segunda-feira, 7 de julho de 2008

LIVROS - FICÇÃO



DIVIRTA-CE recomenda

Durante muitos anos, o professor de história medieval Armando Dorado esteve envolvido na pesquisa de bifólios valiosos que encerravam um antigo códice. Quando finalmente parecia prestes a colocar as mãos no tesouro, ele desaparece, e seu paradeiro se transforma em um grande mistério.

A partir desse momento, sua aluna Laura e o colega Carlos começam uma perigosa corrida contra o tempo para descobrir o paradeiro do mestre. A dupla logo percebe que a única maneira de encontrar o velho professor é descobrir o conteúdo dos bifólios. Em pouco tempo, Laura e Carlos se vêem em uma incrível jornada, que os faz visitar a histórica cidade de Zaragoza, passando pela Jordânia, Burgos e Vaticano, sempre atrás de pistas que o próprio Dorado lhes deixa pelo caminho.

No entanto, os rastros do professor os empurram para as garras de uma perigosa sociedade secreta, que tentará impedir Laura e Carlos de alcançar seus objetivos e revelar um segredo que abalaria os fundamentos da Igreja.

Paloma Sánchez-Garnica é historiadora e advogada. Sua paixão em diferenciar realidade e lenda no universo das religiões a levou a escrever O Grande Arcano, seu romance de estréia. ***






Um vírus? Uma droga? Uma religião? Só se sabe que seu nome é Snow Crash.

Editora Aleph lança NEVASCA no Brasil, obra que projetou mundialmente o escritor norte-americano Neal Stephenson.


A HISTÓRIA

QUANDO
Algum tempo no futuro.

ONDE
Os Estados Unidos, como nós o conhecemos, não existem mais. O país deu lugar a territórios independentes, franquias privadas que dominam a maior parte do território, que agora está nas mãos de mercenários, automóveis e corporações de toda espécie.

QUEM
Hiro Protagonist entrega pizzas para o Tio Enzo e a corporação Cosa Nostra. Mas isso é no mundo que todos conhecemos. Na realidade virtual, que todos chamam de Metaverso, Hiro pertence à elite que criou aquele lugar, habitado por avatares de toda espécie. Em qualquer dos dois mundos, Hiro também é um exímio samurai.

O QUE
Os mundos que conhecemos estão prestes a ser destruídos.

POR QUE
Apenas um estranho homem, chamado de Corvo, tem essa resposta.

COMO
Seria um vírus? Uma droga? Uma religião? Só se sabe que seu nome é Snow Crash.

Titulo: Nevasca
Título original: Snow Crash
Autor: Neal Stephenson
Tradução: Fábio Fernandes
Formato: 16x23 cm
N. páginas: 440
Preço: R$ 59,00

O LIVRO

FUSÃO DE ESTILOS
Nevasca surpreende a cada capítulo pela fusão constante e dinâmica de temas tão diversos como computação, filosofia, política, religião, arqueologia, história, lingüística, criptografia e antropologia. Tudo regado a um tom satírico e, claro, muito humor negro.

QUEM ELOGIOU
Nevasca foi elogiado por figuras marcantes à época de seu lançamento, como William Gibson, pai da cibercultura, e Timothy Leary, pai da contracultura.

IMPORTÂNCIA HISTÓRICA
Nevasca foi inspiração fundamental para a criação de ambientes virtuais imersivos 3D, como o Second Life e o Playstation Home. Assim como William Gibson cunhou o termo ciberespaço, em Neuromancer, o termo Metaverso foi criado por Stephenson em Nevasca, e hoje é comumente utilizado para descrever esses ambientes.

UM DOS CEM LIVROS DO SÉCULO
Nevasca foi eleito pela revista TIME como um dos 100 mais importantes romances em língua inglesa do Século XX.

