"203 maneiras de enlouquecer uma homem na cama" ensina a mulher a exercer a sua auto-imagem sedutora para conquistar o parceiro
Ao contrário do que os casais tendem a evocar, o bom sexo não começa no seu corpo ou no seu órgão sexual e sim na cabeça. É a partir dessa idéia, dessa auto-imagem, dessa autoconfiança da mulher de exercer seu sex appeal, que a escritora Olivia St. Claire esmiúça as 203 maneiras de enlouquecer um homem na cama, livro que a Ediouro relança no mercado. Não basta ser esbelta, gostosa, manter o corpo em forma e seguir os padrões de beleza considerados ideais. Vale a lei de que “não é corpo que torna uma mulher irresistível e sim como ela o usa”. Prova disso é a descrição de Joanna, a colega da escritora apresentada nas primeiras páginas do livro. Embora fosse uma pessoa bastante agradável, não tinha uma personalidade extraordinária, era extremamente sem graça e com um corpo sem atrativos. Então, como ela conseguia quebrar dogmas e ter homens – de fato maravilhosos – ao seu redor? Como ela os deixava enlouquecidos ao conseguir emanar vibrações sexies e poderosas? A resposta está no segredo número 1 do livro - “Para ser sexy tudo que precisa fazer é se sentir sexy?” Junto com outros quatro – “irradiar confiança sexual”, “ver a sexualidade como uma dádiva sagrada”, “concentrar-se no que estiver fazendo” e “fazer com ele o que ele faz com você” - formam o que St.Claire considera a “pedra angular” para construir uma vida sexual satisfatória. Segundo a escritora, a mulher que tiver esses preceitos em mente poderá, então, usufruir as nuances mais eróticas para enlouquecer seu homem de desejo. Ela atenta-se para o fato de que, além de ser um livro que pode ser apreciado direto do início ao fim, também serve como um mergulho aqui e ali para apanhar saborosas dicas sexuais, sempre que tiver vontade. O que não significa tratar-se de um guia apenas com descrições para elevar o apetite sexual de forma elegante, engenhosa e que faça uso de técnicas novas de carícias. É também um livro voltado para que a mulher tenha atitudes e, acima de tudo, descubra, valorize e conheça os prazeres do seu corpo para, enfim, tornar-se dona de uma sexualidade única. Para as que se iniciam sexualmente às mais experientes, 203 maneiras de enlouquecer um homem na cama traz sugestões simples e eficazes – e por vezes bem humoradas - para que a mulher solte a sua imaginação sobre o que gostaria que o homem fizesse em seu corpo. Da arte das preliminares mentais com o objetivo de estimular a imaginação do homem, passando pela preparação do ambiente para fazer amor, o uso de acessórios, fetiches, brincadeiras e jogos eróticos às experiências em conhecer as zonas erógenas masculinas. St.Claire ressalta que a importância de tudo gira ao redor da mente, essa que é considerada a parte mais erótica e a fonte de novos estímulos e técnicas do corpo. O “músculo” que criará a vibração necessária para que ela se sinta e aja de maneira sexy. Só assim será possível experimentar um mundo novo de prazeres para si mesma e para seu homem. Outras observações importantes contidas no livro são direcionadas à saúde e bem-estar do casal e doenças sexualmente transmissíveis. “No mundo de hoje, ser uma boa amante significa assumir a responsabilidade de proteger a si mesma e ao seu parceiro”, afirma a escritora que alerta para usar o tempo que for necessário para que vocês se conheçam melhor. “A segurança é o maior afrodisíaco de todos”. A boa transa é uma arte e, assim sendo, não cometer o erro de que o homem deva fazer todo o trabalho. E que o sexo está longe de ser somente penetração, quanto menos variações de posições na hora da transa. O show não é só dele. “Pense sexy, pense criativo, pense relaxada...” E torne assim cada momento ao lado do seu parceiro uma experiência inigualável.
