Os girassóis: um romance sobre Vincent van Gogh
Romance da Editora Prumo retrata a vida e obra de um dos mais brilhantes e controversos homens, misturando ficção e realidade, criação e desejo, paixão e loucura, arte e amor
Editora Prumo lança, este mês, Os girassóis, uma história baseada na vida e obra de um dos maiores pintores de todos os tempos: Vincent van Gogh. A autora, Sheramy D. Bundrick, PhD em História da Arte, narra os dois últimos anos da vida do pintor sob o ponto de vista de Rachel, a notória prostituta de Arles, França, a quem o pintor presenteou com sua orelha cortada.
O enredo começa quando Rachel está cochilando em um lindo jardim em Arles e, quando desperta, descobre que está sendo desenhada por um homem de cabelos vermelhos com chapéu de palha amarelo. Trata-se do excêntrico pintor Vincent van Gogh. Ele, então, vai ao bordel onde ela trabalha com um buquê de flores e um desejo incomensurável de terminar a pintura. Assim, uma longa, profunda e intensa paixão surge entre Rachel e o artista.
O encontro e o relacionamento de Vincent e Rachel é descrito em tom pessoal, e com tão ricos detalhes que ao leitor é permitido viver um pouco essa paixão. Vemos aqui um Van Gogh humano, verdadeiro, que vê o mundo como seus quadros retratam, colorido e assustador.
Rachel, então, vive uma aventura amorosa em meio à guerra de sentimentos e emoções da mente de Vincent. Porém, um acontecimento chocante irá expor a áspera e inescapável verdade sobre aquele artista que ela nasceu para amar, até mais que a própria vida.
O período narrado é de intensa produção artística de Van Gogh, consequencia de um mergulho profundo nas terríveis paixões da humanidade. É o período em que a melancolia tornou-se insanidade. E ao leitor é permitido que mergulhe com Rachel no sofrimento de amar um artista.
SOBRE A AUTORA:
Sheramy D. Bundrick é professora de História na University of South Flórida em St. Petersbourg, desde 2001. É formada pela Emory University em Atlanta e também possui pós-doutorado no Metropolitan Museum of Art. É autora de diversos livros acadêmicos, alguns voltados para a História da Arte, publicados pela Cambridge University Press.
FICHA TÉCNICA:
Selo: Prumo Leia
Autor: Sheramy Bundrick
ISBN: 9788579270468
EAN: 9788579270468
Formato: 14x21
Nº de páginas: 472
Preço: R$ 53,90
SEM REMETENTE, romance de estreia de NETA MELLO estabelece uma ponte entre os anos 30 do século passado e o mundo contemporâneo
Ingredientes de aprendizado da vida somados à pitadas de aptidão, quase sempre resultam num feito de qualidade e superação. Assim é Sem Remetente, primeiro romance de Neta Mello, no qual a autora aproveita a técnica e a ciência de historiadora de profissão para dar vazão e consistência a sua nata capacidade de contar o que viu, pressentiu e imaginou.
Em Sem Remetente, Neta Mello avança com as tintas da ficção sobre o que já havia feito no livro anterior, Pauliceia Ignorada, uma coletânea de histórias reais de moradores de São Paulo.
Agora, no romance, os personagens, circunstâncias e cenários permanecem absolutamente plausíveis, cobertos apenas por uma fina e envolvente camada de sentimentos que a autora habilmente construiu.
“Quando escrevo, procuro me colocar na posição de leitor para sentir se a história e os personagens estão me trazendo identificação, inspiração, algo instigante além da emoção. Na verdade, todo escritor usa repertório próprio – histórias que viveu, que ouviu, lugares que frequentou” afirma a autora.
Sem Remetente retrata uma tradicional família de fazendeiros paulistas, onde os contextos econômicos e a própria evolução dos costumes colocam suas gerações em conflito e, às vezes, em confronto. Com uma linha de tempo do século XX até os dias de hoje, a obra penetra desde as primeiras páginas nos sentidos do leitor, prendendo-o numa agradável teia de expectativas.
