Na véspera da Festa de Santo Antônio, Barbalha realiza a Noite das Solteironas
Neste sábado, 1/6, a Noite das Solteironas marca a véspera da Festa de Santo Antônio de Barbalha, onde 300 mil pessoas são aguardadas para o Cortejo de Grupos Folclóricos e o Carregamento do Pau da Bandeira, neste domingo. Uma festa popular de tradição secular e repercussão nacional, atraindo turistas de diversos estados, amantes da cultura e de várias linguagens e expressões artísticas. É a primeira edição da festa após o reconhecimento de Barbalha, por lei estadual, como capital dos festejos de Santo Antônio
Em clima de entusiasmo reforçado pela beleza da decoração, pela hospitalidade dos moradores e pelo orgulho em manter a tradição, Barbalha já recebe milhares de visitantes neste sábado em que a Noite das Solteironas é o último grande evento antes do início oficial da Festa de Santo Antônio. Já a abertura da festa será realizada no domingo, 2/6, com o carregamento do Pau da Bandeira de Santo Antônio – um mastro de cerca de 23 metros e mais de duas toneladas, transportado ao longo de seis quilômetros nos ombros de 200 carregadores, como forma de penitência e tradição, até ser fincado no Patamar da Igreja Matriz.
Na Noite das Solteironas, uma multidão cai na paquera durante a quermesse animada por shows musicais, em busca de aproveitar as homenagens a Santo Antônio para, enfim, “sair do caritó”. Destaque para as simpatias realizadas por Dona Socorro Luna, personagem da cidade, a "grande solteirona", que prepara o chá da casca do Pau da Bandeira e os kits vendidos na Noite das Solteironas, para quem deseja reforçar ao Santo o pedido de um bom partido. “Já teve casamento do Oiapoque ao Chuí”, garante "Dona Corrinha", sempre requisitada para fotos na fachada de sua casa, com caracterização especial, e nas barraquinhas na quermesse.
Sempre se destacando na Festa de Santo Antônio, são vários os rituais e simpatias capazes, segundo os participantes, de “remediar” até mesmo os mais longevos “encalhados”, pondo fim à solteirice. A vontade de casar leva milhares de moças a participar da festa, tocando o Pau da Bandeira, sentando-se sobre ele e mesmo bebendo o chá produzido com pedaços da casca da árvore. Também não falta quem assine a bandeira com a imagem de Santo Antônio, para reforçar o pedido.
Já neste domingo, 2/6, às 9h da manhã, acontece a Missa na Igreja Matriz, seguida pelo cortejo de nada menos que 58 grupos folclóricos, um dos mais belos momentos da festa, com toda a diversidade e a riqueza cultural de Barbalha demonstrada em um grande encontro de mestres. Às 11h terá início o cortejo do Pau da Bandeira, que será transportado desde o Sítio Flores, até a sede do Município.
Ao longo dos 6 quilômetros - geralmente completados apenas no início da noite, quando o mastro é erguido em frente à Igreja Matriz, simbolizando que a cidade está em festa -, o carregamento do Pau da Bandeira é acompanhado por uma procissão de centenas de milhares de pessoas, em uma tradição que une elementos sagrados e profanos.
Viva! Barbalha agora é a capital!
"Este ano temos grandes diferenciais na Festa do Pau da Bandeira. A começar pelo reconhecimento de Barbalha como capital cearenses dos festejos de Santo Antônio, por lei estadual", destaca o secretário de Cultura e Turismo do município, Antônio de Luna, citando a lei 96/2012, de autoria da deputada estadual Fernanda Pessoa. "Esta é a primeira edição da festa, depois desse reconhecimento oficial, que ajuda a engrandecer ainda mais o evento e a atrair maior repercussão", ressalta. Daí o tema da edição 2013 da festa: "Viva! Barbalha agora é a capital".
Livro e Exposição
Outras novidades são a abertura do Museu da Festa de Santo Antônio, fruto de um trabalho do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O museu abrigará a exposição "Pau do Santo, Festa de Fé", que será aberta ao público no dia 12 de junho, no Casarão que sedia a Secretaria de Cultura de Barbalha.
Na mesma data, será lançado o livro "Sentido da Devoção - Festa do Carregamento em Barbalha", também resultado de trabalho realizado pelo IPHAN.
