segunda-feira, 7 de julho de 2008

MÚSICA

Rappa faz 'Súplica Cearense' no CD 'Sete Vezes'

Música do repertório do cantor e compositor baiano Gordurinha (1922 - 1969), composta por ele em parceria com Nelinho como um pedido ao céu para amenizar a seca que periodicamente assola o sertão nordestino, Súplica Cearense é a única regravação entre as 14 faixas do sétimo álbum do grupo carioca O Rappa, Sete Vezes, nas lojas a partir de 15 de agosto, pela Warner Music. Lançada por Gordurinha em 1960 e usualmente regravada por cantores nordestinos como Elba Ramalho e Fagner, a toada figura entre 13 músicas inéditas compostas pela banda com parceiros com Marcos Lobato e Vinicius Falcão. Uma das inéditas é a música que dá título ao CD, produzido pelo próprio Rappa - com Ricardo Vidal e Tom Sabóia. A faixa Monstro Invisível já chegou às rádios.




Belchior tem 13 hits reunidos na série 'Sempre'

Em grande evidência ao longo da década de 70, Belchior tem 13 sucessos de seu período áureo reunidos em coletânea da série Sempre, editada pela Som Livre. Como de praxe, a qualidade da masterização é boa. Como de hábito também, não há qualquer informação sobre a data e a procedência das gravações. Mas a maioria das 14 faixas - seis, a rigor - são de seu segundo álbum, Alucinação, editado em 1976. Outros cinco fonogramas foram extraídos do disco ao vivo Um Concerto Bárbaro, lançado em 1995 e fora de catálogo já há vários anos. Além dos 13 sucessos autorais, a compilação inclui o dueto com Zé Ramalho em Garoto de Aluguel (Taxy Boy), gravado ao vivo para o terceiro volume do projeto O Grande Encontro.


Eis as 14 músicas da compilação:1. Coração Selvagem2. Todo Sujo de Batom3. Fotografia 3 x 44. Galos, Noites e Quintais - Ao vivo5. Alucinação6. Como Nossos Pais7. Apenas um Rapaz Latino-Americano8. Medo de Avião - Ao Vivo9. Paralelas - Ao Vivo10. A Palo Seco11. Velha Roupa Colorida12. Divina Comédia Humana - Ao Vivo13. Tudo Outra Vez - Ao Vivo14. Garoto de Aluguel (Taxi Boy) - Ao Vivo - Com Zé Ramalho




Moby, Duffy e Kravitz na trilha de 'Beleza Pura'

Nas lojas ainda em julho, o CD com a eclética trilha sonora internacional de Beleza Pura - a arejada novela exibida pela Rede Globo às 19h - mistura no repertório novas gravações de Moby (Disco Lies), Lenny Kravitz (I'll Be Waiting), Duffy (Mercy) e Carla Bruni (Those Dancing Days Are Gone). Sem nenhum ator na capa (à direita), o CD Beleza Pura Internacional reúne 16 faixas de tom contemporâneo. A exceção é Never Can Say Goodbye, na voz de Gloria Gaynor. Há gravações de John Legend (Show me) e Chris Brown (With You), entre outros nomes pouco badalados no Brasil.




JAPAN TRADICIONAL MUSIC

Uma viagem pela cativante cultura oriental por meio das sonoridades tradicionais japonesas. Japan Tradicional Music apresenta músicas, com suaves melodias e inúmeros solos em instrumentos típicos do Japão.

Neste CD, os virtuosos músicos Shen Ribeiro, Fernando Neves e Tamie Kitahara executam performances excepcionais. São utilizados o Koto, instrumento semelhante a uma cítar; o Shamisen, instrumento de corda parecido com o banjo; e a tradicional flauta de bambu, Shakuhashi.

Ainda jovem, Shen iniciou seus estudos em flauta doce. Em 1985, ficou encantado ao ouvir uma gravação de Shakuhachi. Foi ao Japão em 1987 estudar o instrumento pela Universidade de Belas Artes de Tóquio. Seu mestre, Goro Yamaguchi, considerado Tesouro Nacional Japonês, mostrou a possibilidade de produzir um som original utilizando o instrumento milenar.

Assim como Shen, desde cedo Tamie se dedicou à música. Começou a tocar Koto aos 9 anos ainda no Japão, sua terra natal. No Brasil aprendeu também o Shamisen. Em 2005, já como Mestra em Koto pela Escola Siha do Japão, passou a ensinar o instrumento ao violonista clássico, Fernando Neves, que acabara de se apaixonar pela música tradicional Japonesa.

Esses três grandes músicos fizeram uma obra marcante para comemorar os 100 anos da imigração Japonesa no Brasil.