A Arte de seduzir uma mulher
"177 maneiras de enlouquecer uma mulher na cama" traz dicas para deixar o relacionamento com sua parceria ainda mais quente
“Encontros frustrados, sonhos e prazeres desfeitos e um orgasmo fabuloso perdido por causa de um ou dois detalhes”. É a partir desses desencantos de uma relação amorosa que a escritora Margot Saint-Loup encontrou o motivo para escrever o livro 177 maneiras de enlouquecer uma mulher na cama. O relançamento da Ediouro traz dicas de como surpreender a companheira durante o relacionamento. Afinal, sexo é sempre motivo de comentários entre os homens, seja no dia-a-dia, entre rodas de amigos ou como assunto relevante de saúde pública. Além do mais, qual a mulher que não se desapontou logo num primeiro encontro? E aquele casal junto há anos que experimenta momentos de crise ao cair numa rotina tediosa e convencional? Entre erros, acertos e frustrações, toques preciosos e apimentados sempre ajudam a fazer dos momentos a dois uma experiência cada vez mais relaxante, prazerosa e, sobretudo, duradoura. 177 maneiras de enlouquecer uma mulher na cama é voltado tanto para aqueles que são – ou se acham - especialistas no tema, quanto para aqueles que estão engatinhando no assunto. Saint-Loup alerta que o importante é quebrar paradigmas e estar aberto para usar a criatividade e a imaginação. O homem bonito não é necessariamente um bom amante, assim como o tímido e o introvertido podem esconder um temperamento vulcânico. E questões estéticas, como o tamanho do pênis, por exemplo, não é primordial como pensam alguns homens. Para defender sua tese, ela descreve uma breve aventura sua com um homem charmoso e desejado, que se mostrou posteriormente um péssimo amante na cama. O que lhe faltou? Uma performance que lhe conferisse calma, bom senso e respeito por aquele momento tão íntimo? E do que, afinal, ela estava diante? De um homem afobado e egoísta, preocupado com sua própria satisfação e esquecendo de descobrir o corpo de sua parceria e lhe proporcionar prazeres. Essas e outras centenas de respostas estão no livro. Desde a exposição do homem em suas primeiras abordagens, com seu conjunto de gestos, olhares, atitudes e palavras à disposição à manutenção do prazer. Ao contrário do que muitos homens pensam e desejam, a prática do prazer a dois não se resume à cama – apesar de que, como afirma a escritora, é um lugar privilegiado. O objeto, símbolo perfeito para um ambiente de amor, necessita de atenção. Mas o que seria de seu uso e do célebre ditado de que dentro de quatro paredes tudo é permitido, se não houver carinho, sentimento, respeito e companheirismo. “A sexualidade não é feita só de penetração”, alerta a autora. Assim, em forma de um manual prático, 177 maneiras de enlouquecer uma mulher na cama traz desde o ritual do encontro, da aparência, o cenário ideal, o uso de palavras e presentes sugestivos, às preliminares e ações mais ousadas e certeiras num relacionamento. Em outras passagens Saint-Loup tira dúvidas de assuntos delicados, como o sexo anal, orgasmos femininos, além de carícias e posições sexuais que revelam os desejos mais íntimos da parceira. Mas também dá dicas de como tirar a relação da monotonia com o uso de objetos e vibradores, jogos e brincadeiras eróticas, toques, massagens e beijos diferenciados. “Todos os homens, se quiserem, são capazes de proporcionar a sua mulher um prazer inesquecível, não precisa bancar o garanhão, nem ter abdome de tanquinho para levá-la à loucura”, diz a autora. O importante é ter sempre uma surpresa na manga, sair da rotina, saber agir e afinar os detalhes que possam fazer com que a mulher se sinta desejada e sexy.
Nova obra da autora de "O Livreiro de Cabul"
Depois do best seller O livreiro de Cabul e dos sucessos 101 dias em Bagdá e De Costas para o mundo, a norueguesa Åsne Seierstad retorna com CRIANÇAS DE GROZNI. Com lançamento simultâneo em vários países da Europa como Inglaterra. Holanda e Espanha, o livro é um retrato pungente dos órfãos da Tchetchênia, crianças que carregam marcas de violência por terem crescido em plena guerra.
Em dezembro de 1994, tropas russas invadiram a Tchetchênia, levando o país a um prolongado e violento conflito. Desde desse acontecimento até os dias de hoje, o Unicef informa que 25 mil crianças tchetchenas perderam um ou ambos os pais. Alguns desses órfãos vivem em caixas de papelão, prédios bombardeados, esgotos na ribanceira etc. Como correspondente internacional em Moscou naquela época, Åsne Seierstad viajou regularmente à Tchetchênia para fazer reportagens sobre a guerra e descrever os seus efeitos sobre aqueles que tentavam viver normalmente, apesar das circunstâncias desfavoráveis.
