mercado de atores
Os empresários Marcus Montenegro (sentado) e Nilson Raman (centro, em pé) e os atores de sua agência: Leona, Thiago e Christiana, da Globo, e Adriana, Flávia e Bianca, da Record.
No meio da guerra pela audiência entre as redes Globo e Record, estão os atores. E bem perto deles, seus empresários. O aumento das produções de dramaturgia na televisão mudou as relações entre as empresas e seu elenco — que hoje tem muito maior poder de barganha para negociar contratos.
“Quando a Record voltou ao mercado, em 2005, começou contratando com altos salários, acima dos de mercado, para atrair os artistas. Agora que já tem seu banco de atores, paga o preço do mercado, mas adota a política de contratos longos, não menos de três anos”, avalia o empresário Marcus Montenegro, sócio da agência Montenegro e Raman, que também observa o crescimento dos núcleos de teledramaturgia da Band e do SBT.
Atores do ‘casting’ dos empresários se reuniram na sede da agência, semana passada, e foram unânimes: os artistas são os grandes beneficiados pela disputa. “Sou cria da Manchete, da concorrência saudável que só aumenta a qualidade das novelas, dos atores”, conta a atriz Cristiana Oliveira, hoje na Globo, referindo-se a ‘Pantanal’, que fez história ao conseguir a liderança em 1990.
“Isso também ajuda a quem não faz parte de panela dos diretores ou autores, porque o mercado nunca absorveu tanta gente. Há quem acredite que é melhor trabalhar com quem conhece, mas muitos talentos eram desperdiçados por não serem amigos”, revela. Para Bianca Castanho — que está há um ano na Record, depois de três novelas no SBT e quatro na Globo —, o cenário é de calmaria.
“Sempre tive contrato por obra e, quando acabava a novela, estava desempregada. Estou contratada até 2010”, conta ela, que apesar de comemorar nos corredores do Recnov a audiência de ‘Amor e Intrigas’, jura não concorrer com os atores de outras emissoras. “Ligo para meus amigos do SBT e da Globo em estréias deles para desejar boa sorte”. Thiago Mendonça, que estreou na TV como o Bernardinho de ‘Duas Caras’, viu na emissora carioca um comportamento diferente em relação à audiência. “Não tinha comemoração por um ponto ou dois. A preocupação era com a obra. Pensando no coletivo somos mais fortes que individualmente”, defende ele, que ainda não renovou seu contrato com a Globo, encerrado com o fim da novela.
Adriana Garambone está na Record há cinco anos, e contratada até 2010. Chegou lá em ‘Essas Mulheres’, a segunda novela desde o início da ‘retomada’ da produção de teledramaturgia da emissora. E explica o sentimento de ‘vestir a camisa’. “Desde que entrei, vejo enorme diferença no processo de produção. A Record é uma emissora em crescimento, lutando para ganhar mercado. Lá na frente, vou me orgulhar de ter participado disso desde o início”, garante ela. “É como uma confecção de roupas com qualidade, mas ainda lutando para virar grife. Nosso produto tem qualidade e o telespectador nota”, avalia Adriana.
Também contratada até 2010 na Record, Flávia Monteiro, que está em ‘Os mutantes’, repudia as críticas feitas em O DIA pelo diretor Ricardo Waddington, que chamou a novela de Tiago Santigo de ‘mal-feita’. “Criticavam o sucesso de ‘Chiquititas’, e muito filho de diretor global assistia.”
Atores são escolhidos
Marcus Montenegro e Nilson Raman criaram há 16 anos a agência que leva o sobrenome dos dois. Com um casting de 168 atores, entre contratados da Globo, Record, Band e SBT, eles atestam que o mercado está borbulhando. “Vivemos um ‘boom’ por conta das inúmeras produções dos canais abertos, a cabo e do cinema”, explica Marcus, que também revela talentos. “Recebo 40 DVDs de novos atores por semana, e criamos o núcleo infantil”, anuncia.
Márcia Marbá, dona da Destaque reforça a tese. “O ator é que nem filho, você torce, sofre junto nos testes, e hoje, com tantas opções, a vida delas está um pouco mais tranqüila. Com potencial, não passou nesse, passa no próximo”. Ela assessora Grazielli Massafera — que deve renovar contrato com a Globo — e Juliana Silveira, que saiu da Band (‘Floribella’) para a Record e estreará em ‘Chamas da Vida’. “Juliana passou em todos os testes que fez”.
