A ex-conselheira do programa Casos de Família do SBT fala sobre sua trajetória e seus desafios em 40 anos de carreira
Dra. Anahy D’Amico é uma das psicólogas mais conhecidas e respeitadas do Brasil. Com mais de quarenta anos de experiência na área, ela é uma referência na compreensão das dores e problemas enfrentados pelas mulheres. Seu trabalho na TV, na internet e na literatura tem ajudado milhares de pessoas a superarem desafios emocionais, estabelecerem relacionamentos saudáveis e encontrarem o equilíbrio em suas vidas.
Em entrevista exclusiva ao Jornal O Estado e blog DIVIRTA-CE , a Dra. Anahy conta um pouco sobre sua trajetória acadêmica e profissional, os principais desafios que enfrentou ao longo de sua carreira como psicóloga e terapeuta sexual, e como se sente ao ver o impacto positivo que seu trabalho tem na vida de tantas pessoas. Formada em Psicologia em 1982, desde então, ela tem se dedicado intensamente a ajudar seus pacientes a superarem desafios emocionais, estabelecerem relacionamentos saudáveis e encontrarem o equilíbrio emocional em suas vidas.
Por 19 anos, foi uma presença marcante na mídia. De 2004 a 2022, integrou o programa "Casos de Família" no SBT, onde se destacou por não se calar diante de relações desiguais e abusivas vivenciadas por mulheres. Foi uma das precursoras em falar de assuntos primordiais como relacionamentos tóxicos e saúde mental na TV aberta, em rede nacional.
Em 2020, escreveu seu primeiro livro, intitulado "O Amor não Dói", publicado pela Editora Planeta, resultado de muitos casos que atendeu como psicóloga ao longo dos anos.
Continua compartilhando seus conhecimentos e insights com um público ainda maior. Sua presença online é significativa, com seu canal no YouTube contando com mais de 2 milhões de inscritos e seu Instagram reunindo mais de 1 milhão de seguidores. Nessas plataformas digitais, Dra. Anahy continua a impactar positivamente a vida de muitas pessoas, ajudando-as a encontrar força emocional, compreender suas emoções e estabelecer relacionamentos saudáveis e significativos.
DIVIRTA-CE- Como foi sua trajetória acadêmica e profissional até se tornar uma psicóloga renomada? Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo de sua carreira como psicóloga e terapeuta sexual? Como você se sente ao ver o impacto positivo que seu trabalho tem na vida de tantas pessoas?
Dra Anahy D’Amico – Eu me formei em 1892, assim que me formei comecei a fazer estágios em várias áreas da psicologia, em escolas, em indústrias, em consultórios, eu era observadora de grupos de atendimento. Até que eu vi que realmente gostava da psicologia clinica, que eu queria atender em consultórios, com psicoterapia. O maior desafio é que eu me senti insegura, tinha apenas 22 anos, e me senti assim para atender, a saída que encontrei foi ter uma supervisora, e no final de cada dia de atendimento, que não eram muitos, porque a gente começa com poucos e com as indicações vai aumentando, tirava todas as minhas dúvidas. Meu maior desafio foi me fortalecer e me sentir segura para poder atender, porque aos 22 anos não temos muita experiência de vida. A terapia sexual eu fui me especializar, fazer a Pós-Graduação oito anos depois de formada. Foi outro desafio, porque nessa época o tabu sobre a sexualidade era muito maior. Até hoje as pessoas chegam muito inibidas, então foi mais um desafio e tanto, encarar a própria sexualidade, mas eu adorei, e me sinto muito feliz de ver o impacto que meus vídeos tem nas pessoas. O programa que fiz parte, o Casos de Família também teve, então me sinto muito gratificada, realmente o intuito dos conteúdos que posto é ajudar, ser útil, esclarecer. Eu tenho um engajamento muito bom, as pessoas conversam muito, mandam muitas mensagens respondem prontamente, dão ideias, e é realmente maravilhoso esse contato íntimo que tenho com o público, eles me escrevem romances contando a vida, pedindo conselhos, porque era isso que eu fazia no programa, eu sou psicóloga, mas lá era apenas uma conselheira.
