terça-feira, 25 de abril de 2017

ESPECIAL

Maloca Dragão chega à quarta edição com mais de 130 atrações em seis dias de programação gratuita
Neste ano, serão 24 espaços do Centro Dragão do Mar e Praia de Iracema, recebendo atrações em diversas linguagens artísticas, de 25 a 30 de abril. Festival comemora o aniversário do centro cultural, que, em 2017, conquista 18 anos de história como lugar referência da difusão, formação e criação artística do Ceará

A Maloca Dragão celebra o aniversário do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura que, no dia 28 de abril de 2017, completa 18 anos a serviço da democratização do acesso à arte e à cultura, no Ceará. Além de marcar os anos de história de um dos maiores centros culturais do País – são 1,8 milhão de visitantes ao ano –, o festival chega à quarta edição com mais de 130 atrações cearenses, nacionais e internacionais em uma semana de celebração e reafirmação da força cultural e artística do Ceará.
Neste ano, a Maloca Dragão será realizada de 25 a 30 de abril em 24 espaços do Centro Dragão do Mar e Praia de Iracema. Ponto alto dos esforços de uma inédita política pública de cultura do Governo do Estado do Ceará, o festival oferece à população uma programação totalmente gratuita e que contempla as mais variadas linguagens, constituindo um panorama rico e diverso da produção artística do Estado e também das experimentações de vanguarda da produção nacional.
Entre as mais de 130 atrações, há shows musicais, espetáculos de teatro, dança e circo, apresentações da cultura popular e literatura, intervenções e performances de arte urbana, feiras de moda, design e gastronomia. A diversidade de linguagens artísticas da Maloca Dragão 2017 vai ainda além com a Mostra Cinema Documental: Fronteiras e Verdades, no Cinema do Dragão, de 26 a 29 de abril; e a exposição fotográfica O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos, que abre o festival, no dia 25, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). A programação de artes cênicas se inicia no dia 27 de abril e as demais atrações concentram-se nos dias 28, 29 e 30 do mesmo mês.

Chico Albuquerque e It’s All True
A Maloca Dragão terá, pela primeira vez, um viés temático a partir de exposição inédita, percorrendo ainda mostra de cinema, parte das apresentações artísticas e a cenografia do festival. O tema “It's All True, Orson Welles – 100 anos de Chico Albuquerque” faz referência ao filme que o cineasta norte-americano Orson Welles gravou no Ceará, It's All True (É Tudo Verdade), e à mostra “O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos”, que abre o festival este ano.
Inacabado, o filme narra a saga de quatro jangadeiros que, em 1941, a bordo de uma frágil jangada, partiram rumo ao Rio de Janeiro – então capital federal – para entregar reivindicações trabalhistas dos pescadores diretamente ao presidente Getúlio Vargas. Registrando em imagens as gravações que reviveram, em 1942, momentos daquela histórica cruzada, estava o ainda jovem fotógrafo cearense Chico Albuquerque, que, depois dali, se tornou um dos mais influentes fotógrafos do modernismo brasileiro. Ele faria 100 anos em 2017.
 Costurados, esses elementos se traduzem na metáfora da saga incansável pelo reconhecimento do campo artístico e cultural do Ceará. “Assim como o campo cultural cearense, os heróis jangadeiros filmados por Orson Welles estavam na luta pelo reconhecimento do trabalho, da vida, da dedicação deles”, explica o presidente do Instituto Dragão do Mar, o antropólogo e jornalista Paulo Linhares. Por isso, segundo ele, é importante assumir esse tema, nesta edição da Maloca. “Já que a Maloca já se constituiu como esse ritual anual que mobiliza a cidade, conferindo prestígio social ao campo artístico, é importante dar um próximo passo e usar esse momento para discutir e pensar as profundas questões culturais daqui”, diz.
A “mostra-tema” do festival traz mais de 400 imagens realizadas em diferentes fases da trajetória artística do fotógrafo cearense Chico Albuquerque. “Seu Chico” foi o responsável pela série Mucuripe, que projetou a costa cearense no cenário nacional. Além disso, Chico Albuquerque fez incursões sobre a fotografia publicitária, de paisagem e de arquitetura. As obras expostas pertencem ao acervo particular da família de Chico Albuquerque e ao acervo do Instituto Moreira Sales.
No dia 25, a abertura da exposição será acompanhada da instalação “Jangadeiros”, do ilustrador, grafiteiro e artista plástico Rafael Limaverde, e do show “Quatro homens e uma jangada”, uma performance sonora visual criada por Eric Barbosa que, junto dos músicos Guilherme Mendonça e Julio César Santana Pepeu e o artista visual Dimitri Lomonaco, realizam uma reinterpretação audiovisual do filme de Orson Welles.
A mostra ficará em cartaz até o dia 2 de julho de 2017, no MAC-CE, com acesso gratuito e visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30) e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30).

Mostra de cinema
            Realidade e ficção se misturam no cânone de Orson Welles. Inspirada nesse contexto, a Mostra Cinema Documental: Fronteiras e Verdades, apresentada pelo Cinema do Dragão, de 26 a 29 de abril, traz à tona obras audiovisuais que cruzam temáticas centrais do documentário brasileiro e mundial. A busca por uma identidade nacional, a convergência entre os registros documentais e ficcionais, a alteridade, a criação de narrativas através de olhares estrangeiros e questões de cunho político dão o tom das provocações fornecidas pela mostra.
Exibidos gratuitamente, os filmes atravessam essas temáticas em diferentes contextos políticos, narrativos e estéticos. Além disso, haverá espaço para as tradicionais atividades de formação e debate oferecidas pelo Cinema do Dragão, com participação de antropólogos e cineastas convidados. Seminários e conversas devem discorrer sobre a construção da identidade cearense através dos olhares estrangeiros e sobre os embates entre documentário e ficção no cinema brasileiro.
Quem abre a programação, no dia 26 de abril, às 19h30, é o longa BARONESA, uma mistura entre documentário e ficção, ganhador do Troféu Barroco, dado pelo Júri da Crítica, na 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O longa-metragem registra a rotina de duas amigas, Andreia e Leidiane, que vivem no bairro Vila Mariquinha, em Belo Horizonte. Com uma câmera muito próxima das personagens, o filme aborda a experiência de ser mulher em um bairro de periferia. A sessão contará com a presença da realizadora Juliana Antunes.
Entre as exibições, a Mostra apresenta ainda a Série Vidas na Orla, sob direção do antropólogo e professor Alexandre Fleming. Realizadas em parceria com a TVC, o Instituto Dragão do Mar e o Laboratório de Estudos da Oralidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), a série consiste em um experimento etnográfico sobre a diversidade de experiências na orla fortalezense. Abrangendo três territórios importantes de nossa capital – a Barra do Ceará, o Poço da Draga e a Beira-Mar – os filmes buscam figurar a diversidade de um povo criado à beira do mar, as resistências locais, as benesses e desventuras do viver urbano.
A série é composta por três filmes, de 26 minutos cada. São eles: Marco Zero (sobre a Barra do Ceará), Dia de Vo(l)tar (Poço da Draga) e Arte itinerante (Beira-Mar).