CD disponível nas principais lojas e no portal http://www.estiloazul.com.br/




Som Livre lança outra coletânea de Roupa Nova

Já foram editadas (numerosas) coletâneas do grupo Roupa Nova centradas no repertório gravado pelo sexteto carioca na companhia BMG Ariola, entre 1984 e 1996. Contudo, a Som Livre põe mais uma compilação do sexteto nas lojas neste mês de julho de 2008, dentro de sua série Essencial. Na seleção, há hits como A Força do Amor, Dona, Coração Pirata, Volta pra mim, Meu Universo É Você e Tímida - presentes em outras coletâneas...




Weezer recupera a pegada no 'álbum

Em que pese certa desconexão entre suas 11 faixas, o sexto disco de estúdio do Weezer - já apelidado de Red Album por conta da capa e em alusão ao Blue Album (1994) e ao Green Album (2001), todos três oficialmente intitulados apenas Weezer - traz de volta a pegada azeitada deste grupo norte-americano de rock alternativo. Estão no álbum as melhores qualidades do som do quarteto: as guitarras cruas (em faixas como Automatic) e o apelo pop (visível em temas como Troublemaker). O primeiro single do álbum, Pork and Beans, também se impõe em repertório coeso. Mas seria injusto tirar o mérito dos produtores Jacknife Lee e Rick Rubin, recrutados para pilotar Weezer ao lado da própria banda. Eles parecem ter recolocado o grupo nos trilhos. Entre rocks crus como Cold Dark World e baladas (Heart Songs e The Angel and the One), o Álbum Vermelho deixa uma boa impressão do Weezer.




Pantanal Redivivo

Marco em trilha sonora para TV, a sinfonia Pantanal,
de Marcus Viana, será apreciada novamente


Enquanto aguarda a possibilidade do relançamento do seu cd pelo SBT, o público poderá adquirir a trilha pelo site da gravadora – www.sonhosesons.com.br

A trilha sonora de Pantanal, considerada pelo público e crítica como a melhor feita exclusivamente para a televisão, poderá novamente ser “vivenciada” pelas imagens cinematográficas da região pantaneira, garimpadas pelas lentes de Jayme Monjardim.

As canções foram compostas e arranjadas pelo multiinstrumentista Marcus Viana, maior autor do Brasil em trilhas incidentais para a TV. Viana tem em seu repertório várias novelas, além de Pantanal, Xica da Silva, Meu Pé de Laranja Lima, Terra Nostra e O Clone, e minisséries como Aquarela do Brasil, Chiquinha Gonzaga e A Casa das Sete Mulheres, entre outras. No cinema, Marcus Viana fez Olga, Filhas do Vento, O Mundo em Duas Voltas e o documentário Entre a Luz e a Sombra.

A trilha sonora de Pantanal é um marco sonoro na teledramaturgia brasileira. Ela conseguiu abrir as portas para um estilo que tratou as trilhas incidentais de televisão como cinema. A fusão de instrumentos orquestrais e sinfônicos com o new age (que aqui poderia ser chamado de étnico) resultou numa contemplação musical de cenas meditativas. Antes da suíte Pantanal, nenhuma trilha incidental havia chamado tanto a atenção dos telespectadores. A novela foi exibida na extinta Rede Manchete, de março a dezembro de 1990.

A partir disso, a dupla Jayme Monjardim e Marcus Viana nunca mais se separou – são 18 anos de parceria (continua na próxima minissérie da Globo sobre a vida da cantora Maysa, mãe de Monjardim). “Pantanal marcou um reconhecimento do meu trabalho além das montanhas de Minas”, ressalta Viana, que foi acompanhado na novela pelo Sagrado Coração da Terra, considerado na época como o mais expressivo grupo de rock progressivo sinfônico do Brasil. A banda, na década de 80, teve seus discos distribuídos pelo mundo inteiro, mais especialmente na Europa e Ásia.
Além da abertura, Viana também lançou também a canção “Amor Selvagem”, tema do casal “Juma e Jove”, estrelados por Cristiana Oliveira e Marcos Winter.
A musicalidade das canções de Pantanal tocaram o “coração do Brasil”.


