segunda-feira, 7 de julho de 2008

CIÊNCIA - COMPORTAMENTO


Música e decibéis (dB) - um duelo constante

Produtores musicais falam como lidar com altos níveis de decibéis sem prejudicar a audição

Músicos e produtores de áudio convivem com um perigo constante, a freqüente convivência com altos níveis de decibéis.

Segundo a ISO (International Organization for Standardization) os limites normais de níveis de ruído em regime de 40 horas semanais, como sendo de 85 a 90 dB, ou seja, qualquer ruído acima desses parâmetros, durante um tempo prolongado, pode causar problemas auditivos.

O uso de fones de ouvido e a proximidade a caixas acústicas também pode comprometer a audição no futuro, porém, é possível conviver e trabalhar com música de maneira harmoniosa, basta controlar o volume e a quantidade de horas expostas.

O músico e produtor musical gaúcho Lou Schmidt já fez audiometria e detectou uma pequena perda auditiva no ouvido esquerdo, lado em que ensaiava e ficava o amplificador de guitarra. "Agora não tenho mais medo porque eu não abuso do volume e conheço como meu corpo responde ao som alto. Quando trabalhamos demais em um dia a tendência é aumentar cada vez mais o volume e isso cansa muito a cabeça. Acho fundamental se preocupar com a saúde auditiva, porque é nosso instrumento de trabalho. Eu controlo o volume tentando ouvir em um nível que de pra perceber as freqüências (médias, graves e agudas), mas que não seja exagerado", completa Schmidt.

Já o multi-instrumentalista Marcelo Naral nunca passou por um exame, porém, sempre tomou muito cuidado com o nível de volume dentro do estúdio e não ficar perto de lugares onde o volume é mais alto. Ambos trabalham na produtora Comando S Audio em São Paulo e ficam, em média, 8 horas por dia dentro do estúdio.

Em recente estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo foi apontado que 35% dos problemas de audição registrados foram pelo uso excessivo e alto de fones de ouvido de mp3 e IPods.

"Os jovens não tem noção do quanto pode ser prejudicial ouvir música no último volume. Hoje, ao caminhar pela rua e passar um rapaz com seu IPod ou mp3 é possível identificar qual música ele está ouvindo. Meu trabalho depende diretamente de uma boa audição, conheço dos riscos e procuro me policiar, mas nem todos sabem que com o tempo o rock n' roll pode nos tornar surdos", comenta Naral.

Os tipos de fones desses aparelhos portáteis não são os mesmos utilizados por produtores musicais em estúdios. Estes utilizam um fone denominado noise cancelling, que elimina qualquer ruído de fora deixando o som muito mais limpo, logo, não é necessário escutar as produções em alto volume. Já os fones de mp3 são do tipo que entram em contato direto com o tímpano chegando a emitir 120 dB.

Pesquisas e profissionais já deram a lição de casa, resta aos jovens cumpri-la ou pelo menos desejar escutar bem aos 40 anos.






Pesquisa da Universidade de Oxford confirma que avós são fundamentais na Educação dos netos


A casa da Vovó é sinônimo de carinho, diversão e férias. É comer pipoca e bolo de chocolate, brincar de luta no tapete da sala, ter a comida preferida na hora da refeição e ouvir muitas histórias. Mas o papel dos avós na educação dos netos vai muito além disso, os avós são mãe e pai duas vezes, como diz, o ditado popular e têm a experiência adquirida durante toda uma vida.



A importância deles na educação dos netos foi comprovada em uma nova pesquisa da Universidade de Oxford, na Grã-Gretanha, com 1,5 mil crianças e adolescentes de 11 a 16 anos. Os estudiosos observaram que as crianças que tiveram os avós por perto, cresceram mais felizes. Principalmente nos dias de hoje, quando os pais têm uma rotina atribulada, a proximidade é ainda mais benéfica - e necessária.



O estudo ainda revela que quase um terço das avós maternas tomam conta dos netos regularmente na Grã-Bretanha. Em entrevista a BBC Brasil, Eirini Flouri, do Instituto de Educação de Londres, disse que em épocas de separação dos pais, muitos avós desempenham um papel importante ao trazer conforto aos netos e estabilidade a toda a família. A pesquisa também levantou que os avós são muito importantes no momento de superar dificuldades como a implicância de colegas da escola e no planejamento do futuro, como a escolha da faculdade.



Segundo a Dra. Julieta Al. Makul Durce, psicóloga do Hiléa, centro de vivência e desenvolvimento para a maturidade, as crianças são mais felizes e mais ajustadas ao lado dos avós, porque eles transmitem a certeza de uma vida já vivida e reanimada com o contato dos netos. "A experiência é soberana e ela acalma os netos. Por isso, que na convivência com os avós, os netos ficam tranqüilos. A preocupação dos avós é a de acolher as expressões dos netos e conduzi-los a própria vontade. Essa troca faz bem aos avós, porque eles renascem nas suas potencialidades, já os netos conhecem as suas alegrias nas alegrias dos avós. Mas, tudo isso só é possível se os avós respeitarem o desejo dos pais, pois eles só são avós", diz a psicóloga.

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