Arte cearense no mapa
            A programação da Maloca Dragão é composta por atrações convidadas, pelas selecionadas através de Chamamento Público e pelos espetáculos e shows desenvolvidos nos Laboratórios de Criação do Porto Iracema das Artes, escola de formação e criação artística do Instituto Dragão do Mar. “A escolha das atrações foi realizada pela direção do Dragão do Mar junto de curadores convidados em cada uma das linguagens artísticas envolvidas. O objetivo foi realizar um recorte com produções inéditas no festival e que dessem conta da pluralidade do atual panorama da arte cearense”, define o diretor de Ação Cultural do Dragão, João Wilson Damasceno.
Cerca de 75% da programação do festival é composta pelos projetos artísticos selecionados no Chamamento Público, realizado de 6 a 20 de março, por meio da plataforma digital do Mapa Cultural do Ceará. As inscrições foram abertas a projetos de artistas cearenses ou residentes no Estado nas seguintes linguagens: música, teatro, dança, circo, arte urbana, cultura popular e literatura. Nesta edição, foram 703 inscrições entre projetos artísticos e profissionais da área de Produção Cultural, número 118% maior que o do ano passado.
 Dentre os trabalhos totalmente inéditos selecionados a partir do chamamento público, estão os lançamentos de discos de Lavage, com o álbum "Zombie Walk"; Oscar Arruda, com "Egomaquia"; Andersoul, com "Racional"; Mad Monkees, com álbum homônimo; Maria Ó, com "Dança Três"; Nafandus, com "Unbreakble"; Nego Gallo, com "Baile do Gallo"; e Camila Marieta, com o pré-lançamento do disco "Tropeço no meio-fio".
João Wilson também destaca a ampliação da participação dos grupos do interior do Estado, por conta da facilidade de inscrição proporcionada pelo chamamento público. “A região do Cariri e a cidade de Sobral, por exemplo, participaram principalmente com projetos artísticos em música. Já a dança veio dos municípios de Paracuru e Itapipoca. Avalio que consolidar a Maloca Dragão é também construir um panorama da arte do Ceará, a cada edição, mais integrado”.
Os projetos concebidos no Porto Iracema das Artes somam 11 atrações: Nayra Costa, Projeto Rivera, Erivan Produtos do Morro e Tocata Livre, na música; “Ibirapema, o forró que eu faltei”, da Omì Cia de Dança, e “A dança nossa de cada dia”, da bailarina Silvia Moura, na dança; e ainda “O Imaginário Criador e sua Barata Mágica”, da Trupe Motim de Teatro, “Restos de si cavam janelas”, do grupo Comedores de Abacaxi, e “Asja Lacis já não me escreve”, do Grupo Terceiro Corpo, no teatro. Juntos, esses projetos compõem a Mostra de Artes Porto Iracema (MOPI).
Esses projetos foram desenvolvidos em 2015 e 2016, nos Laboratórios de Criação do Porto. Essa metodologia funciona em regime de imersão, através de processos formativos de excelência, desenvolvidos em torno das propostas previamente selecionadas. Os alunos recebem orientação de consultores/tutores conceituados nacionalmente, que conduzem a qualificação dos projetos, através de orientações individuais, oficinas, palestras e masterclasses. Também chegando à quarta edição em 2017, os Laboratórios de Criação do Porto já desenvolveram ao todo 60 projetos entre roteiros para cinema, peças de teatro, shows musicais e discos, espetáculos de dança e exposições, envolvendo nesse processo mais de 180 artistas.

Atrações nacionais
As atrações convidadas da Maloca Dragão 2017 são compostas por artistas cearenses de carreira consolidada e artistas nacionais e internacionais de diferentes estilos, além de perfis que se destacam pela vanguarda experimental. Na música, o festival terá artistas de canções e atitudes empoderadas como Karol Conka (PR) e As Bahias e a Cozinha Mineira (SP); o reggae da Tribo de Jah (MA), com o show de 30 anos de carreira; e BaianaSystem (BA), um dos principais nomes de um movimento independente que busca ressignificar a sonoridade da música urbana da Bahia.
Sobem ao palco ainda o “forró das antigas” de Kátia Cilene (CE), a irreverência do sertão contemporâneo de Geraldo Junior (CE), a música instrumental de raízes afro do grupo Horoyá (SP), Aldo Sena (PA) e a Guitarra Cearense e o rock do Cidadão Instigado (CE), lançando a turnê de 20 anos de estrada, com direito a um box comemorativo com discos de vinil. A Maloca Dragão também traz Cólera (SP), uma das principais bandas do punk rock nacional e a primeira do gênero no Brasil a fazer turnê na Europa.
O teatro pernambucano marca presença com o Coletivo Angu e o espetáculo “Ossos”, que conta uma história de amor, exílio e morte, baseado no livro do escritor Marcelino Freire. Na dança, é destaque o coreógrafo, bailarino e professor em São Paulo Eduardo Fukushima, que traz à Maloca dois premiados espetáculos: “Entre contenções (Prêmio Funarte de Dança Klauss Viana) e “Como superar o cansaço?” (Prêmio Rumos Dança Itaú Cultural).

Atrações internacionais
Pela primeira vez, o festival traz também a experiência de atrações internacionais. Conquistando visibilidade nos mais importantes festivais da América do Sul e Europa, a cantora argentina La Yegros leva ao público uma mistura explosiva que passa pelo funk, dub, rap, cumbia e outros estilos dançantes. Clube de jazz e gravadora com franquias em Nova York e Istambul, o Nublu é outro projeto que pousa por aqui, com palco armado no Estoril. Entre outras atrações, o Palco Nublu receberá o lançamento do primeiro álbum do projeto Praia Futuro, composto por Ilhan Ersahin (fundador do Nublu), Yuri Kalil e Fernando Catatau (ambos do Cidadão Instigado) e Dengue (Nação Zumbi). Dentro da programação de estreia da Maloca Eletrônica, o festival recebe ainda as presenças internacionais dos DJs Ninad e Yage (Argentina) e Luca (Itália).
            Ainda que seja um festival de arte cearense, Paulo Linhares ressalta que esse intercâmbio é importante para uma atualização e criação de conexões, a partir da articulação internacional e nacional. “O que está acontecendo como tendência, o que tem de mais inovador? A Maloca tem uma visão antecipadora dos movimentos artísticos do Brasil. Essa geração está tendo acesso a cinema, música, teatro, a tudo que está sendo feito de vanguarda neste país. Não somos reprodutores de mainstream. A Maloca é esse festival da grande descoberta”, define Linhares.

Viva Iracema
Desde 2016, a Maloca Dragão assumiu a experiência de “transbordar” arte e cultura para outros palcos e espaços da Praia de Iracema. Em 2017, a lógica não só se repete como se amplia: serão 24 espaços do Centro Dragão do Mar e entorno, recebendo uma semana de programação gratuita. Entre as novidades, o Palco Zé Avelino (na Rua José Avelino) ficará agora ao lado do Palco Rogaciano (sob a passarela vermelha). Juntos, eles receberão essencialmente – e de forma alternada – os shows inscritos através do chamamento público.
A Praça Almirante Saldanha, por sua vez, não terá mais um palco, mas será uma espécie de “coração do festival”, constituindo-se como espaço do encontro, da convivência, da circulação. Na praça, ficarão concentradas feiras de moda e design e ainda a Oca Maloca – em analogia à cultura indígena –, que receberá programação de cultura popular, variétés circenses e música experimental.
Outra novidade é o palco montado pertinho do mar, o Palco Draga Dragão, ao final da Rua Almirante Tamandaré, no Poço da Draga. Assim como a Praça Verde, este espaço receberá grandes nomes da música nacional e cearense. “A ideia é descentralizar a ocupação, preenchendo outros espaços públicos da cidade”, diz o diretor João Wilson Damasceno.
Sucesso de público ano passado, a Maloca Tabajaras também segue descentralizando o festival, com programação ao longo da Rua dos Tabajaras. O lugar terá food trucks funcionando a partir das 22h, além de festas e shows, a partir das 23h, no Pirata, Mambembe, Espaço Biruta e o Palco Nublu, no Estoril. A famosa “Praia dos Crush”, no Aterrinho, também receberá programação da Maloca Tabajaras, com o reggae do Dub Foundation Sound System e Buguinha Dub, a partir das 16h, na sexta-feira, dia 28.

Maloca Eletrônica e Maloca Parties

O festival ocupa a PI ainda com festas nas boates do entorno do Dragão do Mar. O Órbita Bar receberá a estreia da Maloca Eletrônica, nos dias 28 e 30 de abril, com DJs da Itália, Argentina, de São Paulo e do Ceará. Realizada em parceria com o Núcleo de Arte e Cultura Transcendental (NUACT Produções), essa programação traz, na sexta-feira, Ninad (Antu Records/AEON Bookings), Stereologic (Mind Tweakers/MUV), Caious (Forest Spirit Records/ZIOHM), Luca (GloOm Music/AEON Bookings), Earthsapce (Nano Records/NuACT) e Yage (Antu Records/AEON Bookings). Já o domingo, véspera de feriado, terá a banda The Mob, Rodrigo Lobbão (Órbita Bar/Undergroove), Camilo Rocha (SP) e Fil (Undergroove/Feeling Club). A Maloca Eletrônica tem acesso gratuito, com retirada de ingressos.

Também tem Maloca Parties, nas casas do entorno, com programação de festas e shows. O Amici’s será palco para a caliente La Tabaquera, no dia 28 de abril, a primeira festa da Maloca. No dia 29, tem Borogodó e Juruviana, no Pirata; e Lascaux e New Model, no Mambembe. Essas casas também recebem atrações no dia 30: o projeto Batekoo (Mambembe) e DJ Marquinhos e Freud Explica? (Pirata).
Todo esse “transbordamento” é uma iniciativa parte do Viva Iracema, projeto do Governo do Estado do Ceará e do Dragão do Mar para a integração dos equipamentos culturais da região e realização de ações de formação e difusão da arte e da cultura no bairro. Segundo Linhares, enquanto bairro de tradição cultural de Fortaleza, a Praia de Iracema é o espaço geográfico da economia da cultura da cidade, lugar de pulsação cultural. “É por isso que a Maloca transborda e ocupa outros palcos e espaços, além do Dragão. Um movimento natural dentro de uma política pública de cultura que visa recuperar o tecido urbano da Praia de Iracema”, acrescenta.

