sexta-feira, 3 de maio de 2013

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'O Legado Bourne' sobrevive sem Matt Damon
 

Jeremy Renner é o novo protagonista da franquia "Bourne" - filme está disponível nas melhores locadoras
 

A trilogia Bourne, com Matt Damon, assentava-se sobre dois princípios. O primeiro, de que vivemos em um mundo apenas aparente; o mundo verdadeiro, onde se passam as coisas realmente sérias, é um universo de forças secretas, fechado, dominado por uns poucos senhores. O segundo diz respeito a um tempo destituído de história. Não ter passado, não ter identidade (ou memória) é um atributo aceitável do protagonista. O futuro limita-se à luta pela sobrevivência.
O primeiro postulado permanece de pé em "O Legado Bourne". Mudam os nomes. Agora é Aaron Cross o superdotado agente, especialista em sobrevivência. O segundo, e mais interessante, degrada-se de maneira considerável, embora não inesperada. Alguém disse que um quarto filme deveria se chamar "Redundância Bourne". Faz sentido: "O Legado" não tem muito para onde ir. A ideia forte, de uma paranoia de segurança desenvolvida a tal ponto nos EUA que tende à autodestruição, foi virada e revirada nos filmes anteriores.
Assim, depois que Jason Bourne escapou a mil e um atentados, não resta muito às agências dessa demência geral, cujo fim era criar uma raça de superagentes, a não ser destruir seus rebentos. Mal sabem que um dos superagentes restará vivo, Aaron Cross, justamente. E também uma supercientista, Marta Shearing. Os dois serão parceiros na fuga.
Como se pode presumir, o início do filme é mais interessante do que os dois últimos terços, em grande medida porque ali os diversos serviços secretos americanos batem cabeça e olham feio uns para os outros. A julgar pelo "Legado", a defesa do Ocidente está mais para chanchada do que para outra coisa. Depois, o "Legado" se mostra não apenas redundante como vazio: um filme de perseguição onde se corre muito, se luta muito, se foge muito, mas não se vai a parte alguma. Sobreviver ainda é a ideia. Só que seu sentido já chega em estado de diluição homeopática.





 







Documentário “Planeta Água” chega ao Brasil
 

O documentário “Planeta Água” (Planet Ocean) chegou este mês ao mercado americano e brasileiro em Blu-ray com opções de áudio e legenda PT-BR. Esse documentário foi filmado em cerca de 40 países, incluindo Nova Zelândia, África do Sul, Espanha e Brasil. O filme é do diretor e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, quejá havia feito “Home“.
Enquanto o áudio em inglês é narrado pelo ator Josh Duhamel (de “Transformers” e “Juntos Pelo Acaso), a dublagem em português é feita por Marcos Palmeira. O documentário tem 90 minutos de duração e explica alguns dos maiores mistérios da natureza além de destacar a importância de viver em harmonia com os oceanos.
 





"Moonrise Kingdom" é prova de universo particular do diretor Wes Anderson

Filme do cineasta de "Os Excêntricos Tenenbaums" e "Viagem a Darjeeling" é lançado direto nas locadoras
 

"Moonrise Kingdom" dificilmente irá alterar a percepção de crítica e público sobre a obra do cineasta norte-americano Wes Anderson ("Os Excêntricos Tenenbaums" e "Viagem a Darjeeling"). Seus detratores poderão acusá-lo fazer o filme de sempre, com personagens afetados e estilo maneirista.
Já os admiradores talvez prefiram dizer que Anderson renova seu olhar sobre temas essenciais, joga luz sobre personagens socialmente desajustados e que seu estilo idiossincrático chega a um novo patamar de sofisticação. Aqui e ali há um pouco de verdade: Anderson é um maneirista sim, mas um maneirista com alma --o que, ao fim e ao cabo, é a própria definição de um autor de cinema.
 