Além do enredo envolvente, Neta Mello desenhou Sem Remetente com a perícia de um texto minucioso e detalhista, que faz o leitor construir e entrar virtualmente nos cenários da trama, como se fosse ele próprio um participante. Assim, por exemplo, tem-se vontade de cochilar “nas redes brancas, com barrado de crochê balançando ao vento”, ou – quem sabe? – desfrutar de companhia na sala onde, “uma sopeira de porcelana com arranjos de camélias brancas” decora a mesa de centro.
Mais informações: http://blogdaneta.blogspot.com/
Neta Mello - (Maria Antonieta Pereira de Almeida Figueiredo Mello) é pós-graduada em História pela PUC-SP. Publicou Crônicas Memórias - Scortecci, 2002 e Pauliceia Ignorada - Scortecci, 2005. Em 2009 desenvolve um trabalho de memórias e histórias de vida.
Ficha Técnica
Livro: Sem Remetente
Autora: Neta Mello
Orelha de Marta Góes
Editora: Scortecci
Número de páginas: 304
Preço sugerido: R$ 40
"A bailarina fantasma", de Socorro Acioli, conta historias do centenario do Teatro José de Alencar
Lugar tão vivo e cheio de histórias, o centenário Teatro José de Alencar é o cenário e alma de “A Bailarina Fantasma”, livro que virou realidade a partir das pesquisas e letras da jornalista e escritora Socorro Acioli, cujo trabalho de 2005 a 2009, trazendo na história fantástica também detalhes da construção do TJA, como passeios pela Fortaleza do começo do século 19, a cidade cujo núcleo urbano mais denso se concentrava entre as atuais avenidas Dom Manoel, do Imperador e Duque de Caxias. Hoje, a área é o próprio Centro de Fortaleza.
O livro “A Bailarina Fantasma” (Ed. Biruta, São Paulo) será lançado na quarta, dia 27 de janeiro, no próprio TJA. O lançamento inicia às 16h, horário da última visita guiada do dia no Theatro, que será conduzida pela autora, cruzando os caminhos com trechos do livro, encerrando no palco principal, com projeções de imagens antigas do Theatro e com a leitura de trechos do livro. E o lançamento segue até às 20h, entre broas e bulins (quitutes brancos muito comuns nas ruas do Centro), junto a autógrafos, encontros e boa conversa. Ao longo do ano, “A Bailarina Fantasma” também será lido na íntegra em sessões públicas, por vários leitores, anônimos e célebres, convidados e voluntários.
Um resumo da história da "Bailarina Fantasma" por Socorro Acioli:
“O Theatro José de Alencar estava prestes a passar por uma grande reforma. Marcelo, um arquiteto especialista em construções antigas, foi contratado para coordenar a obra. Sua missão era fazer com que o teatro ficasse exatamente como era no dia da inauguração. Marcelo era viúvo e tinha uma filha, Anabela, que logo no primeiro dia da reforma viveu um encontro assustador com o fantasma de uma jovem bailarina que vivia no teatro há muitos anos. Mesmo contra sua vontade, Anabela embarcou em uma viagem pelo passado daquele teatro e envolveu-se completamente em uma história de amor, ódio e muito mistério, conduzida pelo hálito gelado e a presença diáfana da bailarina fantasma, que só poderia ir embora quando resolvesse, com a ajuda de Anabela, algo muito importante que não pode fazer em vida”.
Serviço:
Livro “A Bailarina Fantasma”, de Socorro Acioli. Lançamento no TJA quarta, 27 de janeiro, das 16h às 20h. Praça José de Alencar, s/n, Centro, telefone (85) 3101.2583 3101.2567.
Deus é Meu Camarada
Ele tem 30 anos e trabalha numa sex shop.
