Olhares Refletidos – Janine Mapurunga
As imagens vibrantes que compõem o trabalho "Vagalumes na Chuva" da fotógrafa cearense Janine Mapurunga são a atração do próximo OLHARES REFLETIDOS. São fotografias que ilustram as experiências da fotógrafa durante um período de seis meses quando morou no Sri Lanka, onde realizou vários projetos, inclusive a produção de um filme documentário. Por meio de suas imagens, a fotógrafa nos convida a experimentar um pouco do que viu e sentiu no ambiente de tantas contradições que é esta pequena ilha no sul da Índia.
Serviço:
Dia 29/07/08 (Terça-feira)
Horário: 19:00hs
Entrada: Gratuita
Local: Sede do Ifoto
Ifoto – Instituto da Fotografia
Rua Gonçalves Lêdo, 307
Praia de Iracema – Fortaleza, CE
Informações: (85)3254.6385
CCBNB-Fortaleza abre a exposição individual “Nausea” e a mostra coletiva “EU O OUTRO” nesta terça 29
O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) abre duas exposições de artes visuais na próxima terça-feira, 29, às 19 horas.
São elas: a exposição individual “Nausea”, do artista paraibano José Rufino, com curadoria de Marcelo Campos, doutor em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e a mostra coletiva “EU O OUTRO”, que apresenta a produção contemporânea recente de 14 artistas paraenses, com curadoria da professora e pesquisadora Val Sampaio, coordenadora do fórum permanente de pesquisa em arte “Territórios Híbridos”, da faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará (UFPA). Val Sampaio fará uma palestra às 19h.
“EU O OUTRO” ficará em cartaz até 31 de agosto, e “Nausea” até 14 de setembro. Gratuitas ao público, as exposições têm horários de visitação de 10h às 20h (terça-feira a sábado), e de 10h às 18h (domingo).
“Nausea”, de José Rufino
A exposição individual “Náusea”, de José Rufino, apresenta monotipias (têmpera sobre papéis burocráticos) e mobiliário de metal. Trata-se de uma nova instalação de José Rufino com curadoria do carioca Marcelo Campos, composta por uma fusão de móveis de aço (escrivaninhas, arquivos de fichas, arquivos de pastas suspensas e armários) de cujas gavetas “escorrem” gravuras simétricas à maneira das manchas psicanalíticas de Hermann Rorschach.
Na instalação NAUSEA, os interesses de Rufino focam o lado de dentro dos móveis, armários e gavetas, procurando algo que é interdito, "espectrado". A náusea é uma consciência subjetiva. Os armários cospem desenhos, manchas, fluidos.
Rufino retoma o gesto expressivo de trabalhos anteriores. Agora, a expressividade vem como apropriação de rabiscos estranhos, estrangeiros, já encarnados nos armários como espectros. Manchas e desenhos se lançam da escuridão das gavetas – por intermédio de imagens fluidificadas – em busca do outro, do grito, do expurgo.
Texto do curador Marcelo Campos
"Os objetos não deveriam nos tocar, já que não vivem. Utilizamo-los, colocamo-los em seus lugares, vivemos no meio deles: são úteis e nada mais. E a mim eles tocam – é insuportável".
A constatação do protagonista de A Náusea, romance de Jean Paul Sartre, serve-nos com justeza para observação sobre o trabalho de José Rufino. Seus objetos nos colocam, enquanto espectadores, à espreita, observando mobiliários que apresentam uma certa estranheza.
Também como na estratégia dos textos de Kafka, Rufino atua com olhar insistente sobre as coisas até torná-las tocantes, instigantes, estranhas a ponto de dialogar conosco como um corpo subjetificado, vivo e pulsante. Assim acontece com gavetas, escrivaninhas, fichários, arquivos. Ao agrupá-los, forma-se um aglomerado com arestas, pontas, lacunas, aberturas, vãos.
