Mãe Zimá: 61 anos de vida 47 de Umbanda
No ano em que a Umbanda comemora 100 anos de existência, Zimá Ferreira da Silva, a Mãe Zimá, completa 61 anos de vida, desde 47 dedicados a Umbanda. A diretora Lilia Moema, juntamente com Clébio Viriato Ribeiro e a atriz Majô de Castro realizam documentário sobre a vida de Mãe Zimá para ser exibo em cinema, vídeo e TVs. O filme fará parte das Comemorações dos 100 anos de Umbanda no Brasil.
Um pouco da Vida de Mãe Zimá
Mãe Zimá, nasceu no dia 03 de abril de 1947, na cidade de Fortaleza. Veio de uma família humilde que tem origem na cidade de Pacatuba, . É filha de Seu Josué, policial militar e de Dona Consuelo, uma branca católica.
Aos 13 anos de idade Mãe Zimá fez sua primeira passagem para Aruanda. Zé Alberto, considerado um dos maiores umbandista do Brasil, tornando-se mais tarde seu Pai-de-Santo. Zimá era quase uma criança quando foi convidada a freqüentar o terreiro “Rei do Cangaço” de Zé Alberto. Apesar da pouca idade recebeu a responsabilidade de preservar a cultura de seus ancestrais.
Ainda muita jovem teve que trabalhar em vários empregos para garantir o sustento de três filhos: Roney, Luiz Leno e Ludimila. Seu lado espiritual sempre falou mais alto e desde sua adolescência cuidou do lado emocional e espiritual das pessoas, curando e ajudando a levantar a baixa estima dos muitos que a procuravam para resolver problemas de amor, família, negócios. Sempre disposta a ajudar o próximo, Zimá optou por uma vida simples. Desprovida de luxo, dos bens materiais. È exemplo para filhos e netos.
Atualmente tem o Terreiro “Ogum Mêjê”, localizado no bairro São Vicente, onde desenvolve suas atividades de umbanda e preservação da memória afro-descendente. É também Relações Públicas da Associação de Umbanda do Estado do Ceará.
Zimá no dia 03 de abril completou 61 anos de vida e 47 de Umbanda.
Mãe Zimá – em livro e documentário
O produtor cultural Clébio Viriato Ribeiro, desde setembro de 2006 vem estudando, pesquisando as consultas oracular, os cantares, rezares, pensares e os rituais praticados no terreiro de Mãe Zimá para publicar seu segundo romance intitulado “O Terreiro de Zimá”. Segundo Clébio “o livro será uma ficção na linha do realismo fantástico, que vai resgatar a grande contribuição que Mãe Zimá vem prestando a preservação da memória afro descendente em nosso Estado. São 47 anos de pratica umbandista, isso é cultura, merece um registro”. Da literatura para a tv e cinema. A videomaker Lilia Moema juntamente com Clébio e a atriz Majô de Castro finalizam o documentário “Mãe de Santo, teu nome é Zimá”, sobre os 47 anos de vida de Mãe Zimá dedicados a umbanda no Ceará. O documentário deve fiar pronto ainda este semestre. Depois de ser exibidos no Brasil o documentário segue roteiro para Cuba e Europa.
A herdeira dos Orixás
Nada é por acaso. Mãe Zimá carrega sua corrente de guia espiritual como herança deixada pelo avô, o Seu Gastão, um homem que praticava caridade através de passes, preces e orações do espiritismo cristão. Foi nesse universo que Zimá cresceu, observando as caridades espirituais praticadas na casa de seu avô. “Era gente de todo canto que vinha para receber as orientações espirituais do Vô Gastão, e eu ficava lá, quietinha, só observando, aprendendo. É do Vô Gastão que herdei toda minha espiritualidade.”
Primeira passagem para Aruanda
Foi ainda adolescente, aos treze anos de idade, que Mãe Zimá fez sua primeira passagem para Aruanda, recebeu seu primeiro Orixá. Tudo aconteceu de maneira automática, inconsciente. Certo dia Zimá estava na casa de seu avô Gastão quando se viu envolvida pela força dos Orixás. O fato causou um grande estranhamento na família, sobretudo, para seus pais, católicos convictos. Aos 16 anos sentiu essa energia mais forte e aos 20 se encontrou dentro de sua nova religião, a umbanda. Hoje, Zimá diz que a passagem para Aruanda se dá de maneira natural. “Eu me concentro nas matas, nas águas, nos rios, nas cachoeiras e no espaço. E aí eu dou espaço a uma outra energia que é a energia dos Orixás que passam pela minha cabeça e utiliza meu corpo como instrumento para se comunicar.”