Em 2006, depois de ter se tornado uma autora internacionalmente conhecida, ela retornou à Tchetchênia e se deparou com uma sociedade ainda embrutecida. Encontrou crianças traumatizadas e percebeu, naquele cenário, a impossibilidade de crescimento sadio para pessoas que só haviam conhecido a guerra e que se acostumaram à violência.
Depois de percorrer os vilarejos pobres da Tchetchênia e ouvir as histórias dramáticas de um povo marcado pelo sofrimento causado por guerras e confrontos, Seierstad viajou à capital do país para investigar junto às autoridades as razões da atual miséria tchetchena e as políticas implementadas pelo governo no sentido de conduzir o país à prosperidade. Em Grozni a autora entrou em contato com universitários, ministros, assessores do governo e empresários, tendo oportunidade de registrar as ambigüidades de uma democracia autoproclamada envolta num véu de censura feroz. Ela visitou ainda instituições oficiais do país e observou o funcionamento de um aparelho burocrático servindo ao único propósito de incensar e promover o presidente da república, Ramzan Kadirov, que em entrevista reproduzida no livro não consegue dissimular os maniqueísmos de uma administração atroz e assassina.
Åsne Seierstad nasceu na Noruega em 1970. Jornalista, autora do aclamado O livreiro de Cabul, 101 dias em Bagdá e De costas pra o mundo, é licenciada em Filologia Russa e Espanhola e História da Filosofia pela Universidade de Oslo. Correspondente de guerra desde 1994, cobriu diversos confrontos internacionais para meios de comunicação escandinavos, holandeses e alemães, que lhe renderam prestigiosos prêmios, entre os quais o Free Speech Award, em 2002, e o Grande Prêmio Norueguês de Jornalismo, em 2003.
Livro apresenta a música da corte de d. João VI
"Castrati" realizando acrobacias vocais, um teatro de ópera à imagem e semelhança de Lisboa, uma grande orquestra européia e compositores de alto nível: a música foi elemento fundamental no choque de urbanidade por que passou o Rio de Janeiro há 200 anos, ao se tornar, do dia para a noite, a capital de um reino da Europa.Autor de "História da Música no Brasil", o livro do gênero mais adotado no ensino da disciplina por aqui, Vasco Mariz se dispõe a contar a efervescente vida musical carioca daquela época em "A Música no Rio de Janeiro no Tempo de D. João 6º".Sem abusar do linguajar técnico, Mariz traça um retrato conciso, porém rico em detalhes, do impacto da música na capital fluminense a partir da vinda da família real portuguesa, em 1808. O livro tem dois heróis: dom João 6º e o padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), maior músico brasileiro do período.Contudo, há um paradoxo: embora louvando o monarca com elogios que beiram a biografia de um santo, Mariz afirma que a chegada da corte ao Rio de Janeiro fez seu estilo "decair", desbancando em mera "imitação" da ópera italiana, tão ao gosto dos lusos -e de Marcos Portugal (1762-1830), compositor lisboeta que se radicou no Rio em 1811 e, por pouco, não se vê transformado em um "Salieri lusitano" a arruinar a vida do "Mozart mulato", o padre José Maurício.Esses ataques a Portugal e ao estilo tardio de José Maurício, aliados à postura acrítica com relação a dom João 6º, constituem simplificações que acabam por enfraquecer uma obra que se deixa ler com interesse.
A MÚSICA NO RIO DE JANEIRO NO TEMPO DE D. JOÃO 6º
Autor: Vasco Mariz
Editora: Casa da Palavra
Quanto: R$ 31 (112 págs.)
Guia de qualidade de vida feito para a mulher de 40
Livro 40, Sim! E daí? mostra como aproveitar melhor essa fase de vida
A mulher de 40 anos de hoje é bem diferente da de antigamente. A que antes era quase que uma “matrona”, praticamente sem novas perspectivas de vida, agora é bem cuidada, moderna, inteligente, empreendedora, gosta de se cuidar e persegue seus sonhos e objetivos com muita vontade e determinação.
Mesmo com a maturidade que os 40 anos proporcionam e com o acesso a muitas informações, fazer 40 anos ainda representa um período de muitas dúvidas para a mulher. Para acabar de vez com as dúvidas, Andrea Franco escreveu “40, sim! e daí?”, (Idéia & Ação – 224 páginas).
O objetivo é estimular a auto-estima dessa mulher e promover saúde e bem-estar por meio de orientações de ginecologistas, geriatras, psicólogos, endocrinologistas, nutricionistas, dermatologistas, entre outros especialistas que indicam como viver em harmonia nessa idade.