SERVIÇO:
CD Pantanal – Trilha Sonora – Marcus Viana
http://www.sonhosesons.com.br/
Preço:17,00




DVD eterniza o maior show da carreira de Raimundo Fagner, que completa 35 anos em 2008

Cantor revive no Ceará todos seus sucessos diante de 40 mil conterrâneos

Raimundo Fagner tremeu, literalmente, ao entrar no palco armado ao ar livre no Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, um dos pontos mais tradicionais de Fortaleza, capital do Ceará, terra natal do artista. “Foi a primeira vez que eu tremi no palco. Veio uma emoção, um negócio que eu nunca senti no palco”, confidencia o cantor na entrevista recente que concedeu para o making of do DVD Raimundo Fagner ao Vivo, que chega às lojas neste mês de julho de 2008 pela gravadora Sony BMG. Não era para menos. Na noite de 28 de janeiro de 2000, Fagner realizou o maior show de sua carreira e reviveu todos seus sucessos diante de 40 mil conterrâneos que disputavam um lugar onde pudessem assistir ao espetáculo. Isso sem falar na multidão que se aglomerava nos quarteirões vizinhos, sem ter como se aproximar do palco – como lembra o produtor José Milton no mesmo making of exibido nos extras do DVD. O áudio deste momento especial da carreira do cantor já havia rendido o álbum Raimundo Fagner ao Vivo, editado em 2000 na forma de CD duplo e de dois volumes simples vendidos separadamente, que no total somaram 700 mil cópias vendidas. Agora as imagens, que foram captadas naquela noite sem a intenção de produzir um vídeo, completam o espetáculo e geram um DVD indispensável na coleção de quem admira Fagner.

“É a oportunidade de mostrar o show que as pessoas somente escutavam”, festeja Fagner, que idealizou o projeto em 1999 já com a intenção de que ele fosse editado pela Sony BMG (na época, Sony Music), a gravadora que guarda em seu acervo a maior e mais expressiva parcela da obra de Fagner. E assim foi feito. Na companhia de banda estelar (um dream team, como define o produtor José Milton na entrevista do DVD), Fagner rebobinou músicas que lhe deram sucesso e reconhecimento quase imediato quando, nos anos 70, ele se deslocou do Ceará para o Rio de Janeiro na corrente migratória que projetou artistas nordestinos na capital cultural do Brasil. Com ele, em cena no palco ao ar livre naquele janeiro quente de 2000, estavam feras como Adelson Viana (sanfona e teclados), Cristiano Pinho (guitarra), Firmino (percussão), Hoto Jr. (percussão), Jamil Joanes (baixo), João Lyra (violão), Jota Moraes (teclados), Luiz Antonio (teclados), Manassés (viola de 12 cordas e cavaquinho), Renato Massa (bateria) e Spok (sax e flauta). E a turma, azeitada, gravou tudo de primeira. “Não teve repetição, não teve refazenda”, assegura o produtor José Milton, que se reuniu com Fagner e o engenheiro de som Flávio Senna para rememorar aquela noite especial para os extras do DVD, que também apresenta galeria de fotos ao som do hit Borbulhas de Amor (1991).

Pelo entusiasmo com que o público fez coro com Fagner em músicas como Noturno (1979) e Deslizes (1987), mesmo que tivesse havido as repetições comuns em gravações de shows, ninguém ia reclamar da oportunidade de ouvir e cantar, mais uma vez, sucessos que permanecem vivos no imaginário popular. Até porque, neste projeto, a intenção maior de Fagner foi festejar com seu público o carinho que este sempre dedicou ao cantor. Daí a idéia de reviver seus sucessos mais marcantes com arranjos calcados nos registros originais para que houvesse imediata identificação da platéia com as músicas que ela se habituou a ouvir na voz rascante do cantor – naquela altura já lapidada pela maturidade que somente o tempo pode proporcionar.

Somente a inclusão de Canteiros (1973) no roteiro já seria suficiente para dar caráter histórico ao show. A música foi originalmente gravada por Fagner em 1973, em seu primeiro LP, Manera Fru Fru, Manera -lançado há 35 anos - e se constituiu ao longo dos anos num dos grandes hits radiofônicos do cantor. Mas uma questão judicial a respeito da utilização na letra de versos do poema Marcha, de Cecília Meirelles (1901 – 1964), impediu novas regravações. Até que, em 1999, a Sony entrou em acordo com as herdeiras da poeta, possibilitando o registro feito no espetáculo que gerou o CD Raimundo Fagner ao Vivo.