A tradição do ritual profano que introduz as festividades em homenagem ao padroeiro de Barbalha se repete desde os anos 40 do século XVIII. Ação iniciada como ato de devoção e fé, em que os carregadores cumpriam promessas por graças alcançadas, o carregamento do pau da bandeira de Santo Antonio tornou-se um fenômeno cultural estudado por pesquisadores e intelectuais de várias partes do mundo, por ter se tornado uma “romaria” em que o simbolismo reunido em torno de um objeto de adorno a um Santo diminui as fronteiras entre sagrado e profano.
Djavan é atração deste sábado na casa de shows Siará Hall
Cantor volta a Fortaleza com a mesma banda de 15 anos atrás
De volta à Fortaleza, com um show de arrepiar os corações dos fãs cearenses, um dos maiores músicos da MPB, Djavan, regressa à terrinha para divulgar seu primeiro disco autoral em cinco anos, lançado em setembro do ano passado, com o nome “Rua dos Amores”. A apresentação acontece no sábado, na casa de show Siará Hall.
Com mudanças radicais e inovadoras, a gravação do novo álbum conta com novidades na formatação do show. Primeiro voltou a tocar com a banda que o acompanhava há 15 anos e, para isso, teve de mandar para o banco o grupo de músicos com quem vinha se apresentando há vários anos. Depois refez arranjos na maioria de suas canções, exceto “Meu Bem Querer”, um de seus clássicos durante sua carreira.
Djavan, cantor e compositor de inesquecíveis canções traz em “Rua dos Amores”, com parceria inédita com o Zeca Pagodinho, uma música (letra Zeca e Música Djavan) para Alcione. A canção estará no novo CD da Marrom e chama-se “Êh, Êh”. Um dream team do instrumental brasileiro que o ajuda a revalorizar canções que a plateia sabe de cor, como é o caso de “Seduzir”, do álbum, “Homônimo”, que ganha roupagem eletrônica e se veste para as pistas. Por sua vez, o hino “Oceano” nem precisa de banho de loja para ser levada de volta ao palco. Seu imenso sucesso garante uma interpretação voz e violão e, obviamente, coro do distinto público.
Já o cenário, foi todo elaborado a partir de uma escolha em ser sustentável, uma vez que a composição do palco será preparada, a partir de construções de papel. Simples, leve e com baixíssimo impacto ambiental em sua origem e no descarte, o papel utilizado é uma matéria prima proveniente de florestas plantadas e tem potencial de reciclagem em curto espaço de tempo. Além disso, durante o uso na turnê, praticamente não será necessária reposição, pois o tipo de papel escolhido tem altíssima resistência.
SERVIÇO
Djavan em Fortaleza
Data: 01 de Junho de 2013
Local: Siará Hall – Fortaleza, CE
Ingressos
Pista:
- Inteira: R$100,00
- Meia: R$50,00
Front:
R$110,00
Open Bar: Cerveja, água e refrigerante.
Camarote:
1º piso:
- Inteira: R$240,00
- Meia: R$120,00
2º piso:
- Inteira: R$160,00
- Meia: R$80,00
Mesas:
Premium ou ouro:
- Inteira: R$150,00 (por pessoa)
- Meia: R$75,00 (por pessoa)
Baile no Mercado e outras opções gratuitas em Fortaleza
Confira tudo o que acontecerá de sexta a domingo nos equipamentos culturais da Prefeitura
Jonnata Doll & Os Garotos Solventes e o grupo Luar do Sertão são algumas das atrações
O som dos anos 60 abre a programação do final de semana dos equipamentos culturais de Fortaleza com a primeira edição do Baile no Mercado. Novidade na programação do Mercado dos Pinhões, o projeto acontecerá na última sexta-feira do mês, de 20 às 23 horas. Neste dia 31, o iê iê iê vai ficar por conta do grupo Falcões, com participação especial de José Alves.
No domingo (2), também no Mercado, o pé-de-serra está garantido com o cantor e compositor Tony Suzene e a banda Forró Batuke, que embalam o Forró no Mercado a partir das 18h30min. O público irá conferir sucessos de grandes nomes do forró, bem como trabalhos autorais do grupo, que está lançando o CD “Nordestino Sim Sinhô”.
No Passeio Público, é a música instrumental que comanda a programação do final de semana no horário do almoço, das 13 às 15 horas, com projeto Passeio instrumental, que recebe Carlinhos Patriolino no sábado (1) e o Trio Caixa de Som, com Carlinhos Perdigão, Marcelo Justa e Gerardo Gondim, no domingo (2).
