ENTREVISTA

Luiz Esteves faz sucesso na TV Cidade

O jornalista, ex- TV Verdes Mares, conhecido como "Magão", estreou no Balanço Geral Ceará

Apresentador querido do público cearense, o jornalista Luiz Esteves, que apresentou durante 13 anos o CE1, jornal local da hora do almoço da TV Verdes Mares, agora está de casa nova. Ele estreou na TV Cidade, comandando o Balanço Geral Ceará, edição da tarde. Herdando grande Ibope de Erlan Bastos, o apresentador anterior que irá se candidatar a deputado federal nessas eleições, o agora "Magão da Cidade" tem a responsabilidade de manter os altos índices de audiência do programa e mostrar ainda mais a sua versatilidade na televisão. O blog DIVIRTA-CE entrevistou Luiz Esteves que falou sobre a carreira, situações inusitadas apresentando jornal ao vivo e as expectativas para a sua estreia na TV Cidade. Confira a entrevista.

DIVIRTA-CE - Depois de um longo período na TV Verdes Mares, o que te fez mudar para o Grupo Cidade? A proposta financeira, novos projetos ou algum outro motivo?

LUIZ ESTEVES - Sou muito grato por todas as oportunidades, mas eu percebi que precisava encerrar meu ciclo na TV Verdes Mares para começar um outro. Eu recebi o convite da TV Cidade e resolvi aceitar. Estava diante de um novo desafio, que me fez brilhar os olhos: apresentar uma franquia que é sucesso em vários estados. Uma oportunidade de deixar fluir o que sempre fiz, que é fazer jornalismo popular, além de poder ficar ainda mais a vontade para mesclar informação com diversão. 

DIVIRTA-CE - Você assistia o Balanço Geral CE, programa que você irá apresentar? O que espera do programa? Vai gostar de comentar sobre os artistas no quadro Hora da Venenosa? Quais outros programas da Record e da TV Cidade você costuma assistir?

LUIZ ESTEVES - Quem faz TV tem o dever de ver TV. Eu consumo de tudo. Sempre vi os programas da TV Cidade. Já tinha visto o Balanço Geral Tarde, tanto com a Ísis Cidade, a primeira apresentadora do programa, como, mais recentemente, com o Erlan Bastos. Cada comunicador tem sua forma de se expressar. O novo BG vai ter a cara do Magão, daquele jeitinho que as pessoas se acostumaram a ver, com notícias das mais diversas editorias, apresentadas com leveza, falando a nossa língua, numa sintonia com o público cearense. 

 

DIVIRTA-CE - É verdade que você quase saiu da TV Verdes Mares anos atrás para apresentar um jornal local da RedeTV? E que, mesmo depois de contratado, diretores fizeram você voltar para a emissora da sereia? Tem vontade de fazer algum programa nacional ou mudar de estado? 

LUIZ ESTEVES - Eu saí, na verdade. Passei três meses fora. Foi em 2011. Fui para um projeto que não chegou a ir ao ar. Naquela época, como não tinha programação local na filial de Fortaleza, fui a São Paulo para gravar um piloto. Na matriz, acabei apresentando durante uma semana um noticiário nacional. Atualmente, sair do Ceará não está no radar.

DIVIRTA-CE - Conte algumas situações inusitadas e inesquecíveis que passou apresentando o CE1 ao vivo. Quais as coberturas e notícias mais difíceis você lembra de ter informado ao público? Tem alguma mágoa por não ter sido chamado para apresentar o Jornal Nacional durante o período que fizeram um rodízio com apresentadores locais? 

LUIZ ESTEVES - Sobre o Jornal Nacional, quem avisou a Taís Lopes sobre a escolha dela foi eu. Ela contou isso em rede nacional. Somos próximos, vibrei com ela como todos os cearenses. A escolha foi sorteio, e nem se não fosse, não havia motivos para mágoas. Sobre a notícia mais marcante, certeza que foi a tragédia do edifício Andrea, em 2019. Lembro que estávamos com o jornal pronto quando chegou a notícia, por volta das 10h30. Tudo o que havíamos produzido foi para o lixo. Muito tocante. Três, quatro horas ancorando o desenrolar de uma tragédia ao vivo. 

DIVIRTA-CE - Você é apontado por muitos críticos de TV locais como um dos apresentadores mais carismáticos e queridos do Ceará. Como o jornalismo surgiu na sua vida? Sempre quis trabalhar com Comunicação? Se não fosse jornalista, qual você acha que seria sua profissão? Pensa em fazer algum programa de auditório ou algo diferente na TV?

LUIZ ESTEVES - Vou usar uma frase que ouvi da professora Adísia Sá: se não fosse comunicador, seria um frustado. O jornalismo apareceu pra mim por intermédio do meu avô Jocélio. Ele ouvia rádio AM dia e noite, noite e dia. Foi com desejo de fazer rádio que fui parar no jornalismo. Foi meu primeiro estágio, na rádio universitária. Até que, em teste, passei para a TV Universitária. É minha vocação. Nunca acreditei em ser de vídeo, pq não sou um ser humano considerado padrão, mas desde o estágio, em 2005, nunca mais deixei de fazer televisão. O vício chamado fazer TV me pegou de jeito. E, acho que, por nunca ter tido pretensões, nunca me senti diferente ou superior ao público. Minhas falas e ações são de uma pessoa que está no mesmo patamar do povo. O novo momento da minha carreira me deu a dimensão de como eu sou querido pelo público e por muitos colegas. Foram muitas manifestações de carinho, que eu aproveito para agradecer aqui. Gratidão!