quinta-feira, 5 de setembro de 2013

SAÚDE

“É possível curar a Aids”, diz cientista americano em Fortaleza

O médico e cientista norte americano, Steven Deeks participou na manhã desta terça-feira (03) de um debate sobre pesquisas relacionadas ao vírus HIV. O encontro aconteceu no XVIII Congresso Brasileiro de Infectologia (INFECTO 2013) e reuniu na plateia médicos de todo o País. Durante a palestra, ele explicou como conseguiu banir o vírus de um bebê recém-nascido no estado do Mississipi (EUA).  Fato que o tornou mundialmente conhecido. A criança, filha de uma mãe infectada, iniciou o tratamento nas primeiras 30 horas de nascida e, durante 18 meses manteve o tratamento. Hoje a criança tem dois anos e meio, parou de se tratar há um e não é mais portadora de HIV. Nesse caso, a mãe não tinha feito pré-natal.

O fato, de acordo com o especialista, mudou procedimentos clínicos no mundo todo e os tratamentos para bebês de mães infectadas começam ainda na gravidez. Steven afirmou também que, em alguns anos, mesmo pacientes que começarem o tratamento muito tempo depois de serem infectados pelo virus, poderão bani-lo.

Recentemente, ele esteve na Malásia, onde um grupo de risco de 14 soldados foram acompanhados por uma equipe de médicos. Após duas semanas de contraírem o vírus iniciaram o tratamento e hoje não é possível encontrar o vírus do HIV nos soldados. O método usado nesses casos é o chock and kill o tratamento choca as células infectadas e, em seguida, afasta o vírus.

A cura para o HIV se tornou uma realidade: “nos próximos dez anos vamos ouvir de pessoas que começaram o tratamento precocemente que o vírus desapareceu; precisamos investir cada vez mais em pesquisas”, afirma Deeks.

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