ENTREVISTA

O galã revelação da novela "Pantanal"

Gabriel Sater fez show durante a Feira Nacional de Cultura e Artesanato em Fortaleza e respondeu as perguntas do DIVIRTA-CE 

A 4ª edição da Fenacce - Feira Nacional de Artesanato e Cultura reuniu de 16 a 25 de setembro em Fortaleza uma extensa programação com artesanato, moda, gastronomia, cultura popular, artes plásticas e shows musicais no Centro de Eventos do Ceará. Dando boas-vindas ao público no primeiro final de semana da feira, o cantor, compositor, instrumentista, produtor musical e ator, Gabriel Sater, apresentou sua nova turnê "Quando for a Hora", com canções autorais e releituras de clássicos da MPB, do rock rural, do Folk e da música Latinoamericana. 

Celebrando 22 anos de carreira musical, o artista que tem uma trajetória de quatro CD's lançados e 11 prêmios musicais, dando continuidade ao talento musical da família, vivenciado desde a infância ao lado do pai e rodeado por nomes como Renato Teixeira, Sérgio Reis, Família Espíndola, Paulo Simões, Guilherme Rondon e Dino Rocha, respondeu as perguntas do blog DIVIRTA-CE.

Além da carreira de cantor, Gabriel Sater também se destaca na dramaturgia, seu mais recente trabalho é o personagem Trindade na novela Pantanal, da Rede Globo, sendo aclamado pelo público como um dos galãs mais bonitos e queridos da atualidade na TV. Recebeu prêmio internacional de melhor ator no filme “Scruffy City Film & Music Festival 2018” em Knoxville/Tennessee, pela sua atuação no filme “Coração de Cowboy”, do qual foi protagonista e fala na entrevista sobre o relançamento desse longa metragem e outros assuntos.

DIVIRTA-CE - Quais as maiores dificuldades na interpretação do seu personagem da novela "Pantanal", um personagem feito na primeira versão da novela pelo seu pai, Almir Sater?

GABRIEL SATER - São inúmeras dificuldades. Primeiramente são duas personagens. O Trindade é um virtuose da viola que requer muito estudo diário. A parte de dramaturgia dele também é super complexa, tem muitas nuances, muitas camadas. Ele também é um pantaneiro legítimo, um peão que andou esse Brasil inteiro, tem muitas diferenças para um peão que é só pantaneiro. E tem o Cramulhão que é uma entidade muito debochada, e ao mesmo tempo muito complexo para interpretar, cheio de reviravoltas, de diálogos dramáticos diferentes.

DIVIRTA-CE - Houve alguma dica de Almir Sater para fazer o Trindade? Colhi também muitas informações como pantaneiro, para ter essa vivência cada vez mais aflorada.

GABRIEL SATER - Com certeza. Ele fez a novela original. Peguei muitas dicas dele. Colhi também muitas informações como pantaneiro. Tenho essa vivência cada vez mais aflorada através dele. Ele deu o conselho de seguir a minha própria construção com o meu colorido diferente dele, o que é mais legal, fazer algo diferente.

DIVIRTA-CE - Você interpreta um peão que incorpora o cramulhao, ou seja, o diabo, uma entidade maligna. Acredita nisso? Pode falar sobre sua espiritualidade? Como defiria sua fé?

GABRIEL SATER - Eu sou um hom de muita fé, e acredito, respeito, tanto que a casa cena, cada ensaio, vou trabalhar coisas que desconheço, forças sobrenaturais. Um respeito tremendo. Tenho meu ritual de orações, para começar e terminar o trabalho. Eu sei o poder que eu tenho, mas a gente nunca sabe como pode ser perigoso um trabalho artístico como esse. Mas deu tudo certo, e fui muito protegido por Deus e agraciado com esse personagem.

DIVIRTA-CE-  Você nasceu em São Paulo mas foi criado no Mato Grosso do Sul e foi muito ao Pantanal desde criança. Na sua visão, houve muita degradação do local,  da sua infância até hoje? Quais os maiores problemas para se manter uma natureza tão rica como a do Pantanal na sua opinião?

GABRIEL SATER - Mudou muito. É muito angustiante eu chegar lá e ver tudo seco, é de cortar o coração. Teve dias que eu me preocupava como os animais iriam poder tomar água. É um pouco apocalíptico, sabe? A gente vê em filmes e sonha nunca acontecer. Tudo é o reflexo dos rios voadores que vem da Amazônia, ou seja, está tudo interligado, precisamos preservar mais do que nunca. É o momento de repensarmos qualquer tipo de iniciativa que não for sustentável. Nosso planeta já não suporta mais e quem vai pagar a conta é essa geração de agora e as próximas.

DIVIRTA-CE -  Você recebeu prêmio internacional de melhor ator no Scruffy City Film & Music Festival, nos Estados Unidos, pela sua atuação no filme “Coração de Cowboy”, do qual foi protagonista. Tem algum novo filme para o cinema? Ou poderia adiantar os próximos projetos, como ator ou músico?

GABRIEL SATER - Na verdade vai acontecer o relançamento desse filme que eu fiz, o "Coração de Cowboy", que vai estrear numa plataforma gigantesca. Na verdade,não posso revelar, porque é um projeto do Gui Pereira, que está lançando um filme dele. Temos vários projetos juntos no futuro. Agora o projeto é cair na estrada, lançar uns discos. Tem o meu álbum, o Erva Doce, que em dezembro completa o lançamento saindo o disco físico, para colecionadores, que gostam de pegar a capa na mão, e depois disso outros projetos virão.