Seria um cara absolutamente normal se o seu melhor amigo não fosse ninguém menos que: Deus.
Você é um reles funcionário de sex shop quando conhece o amor da sua vida. Ela é estudante de psicologia da Sorbonne e nesse caso uma ajudinha de Deus nunca é demais.
Em Deus é Meu Camarada, romance de estréia de Cyril Massarotto o jovem protagonista tem a sorte de, por razões inexplicáveis, falar diretamente com Deus e dispor de seus conselhos e dicas a qualquer momento, em qualquer lugar.
Compositor há mais de dez anos, o autor conta que o livro, de linguagem surgiu diante da frustração que sentia por estar limitado à métrica das rimas: “J'écris des paroles depuis 10 ans, et à force de raconter de petites histoires, j'ai été un peu frustré par les contraintes de rimes, de syllabes, le travail sur les assonances, les allitérations.Cheguei a um ponto em que era preciso avançar na escrita, me libertar, foi aí que decidi migrar das pequenas para as grandes histórias.”
Com esse objetivo em mente, Massarotto conta que não fez muito esforço para ter uma boa ideia e que a história toda surgiu a partir do título. “Essa história de Deus escolher alguém para ser seu melhor amigo foi a primeira idéia que apareceu na minha cabeça. Estava tomando um banho, tranqüilo, e a frase simplesmente apareceu. Partindo dessa premissa, achei que poderia ser interessante falar de um Deus diferente daquele que esperamos, um Deus que pode ser engraçado, brincalhão”, explica, acrescentando que “quanto ao protagonista, definitivamente não queria um cara religioso, que tivesse um padrão comum. Pensei justamente no contrário, um sujeito meio nerd, que trabalhasse em um lugar que renegasse a pureza da religião”.
Em Deus é Meu Camarada, acompanhamos a trajetória desse homem aparentemente comum, seu casamento com Alice, a psicóloga; o nascimento do filho Léo; a chegada tardia da maturidade e a velhice serena. O autor explica que os contornos pouco definidos do personagem principal foram uma escolha premeditada. “Geralmente os autores optam por uma descrição muito exata e delineada de seus personagens e eu particularmente não gosto desse tipo de estilo. A imaginação de cada leitor tem uma forma física que corresponde à ideia passada pela natureza do personagem. Mas quanto ao fato dele não ter um nome, foi uma decisão sem grandes motivos, ocasional”, comenta Cyril.
O protagonista dessa história de amizade e evolução descobre ao longo do livro que até mesmo a mais simples das existências pode ser extraordinária. “É claro que esse não é um livro autobiográfico propriamente dito, embora não dê pra negar totalmente essa característica. Diria que ele é uma autocaricatura porque o personagem principal não sou eu, essa não é a minha vida mas, de certa forma, ele mostra como eu reagi diante de certas situações. Eu também vivi as histórias de reviravolta que se desenrolam para o nosso herói e isso me ajudou a criá-lo da maneira mais realista possível”, diz Cyril, que confessa ter tido mais trabalho para compor Deus. “Nesse caso foi preciso que eu me colocasse à uma certa distância e reavaliasse a intenção de suas ações”, revela.
Os sonhos de Júnior Ratts
Doze contos compõem o novo livro do jornalista
Relações sexuais casuais, cachorros e anões apaixonados, pessoas viciadas em calmantes, gente querendo desesperadamente amar e outros apenas desejando cortar os pulsos são alguns dos assuntos em destaque nos 12 contos que compõem o livro “Sweet Dreams: o anão e o cachorro, o calmante e o formicida”, do jornalista Júnior Ratts.
Em seu primeiro livro, Eterna Morte Passageira, Júnior Ratts aborda questões voltadas às mulheres heterossexuais. Agora, em seu novo livro, o autor se volta ao universo homossexual masculino. Distanciando-se do apelo erótico característico desse gênero literário e concentrando-se em questões existenciais pertinentes à vida comum e em especial aos desdobramentos de relacionamentos amorosos (seus e dos outros), o autor se utiliza de diferentes situações ficcionais para criar contos-crônicas sobre a realidade de quem, de repente ou há muito tempo, decide amar. Ou morrer.