Para Ike Cruz, da Actor & Arts, de Juliana Paes e Deborah Secco, é preciso ter cuidado. Ele ainda prefere confiar em quem está no mercado há mais tempo. “Opto pela relação profissional que tenho na Globo. Salários altos não me seduzem, isso é alcançável ao longo de carreira bem trabalhada e procuro passar isso para os atores”.
“Quando a Record voltou ao mercado, em 2005, começou contratando com altos salários, acima dos de mercado, para atrair os artistas. Agora que já tem seu banco de atores, paga o preço do mercado, mas adota a política de contratos longos, não menos de três anos”, avalia o empresário Marcus Montenegro, sócio da agência Montenegro e Raman, que também observa o crescimento dos núcleos de teledramaturgia da Band e do SBT.
Atores do ‘casting’ dos empresários se reuniram na sede da agência, semana passada, e foram unânimes: os artistas são os grandes beneficiados pela disputa. “Sou cria da Manchete, da concorrência saudável que só aumenta a qualidade das novelas, dos atores”, conta a atriz Cristiana Oliveira, hoje na Globo, referindo-se a ‘Pantanal’, que fez história ao conseguir a liderança em 1990.
“Isso também ajuda a quem não faz parte de panela dos diretores ou autores, porque o mercado nunca absorveu tanta gente. Há quem acredite que é melhor trabalhar com quem conhece, mas muitos talentos eram desperdiçados por não serem amigos”, revela. Para Bianca Castanho — que está há um ano na Record, depois de três novelas no SBT e quatro na Globo —, o cenário é de calmaria.
“Sempre tive contrato por obra e, quando acabava a novela, estava desempregada. Estou contratada até 2010”, conta ela, que apesar de comemorar nos corredores do Recnov a audiência de ‘Amor e Intrigas’, jura não concorrer com os atores de outras emissoras. “Ligo para meus amigos do SBT e da Globo em estréias deles para desejar boa sorte”. Thiago Mendonça, que estreou na TV como o Bernardinho de ‘Duas Caras’, viu na emissora carioca um comportamento diferente em relação à audiência. “Não tinha comemoração por um ponto ou dois. A preocupação era com a obra. Pensando no coletivo somos mais fortes que individualmente”, defende ele, que ainda não renovou seu contrato com a Globo, encerrado com o fim da novela.
Adriana Garambone está na Record há cinco anos, e contratada até 2010. Chegou lá em ‘Essas Mulheres’, a segunda novela desde o início da ‘retomada’ da produção de teledramaturgia da emissora. E explica o sentimento de ‘vestir a camisa’. “Desde que entrei, vejo enorme diferença no processo de produção. A Record é uma emissora em crescimento, lutando para ganhar mercado. Lá na frente, vou me orgulhar de ter participado disso desde o início”, garante ela. “É como uma confecção de roupas com qualidade, mas ainda lutando para virar grife. Nosso produto tem qualidade e o telespectador nota”, avalia Adriana.
Também contratada até 2010 na Record, Flávia Monteiro, que está em ‘Os mutantes’, repudia as críticas feitas em O DIA pelo diretor Ricardo Waddington, que chamou a novela de Tiago Santigo de ‘mal-feita’. “Criticavam o sucesso de ‘Chiquititas’, e muito filho de diretor global assistia.”
Atores são escolhidos
Marcus Montenegro e Nilson Raman criaram há 16 anos a agência que leva o sobrenome dos dois. Com um casting de 168 atores, entre contratados da Globo, Record, Band e SBT, eles atestam que o mercado está borbulhando. “Vivemos um ‘boom’ por conta das inúmeras produções dos canais abertos, a cabo e do cinema”, explica Marcus, que também revela talentos. “Recebo 40 DVDs de novos atores por semana, e criamos o núcleo infantil”, anuncia.
Márcia Marbá, dona da Destaque reforça a tese. “O ator é que nem filho, você torce, sofre junto nos testes, e hoje, com tantas opções, a vida delas está um pouco mais tranqüila. Com potencial, não passou nesse, passa no próximo”. Ela assessora Grazielli Massafera — que deve renovar contrato com a Globo — e Juliana Silveira, que saiu da Band (‘Floribella’) para a Record e estreará em ‘Chamas da Vida’. “Juliana passou em todos os testes que fez”.
Para Ike Cruz, da Actor & Arts, de Juliana Paes e Deborah Secco, é preciso ter cuidado. Ele ainda prefere confiar em quem está no mercado há mais tempo. “Opto pela relação profissional que tenho na Globo. Salários altos não me seduzem, isso é alcançável ao longo de carreira bem trabalhada e procuro passar isso para os atores”.
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