DIVIRTA-CE - Quais são os principais temas e problemas que você aborda em seu livro “O Amor não Dói”? Como foi o processo de criação da obra?
Dra Anahy D’Amico – O que eu abordo no livro é mais um questionamento sobre o porquê da gente se acostumar com o que dói ao que machuca, porque as mulheres dão tantas oportunidades para os relacionamentos ruins, tóxicos e abusivos, aquela onipotência que a gente tem de que o nosso amor vai dar conta de tudo. Então o livro é um "be a bá" de como a gente entra e permanece em relacionamentos ruins. A mulher só sai quando está muito, muito, muito ruim, porque ela acha que ele vai melhorar, que vai mudar, ou tem medo, está tão arrebentada emocionalmente que ela não tem forças para sair, a autoestima está zerada, tem os filhos, a dependência financeira, porque o abuso tira toda independência e rede de apoio da mulher. Essa demanda era muito grande no Casos de Família, eu vi abusos lá de todos os tipos, a violência doméstica que era um tema muito constante no programa, aqueles abusos explícitos e outros mais velados, mas era um programa de conflitos, então isso era muito recorrente. Lógico que nos incomoda, nos entristece, chama atenção. Eu fiquei 19 anos no programa e fora isso, já atendia casos de abuso no consultório, mas não era tão comum a gente ouvir as histórias, ou as pessoas tinham mais receio de contar, hoje com as redes sociais está tudo mais desvelado, se fala muito sobre o assunto e realmente eu tive muito contato, e a maioria dos meus atendimentos são por conta de relacionamentos abusivos, tanto de homens como de mulheres. Mas como ficou muito marcado eu, junto com todos os psicólogos, lutarmos pelo abuso, as mulheres passaram a me procurar muito, a demanda que teve no Casos de Família começou a chamar minha atenção de uma maneira tão forte que eu resolvi escrever o livro.
DIVIRTA-CE - Como foi sua experiência como integrante do programa “Casos de Família” no SBT? Quais foram os momentos mais marcantes e os mais difíceis que você viveu nesse programa?
Dra Anahy D’Amico - A minha experiência como integrante do programa foi excepcional, eu desenvolvi muito poder de síntese, porque tinha pouco tempo para falar, já sou direta, eu vou direto ao ponto, mas lá como eu só tinha quatro minutos para falar tinha que sintetizar o que era mais importante para poder dar uma sacudida na pessoa, para chamar atenção ao ponto que a pessoa teria que mexer, então foi muito rico. Os casos que a gente via lá eram muito curiosos, muito tristes, muito reais, e eu tive uma oportunidade muito rica de formar grupos de atendimentos de pessoas que participavam do programa, quando era um tema muito delicado de violência eu chamava os casais, eu dava um atendimento, que não tinha nada a ver com o programa, nem era a minha proposta, mas eu atendia, eu dava um respaldo, fiz vários grupos com mulheres, então era uma coisa muito rica. O que elas passavam, o que eu aprendi com eles, foi uma coisa realmente imensa, eu tenho uma gratidão enorme ao Casos de Família e esse programa deu uma desmistificada na psicologia, que todo mundo tem suas dores e todas são importantes, e a gente tem que estar pronto para ouvir, para acolher a dor do outro. Era um programa que também era muito divertido, tinha um lado muito gozado, a gente se divertia muito lá e teve cenas tremendamente marcantes, principalmente de violência doméstica, que a gente saia arrebentadas do programa, já teve episódios em que eu fui para o camarim, quando acabou a gravação, e chorei muito, porque a gente ia ficando nervosa, era tenso, eu tinha que ter autocontrole, de não perder a classe e a calma para poder orientar e ajudar em alguma coisa no final. Casos em que as mães abandonavam os filhos, não gostavam dos filhos, programa que filhos judiavam das mães e dos pais, programa sobre vícios, então eram realmente muitos programas pesados, e foi uma experiência fenomenal, incrível realmente.