CITAÇÕES
“Um cruzamento entre Neuromancer, de William Gibson, e Vineland, de Thomas Pynchon. Isso não é mero exagero.” San Francisco Bay Guardian

“Brilhantemente realizado... Stephenson muda de rumo para ser um guia envolvente de um mundo avançado.” The New York Times Book Review

O AUTOR

Neal Town Stephenson, 48 anos, nasceu em na cidade de Fort Meade. É colaborador da revista Wired, na qual escreve sobre tecnologia, e também é consultor da Blue Origin, empresa financiada por Jeff Bezos (fundador do site Amazon) que desenvolve um sistema de lançamento sub-orbital tripulado. É atualmente um dos autores de ficção mais vendidos nos Estados Unidos.

Stephenson ainda escreveu os seguintes títulos, inéditos no Brasil: The Big U, Zodiac, The Diamond Age, Cryptonomicon, Quicksilver, The Confusion, The System of the World e Anathem.

Atualmente reside em Seattle com sua família. ***






VIAGEM NOTURNA NO TREM DA VIA LÁCTEA

No ano do centenário da imigração japonesa, a Editora Globo lança no Brasil, em primeira tradução direta, um dos livros mais queridos da cultura nipônica –
espécie de O pequeno príncipe japonês


Miyazawa Kenji é um dos mais importantes escritores modernistas do Japão. A despeito de sua breve vida e carreira literária, constituiu uma obra até hoje amada e reverenciada em seu país, alcançando reconhecimento internacional em diversas edições, inclusive a presente tradução que o introduz ao Brasil.
Viagem noturna no trem da Via Láctea – pela primeira vez traduzido diretamente do japonês ao português – é seu livro de maior repercussão. Coletânea de contos infantis, o livro evoca uma textura de seda finamente bordada com a delicadeza e a dedicação típicas dos artesãos japoneses. Com uma imaginação engenhosa, Miyazawa entrelaça temas da mitologia budista com a modernização industrial do Japão; serenos elementos naturais dialogam com elementos urbanos e técnicos; temas épicos tradicionais alegorizam a militarização moderna; fábulas da natureza e da técnica tematizam a frágil condição humana. Em meio à graça e humor das narrativas, vislumbra-se um observador crítico dos costumes e dos valores sociais; o que por vezes tinge seus contos de um tom noturno e melancólico. Todavia, como um iluminista, Miyazawa espera que seus contos sejam formativos, como a estrela que guia na madrugada.
Na literatura de Miyazawa, o universo infantil não se reduz ao etário ou ao étnico, mas se universaliza. Não é preciso ser criança ou japonês para se encantar com a narrativa e os valores ali transmitidos: o respeito à natureza e o amor aos humildes. Em tempos onde esses valores parecem em crise, talvez faltem mais e melhores fábulas às crianças e aos jovens. Ou então que os adultos resgatem em si a criança que ainda se emociona e, daí, pense em sua própria condição. Miyazawa nos convida a isso.

TRECHO:

“Na margem oeste da Via Láctea podem-se ver duas pequenas, muito pequenas estrelas azuis. São os meninos Chunse e Pose, estrelas gêmeas que moram cada qual em seu pequenino palácio de cristal. Os dois palácios ficam um bem em frente ao outro. À noite, eles retornam sem falta aos seus palácios, sentam-se numa posição correta e durante a noite acompanham com suas flautas de prata a canção Viagem pelas estrelas. Essa é a função destas estrelas gêmeas.” (Do conto As estrelas gêmeas)

O AUTOR:

Miyazawa Kenji, um dos mais lidos escritores japoneses, nasceu em Iwate, Japão, em 1896. Poeta e pregador budista da seita de Nichiren, fixou-se em Tóquio, onde escreveu grande número de contos infantis e de romances: Demônios e primavera, Matasaburô de vento, Noite no trem, Um bom restaurante, entre outros. Sua obra mais conhecida, porém, é Viagem noturna no trem da Via Láctea. Faleceu em 1933, aos 37 anos.