Pelo histórico complicado, Canteiros se impõe em roteiro que praticamente apresenta somente standards consagrados na voz do artista cearense. Muitos lançados na segunda metade dos anos 70, quando Fagner ingressou na CBS (atual Sony BMG) para gravar uma série de álbuns que conciliaram sucesso popular e reconhecimento da crítica. Do primeiro álbum (Raimundo Fagner, 1976), reaparecem Asa Partida – “Vamos ver se vocês reconhecem essa...”, desafia Fagner antes de cantar sua parceria com Abel Silva - e Sinal Fechado, clássico de 1969 em que Paulinho da Viola tangenciou o universo da música erudita. Do álbum Quem Viver Chorará / Eu Canto (1978), Fagner revive sua leitura personalíssima de Jura Secreta (Sueli Costa e Abel Silva) e o sucesso Revelação, parceria de Clodô e Clésio que fez saltar a veia romântica que pulsaria forte na obra do artista a partir de então. Do álbum Beleza (1979), a supra-citada Noturno permanece na memória afetiva dos telespectadores da novela Coração Alado (1980), da qual foi tema de abertura. Também enraizada no gosto popular, Eternas Ondas volta em arranjo mais suingante. A obra-prima do mitológico Zé Ramalho foi o carro-chefe do álbum editado por Fagner em 1980. Assim como Fanatismo foi o hit do disco de 1981, Traduzir-se. Com versos da poeta espanhola Florbela Espanca, musicados com maestria por Fagner, Fanatismo ganha apropriado clima flamenco, perceptível já na introdução do violão que abre o registro ao vivo. Por fim, fechando a fase de ouro vivida por Fagner na CBS (atual Sony BMG), há Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora), canção de Gonzaguinha que Fagner teve a honra de lançar em seu álbum Palavra de Amor, editado em 1983.

Fagner lançaria mais dois álbuns pela CBS até se transferir para a BMG (hoje incorporada à Sony sob o nome Sony BMG). Lua do Leblon, parceria de Fausto Nilo e Lisieux Costa, é uma das surpresas do roteiro, tendo sido gravada em 1986 num disco que emplacaria outras faixas com mais força. Já Borbulhas de Amor (Tenho um Coração), versão de Ferreira Gullar para a música do compositor porto-riquenho Juan Luis Guerra, foi destaque absoluto ao ser gravada por Fagner em 1991 no álbum Pedras que Cantam (cuja faixa-título, aliás, encerra o show em clima festivo). A percussão de Firmino e Hoto Jr. dá a levada caribenha pedida pelo número, cantado a plenos pulmões pelo público na gravação ao vivo. “É um coro lindo demais”, enternece-se Fagner em cena.

Um tom forrozeiro permeia o bloco final do espetáculo em números como Ai que Saudade d’Ocê (Vital Farias) e Lembrança de um Beijo (Accioly Neto, autor também de Espumas ao Vento, revivida por Fagner com arranjo mais econômico que valoriza os versos). É quando Fagner reverencia o mestre Luiz Gonzaga (1913 – 1989) com o medley que junta A Vida do Viajante e Riacho do Navio. “Dá-lhe, Lua”, celebra no palco. O orgulho da origem nordestina, afinal, está embutido em toda a obra de Fagner desde o clássico Mucuripe, lançado por Elis Regina (1945 – 1982) em 1972. Parceria do artista com o conterrâneo cearense Belchior, Mucuripe, claro, integra o roteiro de um show que resume bem a trajetória de Raimundo Fagner Cândido Lopes. Ao tremer diante das milhares de pessoas que se espremeram no Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura para vê-lo cantar, o artista sabia que o momento era especial. Invertendo a máxima da canção de Milton Nascimento e Fernando Brant, o povo tinha ido aonde o artista estava. E isso, convenhamos, faz qualquer artista tremer de emoção.





Artista/Artist
Disco/Album
Gravadora/Label

01

01

Padre Marcelo Rossi

Paz Sim, Violência Não - Vol 1

Sony BMG

05

02

Victor & Leo

Ao Vivo em Uberlândia

Sony BMG

02


03

Ivete Sangalo

Ivete no Maracanã - Multishow Ao Vivo (MusicPac)

Universal

06


04

Banda Calypso

Acústico

Som Livre

04

05

NX Zero

Agora

Universal

11

06

Alexandre Pires

Em Casa - Ao Vivo

EMI

09

07

Aline Barros

O Melhor da Música Gospel

LGK/Som Livre

14


08

Amy Winehouse

Back to Black

Universal

-

09

César Menotti & Fabiano

Palavras de Amor - Ao Vivo (Slidepac)

Universal

07

10

Ana Carolina

Multishow Ao Vivo Ana Carolina - Dois Quartos




Música das moradas espirituais

NOVO CD DE CORCIOLLI
É INSPIRADO NO BEST-SELLER “NOSSO LAR”


O mais recente trabalho de Corciolli figura entre seus projetos mais sublimes e fascinantes. Em seu novo disco, o compositor e multi-tecladista criou 14 faixas instrumentais inspiradas no livro NOSSO LAR, escrito por Francisco Cândido Xavier e considerado um clássico da literatura espiritualista.