A autora ensina como lidar com alterações físicas e emocionais, saúde, beleza, sexualidade, menopausa, maternidade, alimentação, carreira, entre outros assuntos, tudo com uma linguagem simples e direta.
Há também relatos de mulheres que já passaram dos 40 anos e contam como é a vida pessoal e profissional desse novo ciclo, além de informações e dicas de prevenção sobre o câncer de mama, a doença mais temida por elas.
Um livro para as mulheres que já aceitaram a maturidade. E também para aquelas que querem passar por isso da melhor forma possível.
40,sim! E daí? – 224 páginas
Andrea Franco Lançamento: Idéia e Ação
Preço: 34,90
Como Falar Bem em Público
Lançamento da Ediouro traz técnicas para desenvolver habilidades para enfrentar com sucesso negociações, entrevistas, palestras e outras apresentações em público
Enfrentar auditórios lotados, encarar uma entrevista de trabalho ou ser sabatinado são martírios para muitas pessoas. Até mesmo os grandes oradores experientes e acostumados a falar em público já sentiram timidez, frio na barriga, tremedeira, gagueira - o medo e a ansiedade tomarem conta de seus corpos. Enfrentar essas sensações desagradáveis e tornar-se um orador dotado de retórica e bons argumentos é um desafio que exige preparo, disciplina e técnica. É o que nos ensina o livro Como Falar Bem em Público, de William Douglas, Rogério Sanches Cunha e Ana Lúcia Spina, lançamento da Ediouro.
A partir de exercícios para treinamentos práticos, os autores indicam e orientam e, sobretudo, ajudam o leitor passo a passo em suas necessidades pessoais e profissionais. Desde as situações mais corriqueiras da vida social, como uma conversa com um amigo, até o preparo no ambiente de trabalho, diante de situações de pressão, como dar aulas, reuniões ou mesmo para o estudante que precisa defender uma tese acadêmica.
A alma teórica de Como Falar Bem em Público é demonstrada na disciplina e na prática, para tanto, o livro é recheado de exemplos de sucesso e também infrutíferos, retirados de grandes oradores da história, além de regras específicas para aprimorar o comportamento.
Como reitera os autores, o bom orador não nasce pronto. Deve desenvolver qualidades e potenciais. Ele precisa construir o seu perfil e conhecer suas particularidades e, assim, aperfeiçoar recursos natos, eliminar excessos e vencer limitações. O segredo está em saber lidar com seus medos, o treino, o aperfeiçoamento de habilidades e a eliminação de defeitos ligados à memória, observação, performance, expressão corporal, conhecimento, ritmo, voz, entre outros requisitos.
Livro traz História do Café, riqueza do Império e da República
Quando o simples criador de cabras observou que um dos seus animais ficara eufórico após comer o fruto do café, não imaginava que a partir dali nasceria uma das bebidas mais consumidas no mundo. Seu alcance foi realmente além da imaginação. Traçou o perfil e a história de muitos países que se desenvolveram à sua sombra, vincando-lhes a sociedade e a cultura. Essa identificação imediata pode ser medida no Brasil, até hoje o maior produtor mundial de café.
O livro "História do Café" da Editora Contexto, escrito pela historiadora do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), Ana Luiza Martins, faz um traçado do que o café representou e representa econômica, cultural e socialmente. Sobretudo no Brasil.
A autora conta como as safras generosas, nascidas dos cafezais brasileiros, sustentaram o Império, fizeram a República e hoje geram divisas significativas para a economia do país. Sua competitividade atinge novos patamares, com excelência de sabor, aroma e corpo – os três itens básicos para a classificação e a apreciação da bebida.
O livro "História do Café" ultrapassa os aspectos agronômicos ou mesmo iconográficos. Transformar o café em bebida deliciosa sempre implicou longo e por vezes penoso processo, até que o produto chegasse ao destino final, para ser apreciado e disputado nas mesas do mundo. “Plantar, colher, beneficiar, despachar e comercializar o grão aromático são tarefas complexas que precedem seu consumo, etapas que não são de pouca monta”, relata a escritora.