A programação do Anfiteatro Flávio Ponte também começa no sábado (1), quando a cultura popular é a grande atração do Pôr-do-sol da Tradição. Abrindo as apresentações de junho, o grupo Luar do Sertão traz muito baião no espetáculo “ O Ceará”, a partir das 17h30min. O grupo apresentará as danças “Sou do Ceará”, “Farinhada”, “As palmas da Carnaúba”, “Maresia”, “Pisa no Pilão” e “Baião”. A apresentação contará com apresentação de pífano e rabeca com Jair Moraes e Davis Alegria.
Já no domingo (2), às 18h30min, Jonnata Doll & Os Garotos Solventes apresentam seu rock and roll descontraído no Retratos do Vento. A banda cearense é formada por Jonnata Doll no vocal, Saulo “Big Boy” Raphael no contrabaixo e vocal, Marcelo Dennis Dead na bateria, Edson Van Gogh na guitarra base, e Léo Breedlove na guitarra solo.
Cineminha francês e piquenique com contação de história para a meninada
No sábado (1), a partir das 18h30min, o Mercado dos Pinhões exibe mais uma sessão divertida do Cineminha no Mercado. Este fim de semana, a criançada poderá conferir “As bicicletas de Belleville”, que conta a história de Champion, um menininho solitário que só sente alegria quando está em cima de sua bicicleta.
No domingo (2), é a vez do Piquenique animar a manhã da criançada, a partir das 9 horas, no Passeio Público. Os pequenos irão conferir a apresentação de “Joana Joaninha – O besourinho que conta e canta historias”. A apresentação fará um passeio por histórias de reis, pescadores, princesas e animais da floresta.
Mostra “70x7” permanece aberta à visitação e comemora os 70 anos do Salão de Abril
Principal evento de artes plásticas do Ceará, o Salão de Abril completa 70 anos em 2013 e, para celebrar a data, a 64ª edição tem como um de seus destaques a mostra comemorativa “70x7 – Setenta obras, sete artistas”, com curadoria do atual diretor-geral do Centro Cultural São Paulo, Ricardo Resende.
A mostra presta homenagem a sete artistas cearenses: Sérvulo Esmeraldo, Hélio Rola, Eduardo Eloy, Eduardo Frota, Jared Domício, Herbert Rolim e Francisco Zanazanan. Cada um expõe 10 obras, que estão abertas à visitação do público de terça a sexta-feira de 9 às 18 horas e, aos sábados de 10 às 18 horas, no Sobrado Dr. José Lourenço (Rua Major Facundo, 154 – Centro).
Programação do Final de Semana dos Equipamentos Culturais de Fortaleza
MERCADO DOS PINHÕES
(Praça Visconde de Pelotas, entre as ruas Gonçalves Ledo e Nogueira Acioli - Centro)
Baile no Mercado
Quando: Sexta-feira (31), das 20h às 23h
Atrações: Grupo Falcões com participação especial de José Alves
Cineminha no Mercado
Quando: Sábado (1), das 18h30 às 20h30
Filme: “As bicicletas de Belleville”
Forró no Mercado
Quando: Domingo (2), das 18h30 às 21h
Atração: Tony Suzene e a banda Forró Batuke
PASSEIO PÚBLICO
(Rua Dr. João Moreira, s/n - Centro)
Passeio Instrumental
Quando: Sábado (1), das 13h às 15h.
Atração: Carlinhos Patriolino
Passeio Instrumental
Quando: Domingo (2), das 13h às 15h
Atração: Trio Caixa de Som com Carlinhos Perdigão, Marcelo Justa e Gerardo Gondim
Piquenique
Quando: Domingo (2), das 9h30 às 10h30
Atração: “Joana Joaninha – O besourinho que conta e canta historias”
ANFITEATRO FLÁVIO PONTE
(Volta da Jurema – Avenida Beira-Mar)
Pôr-do-sol da Tradição
Quando: Sábado (1), das 17h30 às 19h.
Atração: Grupo Luar do Sertão
Retratos do Vento
Quando: Domingo (2), das 18h30 às 21h.
Atração: Jonnata Doll & Os Garotos Solventes
64º SALÃO DE ABRIL
Mostra comemorativa “70x7 – Setenta obras, sete artistas”
Quando: Terça a sexta-feira de 9h às 18h. Sábados de 10h às 18h.
A exposição fica em cartaz até o dia 31 de julho de 2013.
Informações: 3101.8827.
* Programação sujeita à alteração.