Em NAUSEA, o conjunto de armários, gavetas, escrivaninhas, ganha diversos predicados. Sim, como na construção de uma frase. Os móveis de metal característicos de ambientes regulares como repartições e instituições públicas perdem sua regularidade. Tornam-se deslocados por não mais assumirem função convencional.
"O que se pode temer num mundo tão regular?", nos indaga Sartre. A aparente tranqüilidade destes ambientes institucionais é ameaçada por ações e gestos que nos fazem observar a engrenagem da arte. A grandiosidade da obra de Rufino reside em não aceitar as manobras óbvias e regulares. Os armários são sucateados, das gavetas surgem papéis manchados, os desenhos são feitos sobre documentos originais.
O ambiente da instalação ativa um caráter expressionista, das coisas nascem imagens fantasmáticas, espirituais. Uma das veredas da arte contemporânea, segundo Hal Foster, é a recodificação do expressionismo do início do século XX.
Aqui, Rufino situa-se na contemporaneidade. Porém, na busca da expressividade dos objetos, o artista apresenta "imagens roubadas e montadas". A obra apropria-se de objetos rabiscados, arranhados, enferrujados pela ação natural do tempo e do homem.
Rufino, então, subverte o vínculo expressionista de gestualidade imediata, como em pinturas anteriores, deixando o gesto para um outro: o desconhecido. Este anonimato na aparência dos armários os espiritualiza. Criam-se fantasmas.
Rufino acentua a estranheza. Preenche-se o vazio, as lacunas, com manchas fluidas. As gavetas abrem-se em línguas, corporificando-se. Do escuro surgem desenhos guardados. Em têmpera sobre documentos, os desenhos são compostos de imagens duplicadas em tons encarnados e sépia. Assemelham-se a lâminas, cortes com informações biológicas.
Das manchas, cabem ao espectador as atribuições figurativas. Confundimo-nos com imagens pré-existentes e novas. Lemos números (141607), códigos, assinaturas. Frases como “apresentamos os materiais abaixo”. Do que tratam tais papéis? Qual o assunto administrativo? A atmosfera é sigilosa.
A posição das gavetas, abertas, semi-abertas e fechadas, cria uma espécie de respiração e ritmo para a instalação. A náusea, como sentimento corporal, vem gradativamente em espasmos. No ato do expurgo, revelamos o interior privado, as secreções fluidificadas.
Mas este “gesto espontâneo” se tornara um “signo reificado". Aqui tratamos de ficções e interpretações. A expressão não pertence a ninguém em particular. A arte apenas compartilha, deflagra uma experiência com os que aceitam o jogo. Não há caráter documental, perde-se a história, o real e o sujeito.
Rufino toma os objetos e a partir disso os acentua, como nas palavras. Destacam-se tonicidades, reverberações, agudizações. As palavras mudam de sentido até se tornarem impronunciáveis. A frase, agora, é estrangeira para nós e para o próprio artista. Os móveis ganham funções sem funcionalidades.
"É preciso não colocar estranheza onde não existe nada", afirmara Sartre. NAUSEA utiliza esta afirmação às avessas, estranhando o banal, banalizando a estranheza.
(Texto de Marcelo Campos – curador, doutor em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; professor adjunto e coordenador da Graduação em Artes do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ).
José Rufino: resumo biográfico
José Rufino (João Pessoa, 1965) vive e trabalha no Brasil. Doutor em Geologia e iniciado em pintura e escultura em cursos livres. Desenvolveu sua jornada artística passando da poesia para a poesia-visual e em seguida arte-postal e desenhos nos anos 1980.
O universo do declínio das plantações de cana-de-açúcar no Brasil conduziu seu trabalho inicial em desenhos (longas séries em envelopes e cartas) e instalações (Respiratio, Sudoratio, Vociferatio, Lacrymatio) com mobiliário e documentos de família e institucionais.