DIVIRTA-CE - Quais são as principais dicas que você daria para as mulheres que sofrem ou já sofreram com relacionamentos tóxicos e abusivos?
Dra Anahy D’Amico – A dica para quem está em um relacionamento abusivo é que busque forças nos amigos, na família para conseguir sair disso porque não é fácil, é muito complicado, a gente sabe que é muito mais fácil falar do que fazer, porque o relacionamento abusivo vai acabando com a segurança, com a autoestima, com o poder de tomada de decisões, a mulher fica realmente muito insegura, ela se descaracteriza, ela se desconfigura, ela faz de tudo para não levantar a ira do homem. Então, ela vai ficando cada vez mais encolhida, assustada e achando que não tem para onde ir. Então, meta a boca no trombone, peça ajuda, assim que conseguir sair, risque essa pessoa da sua vida, tira de tudo, bloqueia, não tenha acesso. Caso precise, tenha um auxilio jurídico, por conta dos filhos, de partilha de bens, pensão. Então, o primeiro ponto é sair de perto do abusador e não encontrar mais, não ter mais acesso a ele e que ele também não tenha mais acesso a você, porque ele sempre virá com a conversa de que vai mudar, de que se arrependeu, ele chora, e quando você volta, porque cria uma dependência emocional, ele faz pior ainda, fica com raiva, quer se vingar, então a hora que conseguir forças para sair, faça o possível para não ter contato, para não voltar. Precisa buscar uma ajuda psicológica para se fortalecer, para entender tudo que passou, para se reencontrar. E as pessoas que não estão passando por nenhum relacionamento abusivo, mas conhecem alguém que esteja, meta a colher, essa coisa de entre marido e mulher não se mete, se mete sim, estenda a mão, fale, mostre para a mulher o que está acontecendo, porque muitas não tem mais nem noção do que estão vivendo. E para as mulheres que estão começando um relacionamento e percebem um ciúme excessivo, um controle excessivo, em que a pessoa está sempre brigando, sempre tentando manipular, faz chantagem emocional, implica com a roupa, implica com o emprego, implica com os amigos... preste atenção, fique atenta, porque depois que entra nesse tipo de relacionamento vai ficando muito complicado para sair, para enxergar, para tomar uma decisão. Leia os sinais, existem centenas de vídeos falando sobre isso, mostrando tudo que pode acontecer, como um abusador se comporta, é muito melhor prevenir do que remediar. Quando o relacionamento já não está bom no início, no namoro, se a mulher se sentir oprimida é para ficar realmente de olho aberto, fica ligada para ver se não é um potencial relacionamento tóxico, que tende ao abuso, que a pessoa vai se sentindo cerceada, tem ciúme de todo mundo. A mulher tem que parar de fazer a leitura de que ciúme é sinal de amor, ciúme é sinal de insegurança, é sinal de possessividade, então tem que tomar cuidado.
DIVIRTA-CE - Como você vê o papel da psicologia e da terapia sexual na sociedade atual? Quais são os principais benefícios e desafios dessas áreas? Como você lida com as críticas e os elogios que recebe pelo seu trabalho?