Ficha técnica:
Título: Viagem noturna no trem da Via Láctea
Autor: Miyazawa Kenji
Tradução: Lica Hashimoto e Madalena Hashimoto Cordaro
Editora: Globo
Prefácio: Nana Yoshida
Gênero: Literatura
Capa: Roberto Kazuo Yokota
Preço: R$29,00
Número de páginas: 412 ****







"Diário de um Banana" faz um retrato bem-humorado da adolescência

Ultrapassar a vendagem de grandes best-sellers, como "Harry Potter" e "A Menina que Roubava Livros", é um resultado para poucas obras literárias. Para os quadrinhos, então, é algo quase inatingível. No entanto, como a lógica nem sempre se consagra como "dona da razão", o diferente e, de certo modo, inovador "Diário de um Banana", de Jeff Kinney, realizou tal façanha, figurando por um ano na lista dos mais vendidos do New York Times.

Numa mistura entre texto e desenhos, fugindo do padrão convencional da literatura e dos quadrinhos, a obra narra os conflitos, angústias, desejos e atitudes de Greg Heffley, um herói às avessas, vivendo o turbulento período da adolescência e a dificuldade de convivência com os colegas da sexta série do ensino fundamental.

A principal inovação do livro está na forma de diagramação escolhida. O trabalho é efetivamente um diário, com o design seguindo perfeitamente as linhas, em uma fonte que lembra a manuscrita. Para completar, há uma série de desenhos divertidos e, principalmente, debochados, que ora completam, ora incrementam a narrativa.

Ao contrário dos heróis costumeiros dos quadrinhos que apresentam um comportamento padrão, com leves desvios de caráter, a personalidade do ícone da história é diferente. Greg, 12 anos, é revoltado, busca, de todas as formas, alcançar a fama na escola e o sucesso com as mulheres sem preocupações "éticas". Afinal de contas, ele não passa de um adolescente comum.

Apesar do humor extremamente infantil – que dá o verdadeiro tom de O Diário de um Banana -, em alguns momentos, a obra pode ser entendida por um viés mais maduro, como a legítima representação das idéias de um adolescente. Não se surpreendam se, dentro de alguns anos, a produção se transformar em filme. A 20th Century Fox já adquiriu os direitos da obra. ***



Um escritor que ama as palavras

“A experiência literária é um ritual antropofágico. Antropofagia não é gastronomia. É magia. Come-se o corpo de um morto para se apropriar de suas virtudes. Não é esse o objetivo da Eucaristia, ritual antropofágico supremo? Come-se e bebe-se a carne e o sangue de Cristo para se ficar semelhante a ele. Eu mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei... E se escrevo é na esperança de ser devorado pelos meus leitores”, escreveu o psicanalista, educador, teólogo e escritor Rubem Alves. O também educador Samuel Lago atendeu a esse chamado: devorou os aproximadamente 80 livros de seu amigo e organizou o livro O Melhor de Rubem Alves, que acaba de ser lançado pela Nossa Cultura Editora.


Admirador confesso da obra de Rubem Alves, Lago teve a oportunidade de conhecer o escritor pessoalmente numa viagem à Patagônia. Desse relacionamento, além de uma forte amizade, nasceu um contato profissional que já deu origem a outras obras. Na Nossa Cultura Editora, especializada em audiolivros, Lago criou a coleção “Pensamento Vivo de Rubem Alves” e editou outras obras do autor em formato de livro falado.

O Melhor de Rubem Alves é a primeira edição de textos do autor feita pela Nossa Cultura em formato tradicional. São quase 400 páginas que reúnem aforismos e trechos selecionados cuidadosamente da extensa obra de Rubem Alves. Ilustrações produzidas especialmente para o livro ajudam os olhos a viajarem ainda mais livremente pelo pensamento de Rubem Alves, um dos mais respeitados intelectuais do país. Afinal, como diz o organizador, essa é uma obra que “deve ser lida diferentemente de outros livros”. “Sugiro que cada pequeno texto seja refletido, degustado prazerosamente.” **

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