Filho de ativistas políticos presos pela ditadura do regime militar brasileiro nos anos 1960, o artista é também muito conhecido pelos seus impressionantes trabalhos de caráter político, como a grande instalação Plasmatio, primeiramente exibida na XXV Bienal Internacional de São Paulo (2000), e composta por mobiliário e grandes manchas de tinta à maneira das pranchas psicanalíticas de Hermann Rorschach, sobre cartas e documentos originais de desaparecidos políticos brasileiros.
O diálogo dicotômico entre memória e esquecimento contamina seu trabalho completo. Instalações complexas têm sido elaboradas a partir de contextos institucionais, como portos (Laceratio) e estradas de ferro (Murmuratio). A última, um grande “depósito de detritos de inundação fluvial” de mesas, escrivaninhas e cadeiras com raízes, “exumadas” (Léthe, 2006), sintetiza seu procedimento.
Fez exibições em bienais (Havana, 1997; São Paulo, 2000; Mercosul, 1999; Venezuela, 1998, 2004; Ushuaia, 2007) e grandes exposições individuais (Museu de Arte Moderna, Recife; 2003; Museu Oscar Niemeyer, Curitiba; 2004; Museu de Arte Contemporânea, Niterói; 2004; Embaixada do Brasil, Berlim, 2006).
Exposição “EU O OUTRO”
Os Centros Culturais Banco do Nordeste (Fortaleza e Cariri, no Ceará; e Sousa, na Paraíba), comemorando dez anos de atuação do CCBNB-Fortaleza, estão ampliando seus limites geográficos na área das Artes Visuais.
Para isso, estão lançando o programa Contra_Fluxos, uma rede de diálogo de artes visuais que se materializa na realização de blocos de exposições com artistas contemporâneos que participaram de mostras em suas sedes ao longo desses dez anos, bem como de artistas emergentes que estão surgindo na cena artística brasileira.
Participam desta rede de diálogos não apenas artistas nordestinos, mas também de outras regiões brasileiras, possibilitando assim interculturalidade entre produção artística, instituições e público. Cada exposição elabora um significante percurso do processo criativo desses artistas, ao dialogar poéticas que se estruturam em consistentes pesquisas artísticas.
As mostras possuem como eixo principal o diálogo entre a produção dos artistas que já realizaram exposições nas dependências dos três CCBNBs nos últimos dez anos e a produção artística visual oriunda do estado ela será apresentada.
As exposições coletivas “CASA – um lugar em trânsito” e “EU O OUTRO” inauguram este democrático programa que valoriza o intercâmbio artístico, a pluralidade cultural e a consciência universal, realizado em parceria com o Espaço Cultural das Onze Janelas e o fórum permanente de pesquisa em arte “Territórios Híbridos”, da faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Intitulada “CASA – um lugar em trânsito”, a primeira reúne, desde o último dia 9 até o próximo dia 31 de julho, trabalhos de onze artistas cearenses na Sala Gratuliano Bibas, da Casa das Onze Janelas (Praça Dom Frei Caetano Brandão – Cidade Velha – fone: (91) 4009.8825), em Belém (PA), com curadoria de Solon Ribeiro.
A lista dos artistas alencarinos participantes abrange os seguintes nomes: Euzébio Zloccowick, Jussara Correia, Lia Damasceno, Márcia Moura, Mariana Smith, Murilo Maia, Rosângela Melo, Ticiano Monteiro, Victor de Castro, Waléria Américo e Yuri Firmeza.
Por sua vez, a segunda, denominada “EU O OUTRO”, apresenta a produção contemporânea recente de 14 artistas paraenses no CCBNB-Fortaleza, a partir desta terça-feira, 29, com curadoria de Val Sampaio.
Na relação de artistas paraenses, constam os talentos de Amanda Carvalho Oliveira (Amanda Jones), Armando Queiroz, Bruno Cantuária, Carla Evanovitch, Danielle Meireles, Eder Oliveira, Ediene Pamplona, Flávio Araújo, Heraldo Cândido, João Cirilo, Luciana Magno, Murilo Rodrigues, Victor De La Roque e Vitor Lima.
