domingo, 25 de setembro de 2016

LIVRO - LANÇAMENTO / FICÇÃO

Preparem os lenços de papel
O Garoto do Cachecol Vermelho, da autora Ana Beatriz Brandão, é um romance que irá arrancar lágrimas até dos mais durões
Após o sucesso com a literatura fantástica, é a vez da autora Ana Beatriz Brandão se aventurar no romance. O Garoto do Cachecol Vermelho, que será publicado pela Editora Verus, parte do Grupo Editorial Record, é a estreia dela neste gênero. Com uma narrativa voltada para o público jovem, a obra irá encantar e emocionar os corações dos leitores.
A história tem como protagonista Melissa, uma adolescente que possui uma vida conturbada e cheia de dramas. Bailarina talentosa, ela está determinada a conquistar uma vaga em Julliard, uma das mais importantes escolas de dança do mundo. Em meio às reviravoltas que a cercam, ela conhece Daniel – um garoto cheio de mistérios, dono de um sorriso encantador e um gosto curioso por cachecóis na cor vermelha. 
“O rosto era indescritível, tão lindo quanto um daqueles modelos de revista, mas o que mais me chamou a atenção foi o cachecol enrolado em seu pescoço. Era grande e de um vermelho tão vivo e vibrante quanto o desenho que ele criava no asfalto.” 
Eles são opostos. Enquanto Melissa é uma garota mimada, Daniel esbanja humildade e compaixão por onde passa. Em pouco tempo de convivência com o rapaz, ela passa a questionar seu caráter. Entretanto, ele se propõe a ajudá-la, com a promessa de que irá mudar sua vida. Apesar da relutância no início e da relação complicada, surge uma paixão improvável, intensa e arrebatadora.
 “Ele enxergava a esperança em meio a todo o caos de raiva e desprezo em que eu vivia mergulhada. Sua confiança em mim me fortalecia.”
As diferenças entre os dois parecem diminuir conforme o amor cresce. Melissa passa a enxergar a vida com outros olhos, e sua relação com o mundo ao redor fica mais fácil. Ela até se permite ser feliz. Isso tudo graças a Daniel, o misterioso garoto do cachecol vermelho. Nada parecia ser capaz de tirar o frio na barriga do casal apaixonado. Mas eles não contavam com um fator que mudaria tudo, colocando em risco o relacionamento recente.
O livro não se limita a ser apenas mais uma história romântica. A autora aborda temas importantes para serem debatidos entre os jovens, como violência sexual, preconceitos e bulimia. Melissa tem uma relação conflituosa com a mãe, o que lhe deu uma visão de mundo egoísta. Fora isso, passou a descontar os problemas de família nas bebidas alcoólicas e desenvolveu um distúrbio alimentar – comum na adolescência, que deve ser discutido e combatido. 
“Sempre que como alguma coisa fora da “dieta da vez”, cresce em mim um desespero. Eu imagino toda aquela comida tomando conta do meu corpo; chego a senti-la se transformando em gordura. Me vejo em uma guerra na qual o meu corpo e eu estamos em lados diferentes no campo de batalha.” 
O Garoto do Cachecol Vermelho é o terceiro lançamento da paulistana Ana Beatriz Brandão, de 16 anos, e o primeiro romance que ela escreve. Como uma discussão sobre assuntos polêmicos, a narrativa também é emocionante e comovente. Para os fãs, acostumados com aventuras e um mundo fantástico, será uma agradável surpresa conhecer o desenrolar da história tocante de Melissa e Daniel. Além disso, parte da venda dos livros serão revertidas para a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABrELA), afim de ajudar as pessoas que sofrem com a doença.
Sobre a autora:Viver em um mundo cercado de magia – esse sempre foi o sonho de Ana Beatriz Brandão. Ela descobriu que era possível tornar isso realidade através da leitura quando conheceu O Pequeno Príncipe, aos cinco anos de idade.Targaryen, potterhead, narniana, semideusa e tributo, Ana vive muitas aventuras todos os dias. Aos treze anos, descobriu que contar histórias era sua paixão e desde então escreveu diversos livros, entre eles Sombra de um anjo e Caçadores de almas. Hoje, aos dezesseis, não se vê fazendo outra coisa na vida, mas, como todo adolescente em fase de vestibular, encontra-se indecisa entre design gráfico e artes plásticas, já que sua outra paixão é desenhar. Uma coisa é certa: não importa o caminho que Ana escolher, contar histórias sempre vai fazer parte da sua vida. 

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