Festival dos Inhamuns percorre interior do Ceará e desembarca em Tauá
A abertura do VII Festival dos Inhamuns Circo, Bonecos e Artes de Rua aconteceu na sexta (24) em Arneiroz
Senhoras e senhores, tem espetáculo nos Inhamuns! Na sexta-feira (24), o circo, os bonecos e as artes de rua chegaram ao município de Arneiroz, uma das seis cidades em que o VII Festival dos Inhamuns está sendo realizado até o dia 1º de junho. A primeira apresentação do evento aconteceu no Circo do palhaço Trepinha, montado ao lado da Igreja Matriz. A honra da abertura ficou ao cargo do grupo Offsina, do Rio de Janeiro, que encenou o espetáculo “Oba! O Circo Chegou!”. A dupla argentina Pato Mojado também participou do espetáculo. O encerramento da noite no picadeiro ficou por conta do humorista Robertinho do Chicote, conhecido pelas apresentações nas ruas de Fortaleza, que arrancou muitas gargalhadas do público que lotou o espaço. A lotação também ficou esgotada na Arena, outro espaço de apresentações no VII Festival dos Inhamuns Circo, Bonecos e Artes de Rua em Arneiroz. O palhaço Biribinha, de Arapiraca (Alagoas), e sua turma apresentaram o Reencontro de Palhaços na Rua é a Alegria do Sol com a Lua, um espetáculo cheio de reprises, gags, pilhérias e galhofas. Em seguida, a Cia Vatá, de Fortaleza, trouxe, muita dança, canto e percussão com a apresentação Bagaceira, Cana e Engenho.
O terceiro espetáculo da Arena foi as “As bolas de Balltazar”, da Companhia Balltazar, da Bélgica. A apresentação elabora as técnicas de malabarismo, escada livre, corda bamba, acrobacia, mágica e teatro de marionetes e se destina a toda a família. Os argentinos do grupo argentino Pato Mojado fecharam com chave de ouro a primeira noite do VII Festival dos Inhamuns. As “Patologias” de Eulógio e Rosaura, vividos por María Franchi e César Artero, embaladas pelo piano e violão de Pedro Jozami ganharam a atenção dos presentes, principalmente das crianças.
A arte invadiu as ruas de Arneiroz no segundo dia do VII Festival dos Inhamuns Circo, Bonecos e Artes de Rua. A programação começou com um cortejo que saiu do Bairro Silva Bezerra e seguiu até a Igreja Matriz, cujo patamar serviu de palco para apresentações do Reisado Mirim do Mestre Ema, projeto de Arneiroz, da Associação Arte Jucá, que reúne crianças de sete a catorze anos. Depois, foi a vez do Nóis de Teatro, de Fortaleza, com o espetáculo “A Granja”, que discutiu as relações de opressor e de oprimido estabelecidas nas lutas de classe. Por último, o grupo Epidemia de Bonecos, também de Fortaleza, trouxe seu Teatro Lambe Lambe, que trabalha com animação de bonecos com dimensões pequenas. É visto por um único espectador por vez e a duração de cada cena é de cerca de um minuto.
Quem ganhou as ruas do Centro também foi Marcelle Louzada, de Belo Horizonte, que surpreendeu com a intervenção cênico-urbana Infravermelho. Com uma cesta contendo maçãs do amor nas mãos, ela firmou o diálogo entre artista e público pelas vias do sensível.
No Circo do Palhaço Trepinha, montado do lado da Igreja Matriz, a animação ficou por conta do Palhaço Soneca e de Mário Cruz, ambos de Fortaleza. Soneca apresentou rotinas do circo tradicional popular nordestino com a molecagem e a “gaiatice” do povo cearense. Mário Cruz montou Acerte o Pato, no qual o público constrói a cena ao lado dos atores, tornando-se protagonista da cena.
A Arena mais uma vez teve lotação esgotada para conferir as três apresentações da noite, iniciadas por CUIDADO!!! Un payaso malo puede arruinar tu vida, do palhaço argentino Chacovachi. Em seguida, foi a vez dos brasilienses do Circo Rebote, uma dupla de palhaços excêntricos, cujo espetáculo Columpia encantou com muita música e acrobacias. A terceira apresentação foi Todo dentro de um metro y médio de mujer, da argentina Maku Jarrak. O espetáculo é baseado na ação física e comunicação cômica com o público de uma forma ativa e casual, gerando muita interatividade, principalmente com as crianças.
O segundo dia terminou com a ousada encenação de Gisele vai ao bar, do ator e diretor cearense Silvero Pereira. Partindo do solo Uma flor de dama, que teve sua estreia em 2004, Silvero realiza uma série de intervenções com sua personagem Gisele Almodóvar Lachapelle Pereira Giffony Audrey Monroe. O público acompanhou a travesti e seu movimento a partir da rua, onde a apresentação começou, até a Churrascaria do Beni, lugar em que a montagem seguiu seu curso. Gisele vai ao bar conta ainda com a participação de Jomar Carramanhos, que encarna a travesti Verónica Valenttino.