Gastronomia
            A gastronomia será uma atração à parte, na Maloca Dragão 2017. Concentrado entre a Caixa Cultural e o Palco Draga Dragão, na Rua Almirante Tamandaré, um corredor gastronômico terá o “gostin de Fortaleza”. É a Maloca de Comer, trazendo sabores que estão na nossa memória afetiva e que estarão reunidos celebrando o aniversário do Dragão.

Mercado de negócios
Com vistas à circulação da arte cearense no País, a Maloca Dragão realiza a segunda edição do Conexões Maloca. A partir do contato entre os artistas do festival e experts e jornalistas do mercado cultural, a iniciativa promove um intercâmbio de experiências e contribui para impulsionar a circulação das produções locais no âmbito nacional. Além de desbravarem o panorama artístico do Ceará, assistindo aos shows e espetáculos do festival, os programadores do mercado da música brasileira receberão os artistas em speed meetings. Nesse processo, cada artista terá três minutos para apresentar seu trabalho aos convidados, individualmente.

A ideia é fazer com que a arte cearense circule mais País afora e que os próprios grupos artísticos possam se apropriar dos caminhos para ir além do território de origem. Já foram confirmados: Alexandre Osiecki (Psicodália/SC), Fernando Zugno (Poa em Cena/RS), Marta Carvalho (Satélite/DF), Alexandre Rossi (Circo Voador/RJ), Antonio Gutierrez (Rec Beat/PE), Jomardo Jomas (Mada/RN), Ana Garcia (Coquetel Molotov/PE), Luciana Simões (BR 135/MA), Marcelo Damaso (Se Rasgum/PA), Anderson Foca (Dosol/RN), Fabiana Batistela (SIM - Semana Internacional da Música/SP), Elodie da Silva (Ame CV e Kriol Jazz/CABO VERDE), Jordana Phokompe (Lincoln Center/NOVA IORQUE), Luís Viegas (Ao Sul do Mundo/PORTUGAL).


Formação
            Novidade neste ano, o chamamento público para o festival contemplou também produtores culturais, roadies, técnicos de iluminação, som e cenotecnia. A fim de elevar o padrão técnico da Maloca, os selecionados estão passando por uma qualificação gratuita por meio do Lab Maloca, curso de formação realizado pelo Instituto de Artes e Técnicas em Comunicação (IATEC), em parceria com o Dragão do Mar e a Escola Porto Iracema das Artes.
Ao longo do mês de abril, são oferecidos workshops nas áreas de Produção (Produção de Palco e Logística de Produção), Áudio (Alinhamento de Sistemas, Mix de Monitor e NR10) e Iluminação (Desenho de Luz, NR 35 e Consoles Digitais). Essas demandas de profissionalização tiveram origem em reuniões abertas ao público, em fevereiro, com profissionais da área.
A reciclagem do conhecimento dos profissionais técnicos da Maloca foi iniciada em 2016, mas a experiência do chamamento público visa tornar ainda mais democrático o processo de contratação da força de trabalho do festival, além de estimular o interesse por essas áreas que, com a expansão do mercado cultural e de entretenimento, tornam-se cada vez mais promissoras como geradoras de emprego e renda. “É o único festival do Brasil com formação para seus profissionais”, afirma o diretor de Ação Cultural, João Wilson Damasceno.

Festival da afirmação cultural
            Em quatro anos, a Maloca Dragão se firmou como momento maior da arte cearense, avalia Paulo Linhares. “Falo isso porque os artistas e a cidade já o reconhecem como tal. É um festival democrático, aberto, múltiplo e totalmente gratuito de empoderamento, de afirmação cultural da população. Foram mais de 170 mil pessoas, circulando e apreciando a arte do Ceará, na última edição, em 2016. Sem contar os mais de 1.000 profissionais e artistas envolvidos”, afirma. O Instituto é uma Organização Social – a primeira de ordem cultural no País – que gerencia o Centro Dragão do Mar e outros sete equipamentos no Estado.
De acordo com Linhares, o reconhecimento do festival enquanto tradução da força cultural e artística do Ceará é parte de um esforço maior da política pública de cultura do Governo do Estado, enquanto transformadora do tecido da vida social.
“Diante da visão conservadora sobre o campo cultural e artístico, é importante entender o papel transformador da cultura, inclusive do ponto de vista econômico. A cultura permite um crescimento urbano com qualidade de vida, porque é papel dela a criação de uma sociedade com confiança social – que é a confiança no Estado e, consequentemente, nos vizinhos, na família, por existir respeito às normas. A sociabilidade das pessoas, o aprender a conviver depende dessa confiança social. E é com uma política cultural que o Estado conquista essa confiança, mais do que com qualquer outra”, reforça o antropólogo.
Além de mobilizar confiança social e gerar prestígio social para o campo artístico cearense, a Maloca Dragão impacta positivamente a economia do Estado. “Enquanto os empregos industriais têm uma curva decrescente até em Fortaleza, o setor cultural e o turístico apresentam permanente aumento de participação no PIB”, explica. Investir nesses setores, bem como em ciência e tecnologia, ou seja, centrar esforços na economia criativa, de acordo com o antropólogo, é hoje o melhor caminho para se crescer de forma sustentável e permanente em todo o mundo.
“Com uma política cultural efetiva, se tem menos violência, porque se tem qualidade de vida pública, tem mais emprego e mais felicidade nesses empregos, empregos que geram uma vida mais saudável e feliz. Você tem ainda uma população se reconhecendo como capaz de ser criativa e com identidades múltiplas e próprias”, reforça Linhares.

SERVIÇO
Maloca Dragão 2017
Quando:
de 25 a 30 de abril
Onde: no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e em vários espaços da Praia de Iracema
Acesso gratuito

DELÍCIA

Mundo de Doces e Sorvetes chega ao RioMar Fortaleza

O Festival de Doces e Sorvetes contará com food park e atrações infantis e musicais, de 29 de abril a 1° de maio

 Os amantes de doces e sorvetes já podem se preparar para o primeiro Festival de Doces e Sorvetes do RioMar Fortaleza, evento que acontece na cidade nos dias 29 e 30 de abril e 1° de maio (feriado), no Estacionamento Aberto da Lagoa do Papicu do RioMar Fortaleza, a partir das 17h, com entrada gratuita. O Food Park vai trazer os mais diversos tipos de doces e guloseimas. Não vai faltar cupcake, trufas, brigadeiro, espetinho de morango com chocolate, brownie, sorvetes artesanais e muito mais. Entre as operações já confirmadas estão: Pastel do Céu, The Churros, Cookies dos Sonhos, Luck Pop Corn, Loly Balas, Donciotto, entre outras.

Para garantir muita diversão, o festival ainda vai contar com peças de teatro infantil, atrações musicais e espaço com brinquedos para crianças. A programação tem atrações para todas as idades.

No sábado, dia 29 de abril, a dupla João e Maria traz histórias para a criançada, às 17h. Logo após, às 19h, a banda The Dillas irá animar o público. A banda traz um repertório sempre atualizado com músicas de poprock e excelente performance. no domingo, dia 30 de abril, é a vez de Chapeuzinho Vermelho viver aventuras junto com os pequenos, seguido com muita música com a dupla Carla e Davi. E para encerrar, na segunda-feira, dia 1° de maio, feriado, os Três Porquinhos fazem apresentação para a criançada e o fechamento fica por conta da Superbanda, às 19h. A banda conhecida por agitar as noites fortalezenses juntamente com o projeto #Quartinho é formada por nomes já conhecidos no cenário local.  Com Pedro Fialho e Marcelo Góis nos vocais, Anatole Nogueira e Yuri Lobato nas guitarras, Pedro Farias no baixo e Lucas Ramalho na bateria. O grupo interpreta grandes sucessos, do axé ao pop rock, em versões dançantes que prometem não deixar ninguém parado.

