quinta-feira, 5 de setembro de 2013

LIVROS - FICÇÃO

Uma ideia que revolucionou a noção de sexualidade

Lançamento da Editora Bertrand Brasil, livro "O círculo íntimo" mostra os bastidores de uma pesquisa científica feita nos anos 50 e discutida até hoje


Sucesso de crítica quando publicado, “O círculo íntimo”, de T.C. Boyle, é fruto de extensa pesquisa do autor; ele mostra os bastidores do projeto de Alfred Kinsey – que visava o conhecimento científico da atividade sexual humana e que deu origem ao famoso Relatório Kinsey. Um romance que trata do surgimento, desenvolvimento e propagação da sexualidade nos Estados Unidos nos anos 40 e 50.

Na história, John Milk é um tímido universitário que nunca teve muito contato com as práticas sexuais, muito menos com as mulheres. Mas sua vida muda por completo quando ele conhece o professor de zoologia da Universidade de Indiana, Alfred Kinsey, Prok para os íntimos. Aos poucos, sem que tenha muita consciência disso, Milk se envolve profissional, emocional e fisicamente com o professor, tornando-se o primeiro membro do círculo de confiança de estudiosos do projeto fundado para a pesquisa sexual.

Como membro do “círculo íntimo” de pesquisadores de Kinsey, Milk (assim como a sua bela esposa) é chamado a participar de experimentos sexuais cada vez mais desinibidos — e problemáticos para o seu casamento. Pois em seus últimos anos de vida o famoso cientista (que na intimidade era um entusiasta sexual de primeira) testa seus limites pessoais e profissionais de maneira cada vez mais inconsequente.

O romance não se pretende uma biografia. É, antes, a construção de uma trama fictícia tendo os fatos históricos como pano de fundo e trata, sobretudo, de como o narrador, John entra para o projeto e tenta conciliar uma vida considerada normal com sua mulher monogâmica, criada religiosamente sob o tacão dos valores morais que Kinsey execra e pretende derrubar.

Apesar da incontestável genialidade de Alfred Kinsey, ao final do livro, certamente o leitor se perguntará: todas as ações eram em pró da pesquisa ou o cientista aproveitava o projeto para realizar suas mais íntimas fantasias?





 






Grupo Autêntica lança Editora Vertigo, novo selo de romances policiais
Primeiros três títulos foram lançados na Bienal do Livro do Rio de Janeiro 
O Grupo Autêntica, integrado pelas editoras Autêntica, Gutenberg e Nemo, amplia seu repertório com o lançamento do selo Vertigo, uma seleção de romances policiais de autores escolhidos dentre os melhores do gênero no cenário contemporâneo internacional. O nome do selo faz uma justa referência a um dos maiores clássicos do cinema, “Vertigo” (no Brasil, traduzido para “Um corpo que cai”), e ao seu diretor, Alfred Hitchcock, o mestre dos filmes de suspense.
São três vertentes: romances de época, que nos levam de volta a Roma do Renascimento ou a Paris dos séculos XVIII e XIX, numa viagem repleta de enigmas e intrigas, com autores como Guillaume Prévost, Claude Izner e Jean-François Parot; romances policiais Scandi Crime, como pode ser chamada essa nova literatura escandinava, com autores como a finlandesa Leena Lehtolainen, o norueguês Gunnar Staalesen e a dupla dinamarquesa Lotte Hammer e Søren Hammer; e romances policiais de atmosfera, os “thrillers”, com seus mistérios e perseguições eletrizantes, de autores como Andrea H. Japp, Alexis Aubenque e Pierre Lemaitre. Cada um dos três sub-gêneros policiais serão identificados pelas cores das capas dos livros: O thriller, em laranja, o policial de época, com a frente vermelha, e o Scandi Crime, que possui as capas em azul.
Segundo o diretor executivo da Vertigo, Arnaud Vin, francês radicado no Brasil há cerca de 20 anos, “a Vertigo é uma coleção propositalmente diversificada, aberta e eclética, sem etiqueta nem rótulo, pensada para oferecer aos leitores ritmos diferentes, que os transporte a épocas, lugares e universos diversos. Uma coleção que tem várias cores e sabores”. Há desde romances que o leitor não vai conseguir parar de ler. Há os mais lentos, de atmosfera, que vão sendo desvendados aos poucos.
Vários autores são de editoras francesas como Albin Michel, Calmann-Lévy, Jean Claude Lattès ou Robert Laffond. Na França, só em 2012, foram lançados quase 2 mil títulos e vendidos mais de 16 milhões de romances policiais. Mas há também filandeses, noruegueses, dinamarqueses e islandeses. “Queremos ampliar ainda mais o prisma, oferecendo num futuro próximo obras da Espanha, Itália e Índia, ou mesmo do Chile e da Irlanda”, complementa Arnaud. “Todos com o mesmo ponto em comum: a qualidade”, sustenta.
Os livros da Vertigo terão entre 220 e 420 páginas e preços que variam de R$ 29,90 a R$ 39,90. Os primeiros títulos foram lançados na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro: Sete dias em River Falls – Algumas garotas escondem terríveis segredos…, thriller policial do francês Alexis Aubenque, Os sete crimes de Roma – Roma, 1514. Leonardo da Vinci conduz a investigação…, policial de época escrito por Guillaume Prévost, cujo detetive é nada menos que Leonardo da Vinci, e Meu primeiro assassinato – Uma estreia de tirar o fôlego para Maria Kallio…, da finlandesa Leena Lehtolainen. 
Estão programados pelo menos mais quatro lançamentos para 2013: Estava escrito – O que realmente sabemos sobre nossas crianças?, do norueguês Gunnar Staalesen, e A fera interior – Podemos fazer justiça com as próprias mãos?, dos irmãos dinamarqueses Lotte e Søren Hammer, que saem em outubro. Em novembro, serão lançados Na mente o veneno, de Andrea H. Japp e Mistério na rua de Saints-Pères, escrito por Claude Izner. Outros dez títulos já estão em processo de produção, com previsão de lançamento em 2014.



