Dra Anahy D’Amico - A cada dia que passa a psicologia ganha mais força e reconhecimento da sua importância na saúde mental das pessoas, os transtornos mentais cresceram muito, a depressão, distúrbios de ansiedade, pânico, principalmente durante e depois da pandemia que nós enfrentamos, então os psicólogos passaram a ser muito mais acionados. Na pandemia eu atendi pessoas de vários lugares do Brasil, da Europa, dos EUA, com pânico, com depressão profunda, então realmente ficou tudo exacerbado, a depressão já existia de forma grande, e a coisa piorou. Então, a psicologia é crucial, hoje em dia tem um papel fundamental porque se dá muito mais valor e importância para a saúde mental, passou-se de dar mais importância e entender que se você não tiver saúde mental, você adoece fisicamente, adoece em muitos sentidos. Então hoje em dia o papel da psicologia é importantíssimo. As críticas e elogios eu os recebo da mesma maneira, com gratidão, porque tem muitas criticas que são construtivas e as redes sociais são muito peculiares, porque você faz um vídeo, por exemplo, para mães que tem dificuldades para lidar com os filhos, e as pessoas não entender que é para um tipo de pessoa, para alguém que está se comportando dessa maneira, tendo essa atitude, então as pessoas se doem, somos todos autorreferentes e acabam se doendo. E eu tenho que explicar que existem mães maravilhosas, como tem mães ruins, que o fato de ser mãe não santifica ninguém, então a gente tem que ter todo um jogo de cintura, porque às vezes vem umas críticas muito pertinentes, mas também outras totalmente descartáveis. Eu costumo agradecer, ou se for uma coisa muito indelicada eu não respondo. Os elogios, obviamente são muito gostosos, são muito bem-vindos, todos os meus seguidores são extremamente carinhosos comigo, atenciosos, eu abro uma live, o pessoal vem, estão sempre me acompanhando, então eu só tenho a agradecer.
DIVIRTA-CE - Como você utiliza as plataformas digitais, como o YouTube e o Instagram, para divulgar seu trabalho e interagir com seu público? Quais são os principais mitos e tabus que você enfrenta ou já enfrentou em relação à psicologia e à terapia sexual?
Dra Anahy D’Amico – Eu faço muitas postagens nas redes que eu julgo pertinentes, eu peço sugestões de temas que meus seguidores querem que eu fale, o meu nicho maior é relacionamento, então esse é um tema sempre muito pedido, para falar sobre casos abusivos, sobre traição, dicas para melhorar o relacionamento, então fiquei conhecida mais por essa área, mas eu trato de qualquer assunto, coloco outros vídeos de saúde mental, de relacionamentos entre pais e filhos, entre irmãos, problemas no trabalho, então eu tento abordar no geral, e o público interage muito comigo, me escrevem, me perguntam, quando eu vou a qualquer lugar as pessoas vem, sempre me contam uma história, desabafam, perguntam minha opinião, então realmente isso é muito rico e o coração fica quentinho, porque você vê que o que você pretende está sendo alcançado. Eu quero ajudar, quero esclarecer, quero ser uma fonte que some com alguma coisa, e parece que isso realmente acontece, eu acho isso maravilhoso.
DIVIRTA-CE - Quais são os principais projetos e sonhos que você tem para o futuro, tanto na sua vida pessoal quanto profissional? Quais são as principais fontes de inspiração e referência para o seu trabalho como psicóloga e terapeuta sexual?
Dra Anahy D’Amico – Como eu me formei há muitos anos são mais de 40 anos, antigamente, muitas pessoas tinham resistência a terapia, ainda tem muito, mas diminuiu bastante, porque acham que só quem é louco que faz, que se já fala com Deus não precisa falar com uma pessoa que mal conhece, a gente escutava muito isso. Em terapia de casal sempre um tem mais resistência, terapia sexual também, as pessoas tinham muita dificuldade para falar dos problemas, da sexualidade, principalmente homens, mas muitas mulheres também tinham muitos tabus, e a terapia sexual é muito importante porque vai desmistificando aquilo que as pessoas pensavam como respeito. Muitas mulheres mal conheciam seu corpo, então realmente é gratificante a terapia sexual, mas há 40 anos, não era tão fácil a gente abordar, então tinha que ter um jeito muito especial para a pessoa ficar à vontade. As minhas principais fontes de inspiração são os acontecimentos, a gente vai vendo as coisas acontecendo e vamos falando a respeito, esclarecendo muitas situações, chamando as pessoas ao bom senso, o fenômeno das redes sociais hoje em dia, onde muita gente se compara, onde tem muita gente frustrada, porque não tem aquela vida, então vamos derrubando esses mitos que as pessoas vêm criando, essas ilusões. Eu acho que realmente é o dia a dia que está muito rico de novidades, de coisas ruins, de coisas boas, infelizmente a gente vê mais coisas ruins, e é o que dá mais notícia, mas sou uma grande entusiasta da esperança, eu sempre recebo a dor, motivo e mostro que temos que ter esperança, que as coisas tem jeito, eu vou sempre por essa linha, porque é o que eu acredito.