Serviço
Data: 29 e 30/ 04 e 01/05
Local: Estacionamento Aberto da Lagoa do Papicu do RioMar Fortaleza
Horário: a partir das 17h
Programação:
Sábado (29 de abril)
17h – João e Maria
19h – The Dillas
Domingo (30 de abril)
17h – Chapeuzinho Vermelho
19h – Carla e Davi
Segunda (1° de maio)
17h- Três Porquinhos
19h- Superbanda

EXPOSIÇÃO 3

GALERIA MULTIARTE COMEMORA 30 ANOS E APRESENTA RETROSPECTIVA DAS OBRAS DO ARTISTA PLÁSTICO CÍCERO DIAS

A Galeria Multiarte iniciou as suas atividades em novembro de 1987 com a missão de apresentar para o público de Fortaleza o que havia de importante no cenário artístico nacional. Realizamos ao longo destes trinta anos, 45 exposições sempre acompanhadas de um catálogo ilustrado, o que hoje constitui uma fonte bibliográfica importante. Além das exposições, promoveu palestras por grandes críticos e historiadores, com a presença de artistas e ainda, ciclos de conferências. Atualmente, a Multiarte se dedica a coordenar grupos de estudos com artistas, colecionadores, professores, alunos e arquitetos.
Em 20 de novembro de 1995, a Multiarte abrigou a primeira e única exposição de Cícero Dias realizada em Fortaleza. Segundo o artista, esta mostra se tornaria um marco na sua vida, pois, além de Recife, Fortaleza seria outro local pioneiro no Nordeste a abrigar uma exibição mais abrangente de sua trajetória. Decorridos 22 anos, e por ocasião das comemorações dos 110 anos de nascimento do artista, a Multiarte apresenta nova exposição, no mesmo formato daquela que tanto encantou o artista.

Com curadoria compartilhada, texto crítico e cronologia da crítica de arte e biógrafa do artista, Angela Grando, doutora em Teoria e História da Arte pela Universidade de Paris I, Sorbonne. A cronologia apresentada teve como fonte principal sua tese de doutorado, Cícero Dias: Figuration Imaginative et Abstraction Construite (1928-1958) na qual, faz uma correção histórica da data de nascimento do artista. Erroneamente publicada como 5 de março de 1907, a partir desta publicação, comprova-se ser 5 de fevereiro de 1907, mediante sua certidão de nascimento.

As obras que compõem esta exposição, a maioria inéditas, são onze aquarelas dos anos 1920 e 1930, um desenho da década de 1930, vinte pinturas dos anos 1930 a 1980 e dez litografias que constituem a Suíte Pernambucana, parte de um conjunto de 25 gravuras editadas em 1983, a partir de suas aquarelas de 1920. A impressão das litografias, feitas ao longo de um ano, ficou a cargo do Atelier Pierre Badey, em Paris, e todas as etapas de produção foram cuidadosamente supervisionadas pelo artista. Após a conclusão da impressão, as matrizes foram destruídas. Cícero Dias viveu intensamente a cena artística no Rio de Janeiro. Da sua primeira exposição em 1928, até sua ida para Paris em 1937, integrou-se no início dos movimentos modernistas, foi amigo de artistas, escritores e intelectuais, participou do Movimento Antropofágico lançado pelo Manifesto de Oswald de Andrade (1890-1954), expôs em Nova York e fez parte do Salão Revolucionário de 1931 – um marco no modernismo brasileiro, organizado por Lúcio Costa (1902-1998). Retira-se para Recife, onde monta ateliê e continua a trabalhar intensamente, e segue participando da vida intelectual com seu grande amigo Gilberto Freyre (1900-1987). Em 1937, vai para Paris, onde o aguardam o pintor Di Cavalcanti (1897-1976), sua mulher Noêmia Mourão (1912-1992) e o escritor Paulo Prado (1869-1943).
A longa experiência do pintor na Europa foi das mais intensas, tanto no plano cultural, convivendo com artistas modernos exponenciais do século XX e participando de movimentos e exposições notáveis, quanto no plano das aventuras de um homem corajoso e amante da liberdade, durante os anos sombrios da Segunda Guerra Mundial. A partir daí, sua arte tem mantido as encantadoras espontaneidade e originalidade, com uma assumida poética visual que, em determinado momento, enfrentou os desafios do abstracionismo, e deles extraiu a ambição de horizontes cada vez mais amplos.
Complementam a exposição a edição de um catálogo com textos de Angela Grando e Max Perlingeiro, cronologia, uma seleção da sua correspondência ilustrada com amigos – artistas e intelectuais e reprodução de todas as obras apresentadas.
A Exposição Cícero Dias (1907-2003) será apresentada até 5 de maio de 2017 e estará aberta à visitação pública de segunda a sexta-feira, das 10 às 19 horas.

Galeria Multiarte
Rua Barbosa de Freitas 1727 I Fortaleza, Ceará
(85) 3261-7724
galeriamultiarte@uol.com.br
www.galeriamultiarte.com.br

EXPOSIÇÃO 2

"DALÍ: A DIVINA COMÉDIA" APRESENTA GRAVURAS DO MESTRE DO SURREALISMO NA CAIXA CULTURAL

As 100 gravuras expostas representam o diálogo entre as artes visuais de Salvador Dalí e a obra literária de Dante Alighieri 

CAIXA Cultural Fortaleza apresenta, de 26 de abril a 02 de julho de 2017, a exposição Dalí: A Divina Comédia, que reúne 100 gravuras do mestre do surrealismo Salvador Dalí, pertencentes a uma coleção privada da Espanha. As obras foram produzidas entre as décadas de 1950 e 1960, sob encomenda do governo italiano para ilustrar uma edição comemorativa aos 700 anos de nascimento de Dante Alighieri (1265-1321). A abertura será no dia 25/04, às 19h. No dia 26, às 15h, haverá uma visita guiada com o artista plástico Roberto Galvão.

Pintor, escultor e gravurista, o catalão Salvador Dalí (1904-1989) alcançou projeção mundial por sua obra surrealista, com imagens inusitadas e muitas vezes bizzarras, de grande riqueza plástica, alusivas ao mundo dos sonhos e do subconsciente. Realizou obras para grandes clássicos da literatura ocidental, com destaque para a série em aquarela onde expõe sua visão sobre a alegoria poética A Divina Comédia, de Alighieri, sendo esta uma de suas criações mais apreciadas.

As imagens ilustram cada canto do poema épico de Dante, percorrendo sua viagem imaginária, desde os círculos infernais, acompanhado por Virgílio, até o centro da terra, onde encontra Lúcifer. Depois, regressando à superfície terrestre, sobe a montanha do purgatório para, guiado por sua amada Beatriz, ser admitido no paraíso.

Alguns conjuntos desta obra de 100 gravuras de Dalí foram impressos com a colaboração dos editores Joseph Foret e Jean Estrade, no atelier deste último. Os trabalhos foram apresentados em Paris, em momentos diferentes, nomeadamente, em 1960, o "Inferno", em 1962, o "Purgatório" e, em 1964, o "Paraíso".

Para Dante, homem-síntese da Idade Média, a finalidade da vida humana era buscar o bem e a verdade, que só em Deus se encontravam. Sua obra poética é uma das maiores da literatura universal, transcendendo o contexto histórico-cultural em que foi produzida. Mas esta teria sido escrita na época para reformar moralmente o mundo, que o poeta via imerso em situação pecaminosa; para despertar nos homens a consciência da redenção.

Serviço:

ExposiçãoDalí: A Divina Comédia
Local: CAIXA Cultural Fortaleza
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Data: 26 de abril a 02 de julho de 2017 (abertura no dia 25/04, às 19h, para imprensa e convidados)
Horários: terça-feira a sábado, das 10h às 20h | domingo, das 12h às 19h
Entrada Gratuita
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos
Serviço de manobrista gratuito no dia da abertura

Informações gerais | CAIXA Cultural Fortaleza:
(85) 3453-2770

segunda-feira, 24 de abril de 2017

EXPOSIÇÃO

Centenário de Chico Albuquerque é lembrado com a mais completa exposição já realizada sobre sua obra

Grande parte das imagens foi restaurada pelo Instituto Moreira Salles e pela primeira vez será exposta no Ceará

Chico Albuquerque em foto de Delfina Rocha

A história da fotografia no Brasil passa por muitos nomes, mas poucos traçaram esse percurso com pioneirismo, múltiplas habilidades, extremo domínio da luz e da técnica e alcançaram o patamar de mestre de gerações de fotógrafos Brasil afora, como é o caso de Chico Albuquerque. Nascido há 100 anos (25 de abril de 1917) e falecido há 16 (26 de dezembro de 2000), "Seu Chico" como era chamado por tantos amigos, colegas e admiradores de sua obra, foi o precursor da fotografia na publicidade no Brasil e fez escola com sua arte que foi, é e será sempre uma grande referência.