Devido a essa vasta abordagem do tema, que se confunde com a própria História do Brasil, a autora colocou quatro partes distintas e primordiais para o entendimento da importância do café. Na primeira, o livro fala das origens na África, seu avanço no Oriente e a chegada no Brasil. Na segunda, volta-se para a sua difusão no Brasil e a sua preponderância na construção do Império. Na terceira, o produto divide a República em dois momentos: antes e depois da crise de 1929. Na quarta parte, Ana Luiza Martins analisa o avanço contemporâneo das plantações de café e as práticas que vêm definindo seu uso, manejo e consumo no novo milênio.
Das floradas brancas dos cafezais, passando pela colheita da cereja vermelha e pelo ensacamento do grão classificado, até se verter o saboroso líquido negro negociado internacionalmente, esse fruto exótico, em sua origem, tem desencadeado intensa mobilização de homens, máquinas, economias, sociedades e políticas, definindo parte dos destinos do mundo. O café abriu estradas rodoviárias e ferroviárias, como uma onda verde invadiu sertões e marcou a Era Vargas em momentos distintos. Nas reuniões diplomáticas, o café era o assunto e a bebida principal.
“Não há exagero nesse registro”, alerta a autora. Desde sua descoberta, a Coffea arabica traçou novas rotas comerciais, aproximou países distantes, criou espaços de sociabilidades até então inexistentes, estimulou movimentos revolucionários, inspirou a literatura e a música, desafiou monopólios consagrados, mobilizou trabalhadores a serviço da Revolução Industrial, tornou-se o elixir do mundo moderno, consolidando as cafeterias como referências internacionais de convívio, debate e lazer.
Para finalizar, um conselho da autora: tome um cafezinho antes de iniciar o livro. “Ele tem o condão de reavivar o espírito, ajudar a memória, tornar maior seu prazer”.
A autora
Ana Luiza Martins é Doutora em História Social pela FFLCH-USP, onde se graduou e realizou seu mestrado. Historiadora do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo, trabalha questões do patrimônio cultural, especializando-se na história do café. É autora de diversos livros e artigos, entre eles "O despertar da República" (tabém publicado pela Contexto).
FOBIAS MODERNAS
Fronsofobia, versurfobia, rusmusofobia, nimitempofobia, arcafobia, ilenomofobia, paremusofobia, forlatrifobia, abcelofobia, amipartofobia, bulifobia, ilerogofobia, antefamafobia... Antes que esta estranha lista inspire um novo medo, a neologismofobia, paremos por aqui. Mesmo porque, é preciso dizer que todos esses termos aparecem já nas primeiras 10 páginas de Você tem medo de quê?, que possui 216 páginas... Mas isso não deve causar em ninguém uma crise de bibliofobia, ou melhor, de medo do livro. Pois este, em excelente tradução de Ana Ban (que também responde pelas notas), se insere numa longa linhagem literária que se pode chamar de joco-séria (e isto não é um neologismo). Em que a jocosidade não exclui a seriedade. Ou em que a seriedade não é incompatível com a jocosidade. Além disso, Você tem medo de quê? adota a forma nada assustadora de um manual em verbetes alfabéticos – e brilhantemente ilustrados – para descrever os novos medos contemporâneos (todos com seu nome terrível devidamente explicado). Mais exatamente, 143 novos medos... Por exemplo, de leite longa vida, de malas com rodinhas, de ficar velho, de ficar gagá, de perder a hora, de conversas com o taxista, de e-mail, de escadas rolantes, de escadas transparentes, de dançar, de ficar pelado, de ficar careca, de ter ereção em público, de filas, de compras, de contas, de correspondência com propaganda, de corretores de imóvel, de ser visto cutucando o nariz... Alguns podem parecer um tanto idiossincráticos. Mas o que é mais verdadeiro, hoje, no contexto da presença assustadora do medo, do que os medos i diossincráticos? Daí o que o livro tem de possivelmente sério, por trás de sua cara deslavada de sátira de costumes. A tradução, apesar das armadilhas, é excelente, a começar do título. O simples Modern Phobias, ou Fobias modernas do original, transforma-se em Você tem medo de quê?, que além de apelar diretamente ao leitor, e de pressupor que todo mundo tem ao menos um medo, ainda lembra um antigo sucesso de um famoso grupo de rock nacional, cujo refrão dizia: Você tem fome de quê?. Seja do que se tenha fome, o fato é que o homem (e a mulher) moderno(s) tem fome de muitas coisas. E essa fome insaciável, cujo outro nome é consumismo, é uma das grandes fontes dos medos contemporâneos. Não se consome sem stress. Consumir é consumir-se. O modismo (outro nome do consumismo) é irmão gêmeo do medismo (com o perdão do neologismo). Não por acaso, dos novos medos d o livro, 30 relcionam-se direta ou indiretamente ao ato de consumir. Mas não é só o consumo que consuma os novos medos contemporâneos. A oferta de novos tipos de medo é muito mais ampla.