DIVIRTA-CE - Quais são as principais habilidades e competências que você considera essenciais para ser uma boa psicóloga e terapeuta sexual? Como você avalia o cenário atual da psicologia e da terapia sexual no Brasil? Quais são as principais oportunidades e desafios que você vê para essas áreas? Quais são os principais valores e princípios que norteiam o seu trabalho como psicóloga e terapeuta sexual?
Dra Anahy D’Amico – Para ser uma boa psicóloga e uma boa terapeuta sexual é crucial possuir a empatia, habilidade e comunicação eficazes, compreensão cultural, ética profissional sólida, conhecimento aprofundado em psicologia e sexualidade, conhecer técnicas, e ter a capacidade de criar um ambiente seguro e confortável para quem nos procura, além de ter uma boa comunicação com o paciente. Temos que construir uma relação de confiança, de compreensão mutua de sintonia emocional. Em terapia, se tiver uma comunicação boa, entre o terapeuta e o paciente, já facilita muito o processo e promove um ambiente onde a pessoa confia, onde a pessoa tem mais facilidade para se abrir, para falar o que está sentindo, quais são as dúvidas. A gente precisa ter respeito, tem a confidencialidade, integridade, responsabilidade, comprometimento com o bem-estar do paciente, o respeito aos direitos individuais, isso é fundamental para promover a saúde mental daquela pessoa que te procurou.
DIVIRTA-CE - Como você se sente ao ser uma referência na compreensão das dores e problemas enfrentados pelas pessoas? Sente falta do "Casos de Família"? Tem projetos para a TV?
Dra Anahy D’Amico – Eu não sei se sou uma referência na compreensão das dores, mas eu sei que as pessoas confiam em mim, tem uma gratidão, quando eu vou ao shopping, ou qualquer outro lugar, as pessoas fazem cada depoimento, a gente não tem noção, por isso que é muito importante a gente tomar cuidado com o que a gente fala, principalmente sendo um psicólogo, porque você não sabemos quem está ouvindo, como as palavras vão atingir. Recebo depoimentos como “vendo seus vídeos eu percebi que estava em um relacionamento ruim, eu entendi que não me amava, entendi que eu precisava me cuidar e eu consegui, então eu tenho gratidão por você, eu rezo pela sua vida, pela tua saúde”, isso me faz chorar, me emociono, tiro foto, abraço, porque essas pessoas dão um feedback tão sensacional, que realmente meu coração inunda de bem-estar, eu fico muito emocionada, eu sou muito sensível. Eu acho que o Casos de Família fez com que as pessoas se vinculassem a mim, elas se acostumaram a me ver na TV por 19 anos diariamente, então quando a pessoa chega no consultório, já chega confiando, já formou uma ideia a meu respeito, ela solidificou o que acha de mim, porque sempre mantive a mesma postura, então isso já me faz ganhar um terreno muito grande, porque essa construção da confiança, faz criar intimidade com o paciente ao ponto dele se sentir seguro e a vontade para se abrir, sabe que não vai ser julgado, nenhum psicólogo faz isso, mas eu já tenho a facilidade do paciente já me conhecer e me considerar uma pessoa que eles veem todo dia conversando, então isso foi um grande facilitador para mim. Eu sinto sim muita falta do programa, foram duas décadas, então realmente não dá pra não sentir falta, eu sinto falta do programa, das pessoas, dos convidados, de como a gente interagia, sinto falta do SBT que foi um lugar maravilhoso de se trabalhar, nunca tive nenhum problema lá, trabalhei com a Regina Volpato, que foi maravilhosa, com a Cris, que se tornou uma amiga, afinal foram 15 anos juntas. Então realmente sinto falta sim, mas acho que o programa cumpriu a missão, nenhum programa diário naquele formato durou tanto tempo então foi muito bom, maravilhoso. Não tenho projetos na TV, mas estou aberta, quem sabe...
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