Ao longo do dia, além dos espetáculos, foram realizadas várias oficinas dentro da programação do VII Festival dos Inhamuns Circo, Bonecos e Artes de Rua em Arneiroz. O premiado ator, diretor de teatro e teatrólogo mineiro Amir Haddad foi o convidado especial do Ciclo de Conversas sobre a Arte Pública e Teatro na Rua, que aconteceu no dia 25 e segue no dia 26 de Maio, no Salão Paroquial da Igreja de Arneiroz. Foram realizadas ainda as oficinas O figurino e sua função narrativa, facilitada por Joélia Braga (Itapipoca); Teatro de Rua, facilitada por Non Sobrinho e Vera Araújo (Grupo Teatro de Caretas – Fortaleza) e Rastro – Expedição de Arte de WR, cujo facilitador foi o artista Weaver.
A partir desta segunda-feira (27), a sétima edição do Festival dos Inhamuns começa a percorrer os pólos pelos municípios da região e nos distritos ond a arte do circo, das artes de rua e dos bonecos se mantém vivas. A partir das 18h de hoje (27), no assentamento de Mucuim, município de Arneiroz, acontece a abertura das comemorações dos 10 anos do Projeto Arte e Cultura na Reforma Agrária com o grupo de teatro Carrapicho, do assentamento Todos os Santos (Canindé/CE). Encerra a programaçãoa Companhia Cultural Cirandús, do município de Janduíns (RN).
Na terça (28), no município de Catarina, em frente à sede da prefeitura, acontece as apresentações dos grupos Juká de Teatro – Arneiroz (19h), Mágico Tilim – Fortaleza (19h45), Robertinho do Chicote – Fortaleza (20h20), e Duo Morales do Rio de Janeiro (21h).
Na quarta (29), é a vez do município de Parambu receber a programação do festival com as apresentações da companhia Epidemia de Bonecos (Fortaleza/CE), Mágico Tilim (Fortaleza/CE), Latin Duo (ARG) e Circo Nosotros (Itanhaém/SP). As performances começm a partir das 19h.
Ainda na quarta-feira, em Quiterianópolis, a partir das 19h, na Igreja Matriz, tem as apresetenções da companhia Talagadá (Itapira-SP), Lona Preta (SP), Palhaço Colorau (Fortaleza/CE) e Pato Mojados (ARG).
Na quinta-feira (30), o festival desembarca emTauá com a programação se estendendo até o dia 1° de junho. Destaques para a Companhia Enviezada do Rio de Janeiro, Inventivos (SP), Baltazar (BEL), Tato Criações Cênicas (Brasília/Curitiba), Palhaço Tomate (SP) entre outros.
Arte em Aço na Caixa Cultural
Mostra apresenta esculturas e desenhos do artista plástico grego, radicado no Brasil, Nicolas Vlavianos
A Caixa Cultural Fortaleza apresenta a exposição “Nicolas Vlavianos – espaço, arte e aço”, mostra com a curadoria de Sergio Pizoli, com um conjunto de obras pertencentes ao acervo do artista plástico grego, radicado no Brasil desde 1961, com passagem pelas escolas de arte de Paris, que utiliza aço e resíduos industriais na produção de suas esculturas. Na abertura da exposição o artista fará uma visita guiada pela exposição.
Nicolas Vlavianos trabalha com rebites, recortes, dobras, soldas, parafusos e todas as possibilidades técnicas que o aço, os metais variados e os resíduos podem proporcionar. “De um lado, uma ideia em formação; de outro, um monte de materiais inertes, mas com características próprias. Um indo ao encontro do outro”, define o artista. Esse diálogo entre ideia e matéria se dá a partir da técnica de utilização de resíduos industriais e solda, tão marcante na elaboração de suas obras.
A exposição apresenta uma seleção de obras, que começa em Paris, nos anos 1950, passa pela Bienal de São Paulo, em 1961, até chegar às suas esculturas públicas, em grande dimensão. Além disso, estudos e desenhos preparatórios ilustram e ajudam a compreender o processo de trabalho e de execução de obras tecnicamente complexas.