“Quando li NOSSO LAR há cerca de 20 anos e mais recentemente, fui contemplado pela profundidade de seus ensinamentos. A descrição das moradas espirituais despertou em mim uma infinidade de imagens e sentimentos, que procurei traduzir nas músicas”, comenta o artista.

Um dos principais conceitos abordados no livro é a crença de que há uma continuidade para a existência da alma após a morte do corpo físico. A partir deste tema, Corciolli desenvolveu as idéias iniciais, utilizando recursos dos sintetizadores eletrônicos em conjunto com sonoridades acústicas do piano, harpa e vários timbres orquestrais. Como em produções anteriores (CD The New Moon of East – Azul Music/1996, com os cânticos sagrados dos Monges Tibetanos), o compositor revelou sua afinidade com a temática espiritual, servindo-se da linguagem universal da música para evocar sentimentos de beleza e sabedoria eterna.

Os arranjos foram concebidos em várias camadas sonoras, que ganharam ainda mais corpo com a adição de uma orquestra de cordas regida pelo maestro Luis Eduardo Corbani. “O resultado alcançado superou todas as expectativas, pois não só agregamos belíssimas sutilezas e novos nuances aos arranjos, como levamos as músicas a um outro nível de expressão emocional”, explica Corciolli. O álbum combina com graça e leveza, momentos de nostalgia, romantismo e encantamento, proporcionando ao ouvinte a sensação de júbilo diante da Criação Divina.

O lançamento no Brasil está previsto para o início de maio. Ainda em 2008, o álbum deverá alcançar o mercado internacional com o título “The Astral City”. O artista estuda agora convites para shows e pretende se apresentar ao lado de uma orquestra completa. “Será um desafio maravilhoso”, finaliza.

CD disponível nas principais lojas e no portal www.estiloazul.com.br



New Age da Holanda

O multiinstrumentista holandês Enam, é um dos grandes compositores da música New Age internacional. Em M´Anchelii, o artista mais uma vez mostrou seu talento em compor melodias emocionantes.

Enam é o autor das 16 faixas do CD, além de ter tocado todos os instrumentos na gravação. Para alcançar a sonoridade desejada foram utilizados teclados, harpa, flauta, piano, cordas, percussão e gaita de fole. Completando a atmosfera de magia, Enam incorporou ao CD, belíssimos e suaves vocais, cantados por ele.

Com todas estas nuances exploradas pelo artista, M´Anchelii recria um ambiente místico fascinante. O álbum é capaz de comover e encantar proporcionando no ouvinte uma sensação de bem-estar.






NX Zero segue receita com razão e sem emoção

Diz Dinho Ouro Preto no texto que escreveu para apresentar o segundo álbum do NX Zero que todas as 15 músicas de "Agora" (Arsenal Music) parecem hits. Não está errado. O grupo paulista segue à risca a receita do produtor Rick Bonadio. Até porque há muito em risco. Para o bem ou para o mal, o NX Zero é atualmente a banda mais popular entre a juventude que consome pop rock made in Brazil. Em 2007, o estouro da música Razões e Emoções ampliou e sedimentou a projeção que a banda começou a obter em 2006 com a edição de seu primeiro álbum, que emplacou de cara o hit Além de mim. Agora não arrisca. Basta ouvir músicas como Cedo ou Tarde - já um sucesso radiofônico - e Daqui pra Frente para constatar a padronização do pop rock do NX Zero. Entre hardcore quase deslocado (Segunda Chance) e balada melosa (Cartas pra Você), Agora abre espaço para a voz do rapper Túlio Dek, co-autor e convidado das faixas Bem ou Mal e Além das Palavras. Dek - em evidência por conta da inclusão de sua música Tudo Passa na trilha sonora da novela A Favorita - também joga no time de Bonadio, que assina a produção do segundo álbum do NX Zero ao lado de Rodrigo Castanho. Encerrada a audição do álbum, que fecha com cover burocrático de Apenas Mais uma de Amor, uma das mais belas canções de Lulu Santos, paira no ar a sensação de que houve muita razão na confecção de Agora. A emoção, se existe, parece calculada para preservar a popularidade da banda... **