Design instrucional é tema de novo livro da Pearson
Devido ao notável crescimento dos cursos baseados no ensino a distância nos últimos anos, estruturar e desenvolver cursos voltados especificamente para essa forma de ensino têm se tornado assuntos de interesse de diversos profissionais.
Com o propósito de ser um verdadeiro facilitador, este livro aborda, passo a passo, todos os aspectos do design instrucional relacionados a um curso on-line, como a construção de roteiros e storyboards, design de conteúdos multimídia, de interface e interação
Dirigido a todos os profissionais envolvidos com a educação a distância que buscam a capacitação em desenvolvimento e produção de conteúdo on-line, Design Instrucional na prática apresenta seu conteúdo por meio de dicas e exemplos baseados na vasta experiência da autora, que fazem desta uma obra indispensável.
Pensar com os números
Em “Super Crunchers - Por que pensar com números é a nova maneira de ser inteligente”, lançamento da Ediouro, o professor e economista Ian Ayres convida o leitor a compreender como bancos de dados e cálculos numéricos são usados para prever e influenciar suas ações.
Não é nenhuma novidade que as empresas elaboram e analisam bancos de dados sobre de seus clientes, boa parte das pessoas percebe isso quando recebe uma ligação oferecendo um produto “com o seu perfil”, ou prestando atenção nos anúncios que aparecem em seu provedor de e-mail e muitas vezes estão ligados ao conteúdo de sua correspondência. No entanto Ian Ayres vai além desta visão simplificada e, enquanto narra ações de diversos Super Crunchers (devoradores de números), demonstra como a compreensão dos números e a análise de bancos de dados é uma realidade e está muito próxima de nós, que parece para muitos algo de ficção cientifica.
Os apreciadores de um bom vinho podem se surpreender ao saber que mesmo antes da primeira garrafa ser aberta, o cálculo de fatores que influenciam a produção pode prever se a qualidade da safra será boa ou não. Equações matemáticas muitas vezes se mostram mais eficientes que um bom olheiro para determinar o potencial de um atleta. Enfim, a análise de dados sobre pessoas e suas ações podem gerar informações extremamente importantes que muitas vezes passam despercebidas por especialistas.
Quando se trata da Internet, os cálculos e análises de dados ganham um destaque ainda maior. O perfil de um consumidor, associado a sua lista de compras ou pesquisas on-line auxilia empresas no momento de oferecerem o produto adequado e realizar um atendimento personalizado, que vai muito além do "Olá", seguido por seu nome.
O quanto pessoas de determinado perfil estão dispostas a gastar, o momento em que um cliente esta pensando em trocá-lo pelo concorrente ou mesmo quem seria seu parceiro ideal são apenas alguns exemplos do universo de possibilidades que já estão nas mãos das organizações.
Super Crunchers - Por que pensar com números é a nova maneira de ser inteligente, mostra o poder dos números em ações que vão da escolha de um parceiro a elaboração de planos políticos. Cálculos que tem se mostrado mais eficientes que profissionais especializados e quando unidos a estes podem obter resultados surpreendentes.
Esta publicação é uma fonte de informações para o mundo dos negócios, das novas mídias e para cidadão comum que deseja entender como é possível que organizações como Google e Amazon conheçam seu gosto melhor do que você mesmo.