Filhos e netos raspados no Santo
A herança espiritual está no sangue e nas veias dos filhos e netos de Zimá. De geração em geração o destino entregou a família de Mãe Zimá a missão de preservar e cultuar os santos, caboclos, exus e Orixás. Tanto os filhos quantos os netos todos têm a cabeça raspada no Santo. Roney, o filho mais velho, é do Obaluaê. Luiz Leno , o do meio, é do Oxossi e a caçula Ludimila é da Oxum. Já os netos, Évila é do Ogum, Elaine da Yansan e o mais novo Leon, desde nascença é do Oxossi.
Andanças pelo mundo
Predestinada a preservar a cultura afro descendente, através do ritual oracular da Umbanda, Mãe Zimá conhece quase todo o Brasil e metade do mundo. São inúmeras as viagens, ora para estudo, ora para realizar trabalhos e rituais umbandistas, difundindo assim os conhecimentos de sua religião e aprendendo outras novas. Zimá já percorreu da Bahia ao Mato Grosso do Sul, do Rio de Janeiro ao Pará. Vencendo fronteiras Zimá tem passaporte com carimbos de países como França, Itália, Alemanha, Suíça, Bruxelas, Portugal, Espanha, África e Cuba, onde foi estudar os aspectos místicos dos Vodus.
Tenda Senhores Oguns
Localizado no bairro São Vicente, Mãe Zimá fundou há quatorze anos seu próprio terreiro em homenagem a Ogum. A construção do terreiro trouxe grandes benefícios para comunidade. “Quando aqui cheguei para fundar o Terreiro de Ogum, só era mata, lama e buraco. Nada mais. Daí, fui conseguindo calçamento, esgoto, tudo que a comunidade precisava”.
Os Exus de Zimá
Mãe Zimá tem dois Exus. Um é o Exu do amor, da tranqüilidade, da prosperidade que lhe segura para muitas coisas. O outro, pertence ao seu lado da Quimbanda. Trata-se do Exu Veludo. Zimá ressalta que nem sempre os trabalhos da quimbanda é para o mal. “Se chega um filho me procurando, que tem um problema que só pode ser resolvido, se libertar através da linha da quimbanda, então como Mãe que zela e cuida o Santo do filho, eu tenho mais é que virar para este lado.”
Trabalhos para o Bem
Zimá enche-se de orgulho ao falar de seu trabalho, de seus 47 anos de vida dedicados a umbanda. “Enquanto eu puder segurar um trabalho pela linha certa, a linha do bem, vou até o fim. Se acaso eu achar que um trabalho não está indo pela linha certa, ai eu viro para o outro lado. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer é o bem e a caridade. Eu gosto de curar, de juntar, de aproximar, de unir, de levantar, de abrir os caminhos. Só não gosto que pisem no meu calo seco. E se você é meu filho e vejo alguém querer lhe derrubar, lhe detonar, pode ter certeza que eu arrebento este indivíduo. Mãe de santo já diz tudo: é a zeladora do seu Orixá. Ela e quem cuida e zela e alimenta o seu Santo. Eu cuido da vida espiritual dos meus filhos, eu os defendo com unhas e dentes. Bateu daquele portão pra dentro e me dar a benção eu considero meu filho.
Mãe Zimá: 61 anos de vida 47 de Umbanda
Dia: 14 de junho – sábado próximo
Horário: a partir das 12:00h
Local: Tenda Senhores Oguns - Rua José Mauricio, 800 – Parque São Vicente
Referencia: Centro Sentido Av. Osório de Paiva, passa pelo Terminal do Siqueira. Segue do lado direito sempre em frente até a loja AGROSHOP. Entra na primeira a direita até o Nº 800. Maiores Informações:
Clébio Viriato Ribeiro – (85) 8896.2778
clebioviriatoribeiro@yahoo.com.br
No ano em que a Umbanda comemora 100 anos de existência, Zimá Ferreira da Silva, a Mãe Zimá, completa 61 anos de vida, desde 47 dedicados a Umbanda. A diretora Lilia Moema, juntamente com Clébio Viriato Ribeiro e a atriz Majô de Castro realizam documentário sobre a vida de Mãe Zimá para ser exibo em cinema, vídeo e TVs. O filme fará parte das Comemorações dos 100 anos de Umbanda no Brasil.