Embalados por referências musicais e cinematográficas, as histórias que compõe a obra se alinham como em uma espécie de diário onde autor e personagens - sempre em tom de desabafo ou de ironia - interrogam e são interrogados sobre os limites existências de cada um. “Eu me questiono e questiono meu personagem também. Tento ver até onde um personagem é capaz de chegar para que eu não faça o mesmo. Eu uso os personagens para me salvar de mim mesmo e do mundo”, confessa Júnior Ratts.
Ainda segundo o autor, o livro pretende, com seus relatos, colocar em prova a falsa irredutibilidade de pedra do homem contemporâneo. Por isso, os personagens são colocados em situações-limite onde o desejo de amar e o desespero por ser amado se confundem, se misturam e se contorcem, deixando a vida à mercê de seis ou sete diazepans.
Com 84 páginas, “Sweet Dream: o Anão e o Cachorro, o Calmante e o Formicida” é uma publicação da Editora 7 Letras, com capa ilustrada por Mychel Távora e projeto gráfico criado pela Ponto2Design.
Ediouro relança “Mulheres de Água”
Olhar sensível de Gabriel Chalita retrata a alma feminina
Quantos sentimentos mais compõem o espectro feminino? Para sabê-los, basta percorrer Mulheres de Água, obra de Gabriel Chalita que a Ediouro relança em versão revista e ampliada. Nesse livro, Chalita direciona seu olhar sensível na construção de situações e personagens complexos de modo que o leitor se veja diante dos múltiplos estados da alma feminina.
Mulheres de Água é composto por 22 contos, desenvolvidos originalmente de textos que Chalita escreveu para serem encenados pela atriz Bibi Ferreira, a Dama do Teatro Brasileiro, em 2007.
A narrativa curta traz diferentes mulheres em pleno diálogo com a vida, cada uma delas com suas pequenas manias, expectativas, realizações e renúncias.
Assim, o leitor, em especial a leitora, poderá identificar-se com a mãe - angustiada e patética -, em seu desespero pela ausência e o silêncio do filho. Ou ainda com a solteira, que faz da tenaz busca por um marido um compromisso permanente e inarredável. Temos, também, a idosa cheia de manias que se aconselha com a inescrutável amiga surda-muda. Sem falar da amedrontada professora que, por medo de tubarão, sequer molha os pés na espuma das ondas.
O autor diz esperar que ninguém passe incólume pelas páginas de Mulheres de Água, pois sua tentativa é a de traduzir a convivência de almas humanas e afirma: Todos nós nos comportamos com intolerância, atabalhoamento, sofreguidão, ingenuidade, ansiedade, inveja, estranhamento, raiva, vingança... E o que nem sempre conseguimos é admitir nossas bobagens e pequenas insanidades. O livro é dedicado a Micarla de Souza, prefeita de Natal , e presta uma homenagem à atriz Marília Pêra.
Romance da Editora Prumo retrata a vida e obra de um dos mais brilhantes e controversos homens, misturando ficção e realidade, criação e desejo, paixão e loucura, arte e amor
Editora Prumo lança, este mês, Os girassóis, uma história baseada na vida e obra de um dos maiores pintores de todos os tempos: Vincent van Gogh. A autora, Sheramy D. Bundrick, PhD em História da Arte, narra os dois últimos anos da vida do pintor sob o ponto de vista de Rachel, a notória prostituta de Arles, França, a quem o pintor presenteou com sua orelha cortada.