Nicolas Vlavianos nasceu em 1929, em Atenas(Grécia). Depois de estudar desenho e arte em seu pais, mudou-se para Paris, em 1956, e iniciou seu aprendizado na Académie de la Grande Chaumière, com o escultor Zadkine, e na Académie du Feu, com Lazslò Szabo, onde executou as primeiras esculturas em ferro soldado. Em 1961, integrou a representação da Grécia, na VI Bienal Internacional de São Paulo, cidade onde fixou residência. Em 1962, fez sua primeira exposição individual no Brasil.
De lá para cá, participou de inúmeras exposições, mostras e bienais, no Brasil e no mundo, e passou a produzir peças de grande dimensão, expostas em locais públicos. Encontra-se presente em coleções institucionais, espaços públicos e parques de escultura, como: Pinacoteca do Estado, CAIXA Cultural, Arquivo do Estado, Palácio Bandeirantes, FAAP, MAM SP etc.
SERVIÇO
Exposição “Vlavianos – espaço, arte e aço”
Exposição: de 22 de maio a 21 de julho de 2013 (de terça-feira a domingo)
Horário: das 10h às 20h
Local: Galeria da CAIXA Cultural Fortaleza (CE)
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Entrada Franca
Classificação etária: Livre
Informações: (85) 3453-2770
Acesso para portadores de deficiência e assentos especiais
CRÍTICA
Paul McCartney fez show histórico em Fortaleza
Apesar da dificuldade no acesso ao estádio Arena Castelão, o ex-Beatle mostrou sua simpatia para os fãs cearenses e garantiu uma noite mágica com músicas inesquecíveis
FOTO: CARLOS AUGUSTO ROCHA
Assim como a banda Beatles foi uma verdadeira lenda na história da música mundial, ter trânsito, estrutura, acessibilidade ao recém reformado estádio Castelão, durante o primeiro show internacional da nova “Arena”, foi uma verdadeira lenda. Além das ruas de acesso que ficaram congestionadas durante horas, obrigando a maioria descer dos carros e andar quilômetros (para não perderem o show!), pouquíssimos agentes de trânsito foram vistos para fazer fluir o tráfego naquela área. O sistema de transporte definido exclusivamente para o show, simplesmente não funcionou devido ao engarrafamento, o que obrigava a todos irem a pé para o evento. O excesso de material de construção no entorno do Castelão e ruas ainda em obras, cheias de buracos e lama, foram fatores que também não ajudaram na chegada dos fãs de Paul.
NESTE VÍDEO O CANTOR INGLÊS CUMPRIMENTA O PÚBLICO CEARENSE E DEPOIS CANTA UM DE SEUS MAIORES SUCESSOS
O astro saiu do hotel às 16h30, no Mucuripe, acenando para fãs, e começou o show às 21h30. A magia de enfrentar os obstáculos de acesso para conhecer o primeiro estádio pronto para a Copa do Mundo no Brasil era algo que já fazia valer a pena por ter conseguido chegar ao local – principalmente em dia de show de Paul McCartney! Esse septagenário do rock manteve a energia e levou ao delírio os quase 50 mil presentes no seu espetáculo. Cantando sucessos como “Hey Jude”, “Let it be” e “Yesterday”, McCartney conquistou o coração dos fãs cearenses falando expressões locais tipo “Vamos bota boneco” ou “Eita má”.
Antes do início da apresentação um Dj animou os presentes com hits de Paul e dos Beatles em versões mixadas. O Dj colocou alguns sapinhos em cima dos discos – quem sabe era para espantar os gafanhotos que invadiram o palco em Goiânia e virou notícia por jornais do mundo inteiro, como o tablóide inglês Daily Mirror...
Paul McCartney começou sua apresentação após a exibição de grafismos no gigantesco telão, que misturava pinturas e fotos do cantor inglês. A primeira música do setlist foi “Eight days a week” seguida de “ Junior’s Farm” – mas somente com “All my loving” ele começou a levantar a plateia. Dedicou uma música para sua esposa, que está em seu mais recente disco: “My Valentine” foi tocada por Paul com o telão central, do palco, exibindo o clipe que tem a participação de Natalie Portman e Johnny Depp. Na sequência não faltaram hits e músicas do novo disco se intercalando, como “Here today”, “Your mother should know”, “Lady Madonna”, “All together now”, “Mrs Vanderbilt”, “Eleanor Rigby”, “Mr. Kite”, “Something”, “Obla di obla da”. Mas somente na parte final Paul enpolgou a plateia, fazendo alguns chorarem e muitos se abraçarem cantando grandes clássicos dos Beatles.