Um pouco da Vida de Mãe Zimá
Mãe Zimá, nasceu no dia 03 de abril de 1947, na cidade de Fortaleza. Veio de uma família humilde que tem origem na cidade de Pacatuba, . É filha de Seu Josué, policial militar e de Dona Consuelo, uma branca católica.
Aos 13 anos de idade Mãe Zimá fez sua primeira passagem para Aruanda. Zé Alberto, considerado um dos maiores umbandista do Brasil, tornando-se mais tarde seu Pai-de-Santo. Zimá era quase uma criança quando foi convidada a freqüentar o terreiro “Rei do Cangaço” de Zé Alberto. Apesar da pouca idade recebeu a responsabilidade de preservar a cultura de seus ancestrais.
Ainda muita jovem teve que trabalhar em vários empregos para garantir o sustento de três filhos: Roney, Luiz Leno e Ludimila. Seu lado espiritual sempre falou mais alto e desde sua adolescência cuidou do lado emocional e espiritual das pessoas, curando e ajudando a levantar a baixa estima dos muitos que a procuravam para resolver problemas de amor, família, negócios. Sempre disposta a ajudar o próximo, Zimá optou por uma vida simples. Desprovida de luxo, dos bens materiais. È exemplo para filhos e netos.
Atualmente tem o Terreiro “Ogum Mêjê”, localizado no bairro São Vicente, onde desenvolve suas atividades de umbanda e preservação da memória afro-descendente. É também Relações Públicas da Associação de Umbanda do Estado do Ceará.
Zimá no dia 03 de abril completou 61 anos de vida e 47 de Umbanda.
Mãe Zimá – em livro e documentário
O produtor cultural Clébio Viriato Ribeiro, desde setembro de 2006 vem estudando, pesquisando as consultas oracular, os cantares, rezares, pensares e os rituais praticados no terreiro de Mãe Zimá para publicar seu segundo romance intitulado “O Terreiro de Zimá”. Segundo Clébio “o livro será uma ficção na linha do realismo fantástico, que vai resgatar a grande contribuição que Mãe Zimá vem prestando a preservação da memória afro descendente em nosso Estado. São 47 anos de pratica umbandista, isso é cultura, merece um registro”. Da literatura para a tv e cinema. A videomaker Lilia Moema juntamente com Clébio e a atriz Majô de Castro finalizam o documentário “Mãe de Santo, teu nome é Zimá”, sobre os 47 anos de vida de Mãe Zimá dedicados a umbanda no Ceará. O documentário deve fiar pronto ainda este semestre. Depois de ser exibidos no Brasil o documentário segue roteiro para Cuba e Europa.
A herdeira dos Orixás
Nada é por acaso. Mãe Zimá carrega sua corrente de guia espiritual como herança deixada pelo avô, o Seu Gastão, um homem que praticava caridade através de passes, preces e orações do espiritismo cristão. Foi nesse universo que Zimá cresceu, observando as caridades espirituais praticadas na casa de seu avô. “Era gente de todo canto que vinha para receber as orientações espirituais do Vô Gastão, e eu ficava lá, quietinha, só observando, aprendendo. É do Vô Gastão que herdei toda minha espiritualidade.”
Primeira passagem para Aruanda
Foi ainda adolescente, aos treze anos de idade, que Mãe Zimá fez sua primeira passagem para Aruanda, recebeu seu primeiro Orixá. Tudo aconteceu de maneira automática, inconsciente. Certo dia Zimá estava na casa de seu avô Gastão quando se viu envolvida pela força dos Orixás. O fato causou um grande estranhamento na família, sobretudo, para seus pais, católicos convictos. Aos 16 anos sentiu essa energia mais forte e aos 20 se encontrou dentro de sua nova religião, a umbanda. Hoje, Zimá diz que a passagem para Aruanda se dá de maneira natural. “Eu me concentro nas matas, nas águas, nos rios, nas cachoeiras e no espaço. E aí eu dou espaço a uma outra energia que é a energia dos Orixás que passam pela minha cabeça e utiliza meu corpo como instrumento para se comunicar.”