Ou seja, seus maneirismos não servem apenas para chamar atenção a seu estilo, mas para criar um universo particular, impregnado de significados e leituras. A assinatura mais evidente de seu estilo é o "travelling" perpendicular: a câmera movimenta-se horizontal ou verticalmente sobre trilhos, a 90 graus das cenas retratadas (e não na diagonal, como manda o figurino).
O resultado é teatral e cinematográfico: tem-se a impressão de estar vendo uma peça num palco italiano através de um binóculo (a câmera de Anderson). A encenação está duplamente enunciada, mas nem por isso os sentimentos por trás dela são menos sinceros. Aqui, Anderson refina o procedimento, com notável sentido de composição dos quadros e de uso das cores (no caso, de tons pastel).
A trama é, como de hábito, um caso de desarranjo social e afetivo. No verão de 1965, em uma ilha da Nova Inglaterra, um garoto (Jared Gilman) e uma garota (Kara Hayward) de 12 anos fogem juntos. Ele é um órfão que larga um grupo de escoteiros. Ela, primogênita de pais (Bill Murray e Frances McDormand) que já não se entendem. Eles estão apaixonados. Enquanto uma tempestade se aproxima, os fugitivos são procurados pelo xerife local (Bruce Willis) e pelo líder dos escoteiros (Edward Norton).
"Moonrise Kingdom" parece ser mais uma tentativa disfarçada, por parte de Anderson, de adaptar ao cinema a obra do escritor norte-americano J.D. Salinger ("O Apanhador no Campo de Centeio", "Franny e Zooey"). Não apenas capturar seu espírito, mas seguir os ciclos de seus personagens: o desencanto com os adultos (vistos como impostores), uma atrapalhada fuga e, por fim, uma relutante reconciliação.
Talvez Anderson não chegue jamais a traduzir com a precisão e originalidade de Salinger a beleza melancólica da passagem do mundo da infância para o adulto. Mas "Moonrise Kingdom" prova, mais uma vez, que seu esforço vale a pena.











Épico norueguês “Fuga” é novidade nas locadoras
 

O épico medieval norueguês “Fuga” (“Flukt”) acaba de ser lançado nas locadoras pela Paramount. O filme apresenta cenas de ação ininterruptas, intensificadas por sua trilha sonora. As cenas violentas, em meio ao cenário medieval, revelam grande parte da premissa da obra, muito semelhante a “O Guerreiro Silencioso” (2009), de Nicolas Winding Refn (“Drive”).
“Fuga” volta a juntar o diretor Roar Uthaug e o roteirista Thomas Moldestad, responsáveis pelo tenso terror “Presos no Gelo”. A ação se passa em 1363, quando a peste negra transformou o país num inferno sem lei.
Na história, uma família pobre faz sua jornada para tentar achar um lugar melhor para viver. Em uma região desolada de uma montanha, a família é atacada por um grupo de assassinos sem misericórdia. A única a se salvar é Signe(a estreante Isabel Christine Andreasen), de 19 anos de idade, que é feita de refém e levada até um acampamento. Lá, ela descobre que está enfrentando um destino muito pior que a morte, e percebe que a única coisa a fazer é fugir. Mas sua fuga não passa despercebida, e a perseguição começa.



 








Documentário “I Am” questiona a humanidade

Filme existencialista de Tom Shadyac revela detalhes da vida do diretor de “Ace Ventura”

O diretor Tom Shadyac, responsável por filmes como Ace Ventura, O Professor Aloprado, Patch Adams, O Mentiroso e Todo-Poderoso e sua sequência, tinha tudo. Mas depois de um acidente de bicicleta que quase o matou, ele decidiu fazer um documentário sobre a humanidade, perguntando coisas que normalmente ninguém questiona.
“O que há de errado com o nosso mundo?” e “O que nós podemos fazer a respeito disso?” são as perguntas que o levaram nessa viagem ao redor do mundo, falando com todos os tipos de pessoas, famosas ou não, e pode acabar descobrindo que a humanidade já possui todo seu potencial de fazer o bem, bastando apenas a vontade definitiva de fazê-lo.
“I Am” também mostra a história de Tom Shadyac, um diretor de sucesso em Hollywood, sua vida como diretor de sucesso em Hollywood, rico e famoso. Com uma equipe de quatro pessoas, Tom visita algumas das grandes mentes dos dias de hoje, incluindo escritores, poetas, professores líderes religiosos e cientistas (Howard Zinn, Lynn McTaggart, Desmond Tutu, Thom Harmann, Coleman Barks), buscando descobrir o fundamental problema endêmico que causa todos os outros problemas, refletindo simultaneamente em suas próprias escolhas de excesso, ambição e possível cura. E se a solução para os problemas do mundo estivesse bem na nossa frente o tempo todo?




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