Amanda Jones, Carla Evanovitch, Heraldo Cândido, Luciana Magno, Murilo Rodrigues e Victor De La Roque vêm a Fortaleza e realizam intervenções e performances na abertura da exposição.
ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL “NAUSEA”
· José Rufino – (83) 9921.2941
· Marcelo Campos (curador) – (21) 8829.6617 – campos.marcelo@gmail.com
EXPOSIÇÃO COLETIVA “EU O OUTRO”
· Val Sampaio (curadora) – (91) 8855.2017
· Amanda Jones – (91) 9174.8785
· Heraldo Cândido – (91) 9968.3041
· Murilo Rodrigues – (91) 8131.7419
· Victor De La Roque – (91) 9191.8682
· Carla Evanovitch – (91) 8133.7908
· Luciana Magno – (91) 8821.5548
A arte da percepção
Museu Madi de Sobral, expõe seu acervo no Centro Dragão do Mar
O Movimento Madi é uma importante contribuição latino-americana para a história da arte universal. Seu nome não tem uma origem precisa, mas um possível significado está na sigla “Movimento, Abstração, Dimensão, Invenção”.
O que teve início na América Latina nos anos 1940 já conta com a participação de artistas de todo o mundo: Alemanha, França, Itália, Espanha, Estados Unidos, Japão e Hungria têm hoje seus próprios representantes do movimento. No Brasil, o único museu que dispõe de obras desse movimento é o Museu Madi de Sobral, que estará expondo esculturas, pinturas e desenhos de seu acervo no Centro Dragão do Mar.
Arden Quin, Bolívar, Satoru Sato, Joel Froment, Felipe Vacher, Jaildo Marinho e Faxon são alguns dos artistas cujas obras estarão no Museu de Arte Contemporânea do Dragão.
Recortes de madeira se encaixam em curvas e ângulos, pedaços de latão e acrílico se dispõem em variadas direções. Peças suspensas ou sobrepostas, com cores vibrantes ou neutras. As obras despertam para uma atitude participante, ativa e não apenas contemplativa. Uma experiência geométrica que se expressa em cores, espaços, formas, linhas, pontos ordenados, sugerindo um novo potencial visual, espacial e auditivo. Horários de visitação da exposição Arte Madi: de terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até às 20h30). Acesso livre. Outras informações: 3488-8624.
Banco do Brasil expõe obras de Francisco Brennand em Fortaleza
Em comemoração aos 200 anos do BB, o Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante promove a exposição “Brennand: Uma Introdução”, composta de esculturas, pinturas e desenhos do artista pernambucano
Os 200 anos do Banco do Brasil serão lembrados em Fortaleza por uma exposição do escultor, desenhista e pintor Francisco Brennand, que acontece de 9 de julho a 10 de agosto no Museu de Arte Contemporânea (MAC), no Centro Dragão do Mar e Arte e Cultura. A atração faz parte do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Itinerante, que leva a todas as regiões do País atividades em música, cinema, teatro, literatura, artes plásticas, fotografia e educação. No próximo dia 25 de julho, o CCBB leva à Juazeiro do Norte o show do cantor e compositor Renato Teixeira.
O coquetel de abertura de “Brennand: Uma Introdução” acontece nesta terça-feira (08/07), às 19h, para convidados, no Centro Dragão do Mar.
A exposição tem curadoria de Olívio Tavares de Araújo e é composta de 33 esculturas, 17 pinturas e nove desenhos, selecionados entre as mais de 1700 obras presentes na Oficina da Várzea, próxima do Recife, onde o artista cria e mantém suas obras para visitação pública.
As criações mais antigas são os desenhos, como O Sonho e Nu, ambos dos anos 50, mas há também esculturas e pinturas de diferentes momentos, inclusive dos últimos 10 anos, como a escultura A Torre de Babel (1997), as pinturas A Viúva Alegre (2003) e O Anjo (2005), assim como os desenhos O Beco (2002) e Chapeuzinho Vermelho Vitoriosa (2003).