Alguns momentos foram memoráveis, como os efeitos e fogos de artifício de “Live and let die”, música conhecida por ser o clímax da apresentação do ex-Beatle, além do pedido de casamento feito por um publicitário cearense para sua amada, no palco. “Eu abençoo vocês!”, falou Paul McCartney para o casal apaixonado.
PAUL MCCARTNEY CONVOCA A TODOS NO ESTÁDIO CASTELÃO: "VAMOS BOTAR BONECO!"
Na plateia, o público mais jovem se concentrou na pista, local onde parecia estar com mais pessoas em menor espaço. O camarote do evento recebeu o governador Cid Gomes com sua família, o prefeito Roberto Claudio, o senador Eunício Oliveira, além de outras autoridades, produtores e comunicadores. As arquibancadas só encheram próximo do início do show, e no Frontstage era bonito de se ver várias gerações de famílias reunidas, com filho, pai, avô – pessoas de todas as idades que presenciaram a abertura dessa nova etapa na história de Fortaleza, que terá o Castelão como mais uma opção para receber mega-shows.
Depois de voltar ao Brasil para conhecer três novas capitais do país, Belo Horizonte, Goiânia e Fortaleza, Paul McCartney enviou através de sua assessoria uma mensagem de despedida:
“O público brasileiro é incrível, e essa é a razão de nós voltarmos. Todos os shows dessa semana foram incríveis. A multidão foi simplesmente maravilhosa e é claro que em Goiânia, com a presença dos gafanhotos, foi inacreditável. Ninguém viu que eles estavam vindo!
Eu quero agradecer a todos que vieram nos ver, nós tivemos um grande momento. Eu, a banda e toda a equipe tivemos uma experiência maravilhosa, e em parte o mérito é da reação da plateia. Então, obrigado a todos por serem tão legais, por estarem sempre prontos para se divertir e por amar nossa música.”
Paul McCartney
TV DIVIRTA-CE no show de Paul McCartney
Veja vídeos de Felipe Muniz Palhano na apresentação do ex-Beatle no Ceará
CLIQUE AQUI e veja mais fotos do show de Paul McCartney na página do Blog Divirta-CE no Facebook
OU CLIQUE AQUI e veja mais vídeos do show de Paul McCartney
Homenagem cearense a Paul McCartney
Celebrando a presença do cantor em Fortaleza, Cristiano Pinho lançou clipe de "Eleanor Rigby" tocada na rabeca
Prestando homenagem à presença de Paul McCartney em Fortaleza e apresentando um diálogo entre a universalidade da música dos Beatles e a herança musical nordestina, Cristiano Pinho está lançando, em videoclipe, um novo arranjo para "Eleanor Rigby". Uma das mais marcantes canções de McCartney ganha versão instrumental, com destaque para a presença da rabeca, tocada de uma nova forma.
Guitarrista, violonista, arranjador, compositor e produtor com 30 anos de dedicação à música, Cristiano Pinho é um dos mais renomados artistas da nova cena instrumental brasileira. Em sua mais recente produção, o guitarrista, que integra a banda do cantor e compositor cearense Raimundo Fagner, apresenta em videoclipe um novo e pessoal arranjo para o clássico "Eleanor Rigby", uma das eternas joias do repertório de Paul McCartney e um dos temas musicais mais conhecidos e reinterpretados em todo o mundo.
O arranjo faz alusão às cordas que o quinto beatle George Martin arregimentou para a gravação original, em 1966, mas agrega outros timbres e recursos. A influência nordestina é clara na opção por uma nova condução rítmica e na intensidade com que Cristiano e grupo se lançam por entre os caminhos melódicos descobrindo outras cores e matizes. Principalmente pelo diálogo entre diferentes instrumentos de cordas, com grande destaque para a rabeca, realçando ainda mais a carga dramática e a força da composição.
Ampliando essa nova forma de tocar a "slide rabeca", Cristiano Pinho costura "Eleanor Rigby" de nordestinidade e universalidade. E convida o ouvinte a percorrer novos caminhos, a partir do novo arranjo e do videoclipe produzido por Ronaldo Pessoa, do consagrado estúdio Trilha Sonora, e pelo próprio Cristiano Pinho. A direção do clipe é de Gabriel Lage. Nas câmeras, Gabriel Lage, Ronaldo Pessoa e Guttemberg Jucá, equipe de produção e edição da Avancer Produções.
