quarta-feira, 8 de abril de 2009

CINEMA NACIONAL

GRANDE PRÊMIO VIVO DO CINEMA BRASILEIRO

A MAIOR PREMIAÇÃO DO CINEMA NACIONAL, CONSAGROU OS MELHORES DE 2008


`Meu nome não é Johnny` leva seis prêmios e `Estômago`, que recebe quatro, é eleito o melhor longa metragem de ficção

A Academia Brasileira de Cinema, a Vivo e a Prefeitura do Rio de Janeiro realizaram nesta terça-feira, dia 14 de abril, o Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro 2009, a maior premiação do cinema nacional e que reuniu cerca de 1200 convidados em cerimônia no Rio de Janeiro. Os maiores nomes da sétima arte prestigiaram a celebração, entre eles Cacá Diegues, Luiz Carlos, Lucy e Paula Barreto, Fernando Meirelles, Roberto Farias, Nelson Pereira dos Santos (o grande homenageado da noite), Rodrigo Santoro, Claudia Abreu, Ary Fontoura, Selton Mello, entre outros.

Os filmes campeões em indicações confirmaram o favoritismo e levaram o maior número de prêmios: `Meu nome não é Johnny` recebeu seis troféus, `Estômago` e `Ensaio sobre a cegueira` receberam quatro troféus, sendo que o primeiro levou o de melhor longa metragem de ficção, melhor direção e o prêmio especial de melhor longa metragem de ficção pelo voto popular.

A atriz Marilia Pêra e o diretor Daniel Filho foram os mestres de cerimônia da noite. Dividiram o palco com a dupla convidados ilustres que apresentaram os vencedores de diversas categorias. A atriz Fernanda de Freitas anunciou o vencedor da categoria de melhor filme para celular. O vice-presidente da Vivo, Paulo Cesar Teixeira, apresentou as categorias especiais de melhor longa metragem nacional pelo voto popular e melhor longa metragem estrangeiro pelo voto popular. A Secretária Municipal de Cultura, Jandira Feghali anunciou a categoria de melhor direção de fotografia. O ator Rodrigo Santoro chamou ao palco os vencedores nas categorias de melhor atriz coadjuvante e melhor ator coadjuvante. O ator Cauã Reymond apresentou os prêmios de melhor longa metragem infantil e melhor longa-metragem estrangeiro. A atriz Hermila Guedes, vencedora da categoria de melhor atriz em 2008, apresentou a categoria de melhor ator. Já Tony Ramos entregou o prêmio de melhor atriz. O diretor Cacá Diegues anunciou o prêmio de melhor direção. O presidente da Academia Brasileira de Cinema, Roberto Farias, apresentou a categoria mais esperada da noite: melhor longa-metragem de ficção.

Um dos pontos altos da cerimônia foi a homenagem ao cineasta Nelson Pereira dos Santos, apresentada pelo ator Carlos Vereza: “Homenageamos o autor de um cinema fervoroso, fruto de sua paixão, de sua vida, de seus ideais. O autor de um cinema brasileiro”. Após a exibição de um vídeo com trechos de sua extensa filmografia, Nelson fez um discurso emocionado: “Ainda bem que só tenho 80 anos! É um prazer enorme estar aqui. É com muito orgulho que recebo este prêmio, que é o mais valioso que já recebi porque vem dos meus colegas do cinema”.

No ano em que Roberto Carlos comemora 50 anos de carreira e Carmem Miranda completaria 100 anos de vida, a música foi o tema desta edição do Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro. Canções inesquecíveis que eternizaram as fases do cinema brasileiro foram relembradas em autênticas imagens e interpretações. Acompanhado de seis músicos, o compositor e instrumentista Wagner Tiso abriu a cerimônia com um pout-pourri das músicas ‘Inocência’ (tema de abertura do filme ‘Inocência’), ‘Coração de Estudante’ (do filme ‘Jango’), e “Chico Rei” (trilha sonora do filme ‘Chico Rei’). Vídeos que mostram a ligação entre o cinema e a música foram feitos especialmente para a premiação e exibidos ao longo da cerimônia.