O enredo começa quando Rachel está cochilando em um lindo jardim em Arles e, quando desperta, descobre que está sendo desenhada por um homem de cabelos vermelhos com chapéu de palha amarelo. Trata-se do excêntrico pintor Vincent van Gogh. Ele, então, vai ao bordel onde ela trabalha com um buquê de flores e um desejo incomensurável de terminar a pintura. Assim, uma longa, profunda e intensa paixão surge entre Rachel e o artista.
O encontro e o relacionamento de Vincent e Rachel é descrito em tom pessoal, e com tão ricos detalhes que ao leitor é permitido viver um pouco essa paixão. Vemos aqui um Van Gogh humano, verdadeiro, que vê o mundo como seus quadros retratam, colorido e assustador.
Rachel, então, vive uma aventura amorosa em meio à guerra de sentimentos e emoções da mente de Vincent. Porém, um acontecimento chocante irá expor a áspera e inescapável verdade sobre aquele artista que ela nasceu para amar, até mais que a própria vida.
O período narrado é de intensa produção artística de Van Gogh, consequencia de um mergulho profundo nas terríveis paixões da humanidade. É o período em que a melancolia tornou-se insanidade. E ao leitor é permitido que mergulhe com Rachel no sofrimento de amar um artista.
SOBRE A AUTORA:
Sheramy D. Bundrick é professora de História na University of South Flórida em St. Petersbourg, desde 2001. É formada pela Emory University em Atlanta e também possui pós-doutorado no Metropolitan Museum of Art. É autora de diversos livros acadêmicos, alguns voltados para a História da Arte, publicados pela Cambridge University Press.
FICHA TÉCNICA:
Selo: Prumo Leia
Autor: Sheramy Bundrick
ISBN: 9788579270468
EAN: 9788579270468
Formato: 14x21
Nº de páginas: 472
Preço: R$ 53,90
SEM REMETENTE, romance de estreia de NETA MELLO estabelece uma ponte entre os anos 30 do século passado e o mundo contemporâneo
Ingredientes de aprendizado da vida somados à pitadas de aptidão, quase sempre resultam num feito de qualidade e superação. Assim é Sem Remetente, primeiro romance de Neta Mello, no qual a autora aproveita a técnica e a ciência de historiadora de profissão para dar vazão e consistência a sua nata capacidade de contar o que viu, pressentiu e imaginou.
Em Sem Remetente, Neta Mello avança com as tintas da ficção sobre o que já havia feito no livro anterior, Pauliceia Ignorada, uma coletânea de histórias reais de moradores de São Paulo.
Agora, no romance, os personagens, circunstâncias e cenários permanecem absolutamente plausíveis, cobertos apenas por uma fina e envolvente camada de sentimentos que a autora habilmente construiu.
“Quando escrevo, procuro me colocar na posição de leitor para sentir se a história e os personagens estão me trazendo identificação, inspiração, algo instigante além da emoção. Na verdade, todo escritor usa repertório próprio – histórias que viveu, que ouviu, lugares que frequentou” afirma a autora.
Sem Remetente retrata uma tradicional família de fazendeiros paulistas, onde os contextos econômicos e a própria evolução dos costumes colocam suas gerações em conflito e, às vezes, em confronto. Com uma linha de tempo do século XX até os dias de hoje, a obra penetra desde as primeiras páginas nos sentidos do leitor, prendendo-o numa agradável teia de expectativas.
Além do enredo envolvente, Neta Mello desenhou Sem Remetente com a perícia de um texto minucioso e detalhista, que faz o leitor construir e entrar virtualmente nos cenários da trama, como se fosse ele próprio um participante. Assim, por exemplo, tem-se vontade de cochilar “nas redes brancas, com barrado de crochê balançando ao vento”, ou – quem sabe? – desfrutar de companhia na sala onde, “uma sopeira de porcelana com arranjos de camélias brancas” decora a mesa de centro.