O novo arranjo de "Eleanor Rigby" é executado por Cristiano Pinho (tocando a rabeca de uma nova forma, com o uso do "slide", adaptando ao instrumento tradicional uma técnica clássica da guitarra) e por grandes nomes da cena musical de Fortaleza: Marcus Vinnie (teclados), Miqueias dos Santos (contrabaixo), Italo Rafael (violoncelo), Denílson Lopes (bateria) e Jones Cabó (percussão). Gravada no Trilha Sonora sob a coordenação de Hugo Lage, a faixa teve mixagem e masterização feitas por Luiz Orsano. Veja o clipe de homenagem a Paul McCartney feito por Christiano Pinho:
CINEMA NACIONAL
"Não queria fazer um novo 'Cazuza'", diz diretor de filme sobre Renato Russo“Somos tão jovens” é uma das estreias da semana nos principais cinemas de Fortaleza
"Somos Tão Jovens", o esperado filme que conta a juventude de Renato Russo (1960-1996) pouco antes da formação da Legião Urbana, estreia nesta sexta-feiraem Fortaleza. O longa de Antônio Carlos da Fontoura concentra-se nos anos de Russo (vivido por Thiago Mendonça, que interpretou o cantor Luciano em "Dois Filhos de Francisco") de sua formação cultural em Brasília, entre os anos 1976 e 1982. Essa escolha de limitar o alcance da trama de "Somos Tão Jovens" foi proposital. "Quando encontrei Dona Carminha [mãe do líder da Legião] para falar sobre o filme, ela me disse: 'Só não me faça o longa sobre o roqueiro homossexual que morreu de Aids'.", conta o cineasta. "Era exatamente essa minha ideia para o longa. Eu não queria fazer um novo 'Cazuza'. Queria filmar a história de um menino que se reiventava e estava em transição entre a vida adolescente e adulta.
O ponto de suporte da obra é o seu protagonista. Apesar de um início claudicante, Mendonça aos poucos vai dominando o personagem, difícil por várias razões: 1) a fala imposta, quase antipática; 2) a necessidade de cantar e tocar para passar veracidade; e 3) atuar na pele de um dos artistas mais idolatrados do país, uma figura quase messiânica. "Minha relação com Renato Russo era de ouvinte apenas", afirma Thiago Mendonça, que precisou aprender a tocar violão e baixo elétrico em ensaios que iam das 9 da manhã até 7h da noite -além de se mudar por três meses do Rio para Brasília. "Eu tenho amigos e até minha família como loucos pela Legião, mas eu não acho que seria saudável me preocupar com os fãs. Fiz o filme para mim, Fontoura e para Renato Russo."
Apesar da vida do cantor se confundir com a história do próprio rock brasileiro recente, houve espaço para liberdades criativas. O segundo nome mais importante do longa, Ana Cláudia (Laila Zaid, a melhor coisa da produção), que teria uma amizade colorida com Russo, foi inventada. "Ela é um amálgama de várias namoradinhas de Renato. A mãe dele me falou que o encontrava 'a noite com meninas. Ele estava na fase de se encontrar", diz Fontoura. "Eu fui a peça do elenco com mais liberdade, porque era a única que não precisava se basear em uma pessoa de verdade. Li vários livros, tive várias conversas sobre Renato, mas não fiz nenhuma grande pesquisa", completa a atriz.
Entre aparições de vários astros do rock brasileiro dos anos 80, como Herbert Vianna (Edu Moraes, que sempre arranca risadas com sua interpretação do vocalista do Paralamas do Sucesso) e Dinho Ouro Preto (Ibsen Perucci, a cara do líder do Capital Inicial), "Somos Tão Jovens" é um filme para fãs. É todo permeado por canções conhecidas de Renato Russo, seja no comando de sua primeira banda, o Aborto Elétrico, seja em um pequeno período atuando solo. "Seguimos uma ordem cronológica. Cada canção marca um período importante da vida de Renato", explica Carlos Trilha, responsável pela direção musical e que tocava com a Legião Urbana nos anos 1990. Mas existe a adoração um pouco exagerada: o filme é repleto de referências que um dia, supostamente, viram músicas famosas.
Em certas ocasiões, as situações parecem forçadas e viram uma brincadeira digressiva. Na maior delas, aparece um personagem que atrai Renato Russo e os dois saem sem muita explicação para Taguatinga, que seria um tributo a "Faroeste Caboclo". Um pouco mais desse tempo poderia ter sido usado para ir além na vida de um dos maiores nomes do rock nacional. "Somos Tão Jovens" para no primeiro show do grupo no Rio, no Circo Voador. Mas o carisma e as canções da Legião Urbana devem garantir uma bela bilheteria para a biografia de Renato Russo.
2 comentários:
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