Para marcar o centenário de nascimento, o Instituto Moreira Salles (IMS), do Rio de Janeiro, e a Terra da Luz Editorial, do Ceará, abrem no dia 25 de abril a exposição "O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos", que ocupará os dois andares do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Esta será a mais completa mostra sobre a sua obra, somando cerca de 400 fotografias, além de objetos, livros, recortes, exibição de filmes ("It's All True", "Cangaceiros"), documentários sobre ele, vídeo sobre o livro Mucuripe, entrevistas, entre outros. A mostra abre o festival Maloca Dragão, que este ano tem como tema "It's All True, Orson Welles – 100 anos de Chico Albuquerque”.

"Essa exposição pretende apresentar ao público a maestria de Chico Albuquerque, que teve uma rica trajetória de mais de 65 anos na fotografia brasileira", diz Patricia Veloso, da Terra da Luz, que divide a curadoria com Sérgio Burgi, do IMS.

Imagens preservadas
Muitas fotografias serão expostas pela primeira vez no Ceará. Elas são parte do acervo de cerca de 75 mil imagens produzidas pelo fotógrafo cearense em São Paulo entre 1947 e 1975, que está preservado na Reserva Técnica Fotográfica do Instituto Moreira Salles por meio de convênio com o Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Esse material foi digitalizado no IMS, que fez, em seguida, um minucioso trabalho de recuperação das imagens, boa parte delas bastante degradadas. Outra parte da exposição é composta por fotografias mantidas no Ceará, sendo, pois, um encontro de acervos, dando uma visão de toda a obra, resultando na mais completa mostra já realizada sobre ele.

"O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos" apresenta as várias fases de sua vida e obra. Uma das salas lembra o período de 1934 a 1945, que são os primeiros anos da ABAFILM, fundada em Fortaleza por seu pai, Adhemar Bezerra de Albuquerque, e o início da carreira profissional de Chico, que esteve à frente do estúdio da empresa de fotografia do pai. É dessa época o trabalho de still do filme It's All True, do cineasta Orson Welles, do qual participou Chico Albuquerque, e os registros do cangaço feitos por Benjamim Abrahão, cujo serviço foi contratado pela ABAFILM.

Em 1945 Chico Albuquerque mudou-se para São Paulo, onde abriu seu estúdio e destacou-se como um dos melhores retratistas do país, tornando-se um ícone da fotografia publicitária no Brasil, atividade que iniciou em 1949 junto às maiores agências de publicidade nacionais e internacionais.

Do período que residiu em São Paulo datam a série de cerca de 50 retratos de artistas, políticos e outras personalidades, as fotografias de arquitetura, moda, indústria automobilística e as imagens urbanas da capital paulista, produzidas nas décadas de 1960 e 1970, nunca expostas em Fortaleza. Na mostra há também um espaço dedicado ao fotoclubismo, movimento que participou como membro do Foto Cine Clube Bandeirante e que projetou a fotografia brasileira no cenário internacional.

Mucuripe, Frutas e Jericoacoara

Do acervo que permanecem no Ceará, estão séries como Frutas, de 1978, Jericoacoara, sendo este o último ensaio que realizou, em 1985, e Mucuripe, a famosa documentação sobre os jangadeiros na praia de Fortaleza registrada por Chico Albuquerque em duas épocas distintas. A primeira vez foi em 1952, gerando uma grande repercussão nacional, com exposição no MASP e divulgação em revista de circulação nacional. A segunda, 36 anos depois, em 1988, cujas fotografias compuseram a primeira publicação do livro Mucuripe, lançado no ano seguinte. Editora e curadora também dos livros sobre a obra de Chico Albuquerque, Patricia Veloso lembra que as duas primeiras edições de Mucuripe tiveram o acompanhamento do fotógrafo nos serviços de impressão em São Paulo.
Recortes e afetos

A exposição reserva um espaço que é chamado pelos curadores como Sala dos Afetos, com registros de pessoas que fotografaram Chico Albuquerque, fotos pessoais, da família e lugares onde morou.

Instalação e Performance Visual na abertura

A abertura no dia 25 será acompanhada da instalação “Jangadeiros”, do ilustrador, grafiteiro e artista plástico Rafael Limaverde, e do show “Quatro homens e uma jangada”, uma performance sonora visual criada por Eric Barbosa que, juntamente com os músicos Guilherme Mendonça e Julio César Santana Pepeu e o artista visual Dimitri Lomonaco, realizam uma reinterpretação audiovisual do filme de Orson Welles.

SERVIÇO
Exposição "O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos" - Abertura no dia 25 de abril, às 19h, no MAC-CE do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A exposição fica em cartaz até o dia 02 de julho de 2017. Visitação de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito. Informações: (85)3488.8624

terça-feira, 18 de abril de 2017

LITERATURA

Programação da XII Bienal Internacional do Livro do Ceará e outros lançamentos literários de abril

> O escritor e agitador cultural Ricardo Kelmer participa de roda de debate com Lira Neto nesta quarta

Lola Aronovich, Mestre Cacique Pequena e André Vianco são algumas das atrações de quarta-feira na XII Bienal Internacional do Livro do Ceará

Semana passada teve início início a programação da Bienal fora da Bienal. Serão encontros com escritores do Ceará, do Brasil e de vários países, realizados fora do Centro de Eventos do Ceará, colocando novos públicos em diálogo direto com autores consagrados, como Valter Hugo Mãe, Ignácio de Loyola Brandão, Benita Prieto, Tino Freitas e muitos outros. Tudo isso em espaços como: a Praia do Titanzinho, a Praça do Ferreira, o Poço da Draga, a Unilab em Redenção, a comunidade indígena dos Anacé, em Caucaia, e a Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, em Aquiraz.O sexto dia de XII Bienal Internacional do Livro do Ceará começa na Praça do Ferreira. A programação da Bienal fora da Bienal leva para uma conversa no meio da rua a escritora Kiusam de Oliveira - artista multimídia, arte-educadora, bailarina e especialista nas temáticas das relações étnico-raciais, de gênero, da corporeidade e do candomblé de ketu. Ativista do movimento negro há quase 30 anos, a convidada vai conversar com o público sobre “Minha casa é meu chapéu - dois dedos de prosa com quem mora na rua”, a partir das 10h.

Enquanto isso, também às 10h, mas no espaço Café Literário, do Centro de Eventos do Ceará, o artista plástico cearense Zé Tarcísio compartilha conhecimentos sobre histórias singulares e personagens cotidianos. Já a jovem escritora cearense Kamile Girão, autora dos livros "Outubro" e "Yume", lança seu livro “Fisheye”, que virou realidade graças ao financiamento coletivo na plataforma Catarse. O lançamento acontece às 15h, no Espaço Natércia Campos do Escritor Cearense.

No Auditório Mestres e Mestras da Cultura, uma roda de saberes vai reunir nomes da cultura indígena cearense. Mestre Cacique Pequena (Aquiraz), Mestre Pajé Luiz Caboclo Tremembé (Itarema) e Mestre Cacique João Venâncio (Itarema) partilham sobre “A alma é um encanto, a memória divina”, com mediação de Alênio Carlos Noronha Alencar, às 16h.

Já a Sala Moreira Campos está repleta de diálogos com renomados nomes da literatura e da cultura. Às 16h, Belchior é o mote: Ricardo Kelmer, Joan Edesson, Cleudene Aragão e Ricardo Guilherme conversam sobre “Belchior e seu eterno canto feito faca”. Às 18h, será a vez de Daniel Munduruku trocar ideias com Paulo Lins sobre “Como o Brasil (re)trata suas bibliotecas vivas?”. Para finalizar, Frei Betto, Socorro Acioli e a professora Adelaide Gonçalves discutem sobre como recriar o mundo, trazendo a esperança através das palavras.

A blogueira feminista e professora universitária Lola Aronovich marca presença no evento ao lado de Fernanda Cardoso para gerar reflexões e análises da poesia feminista de Gilka Machado, a partir das 15h, na Sala Francisca Clotilde, com mediação de Vânia Vasconcelos. Encerrando o rico elenco de atrações do dia, o escritor paulista e também roteirista de TV, André Vianco, considerado um dos maiores autores do estilo chamador “Horror” da contemporaneidade divide seus conhecimentos e experiências sobre a adaptação de literatura de fantasia e terror para audiovisual no brasil, às 20h, na Sala Mágica.