"A dádiva maior – A vida e a morte corajosas da irmã Dorothy Stang" (Ed Globo), da norte-americana Binka Le Breton, cumpre bem o que diz seu subtítulo. E por um bom motivo: a irmã Dorothy Stang é o caso clássico da pessoa muito conhecida que não é nada conhecida. É muito conhecida, pois uma circunstância de sua vida, seu assassinato no Pará, colocou-a no centro dos noticiários nacional e internacional. Sabemos, então, que se trata de uma missionária norte-americana, de uma senhora de cabelos brancos e óculos que, numa estrada de terra na Amazônia, foi brutalmente fuzilada (quando então também soubemos que essa foi uma morte anunciada). Sabemos ainda o que fazia ali: defendia os oprimidos dos opressores, e, paralelamente, a sobrevivência da flor esta. Mas tudo isso, na verdade, é uma imagem bidimensional e um epílogo. Uma pessoa não se resume ao que faz nem ao modo como morre. Por mais que o que faça e que esse modo sejam incomuns e mesmo heróicos. Na verdade, ao ser incomum e heróica, sua vida torna-se ainda menos compreensível. Pois ninguém nasce nem incomum nem herói. Há a história de uma vida, de uma pessoa real, por trás de tudo isso. Vida e indivíduo que desconhecemos até ler este livro. Uma primeira informação, já no prefácio, inverte uma expectativa tácita quanto à pessoa: “Dorothy encontrava grande alegria nesta autodoação. Este desejo passional não estava fundamentado em um complexo de mártir. Ela amava as pessoas com quem trabalhava – as crianças nas salas de aula em Chicago ou Phoenix, as famílias de imigrantes mexicanos, os colonos camponeses brasileiros. Havia riso e divertimento onde quer que ela estivesse.” Desejo, riso, divertimento: se isto não diminui seu sacrifício, aumenta sua dimensão humana. Outra coisa aqui se manifesta: a visão externa do conflito brasileiro, impressa na expressão, para nós inusual, “colonos camponeses brasileiros”. Assim, ao lado da vida de Stang, uma americana de Ohio, também (re)descobrimos a questão da Amazônia sob outra ótica.
Se há algo marcante na origem de Dorothy Stang é a circunstância em que nasceu e viveu a infância, num país em crise, afetado pelo desemprego e pela tensão social (e à sombra da guerra): os Estados Unidos, mergulhados na Grande Depressão. Ter terminado num país assim, o Brasil de 2005, mais uma vez fala muito da pessoa mas também do Brasil, de seu eterno atraso, da capacidade de perpetuar problemas em vez de solucioná-los. Como, aliás, fizeram os EUA nesse meio tempo. Dorothy Stang, então, acreditava na solução de grandes problemas. E foi assim, num crescendo, que passou das crianças para os imigrantes mexicanos e destes para os “colonos camponeses brasileiros”. Por tudo isso, o livro está bem resumido noutra frase do prefácio: “Dorothy Stang, uma pequena senhora de Ohio, tem uma grande mensagem para o nosso mundo.” A pequena senhora e sua grande mensagem estão inteiras neste livro. Em que também aparece inteiro, em primeiro plano, desde o primeiro capítulo (pois o livro abre em flash back), o dia-a-dia real na Amazônia, que assim como a pessoa de Dorothy Stang – e seu medo de morrer – ainda desconhecemos.
UMA NOVA FORMA DE ENTENDER NOSSA LÍNGUA
Gramática do brasileiro – Uma nova forma de entender a nossa língua, de Celso Ferrarezi Junior e Iara Maria Teles, realiza o que afirma seu subtítulo: propõe novo olhar sobre o ensino da gramática da língua portuguesa no Brasil. Esse novo olhar parte de “uma perspectiva semântico-pragmática de fundo cultural”, chamada “Semântica de Contextos e Cenários” (SCC). Trocando em miúdos, isto significa ver a língua “a partir do uso (e, conseqüentemente, da cultura na qual ela está inserida) para a estrutura, e não da estrutura para o uso, como se tem feito tradicionalmente”.
Essa inversão permite reequacionar várias questões, desde as histórico-políticas, advindas da origem colonial da cultura do país, até as mais pragmáticas, do dia-a-dia do uso e do ensino do português brasileiro, que, nascido da cultura do Brasil e sendo, ao mesmo tempo, uma de suas bases, não pode, segundo ao autores, ser bem entendido, ensinado e vivido sem ter essa cultura como ponto de partida – e de chegada.
Nas palavras esclarecedoras do apresentador, Marcelo Módolo (professor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP), “Durante muito tempo, a lingüística brasileira valeu-se de modelos teóricos europeus e norte-americanos. Aprendia-se um desses modelos e, em seguida, aplicava-se sobre os dados do português – o que revelava, não raro, um descompasso entre a teoria assumida e os dados a serem analisados. [...] Atualmente, a nossa lingüística – madura e estabelecida – goza de boa autonomia e muitos pesquisadores não importam mais teorias, criando seus próprios modelos para reflexão sobre a linguagem. Esta Gramática do brasileiro representa bem esta nova etapa dos estudos da linguagem no Brasil. [Os autores examinam aspectos fonético-fonológicos, morfológicos e sintá ticos do português brasileiro] com uma visão que poderíamos rotular de ‘funcionalista’. [...] Trata-se de proposta auspiciosa e instigante, elaborada por dois pesquisadores muito bem preparados, que merece ser lida e debatida.’”