“Persona”, primeiro romance da advogada Adriana Baroni, é lançado no Brasil e Portugal

Especializada na publicação de autores portugueses e brasileiros contemporâneos, a Chiado Editora lança, simultaneamente nos dois países, o livro Persona, primeiro romance da advogada Adriana Baroni Santi-Barstad, resultado de um antigo hobby que tomou a forma de projeto finalizado neste ano.
Persona conta a historia de Maurice, um jornalista consagrado, que, em razão de um sonho incomum no qual teria ‘vendido sua alma ao diabo’, mergulha em um profundo processo de reflexão sobre sua vida, as pessoas que são e foram importantes para ele. Em vários diálogos com sua ex-mulher Alice, ele tenta entender o sonho, que chega a ameaçar sua lucidez. Como resultado destas conversas, além de reviver seu relacionamento com os pais, seu filho e sua namorada – que ele vê no sonho -, decide abandonar o jornal e buscar uma nova forma de viver. No final surpreendente, ele também reconhece que jamais deixou de amar Alice e, pela primeira vez, oferece flores a ela.
Segundo Adriana, o livro “nasceu de seus próprios questionamentos sobre  valores, a importância de revermos, a todo momento, o verdadeiro valor de nossas conquistas pessoais”. Esse processo, de acordo com a autora, “impede que nos tornemos espectadores de nossa própria e solitária performance”.
Com 154 páginas e preço sugerido de R$ 27,00, o livro de Adriana estará disponível em breve também em versão digital. A partir de ___, a edição impressa poderá ser adquirida pela internet, nos sites de grandes livrarias como Fnac, Cultura e Saraiva, entre outras.
Aos 42 anos, casada e com dois filhos, Adriana Baroni Santi-Barstad é advogada formada pela Faculdade de Direito de São Francisco, onde ingressou aos 16 anos – aos 4, ela já lia e escrevia. Especializada em fusões e aquisições, trabalhou no departamento jurídico da Basf e também na Ulhôa Canto Advogados, primeiramente como advogada contratada e depois como sócia. Desligou-se da empresa em dezembro do ano passado e, em 2013, decidiu dedicar-se a terminar e lançar Persona.










INFANTIL - TEEN

Fábula russa "O rinocerante que queria voar" é uma viagem lúdica 

Lançado no Brasil durante a Bienal Internacional do Rio de Janeiro 2013,  "O rinoceronte que queria voar", da autora russa Nadia Adina Rose, foi o primeiro livro de literatura estrangeira de ficção lançado pela Editora DSOP para o público infantojuvenil. Ele conta a história de animais que deixam seu território para descobrir seus sonhos, com cenários feitos com a
colagem de papel machê e de alguns elementos da natureza (folhas, galhos e ramos secos) que, combinados, dão forma a singelas paisagens que reproduzem a experiência sensorial das invenções na infância. Publicado originalmente pela editora alemã Vielflieger Verlag, soma-se às iniciativas relacionadas à comemoração do Ano da Alemanha na Bienal.
A delicada história deste livro saiu da mente criativa da autora e ilustradora Nadia Adina Rose, que nasceu e vive na Rússia. Virando as páginas, os pequenos leitores irão acompanhar a saga de uma série de personagens que estão em busca de realizar seus sonhos.

Numa linguagem sensível e envolvente, texto e ilustrações se entrelaçam tecendo a jornada não só do rinoceronte do título mas também de outros seres como a tartaruga míope que almejava enxergar o horizonte e a iguana que queria conhecer a neve.
As ilustrações, também feitas pela Nadia, são frutos da mistura habilidosa das técnicas de papel machê e colagem junto com o sentimento de amor que a autora desenvolveu pela obra.

A obra estabelece um diálogo estreito com a recém-lançada Coleção Sonhos de Ser, também de ficção infantojuvenil, composta por quatro livros que tratam de sonhos não materiais e propiciam um primeiro contato das crianças com algumas questões humanas universais como a busca por uma identidade, a conquista da cidadania, o direito à educação e à própria condição de poder sonhar: O Sonho Secreto de Alice, de Simone Paulino, ilustrado por Luyse Costa, que também assina Diana, Luana, Luanda, de autoria de Ana Lasevicius, e Clariana, a Menina Invisível, escrito por Maíra Viana, com ilustrações de Cecília Murgel, que ilustrou ainda Nina e a Lamparina, da autora Claudia Nina.

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