Confira a programação completa desta quarta-feira (19):

Programação Bienal Fora da Bienal –  Unilab Redenção

10h - Relatos Encontro Oralidades & Escritas em Língua Portuguesa: Rosalina Tavares (Cabo Verde), Geraldo Amâncio (Brasil), Tony Tcheka (Guiné-Bissau), Carlos Subuhana (Moçambique) e Brígida da Silva (Timor Leste)   Mediação: Manoel Casqueiro (Guiné-Bissau)
14h - A resistência da palavra nas literaturas africanas de língua portuguesa , com Rita Chaves (Brasil), Ondjaki (Angola) - Mediação: Sueli Saraiva (Brasil)
15h - Encontro: Tony Tcheka com os estudantes guineenses Mediação: Gepac (Estação de Acarape)
16h - Mulheres, Literatura e Resistência - Paulina Chiziane (Moçambique). Mediação: Luana Antunes  (Brasil)

Programação Bienal fora da Bienal –  Praça do Ferreira
10h - Tema: Minha casa é meu chapéu - dois dedos de prosa com quem mora na rua. Convidada: Kiusam de Oliveira

Programação Auditório Mestres e Mestras da Cultura do Ceará – TÉRREO

9h30 - Eu sou cidadão: Amigos da Leitura (APDMCE) – Programação infantil com o Grupo Encanto. Participação especial da escritora Ieda de Oliveira e show com a banda Cuzcuz com Ovo
16h -  Rodas de Saberes com Mestres e Mestras da Cultura - A alma é um encanto, a memória divina. Mestre Cacique Pequena (Cultura Indígena - Aquiraz). Mestre Pajé Luiz Caboclo Tremebé (Cultura Indígena - Itarema). Mestre Cacique João Venâncio (Cultura Indígena - Itarema). Mediação: Alênio Carlos Noronha Alencar.

Programação Espaço Natércia Campos do Escritor Cearense – PAVILHÃO TÉRREO
15h - Lançamento do livro "Fisheye" de Kamile Girão
16h - Lançamento do livro "Por que?" de Alberto Farias
17h - Lançamento do livro “Paradigmas éticos na saúde pública nos códigos brasileiros de ética médica” de Dary Alves de Oliveira.
18h -  Lançamento do livro "Barão de Camocim" de Lourdinha Leite Barbosa
19h - Lançamento do livro "As Cidades de Rubem Braga e Walter Benjamim" de Ana Karla Dubiela

Programação Praça Mário Gomes – PAVILHÃO TÉRREO
10h - Lançamento de livro de alunos de Guaiúba
15h -  Lançamento do livro "Corpos escritos" - Vários autores - Org. Francisco Silva Cavalcante Junior
17h - Oficina de poesia com Arlene Holanda
19h - Lançamento do livro “ANK, a chave da vida” de Rogério Soares

Programação Café Literário – PAVILHÃO TÉRREO
10h - Histórias singulares: personagens cotidianos: Zé Tarcísio (mediação de Bosco Lisboa)
12h - Cine Palavra: Audiovisuais literários
14h - Imagens e obras: diálogos sobre autores - Vídeos sobre José Eduardo Agualusa dialogados por Léo Mackellene
16h - Pocket-shows: palavra música - Calé Alencar
17h15 - Performances: palavra cena - Joana Angélica
18h15 - Diálogos: A palavra por trás da palavra, com Pedro Rogério e Claudiana Nogueira Alencar
19h15 - Na vitrine: lançamentos - Ricardo Kelmer

Programação Fortaleza Boêmia – PAVILHÃO TÉRREO
19h - Fortaleza Boêmia -  Apresentação em voz e violão: Davi Duarte

Programação Espaço do Ilustrador Audifax Rios - PAVILHÃO TÉRREO
Programação variada durante o dia
19h - Palestra com Fernanda Meirelles e Luci Sacoleiro : A Ilustração como rede de afeto

Programação Praça do Cordel – FOYER TÉRREO
10h30 – Recital com os poetas Paulo de Tarso, Jotabê e Francisco Melchíades
14h – Recital da Rede Mnemosine de Cordelistas
15h – Recital com o mestre Antônio Francisco
16h – Lançamento do livro Patriarcas do Cordel de Arievaldo Viana e Stélio Torquato.
17h – Confraternização em versos com os cordelistas da Aestrofe, Cecordel e Sopoema
18h –  Recital com o mestre Chico Pedrosa e convidados
19h30 – Apresentação do cantor e compositor Beto Brito.

Programação Sala Adolfo Caminha - SALA 1 – MEZANINO 1
9h - Curso Técnico em produção de eventos culturais - Laboratório de Produção - Oficina de Confecção de Livro – Simone Barreto, Luciane Goldberg, Sérgio Melo/Oficina de Escrita Narrativa Criativa – Socorro Acioli, Tércia Montenegro, Sarah Diva
14h - Curso Técnico em produção de eventos culturais - Laboratório de produção - Mostra audiovisual Pro.ta.go.ni.zar v.t.d Ser Protagonista de. [Conjug.: [protagoniz]ar]
19h - Lançamento de 15 títulos da Coleção Terra Bárbara (Edições Demócrito Rocha): perfis e personalidades cearenses cujas trajetórias traduzem e compõem histórias do Ceará: D. Mocinha, Rosa da Fonseca, Ednardo, Tomás Pompeu, Aldemir Martins, Antônio Conselheiro, Rosa da Fonseca, Mário Gomes, Fausto Nilo, Arthur Eduardo Benevides e Antônio Sales

Programação Sala Contos, Papos e Encantos - SALA 2 – MEZANINO 1
9h - Teatro de bonecos - Bricoleiros
10h - Efigênia Alves
13h - Tardes de Encantar - Gilvan Silva e Ivania Maia
14h - Histórias que o povo conta - Renê Rodrigues
15h - Contação de História com Benita Prieto - Histórias de assombrar e outros contos
16h - Encontro de Mediadores: Objetos fantásticos Kiara-Obeid-Marcos Melo (Público adulto)
18h - Encontro de Mediadores: O livro também conta, com Ana Paula Bernardes - Fabíola Farias Lídia Eugênia

Programação Sala Causos e Cantorias - SALA 3/4 – MEZANINO 1
(toda a manhã) Pajé Benício - Pinturas de rosto indígena - Suaçuamussará: "o tempo grande acabou mas tudo permanecerá Cada pessoa, um livro; o mundo, a biblioteca”
9h - Fabiana Guimarães - Histórias Afro-indígenas
9h30 - Henrique Dídimo - O segredo do guajara e outras histórias com índios
10h - Jenipapo-Kanindé - Toré
13h - Daniel Munduruku
15h - Lenice Gomes (Editora Paulinas) - Fabiana Guimarães (Editora Paulus)

Programação SALA 5/6 – MEZANINO 1 -Circo
9h- Invasão De Palhaços - Cia Verdade Cênica - Circo Lúdico e os Contos Circenses - Alice no País da Palhaçada (Circo Tradicional Palhaçaria)
13h -Projeto Pé de Livros - Contação de Histórias – Elvis Jordan
14h - O Circo de Brinquedo com Alex Ferreira
15h - Hora do Autor - Papo sobre o Grupo Crise - O Ator Risível: Procedimentos Para As Cenas Cômicas Com Fernando Lira - Ação De Formação Para Palhaços
16h - Hora Do Espetáculo - Palhaçaria Tiquim de Nada - Cia. Cle (Circo Lúdico Experimental)

Programação Sala Sáskia Brígido - SALA 7 – MEZANINO 1  - ESPAÇO SME
Socialização de práticas pedagógicas exitosas das escolas com foco na leitura e na escrita, realizando mostras literárias com atividades lúdicas, apresentações culturais e exposição dos trabalhos de professores e alunos desenvolvidos nas unidades escolares do Município de Fortaleza.