Como quebrar padrões antigos, deixar de lado seus bloqueios e nomear desejos verdadeiros
“Por ser astróloga, sempre me perguntam: ‘O que acontecerá comigo no futuro?’ A questão em si sugere que o cosmo já possui tudo mapeado para sua vida, aquilo que chamamos de destino. Portanto, as pessoas se surpreendem quando respondo: ‘Como você deseja que seu futuro seja?’, afirma Debbie Frank, autora de “A Lei da Atração para a vida, o amor e a felicidade”, que a Editora Larousse lança este mês no Brasil.
Ela afirma que o objetivo do livro é ajudar as pessoas a compreenderem que são elas que criam a sua própria realidade e a sua lei de atração, escolhendo os pedidos que fazem ao universo, para encontrar a felicidade no amor e na vida. “De uma hora para outra, as pessoas passaram a ter consciência que também podem estabelecer uma ordem cósmica, ou uma lei da atração. Elas conversam sobre o tema e lançam seus desejos ao universo. Mas, e se nada acontecer? E se o universo ainda assim não fizer o que se esperava? Este livro trata dos ‘e se’. Ele ajudará o leitor a compreender que é ele quem cria sua própria realidade. Que deve redirecionar as crenças e os valores que causam desarmonia na sua lei da atração”, explica a autora.
Frank escreve sobre como quebrar padrões antigos, sobre o que atrapalha a lei da atração e sobre como as pessoas podem pensar diferentemente, agindo de maneira poderosa e fazendo com que seus desejos se realizem. “Aqui você aprenderá a fazer escolhas corretas, e, principalmente, entender que você é o ingrediente vital para suas realizações”, diz.
Cativante diário de viagens
NA ESTRADA COM SÃO FRANCISCO DE ASSIS é um cativante diário de duas viagens paralelas: a de Francisco de Assis, rumo à santidade no século XIII, e a da autora, Linda Bird Francke, que seguiu os passos do santo católico pela Itália central e litorânea - e até mesmo pelo Egito. Misto de biografia e diário de viagem, o livro é um guia inusitado para as belas e atemporais paisagens italianas.
Francisco de Assis perambulou pela Itália durante vinte anos, pregando a paz e a contrição por toda parte e recolhendo-se ao isolamento de eremitérios remotos, muitos dos quais, surpreendentemente, ainda existem e podem ser visitados. Linda seguiu praticamente todos os passos dele, valendo-se das biografias medievais como guias e recontando a história franciscana por intermédio dos lugares visitados.
Partindo de Assis - um pequeno burgo da Úmbria que atualmente atrai dois milhões de turistas todos os anos, sendo o segundo destino italiano de peregrinação mais visitado, depois de Roma -, a autora percorreu todo o “coração verde” da Itália. Ela passou por cidades como Siena, Bologna, Veneza, Gúbio e Roma, e por muitos dos eremitérios escondidos no alto das montanhas, como La Verna e as Celle di Cortona, na Toscana, além de outros no vale de Rieti.
Ao longo do caminho, Francke discorre sobre a relação de Francisco com Clara, uma ardorosa devota que se apaixonou perdidamente por seu mentor, e descreve vários dos milagres operados por Francisco, transportando-nos para o cenário que inspirou o amor do santo pela natureza e por todas as coisas vivas. Mas ao contrário de Francisco, que por ascetismo misturava cinzas à comida a fim de aplacar qualquer possibilidade de prazer, Francke e o marido (que a acompanhou na viagem) se regalaram na afamada cozinha da Úmbria, experimentando desde carne de javali até as famosas trufas negras da região, para não falar dos incomparáveis vinhos locais.
NA ESTRADA COM SÃO FRANCISCO DE ASSIS é uma comovente biografia cheia de dicas de viagem. LINDA BIRD FRANCKE, ex-editora da revista Newsweek e premiada jornalista, é autora de Filhos de pais separados e Ground Zero: The Gender Wars in the Military. Colaborou ainda nas autobiografias da rainha Noor da Jordânia, de Geraldine Ferraro, Diane Von Furstenberg e diversas outras personalidades. Mora em Sagaponack, Nova York.
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