Fiel a Dylan, Zé Geraldo volta inspirado ao disco

É sintomático que, em seu 16º bom álbum, Zé Geraldo tenha incluído apropriado cover em português de Mr. Tambourine Man entre as músicas inéditas. Bob Dylan, afinal, é uma das grandes influências - talvez a maior - deste cantor e compositor nascido em Rodeiro, na Zona da Mata Mineira. Nas Geraes, a propósito, Zé Geraldo tem fama e prestígio condizente com seu talento. O Brasil ainda precisa lhe dar o devido valor. "Catadô de Bromélias" (Sol do Meio-Dia / Unimar Music) é um bom disco, fiel à trajetória deste artista que transita entre o folk e o rock de ambiência rural. E o fato é que Zé Geraldo retorna inspirado ao disco. Pela abordagem da saga de um trabalhador brasileiro, a música-título remete a Cidadão, um dos maiores sucessos do cantor. Na estradeira Last Station Before New York, destaque do repertório, fica nítida a influência de Dylan - inclusive por conta dos versos quilométricos. Outro trunfo do CD é Na Barra do seu Vestido, parceria de Geraldo com Zeca Baleiro, cuja verve é facilmente detectável na letra. Merece também registro Última Reza, tema de Nô Stopa, filha do compositor e convidada da música. Na segunda metade das 10 faixas, Catadô de Bromélias não soa tão sedutor quanto na primeira, mas, ainda assim, tal álbum está entre os melhores da discografia de Geraldo. ***





Miguel desfia sua habitual ladainha sentimental

Tal como Roberto Carlos no Brasil, Luis Miguel se sagrou ídolo no México cantando um repertório romântico que roça o sentimental e nem sempre está à altura de sua voz. Aliás, a primeira coisa que salta aos ouvidos na audição de Cómplices é a ótima forma vocal do astro, nascido em Porto Rico. Mas, tal como nos discos lançados pelo Rei nos últimos 20 anos, é difícil aturar Miguel desfiando a habitual ladainha amorosa. Para piorar, há o fato de todas as 12 músicas do álbum levarem a assinatura do produtor Manuel Alejandro. Poucas se mostram realmente inspiradas - caso de Te Desean. Mas todas foram embaladas em produção luxuosa que não disfarça o caráter insosso das composições. Às vezes, até realça - como no caso do arranjo que adorna Amor a Mares à moda sertaneja. Para quem é fã do estilo derramado de Miguel, temas como Si Tú te Atreves e a faixa-título podem ter algum teor de sedução, mas Cómplices traz mais do mesmo. E este mesmo já foi bem melhor. *



LACME

Sem rótulos e com muita personalidade, a banda lança este ano novos conceitos em álbum, bootleg e mantras de rock

Eis que surgem muitas bandas por aí e cria-se uma nova cultura musical: a independente séria. É o caso da banda Lacme, formada pelo trio Jô Estrada e as gêmeas Nina e Tatiana Pará, que unidos pela sorte do acaso e juntos há quase 2 anos é perceptível a sinergia e faísca que a banda emerge.
Talvez a escolha do nome traduza a alma da Lacme: o nome foi inspirado no filme "Fome de viver", com David Bowie e Catherine Deneuve, marcante nos anos 80 e sustentado pelo fascínio e magia de um romance gótico presente numa atmosfera plástica e cult que só nos cenários de David Bowie pode haver.
A inspiração oitentista e simultaneamente contemporânea, emite um som extremamente bem produzido, com letras ironicamente rebeldes e que vão de encontro à uma pegada mais acelerada, lembrando os acordes mais “sujos” do punk rock. Misteriosamente a LACME soa familiarmente pesada e, por vezes, tem uma pitada da feliz fusão de efeitos eletrônicos que transmitem a originalidade e identidade da banda, cujo target ultrapassa qualquer classificação de estilo.
Este caráter visionário da Lacme vem de encontro à disseminação do independente em novas mídias como a internet, através de blogs, fotologs, My Space e o Trama Virtual, que dão chance de sair da rotina, reeditando a cultura musical e a cada momento propagar um novo estilo.
A atitude irreverente da banda é o que desenha a sua personalidade, mas está longe de ter portas fechadas à uma possível gravadora que reconheça o seu talento e autenticidade.

OS CUBISTAS - quem é quem
Jô Estrada. Nina e Tatiana Pará. A sincronicidade do universo uniu o trio fantástico para uma viagem na esfera musical. Desafiando as formas de expressão, o aberrante encontro gerou super poderes a cada um, nos quais juntos, conferem uma sinergia extasiante insólita.
As super gêmeas ativam um fluxo mágico para a estrada de Jô. O enigma que Tatiana exibe é desvendado pela descarga elétrica na guitarra enquanto o movimento injetado por Nina através de fortes pegadas é potencializado ao ouvir a voz de Jô em ação, acompanhada por uma performance na guitarra e no baixo.
Com a virtude artística borbulhando desde os 16 anos, Jô já passou por bons apuros, onde já chegou a ser levado uma vez pelo juizado de menores por estar tocando num bar sem autorização dos pais. Para completar a ecleticidade da banda, o vocalista trabalhou como sideman ao lado de artistas como Sidney Magal e Guilherme Arantes. Movido pelo rock que corre em suas veias, foi abduzido pelos poderes das irmãs Pará: Nina, com sua paixão por bateria e formação musical no rock progressivo e heavy metal e Tatiana com 15 anos de história nas cordas elétricas de guitarra e baixo, grande parte mergulhada no mundo do blues internacional e nacional.