Programação SALA 8 – MEZANINO 1-  ESPAÇO. SESC
9h - Performance Poética - Zip-Zap
10h - Projeto Abraço Literário
13h - Projeto Abraço Literário
14h - Performance Poética - Zip-Zap
15h - Projeto Abraço Literário

Programação Sala Moreira Campos - SALA 1 – MEZANINO 2
16h - Ricardo Kelmer, Joan Edesson e Cleudene Aragão: Belchior e o seu eterno canto feito faca
18h - Daniel Munduruku em diálogo com Paulo Lins: Como o Brasil (re)trata suas bibliotecas vivas?
20h - Frei Betto em diálogo com Socorro Acioli e Adelaide Gonçalves: Recriar o mundo: trazer a esperança através das palavras

Programação Sala José de Alencar - SALA 2 – MEZANINO 2
18h - Bazar das Letras Sesc – “Da poesia que não se contém” Aila Sampaio e Ângela Escudeiro. Mediação: Rosanni Guerra
Programação Sala Rachel de Queiroz - SALA 3 – MEZANINO 2
10h - VIII Encontro SEBPCE - Palestra: Políticas Pública de Leitura e Bibliotecas. Cristian Bryner - Diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do MINC. Mediadora-Mileide Flores – COPLA"
11h30 - VIII Encontro do SEBP/CE - Relato de Experiência: acessibilidade - Cristina Santos (SEBP/Bahia), Marcos Rodrigues e Tamylle Vieira - Setor Braille/BPGMP,  Thallyta Passos – Especialista em Libras – grupo Mãos de Fada. Mediadora: Cassia Barroso, presidente da ABC
14h - VIII Encontro do SEBP/CE  - Palestra: Dimensões filosófica, culturais e artísticas da Biblioteca Pública. Convidada: Vera Saboya (Filósofa). Mediação: Enide Vidal (diretora da BPGMP)
15h - VIII Encontro do SEBP/CE - Lançamento: Guia das Bibliotecas Públicas Municipais (SEBP/CE, CRB3 e fadas e outros bichos - Thallyni Maria Passos. Mediação: Rute Leite (CRB-3)
17h - Lançamento da Revista “Controle” Vol 15 do Tribunal de Contas do Estado (TCE).  

Programação Sala Francisca Clotilde - SALA 4 – MEZANINO 2
9h - Reunião dos Gestores Municipais de Cultura (DICULTURA)
15h - Letra de Mulher, Novas Páginas: Cala a boca já morreu.., com: Lola Aronovich e Fernanda Cardoso falando sobre a poesia feminista de Gilka Machado. Mediação: Vânia Vasconcelos
16h - Letra de Mulher, Novas Páginas - Encerramento: performance com trechos de textos da autora com Antonia Alice Queiroz Bezerra e Priscila Kelly de Lima. Lançamento da obra completa de Gilka Machado.

Programação Sala Luiza de Teodoro - SALA 5 – MEZANINO 2  
10h - III Salão do Professor - Seminário de Educação (Editora Cortez)- Avaliação da Aprendizagem e gestão pedagógica com Cláudia Fernandes
14h - III Salão do Professor - Seminário de Educação (Editora Cortez) Inclusão e diversidade: temas fundamentais para entender a escola com Marcos Cézar Freitas
16h - III Salão do Professor - Seminário de Educação (Editora Cortez) Formação de leitores: Quais livros eu tenho? Quais escolher? O que fazer com eles? com Eraldo Miranda
17h30 - III Salão do Professor - Seminário de Educação (Editora Cortez) - O uso da Internet em práticas sociais: como isso afeta o ensino? Com Denise Bértoli
20h - SESC Professor - “Brincar: Uma experiência de Afeto e Amor”. Facilitador: Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida
Programação Sala Multiplayer - SALA 6 - MEZANINO 2 - Programações Diárias

Espaço SESC Ciências: ConsCiência Ambiental: Brincando com Ciência. Exposição de jogos educativos (objetiva estimular a reutilização de resíduos sólidos na confecção de jogos pedagógicos, com o intuito de criar estratégias lúdicas e divertidas para a sala de aula através do reaproveitamento de materiais descartados no dia a dia, despertando assim o interesse na preservação ambiental e na prática dos três R).

Espaço SECITECE Ciência: Jogos Digitais

Espaço Conferência de Ideias: Espaço destinado à disseminação de ideias. Onde o público da Bienal pode utilizar para apresentar seus projetos, suas experiências, seus planos, sua vida, sua história. Em palestras curtas, de no máximo 20 minutos, onde a inscrição pode ser realizada no local

Programação Sala Luz - SALA 7 - MEZANINO 2 - SECITECE
               
Espaço Vermelho
9h – Oficina de Robótica para Crianças e Adolescentes
14h - Oficina de Robótica para Crianças e Adolescentes
19h -  Painel de Debates: Mecatrônica
               
Espaço Azul
9h-Exposição Paisagem Cósmica
9h-Exposição Drone\Robô NAO\Robô Quanser\Robô Pioneer\Robô e Impressora Digital.
               
               
Espaço Verde
10h - Mesa redonda: saberes populares e saberes científicos
11h30 - Mesa redonda: profetas da chuva
13h30 - Lançamento de livro: agentes racionais
14h30 - Lançamento de livro: um breve estudo sobre equações algébricas
15h - Palestra: o empreendedorismo e a inovação na era do conhecimento
15h30 - Lançamento de livro: resíduos sólidos e aterros sanitários
16h30 - Palestra: letramento digital e novas formas de co-aprender
19h - Palestra: a natureza exótica do universo

Programação Sala Elementos - SALA 8 – MEZANINO 2
9h - Fanzine da Bienal (CUCA)
10h - A história dos jogos de tabuleiro: dos ritos sagrados à diversão na mesa (Igrejota)
15h - Gamificação: utilizando elementos de jogos para motivar pessoas (Igrejota)
18h - RapaduraTV ao vivo: Jurandir Filho e Ph Santos
19h - Batalhas Épicas: Versões Livro X Filme

Programação Sala Mágica - SALA 9-10 – MEZANINO 2
9h30 - Sarau Resistência (MARC)
10h30 - Projeto Beat Rima (CCBJ e Erivan)
15h - Toré – Índios Genipapo Kanindé (Mesa Cacique Pequena e Daniel Munduruku)
(Mesa Cacique Pequena e Daniel Munduruku)
17h - Espaço FORPG –(Vila do RPG)
20h - André Vianco: "A adaptação da literatura de fantasia e terror para audiovisual no Brasil."



Editora da UFC está presente na XII Bienal Internacional do Livro do Ceará

A editora da Universidade Federal do Ceará, Edições UFC, está presente na XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, no estande 95. Aberta no último dia 14, a Bienal prossegue até o próximo domingo (23), no Centro de Eventos, em Fortaleza. Considerada um dos principais acontecimentos culturais do Estado, a Bienal é realizada pela Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) em parceria com o Instituto Dragão do Mar e o Ministério da Cultura.

A cada ano, a participação das Edições UFC na Bienal tem crescido e se profissionalizado, na avaliação do diretor da editora, Prof. Cláudio Guimarães. "Desde o início estivemos presentes todos os anos", ressalta. Integrando a Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), as Edições UFC apresentam em seu estande, além da produção própria, obras de autores de outras universidades que reconhecem a importância de divulgar os trabalhos no espaço da UFC.

Para além da Bienal, o Prof. Cláudio Guimarães informa que o site da Editora (www.editora.ufc.br) foi recentemente renovado. Nele, é possível acessar o catálogo atualizado, saber como adquirir obras, bem como conhecer as normas de publicação, entre outras questões.

PROGRAMAÇÃO – A programação completa da XII Bienal Internacional do Livro do Ceará está disponível no site do evento: https://goo.gl/NdZhSC.  

Fonte: Prof. Cláudio Guimarães, diretor das Edições UFC – fone: 85 3366 7499


NISE lança Corpos excritos na XII Bienal Internacional do Livro do Ceará

Com organização do Prof. Francisco Silva Cavalcante Junior, será lançada, nesta quarta-feira (19), a coletânea Corpos excritos, que reúne artigos de pesquisadores do Núcleo de Integração Somaestética (NISE), da Universidade Federal do Ceará, em parceria com estudiosos de outras universidades brasileiras, além de profissionais e estudantes colaboradores.

A obra será lançada às 15h no Espaço Natércia Campos da XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, que acontece no Centro de Eventos do Ceará. No livro, composto por 12 capítulos, os leitores encontrarão reflexões e experimentações sobre o corpo em suas relações amplas na vida.

"Os autores apresentam pensamentos e poéticas construídos sob a verve da potência máxima do existir, que se descobrem no fora da substância, do fenômeno, da carne ou da significação de suas corporalidades. Estes são os corpos excritos com 'x', que provocam estranhamentos e se inventam no contato com o estranho", explica o Prof. Cavalcante Junior.

A quarta coletânea organizada pelos pesquisadores do NISE dá continuidade ao trabalho iniciado em 2014 com a publicação de Corpos anárquicos, seguido por Corpos extra-vagantes, em 2015, e Corpos arquígonos, em 2016. Segundo Cavalcante Junior, a obra "soma esforços para a ampliação dos espaços facultados ao corpo sensível e diferente no âmbito do ensino superior e expressa as inquietudes dos seus autores, suas indignações e suas potências transformadoras para esse corpo excrito que se inventa estranho e no estranhamento se torna o ato próprio do existir".