Segundo o curador Olívio Tavares de Araújo, a década de 70 marca a transição na obra do artista de uma pintura vinculada à religião e à cultura nordestina, como são os casos de Sexta-Feira da Paixão (1959/1961) e Tigre (1965), para uma escultura que destaca figuras da mitologia, formas sexuais, como pênis, vaginas, úteros, nádegas, expressam uma sexualidade crua sem erotismos, além de mulheres regidas pelo sofrimento, características presentes nas décadas seguintes. Essa mudança ocorreu após a criação em 1971 da Oficina da Várzea, que foi adaptada de uma fábrica semi-abandonada do pai do artista.
São várias as obras em torno de figuras femininas, como Antígona (1978), Lara (1978), Diana Caçadora (1980), Hália (1978), Maria Antonieta (1993), Helena de Tróia (1995) e Joanna d’Árc (1997), sempre abordando as dores da existência. Nesse sentido, ao contrário do que muito se escreve sobre Brennand, conforme afirma o curador, o artista não é vinculado a uma arte nacionalista e regional, mas universal, atemporal e mitológica.
Embora seja considerado por muitos um pintor Armorial, próximo do movimento criado por Ariano Suassuna, cuja matriz é o romanceiro popular, Brennand, segundo Tavares de Araújo, saiu dos temas regionais quando surgiu o movimento. A exposição tem por objetivo, conforme o curador, justamente, limpar os clichês em torno de Brennand, ampliando o alcance dos olhares sobre sua obra, assim como relativizando algumas verdades criadas com a repetição de falsas impressões.
Sobre o artista
Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand nasceu em 11 de novembro de 1927 no Recife. Desde cedo o seu talento é revelado na escola. Em 1945, Ariano Suassuna, então um colega de classe, o convida para ilustrar os poemas que ele publicava no Jornal Literário do colégio, por ele organizado.
Incentivado pelo pai a cursar Direito para cuidar dos negócios da família, trocou as leis pela liberdade da arte, influenciado pelo contato com artistas em atividade nos anos 40 em Recife, como Abelardo da Hora e Álvaro Amorim.
Em 1947, recebeu o primeiro prêmio de pintura do Salão de Arte do Museu de Pernambuco, com o quadro de uma paisagem inspirada no engenho São João. Levando na mala esse reconhecimento, mudou-se, em 1949, para Paris. Aproveitou os anos na Europa para ampliar seus conhecimentos. Em 1958, inaugura o mural do Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife e, entre 1961 e 1962 realiza uma das obras mais significativas da sua carreira: Batalha dos Guararapes, para uma agência do Banco da Lavoura de Minas Gerais, no Recife. O painel trata da expulsão dos holandeses do Brasil.
Em 1971, adaptou a fábrica de telhas e tijolos do pai, criada em 1917 e abandonada desde 1945, para o que se tornou a Oficina da Várzea, que funciona ao mesmo tempo como ateliê e museu. O artista trabalha com argila e usa forno de alta temperatura, 1400º C, para a queima das obras, sempre com combustão a óleo e vitrificação. A argila vem do Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
Embora o próprio curador Olívio Tavares de Araújo considere as esculturas o forte de Brennand, por ter estilo único e inventivo, o próprio artista define-se acima de tudo como um desenhista. Para abrigar e expor essa produção específica, inaugurou, em dezembro de 2003, o espaço Academia, também na área da Oficina da Várzea.
Participou de várias exposições nacionais e internacionais, individuais e coletivas. Sua obra recebeu diversos prêmios, sendo o mais importante deles, o Prêmio Interamericano de Cultura Gabriela Mistral, concedido pela OEA (Organização dos Estados Americanos), Washington, Estados Unidos, em 1993.
SERVIÇO:Exposição Francisco Brennand
Até 10 de agosto.
Horário: das 14h às 21h, de terça a domingo.
Onde: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema. Fortaleza-CE
Tel.: (85) 3488-8624.
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