Lançamentos - O Álbum Reverse e outros conceitos
A versátil banda vem trilhando um caminho de conquistas com seu primeiro álbum, o REVERSE, oficialmente lançado no mês de junho.
O álbum conta com 14 produções próprias e é desprendido de qualquer chavão, cuja versatilidade notada foi inspirada em influências que vão de Beatles a Jimi Hendrix, nomes unânimes aos fiéis amantes do rock´ n roll. O nome Reverse surgiu por contemplar notas e trechos que soam como se fossem gravados ao contrário, tal inconfundível “efeito reverse” não só pode como é realizado ao vivo.
O primeiro clipe da LACME da faixa “Hello Hello” foi dirigido pelo reconhecido Ricardo Spencer, ganhador de vários prêmios, entre eles o MTV Awards por seu trabalho em “Déjà Vu”, da baiana Pitty.
A banda já prepara o próximo lançamento, o Reverse Naked, uma versão original e crua das 14 faixas produzidas numa concepção bootleg. Ainda para o ano de 2008, a LACME irradia um novo conceito musical com mantras de rock n´roll numa excêntrica união. Inspirada em hits de bandas como Nirvana, o trio se atreve numa jornada de repetição de vocais associados a um ritmo hipnótico.
Em pouco tempo de estrada, toda essa diversidade e conteúdo da LACME foi muito incentivada por nomes respeitados, como o produtor Tom Capone, e elogiada por Fernando Magalhães, guitarrista do Barão Vermelho, além de um destaque na revista Rolling Stones: "O Lacme é uma banda que recentemente saiu da bolha, em diversos sentidos metafóricos. Para começar, o som produzido não é exatamente aquilo que você esperaria de um trio formado por dois amantes de heavy metal e um produtor-guitarrista com técnica apurada: é pesado, mas soa estranhamente reconhecível e, por vezes, até dançante e rítmico."
Esse som contagiante pode ser encontrado na Livraria da Vila, Livraria da Cultura e na loja virtual: http://www.infinityart.com.br/iamusic/loja/products_new.php
Para ouvir, também:
www.myspace.com/lacme
http://www.lacme.com.br/
Lacme TV: http://www.youtube.com/user/LacmeTV