O livro poderá ser adquirido no dia do lançamento na Bienal do Livro e, posteriormente, pelo site da editora CRV (https://goo.gl/9OwTig), que publicou todos os títulos do coletivo autoral NISE.

Fonte: Prof. Francisco Silva Cavalcante Junior, coordenador do Núcleo de Integração Somaestética (NISE) – fones: 85 3366 9533 e 3366 9217 / e-mail: niseufc@gmail.com

 
 
 
 
 
 

Lançamento do livro Água limpa e terra fértil será nesta terça-feira (18), no CCA

Resultado de oito anos de pesquisa e extensão no Assentamento 25 de Maio, em Madalena e Quixeramobim (CE), o livro Água limpa e terra fértil (EDUECE, 216 p., R$ 20,00) será lançado nesta terça-feira (18), às 11h, no auditório da Engenharia de Pesca, no Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Ceará, no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra, em Fortaleza.

A obra tem como autores os professores da UFC José Carlos Araújo (Departamento de Engenharia Agrícola do CCA) e Edson Vicente da Silva, o Cacau (Departamento de Geografia), e a professora da UECE Liana Brito (Serviço Social). No lançamento, o livro será apresentado pelo professor e ambientalista Jeovah Meireles, do Departamento de Geografia da UFC.

O tema central da obra é saneamento rural, como afirma o Prof. José Carlos Araújo. "No assentamento, estudamos a questão ecológica, o problema da poluição dos açudes, a educação ambiental e o tratamento de esgoto através da fossa verde", diz. Ele explica que a fossa verde é um sistema de tratamento de esgoto no qual são utilizadas plantas que evitam a contaminação do solo.

JORNADA – O lançamento do livro ocorre como parte da programação da IV Jornada Universitária  em Defesa da Reforma Agrária, evento que UFC integra com outras universidades públicas e movimentos sociais. As atividades do encontro acontecem desde o dia 10 de abril e seguem até 10 de maio.

Mais informações sobre a programação estão na página da Jornada no Facebook: https://goo.gl/THGNL2.

Fonte: Prof. José Carlos Araújo, Departamento de Engenharia Agrícola do CCA – fone: 85 3366 9129
 







Mestrado em Zootecnia comemora 40 anos com lançamento de livro

Para comemorar os 40 anos do Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal do Ceará será lançado nesta quarta-feira (19), às 15h, o livro A história natural de um polinizador: a abelha mamangava Xylocopa fontalis, de autoria de Breno Magalhães Freitas, Cláudia Inês da Silva e Antônio Diego de Melo Bezerra.

O lançamento da obra, publicada pela Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (ABELHA), será no auditório do Departamento de Zootecnia (bloco 808 do Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra).

MESTRADO – O Mestrado em Zootecnia da UFC iniciou suas atividades em março de 1977. De lá para cá, já foram titulados 362 mestres. Atualmente o curso conta com 11 docentes permanentes e 2 colaboradores, registrando 46 alunos matriculados.

Os projetos de pesquisas desenvolvidos estão distribuídos em diferentes linhas de pesquisa de duas áreas de concentração. Na área de Produção e Melhoramento Animal, as linhas de pesquisas são "Abelhas e Polinização", "Manejo e Fisiologia da Reprodução", "Melhoramento Genético Animal" e "Sistemas de Produção Animal (Aves, Bovinos de Corte e Leite, Caprinos e Ovinos, Suínos)". Na área de Nutrição Animal e Forragicultura, estão as linhas de pesquisas "Avaliação de Alimentos Alternativos e Aditivos Dietéticos", "Exigências Nutricionais" e "Produção, Conservação e Manejo de Plantas Forrageiras".

Segundo o coordenador do Mestrado em Zootecnia da UFC, Prof. Ednardo Rodrigues Freitas, "a forte base acadêmica pautada por disciplinas que conferem formação sólida e os projetos de pesquisa de base científica e com aplicação prática têm possibilitado que os egressos do curso tenham plenas condições de complementar sua formação acadêmica e se inserir nas instituições de ensino superior do País como professores, atuar como pesquisador em empresas de pesquisa agropecuárias federais, estaduais ou privadas e, também, atuar como consultores autônomos e criar suas empresas agropecuárias de alta tecnologia".





Sesc desenvolve ações de literatura para todas as idades na XII Bienal Internacional do Livro no Ceará
 
De 14 a 23 de abril, o Sistema Fecomércio-CE realiza diversas ações na XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, que acontece no Centro de Eventos. O Sesc, braço social da Federação, desenvolve atividades de literatura em vários espaços, proporcionando ao visitante os caminhos do saber, com programação infantil e adulta. O evento acontece das 9h às 22h. A entrada é gratuita.
No Espaço Sesc, sala 8 do Mezanino 1, as crianças encontram um espaço lúdico de aprendizagem e diversão, tendo acesso a livros, contação de histórias e exibição de filmes, e a Biblioteca Infantil do Sesc aberta para visitação. Já para o público infanto-juvenil o espaço reserva uma programação com performances poéticas e diálogos literários.
Nas salas 2 e 5 do Mezanino 2, o Sesc oferece ao público adulto, por meio do projeto Bazar das Letras, ampla programação de literatura, com debates, bate-papo com escritores, recital e reflexão literária acerca de diversas temáticas, além de duas palestras sobre educação e escrita criativa. Na sala 6, o público pode experimentar um mundo de curiosidades por meio do Espaço Sesc Ciência, que disponibilizará exposições interativas com 5 temas distintos.
Além disso, a unidade móvel BiblioSesc pode ser visitada na entrada do evento, sendo uma oportunidade para que a população conheça o projeto, que possibilita o acesso à leitura, com visitação regular a bairros de Fortaleza e Região Metropolitana.
“Desenvolver a leitura e suas possibilidades libertadoras, desde a infância até a maturidade, é uma das missões do Sesc. E estar integrando a programação da Bienal Internacional do Livro é uma oportunidade para que todos conheçam ainda mais os caminhos do saber que proporcionamos com nossas ações”, destaca a diretora regional do Sesc Ceará, Regina Pinho. 
Além das ações do Sesc, o Sistema Fecomércio-CE ainda está presente na Bienal com as ações do Senac, que evidencia na ocasião as possibilidades dos caminhos do fazer, proporcionados pela educação profissional.
Confira a programação completa do Sesc na XII Bienal Internacional do Livro do Ceará no site www.sesc-ce.com.br
           
SERVIÇO
Sesc na XII Bienal Internacional do Livro no Ceará.
Local: Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999)
Espaços: Mezanino 1 (sala 8) / Mezanino 2 (salas 2, 5 e 6)
Horário: 9h às 22h
Período: 14 a 23/4
Informações: (85) 3452.9066

:::Gratuito:::







Semana do Livro Infantil em Sobral
 
De 17 a 20 de abril o Sesc, braço social do Sistema Fecomércio-CE realiza a Semana do Livro Infantil em Sobral. A iniciativa compreende a importância da leitura no processo educativo das crianças e com a programação se propõe a estimular o hábito da leitura e da escrita. As atividades são gratuitas.
Contação de histórias, shows e biblioteca itinerante integram a programação, que leva cultura e aprendizagem aos participantes. As atividades acontecem na Unidade Sobral do Sesc e em escolas públicas da cidade. O encerramento acontece na quinta-feira (20), na praça do bairro Pedrinhas, com o show de Taffa Teixeira, às 17h.
           
Programação

17/4 (segunda-feira)
Abertura da Semana do Livro Infantil - Palestra / Show com Taffa Teixeira
Local: Escola Educar Sesc (Rua Clotário Aguiar Araújo, 86 – Junco – Sobral)
Horário: 8h30

18/4 (terça-feira)
Contação de histórias com Márcio Tibúrcio e Patrícia
Local: Escola Oswaldo Chaves
Horário: 7h30 e 13h30

19/4 (quarta-feira)
Contação de histórias com Paula Yemanjá
Horário: Escola Dolores Lustosa
Horário: 8h e 14h

20/4 (quinta-feira)
Encerramento da Semana do Livro Infantil – Apresentação das turmas de Ballet e show com Taffa Teixeira
Local: Praça do bairro Dom Expedito
Horário: às 17h

SERVIÇO
Semana do Livro Infantil – Sobral
Período: 17 a 20/4
Informações: (88) 3611.0954