O cenário, assinado pelo artista plástico Glauco Bernardi, mesclou o que há de mais moderno com elementos físicos tradicionais. Duas colunas em forma de película de cinema foram envolvidas por uma pauta musical digitalizada. Ao fundo, uma enorme tela de 12 metros apresentou os vídeos e trailers dos indicados.


OS VENCEDORES DO GRANDE PRÊMIO VIVO DO CINEMA BRASILEIRO 2009

MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO
ESTÔMAGO
de Marcos Jorge. Produção: Cláudia da Natividade por Zencrane Filmes, Fabrizio Donvito, Marco Cohen e Gabriele Muccino por Indiana Production Company

MELHOR LONGA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO
MISTÉRIO DO SAMBA, O
de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda. Produção: Leonardo Netto, Lula Buarque de Hollanda e Marisa Monte por Conspiração Filmes

MELHOR LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO – Menção Honrosa
GAROTO CÓSMICO, O
de Alê Abreu. Produção: Lia Nunes por Estúdio Elétrico.

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
PEQUENAS HISTÓRIAS
de Helvécio Ratton. Produção: Simone Magalhães Matos por Quimera Filmes.

MELHOR DIREÇÃO
ESTÔMAGO
MARCOS JORGE

MELHOR ATRIZ
NOME PRÓPRIO
LEANDRA LEAL como Camila

MELHOR ATOR
MEU NOME NÃO É JOHNNY
SELTON MELLO como João Guilherme Estrella

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
MEU NOME NÃO É JOHNNY
JULIA LEMMERTZ como Mãe

MELHOR ATOR COADJUVANTE
ESTÔMAGO
BABU SANTANA como Bujiú

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
CÉSAR CHARLONE

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
TULÉ PEAKE

MELHOR FIGURINO
CHEGA DE SAUDADE
ANDRÉ SIMONETTI

MELHOR MAQUIAGEM
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
MICHELINE TRÉPANIER

MELHOR EFEITO VISUAL
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
ANDRÉ WALLER, RENATO TILHE, RICARDO GORODETCKI e TAMIS LUSTRE

MELHOR TRILHA SONORA
DESAFINADOS, OS
WAGNER TISO

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
MEU NOME NÃO É JOHNNY
FABIO MONDEGO, FAEL MONDEGO, MARCO TOMMASO e MAURO LIMA

MELHOR SOM
MEU NOME NÃO É JOHNNY
ARMANDO TORRES JR, FRANÇOIS WOLF e GEORGE SALDANHA

MELHOR MONTAGEM DE FICÇÃO
MEU NOME NÃO É JOHNNY
MARCELO MORAES

MELHOR MONTAGEM DE DOCUMENTÁRIO
MISTÉRIO DO SAMBA,
NATARA NEY

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
ESTÔMAGO
CLÁUDIA DA NATIVIDADE, FABRÍZIO DONVITO,
LUSA SILVESTRE e MARCOS JORGE

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
MEU NOME NÃO É JOHNNY
Adaptado do livro homônimo de Guilherme Fiuza
MARIZA LEÃO e MAURO LIMA

MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRAGEIRO
VICKY CRISTINA BARCELONA (Vicky Cristina Barcelona, ficção, Espanha / In
dirigido por Woody Allen. Distribuição: Imagem Filmes.

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
CAFÉ COM LEITE
dirigido por Daniel Ribeiro

MELHOR CURTA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO
DREZNICA
dirigido por Anna Azevedo

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
DOSSIÊ RÊ BORDOSA
dirigido por César Cabral

MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRAGEIRO PELO VOTO POPULAR:
VICKY CRISTINA BARCELONA (Vicky Cristina Barcelona, ficção, Espanha / In
dirigido por Woody Allen. Distribuição: Imagem Filmes.