De Diogo a Sapienza. De Sapienza para Diogo.
Um artista versátil. Este é Diogo Sapienza, cantor, compositor, chef formado no Hotel Ritz de Paris, ex-gerente de banco e ex-jogador de futebol. Dentre outros predicados, Sapienza também é bacharel em direito pela PUC do Rio de Janeiro. O talento para as artes foi revelado cedo, ainda nos tempos de Colégio Andrews, quando iniciou seu aprendizado de violão e seu interesse pela música.
O jovem artista carioca que vem se destacando a cada dia no cenário musical pela primazia da qualidade e originalidade do seu trabalho, surgiu como um alento aos admiradores da boa música e do ineditismo artístico. Dono de um timbre muito peculiar, a formação empírica e a vivência intensa na área da música internacional, resultaram no seu estilo próprio de cantar e compor.
Descobriu-se compositor aos 17 anos, quando escreveu “Rascunho”, que bem mais tarde e sob o nome de “Pintura Rasurada”, figuraria entre as canções mais fortes do seu CD de estréia. Este álbum independente foi lançado em meados de 2006 e marcou o início da carreira profissional de Sapienza como artista. Seu chute na porta do mercado foi com a música Joana, faixa de um álbum repleto de hits que se comunicam de maneira brilhante com o público adolescente.
Aos 27 anos, já com uma bela bagagem na vida e na música, Sapienza deu um passo mais além: seu segundo disco, intitulado “21”.
Seu novo trabalho é a prova concreta do amadurecimento como compositor e intérprete. O “21” (vinte e um) além de ser místico e grandioso, é o número da sorte de Sapienza. Vinte e um é a soma das músicas já lançadas pelo cantor, 11 do primeiro disco, mais as 10 do atual. Este novo trabalho é resultado de uma evolução, um ponto culminante, o que pode ser interpretado como a maturidade musical, ou uma definição até o momento do que consiste a sua carreira. E um detalhe: o número está tatuado no antebraço direito do cantor. Um sinal do quanto Sapienza investiu de si nesse novo disco.
Através do 21 podemos traçar um panorama das possibilidades musicais do artista, que desta vez explora um som mais voltado para o rock britânico, influência que sempre permeou a vida musical de Sapienza. Há em 21 o DNA dos Beatles, que se espalhou por bandas, tais como Oasis, Athlete, Gavin Degraw, Ben Kweller, dentre outros. Diga-se de passagem que nem todos esses nomes citados, sejam oriundos da Inglaterra. Mas hoje em dia tem Rock inglês dos Estados Unidos, Rock inglês da Nova Zelândia e Rock Inglês do Brasil. Basta ouvir o som do Cachorro Grande, do Skank e do Sapienza que agora também passa a fazer parte dessa nova categoria, nascida da globalização do Rock.
O conceito de “21” está bastante claro já no próprio encarte, que tem como tema “A vida em movimento”. É exatamente disso que as canções do álbum falam. Da efemeridade das coisas, da renovação constante e da pulsação nervosa do rock que não deixa de ser uma analogia à vida caótica que se leva nas grandes cidades.
Sob a batuta de Fernando Magalhães, Julius Brito e Rafael Garrafa, a produção de seu novo disco é impecável. Arranjos espertos, convenções inusitadas e muitas referências ao rock clássico permeiam este segundo trabalho capitaneado pelo cantor Diogo Sapienza. A primeira faixa, Feito um carrossel, causa impacto e mostra que “21” diz a que vem logo de cara. A música traz em si as cores da aquarela psicodélica do Rock inglês dos anos 60, com a roupagem inteligente que a banda Oasis e outros símbolos contemporâneos trouxeram para a atualidade. Há no disco diversas referências muito bem diluídas por todos as músicas. Méritos para os excelentes produtores do disco, que souberam mergulhar a fundo no universo musical de Sapienza, constituindo assim um vocabulário musical rico em melodias e convenções.
Vinte e um traz em si o conceito do lendário produtor musical Phil Spector, o gênio criador do “Wall of Sound”. A “Parede Sonora” teve e ainda tem grandes seguidores no mundo da alta música pop; Beatles, U2, Oasis, Paul Weller, REM, e até hoje é copiada como uma das maiores referências das produções modernas. A idéia é fazer com que a música tenha uma ótima reprodução desde jukeboxes e rádios de pilha, até os aparelhos 5.1 de hoje em dia. Em “21” de Diogo Sapienza, temos um ótimo exemplo de como funciona o estilo. Let it be dos Beatles foi produzido por Phil Spector e é o maior exemplo da “parede sonora” de todos os tempos.
Oasis, Coldplay, The Jam, Supergrass, Athlete, Blur, Gavin Degraw, Arctic Monkeys, são bandas estão no topo das paradas no ipod do cantor. São influências básicas para ele. Repare que há um pouco de Liam Gallagher em Sapienza. Há um pouco de tudo que ele ouve, basta conferir no disco. E, antes do início de todo o processo de composição do álbum “21”, havia a clara intenção por parte do cantor em transformar este projeto em algo fiel às coisas que ele tem prazer em escutar. Pode-se dizer que “21” é um disco feito do Sapienza para o Diogo. Um disco que Diogo, se não fosse o Sapienza, certamente compraria em uma loja qualquer.
A qualidade musical e artística de seu trabalho vem sendo reconhecida por público, crítica e pelos profissionais da área de produção musical. “Vinte e um” é um disco que vale a pena ser ouvido do início ao fim, pois conta uma história e é a continuação da trajetória de um artista que vem demonstrando sua evolução. Afinal, “A vida está em movimento”. E assim segue a carreira de Diogo Sapienza. O cantor que tem alma de andarilho, irá onde o público estiver, levando suas músicas na bagagem e mostrando toda a sofisticação do seu rocknroll viajado.





Lenine assina contrato com Universal e lança CD em setembro

O cantor e compositor Lenine esteve na sede da Universal Music, no Rio de Janeiro, para selar seu contrato com a gravadora. Em setembro, chega às lojas o novo álbum do artista, “Labiata”, que reunirá 11 composições de Lenine com seus parceiros de longa data, como Lula Queiroga, Braulio Tavares, Dudu Falcão, Carlos Rennó, Paulo Cesar Pinheiro, entre outros. O álbum acaba de ser finalizado nos estúdios de Peter Gabriel (Real World), em Londres, e o título evoca uma espécie de orquídea, paixão do pernambucano. Uma das músicas do disco, “É o Que Me Interessa”, se destaca na trilha sonora da novela “A Favorita” como tema da personagem de Patricia Pillar. Lenine não lançava disco com material inédito desde 2002.

Legenda : Lenine, entre sua empresária, Leninha Brandão, e Jose Eboli, presidente da Universal Music Brasil, sela nova parceria.

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