Filhos e netos raspados no Santo
A herança espiritual está no sangue e nas veias dos filhos e netos de Zimá. De geração em geração o destino entregou a família de Mãe Zimá a missão de preservar e cultuar os santos, caboclos, exus e Orixás. Tanto os filhos quantos os netos todos têm a cabeça raspada no Santo. Roney, o filho mais velho, é do Obaluaê. Luiz Leno , o do meio, é do Oxossi e a caçula Ludimila é da Oxum. Já os netos, Évila é do Ogum, Elaine da Yansan e o mais novo Leon, desde nascença é do Oxossi.
Andanças pelo mundo
Predestinada a preservar a cultura afro descendente, através do ritual oracular da Umbanda, Mãe Zimá conhece quase todo o Brasil e metade do mundo. São inúmeras as viagens, ora para estudo, ora para realizar trabalhos e rituais umbandistas, difundindo assim os conhecimentos de sua religião e aprendendo outras novas. Zimá já percorreu da Bahia ao Mato Grosso do Sul, do Rio de Janeiro ao Pará. Vencendo fronteiras Zimá tem passaporte com carimbos de países como França, Itália, Alemanha, Suíça, Bruxelas, Portugal, Espanha, África e Cuba, onde foi estudar os aspectos místicos dos Vodus.
Tenda Senhores Oguns
Localizado no bairro São Vicente, Mãe Zimá fundou há quatorze anos seu próprio terreiro em homenagem a Ogum. A construção do terreiro trouxe grandes benefícios para comunidade. “Quando aqui cheguei para fundar o Terreiro de Ogum, só era mata, lama e buraco. Nada mais. Daí, fui conseguindo calçamento, esgoto, tudo que a comunidade precisava”.
Os Exus de Zimá
Mãe Zimá tem dois Exus. Um é o Exu do amor, da tranqüilidade, da prosperidade que lhe segura para muitas coisas. O outro, pertence ao seu lado da Quimbanda. Trata-se do Exu Veludo. Zimá ressalta que nem sempre os trabalhos da quimbanda é para o mal. “Se chega um filho me procurando, que tem um problema que só pode ser resolvido, se libertar através da linha da quimbanda, então como Mãe que zela e cuida o Santo do filho, eu tenho mais é que virar para este lado.”
Trabalhos para o Bem
Zimá enche-se de orgulho ao falar de seu trabalho, de seus 47 anos de vida dedicados a umbanda. “Enquanto eu puder segurar um trabalho pela linha certa, a linha do bem, vou até o fim. Se acaso eu achar que um trabalho não está indo pela linha certa, ai eu viro para o outro lado. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer é o bem e a caridade. Eu gosto de curar, de juntar, de aproximar, de unir, de levantar, de abrir os caminhos. Só não gosto que pisem no meu calo seco. E se você é meu filho e vejo alguém querer lhe derrubar, lhe detonar, pode ter certeza que eu arrebento este indivíduo. Mãe de santo já diz tudo: é a zeladora do seu Orixá. Ela e quem cuida e zela e alimenta o seu Santo. Eu cuido da vida espiritual dos meus filhos, eu os defendo com unhas e dentes. Bateu daquele portão pra dentro e me dar a benção eu considero meu filho.
Mãe Zimá: 61 anos de vida 47 de Umbanda
Dia: 14 de junho – sábado próximo
Horário: a partir das 12:00h
Local: Tenda Senhores Oguns - Rua José Mauricio, 800 – Parque São Vicente
Referencia: Centro Sentido Av. Osório de Paiva, passa pelo Terminal do Siqueira. Segue do lado direito sempre em frente até a loja AGROSHOP. Entra na primeira a direita até o Nº 800. Maiores Informações:
Clébio Viriato Ribeiro – (85) 8896.2778
clebioviriatoribeiro@yahoo.com.br
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