MELHOR LONGA-METRAGEM NACIONAL PELO VOTO POPULAR:
ESTÔMAGO
de Marcos Jorge. Produção: Cláudia da Natividade por Zencrane Filmes, Fabrizio Donvito, Marco Cohen e Gabriele Muccino por Indiana Production Company

MELHOR FILME PARA CELULAR:
BÁRBARA
de Maurício Bezerra


Talento de Lília Cabral sustenta interesse em 'Divã'

Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher madura. Casada, mãe de dois filhos, dá aulas particulares de matemática, mas sua vocação é mesmo ser pintora - ao menos é o que ela pensa. A vida vai bem, mas sua insistência em fazer análise resulta no longa Divã, que estréia em circuito nacional, baseado na peça de teatro homônima.

Muito ajuda o fato de Mercedes, tanto no teatro, quando no cinema, ser vivida por Lília Cabral - mais conhecida por seus trabalhos na TV, como na recente novela A Favorita, no qual interpretou Catharina, uma mulher que apanhava do marido.

Logo nas primeiras cenas, a atriz ganha a simpatia e confiança do público com seu sorriso fácil e sincero. Ainda assim, o filme parece não estar à altura da intérprete.

Divã é dirigido por José Alvarenga Jr (da série e do filme Os Normais) a partir do roteiro de Marcelo Saback, que também assina a peça, baseada num livro de Martha Medeiros. Porém, há pouco de cinema na tela. O filme mais parece um episódio alongado de uma sitcom - em que toda cena precisa terminar com uma piadinha, muitas delas sem qualquer graça ou real necessidade.

Divã parte do princípio que todas as pessoas tem uma vida interior interessante. Assim, por mais comum que Mercedes possa parecer, há algo dentro dela que vale a pena ser compartilhado com o público. Ela é uma daquelas mulheres que sempre se colocou em segundo plano em favor do marido (José Mayer) e dos filhos, e só agora percebe que desperdiçou sua vida.

Planejando não perder mais tempo, acaba arrumando um amante mais jovem (Reynaldo Gianecchini, de Entre Lençóis), e vive seus melhores momentos, descobrindo prazeres novos, como sexo sem compromisso, e até ilícitos, como a maconha.

Curiosamente, ao longo do filme, o processo de autodescoberta sempre envolve um homem mais novo - além de Gianecchini, ela também tem um caso com o personagem de Cauã Reymond (de Falsa Loura). O entusiasmo das novidades, porém, dura pouco. Custa à personagem perceber que só estará bem com o mundo quando estiver bem consigo mesma.

Há também a melhor amiga Mônica (Alexandra Richter), sempre insegura em relação ao marido e excessivamente ciumenta, cujo destino irá afetar profundamente a forma como Mercedes encara a vida.

Tudo isso é contado ao seu analista, que nunca aparece em cena. É como se o público fosse essa pessoa que ouve as aventuras e desventuras de Mercedes. A origem teatral e sua trama fazem lembrar o filme Shirley Valentine (1989), que contava também uma história feminista de autodescoberta - mas neste a protagonista (Pauline Collins) falava diretamente ao público.




O longa “Fiel”, da diretora Andrea Pasquini mostra a paixão do torcedor pelo Corinthians

Documentário tem como pano de fundo a queda do time para a segunda divisão, e roteiro de Serginho Groisman e Marcelo Rubens Paiva - estréia em 10/04

Eu nunca vou te abandonar porque eu te amo. Declaração de amor sincera que resultou no filme “Fiel” – um longa-metragem idealizado a partir da relação única entre o torcedor corinthiano e sua paixão pelo time, que tem como pano de fundo os anos de 2007 e 2008. O filme ganhou ares de epopéia quando foi colocada à prova a paixão do torcedor num momento inédito de dificuldade extrema: a queda para a segunda divisão.

