quarta-feira, 8 de abril de 2009

ARTES PLÁSTICAS


50 anos de arte


“Caminhos da Serigrafia” comemora carreira de Zé Tarcísio


Próximo de completar 50 anos de carreira artística, José Tarcísio Ramos, mais conhecido como Zé Tarcísio, apresenta em Caminhos da serigrafia uma releitura de sua obra, especialmente aquela das décadas de 1960-1970. A exposição que acontece de 28 de abril a 28 de maio no Museu do Ceará, é uma parceria da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará(Secult) e Associação de Amigos do Museu do Ceará. O pintor, gravador, escultor, cenógrafo, figurinista e colecionador cearense Zé Tarcísio nesta mostra expõe 15 desenhos em serigrafias. Alguns em tom memorialista, relembra cenas de suas idas e vindas à Canindé e Juazeiro do Norte na infância, acompanhado de sua madrinha, Dona Luisinha (Bibi). Além de oferecer uma releitura de sua obra, Zé Tarcísio apresenta uma série assinada e numerada, tendo como impressor o profissional Oswaldo Barbosa, que conta a história do saber serigráfico.
Na mostra, o artista apresenta, por meio da serigrafia, o auge do período “pop” e da “nova figuração brasileira” quando sua produção surge no panorama das artes plásticas nacional, com a exposição Círculos, inaugurada no XV Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro (1966) e com grandes painéis na IX Bienal Internacional de São Paulo (1967), onde obteve o Prêmio de Aquisição Itamaraty. São desse período os desenhos em autocontraste, retratando o desespero dos anos de chumbo e o terror da tortura que se alastrava pelo Brasil.
Nascido em Fortaleza em 1941, Zé Tarcísio já expôs em mostras internacionais na Europa, EUA, outros países da América do Sul e várias capitais brasileiras. Em 1971, foi um dos representantes do Brasil na VII Bienal de Paris, França. Sua obra mais famosa é “Regando pedras”, escultura que conquistou o Prêmio XXIII Salão Nacional de Arte Moderna, em 1974, no Rio de Janeiro. Em 1976, a obra se transformou em selo, editado pela Empresa de Correios e Telégrafos.
O artista realizou seus primeiros trabalhos na década de 1960. Incentivado pelo pintor Antônio Bandeira. Entre as exposições de que participou, destacam-se: Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, várias edições entre 1966 e 1974 (neste Salão, conquistou os prêmios Isenção de Júri, 1972; prêmio viagem ao país, 1973; e prêmio viagem ao exterior, 1974); IX e XV Bienal Internacional de São Paulo, 1967 e 1979 (Prêmio Aquisição, 1967); VII Bienal de Paris, França, 1971; Arte/Brasil/Hoje: 50 Anos Depois, na Galeria Collectio, São Paulo, 1973; Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna, São Paulo, 1975; 30 Anos: Atividades Artísticas, no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1990; e Síntese da Fase Ecológica de Zé Tarcísio, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1992.




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