O time responsável pelo desenvolvimento do filme está escalado e pronto: todos os principais integrantes da equipe, claro, corinthianíssimos. Entre os craques, na direção, a mais do que Fiel, Andrea Pasquini (diretora de “Os Melhores Anos de Nossas Vidas”, “A História Real” e “Sempre no meu Coração”); no roteiro, dois integrantes do “bando de loucos por ti Corinthians”: Serginho Groisman e Marcelo Rubens Paiva e “praqueles que acham que é pouco”, Carlos Rennó, compositor e letrista da MPB, assina a produção musical.

A produtora do filme “Fiel”, a G7 Cinema, tem experiência de sobra na produção de documentários sobre futebol. São dela os mais recentes e exitosos filmes sobre futebol lançados em circuito comercial de cinema: “Inacreditável – a Batalha dos Aflitos” e “Gigante – como o Inter conquistou o mundo”, este último o segundo documentário mais visto no Brasil em 2007 e recordista histórico de venda de DVDs no sul do país, com mais de 50.000 cópias.

Para o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, a iniciativa do filme é mais um presente para o maior bem que o Clube pode ter: o seu torcedor. “A grande diferença do Corinthians é a torcida. É ela que estará no filme. Ter um documentário especial sobre o clube é uma honra e emociona a todos que fazem parte dessa linda história de quase 100 anos”, analisa.
“Fiel” é um filme feito para mostrar o sentimento do corinthiano e que não poderia ser construído apenas por profissionais especializados em suas áreas. Assim o torcedor comum é o seu principal personagem. Ninguém melhor do que ele para explicar que paixão é essa. Se na arquibancada o torcedor faz a diferença, neste longa-metragem, claro, ele também fará.

Ficha Técnica:

FIEL
(92 min, cor, 2009)
Direção - Andrea Pasquini
Produção - Gustavo Ioschpe
Roteiro - Marcelo Rubens Paiva
Serginho Groisman
Trilha Sonora Original - Luiz Macedo
Produção Musical - Carlos Rennó
Site: www.filmefiel.com.br




CURTA PETROBRAS ÀS SEIS TRAZ MAIS TRÊS CURTAS BRASILEIROS A FORTALEZA

No período de 24 de abril a 19 de maio uma nova programação do Curta Petrobras às Seis estará em cartaz no Espaço Unibanco Dragão do Mar, com os curtas “Noite de Sexta, Manhã de Sábado”, de Kleber Mendonça Filho (PE), “Jonas e a Baleia”, de Felipe Bragança (RJ) e “Trópico das Cabras”, de Fernando Coimbra (SP).

O Curta Petrobras às Seis teve início em 1999, em apenas uma sala em São Paulo. Hoje em sua sexta edição, o projeto tem exibições em Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Guarulhos, Juiz de Fora, Natal, Niterói, Porto Alegre, Recife, Campinas, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São Paulo e Vitória.

No primeiro trimestre da sexta edição (dezembro, janeiro e fevereiro), o público total foi de 19.264 espectadores, que assistiram gratuitamente os curtas-metragens brasileiros em cartaz nas diversas salas do projeto, numa iniciativa pioneira, que tem conquistado seu espaço no gosto do cinéfilo.

FORTALEZA
Programação de 24/04 a 19/05/09
Sempre às 18h - Grátis

Espaço Unibanco Dragão do Mar
Centro Cultural Dragão do Mar
Rua Dragão do Mar, 41 - Fortaleza – CE

Programa: RELACIONAMENTO

Noite de Sexta, Manhã de Sábado
Direção: Kleber Mendonça Filho
PE – 2006 – Fic – 15 min – P&B
Homem encontra mulher.

Jonas e a Baleia
Direção: Felipe Bragança
RJ – 2006 – 20 min – Fic – cor
Jonas tem uma moto, um par de sapatos e um revólver. Um dia ele se apaixona. E mata um homem.

Trópico das Cabras
Direção: Fernando Coimbra
SP - 2007 – 23 min – Fic – cor
Roadmovie. Um casal em crise parte do litoral para o interior de São Paulo num Chevette para salvar ou perder de vez sua relação. Aos poucos, se entregam a um estranho jogo sexual.
Classificação: 16 anos

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