Mais informações: http://blogdaneta.blogspot.com/
Neta Mello - (Maria Antonieta Pereira de Almeida Figueiredo Mello) é pós-graduada em História pela PUC-SP. Publicou Crônicas Memórias - Scortecci, 2002 e Pauliceia Ignorada - Scortecci, 2005. Em 2009 desenvolve um trabalho de memórias e histórias de vida.
Ficha Técnica
Livro: Sem Remetente
Autora: Neta Mello
Orelha de Marta Góes
Editora: Scortecci
Número de páginas: 304
Preço sugerido: R$ 40
"A bailarina fantasma", de Socorro Acioli, conta historias do centenario do Teatro José de Alencar
Lugar tão vivo e cheio de histórias, o centenário Teatro José de Alencar é o cenário e alma de “A Bailarina Fantasma”, livro que virou realidade a partir das pesquisas e letras da jornalista e escritora Socorro Acioli, cujo trabalho de 2005 a 2009, trazendo na história fantástica também detalhes da construção do TJA, como passeios pela Fortaleza do começo do século 19, a cidade cujo núcleo urbano mais denso se concentrava entre as atuais avenidas Dom Manoel, do Imperador e Duque de Caxias. Hoje, a área é o próprio Centro de Fortaleza.
O livro “A Bailarina Fantasma” (Ed. Biruta, São Paulo) será lançado na quarta, dia 27 de janeiro, no próprio TJA. O lançamento inicia às 16h, horário da última visita guiada do dia no Theatro, que será conduzida pela autora, cruzando os caminhos com trechos do livro, encerrando no palco principal, com projeções de imagens antigas do Theatro e com a leitura de trechos do livro. E o lançamento segue até às 20h, entre broas e bulins (quitutes brancos muito comuns nas ruas do Centro), junto a autógrafos, encontros e boa conversa. Ao longo do ano, “A Bailarina Fantasma” também será lido na íntegra em sessões públicas, por vários leitores, anônimos e célebres, convidados e voluntários.
Um resumo da história da "Bailarina Fantasma" por Socorro Acioli:
“O Theatro José de Alencar estava prestes a passar por uma grande reforma. Marcelo, um arquiteto especialista em construções antigas, foi contratado para coordenar a obra. Sua missão era fazer com que o teatro ficasse exatamente como era no dia da inauguração. Marcelo era viúvo e tinha uma filha, Anabela, que logo no primeiro dia da reforma viveu um encontro assustador com o fantasma de uma jovem bailarina que vivia no teatro há muitos anos. Mesmo contra sua vontade, Anabela embarcou em uma viagem pelo passado daquele teatro e envolveu-se completamente em uma história de amor, ódio e muito mistério, conduzida pelo hálito gelado e a presença diáfana da bailarina fantasma, que só poderia ir embora quando resolvesse, com a ajuda de Anabela, algo muito importante que não pode fazer em vida”.
Serviço:
Livro “A Bailarina Fantasma”, de Socorro Acioli. Lançamento no TJA quarta, 27 de janeiro, das 16h às 20h. Praça José de Alencar, s/n, Centro, telefone (85) 3101.2583 3101.2567.
Deus é Meu Camarada
Ele tem 30 anos e trabalha numa sex shop.
Seria um cara absolutamente normal se o seu melhor amigo não fosse ninguém menos que: Deus.
Você é um reles funcionário de sex shop quando conhece o amor da sua vida. Ela é estudante de psicologia da Sorbonne e nesse caso uma ajudinha de Deus nunca é demais.
Em Deus é Meu Camarada, romance de estréia de Cyril Massarotto o jovem protagonista tem a sorte de, por razões inexplicáveis, falar diretamente com Deus e dispor de seus conselhos e dicas a qualquer momento, em qualquer lugar.
Compositor há mais de dez anos, o autor conta que o livro, de linguagem surgiu diante da frustração que sentia por estar limitado à métrica das rimas: “J'écris des paroles depuis 10 ans, et à force de raconter de petites histoires, j'ai été un peu frustré par les contraintes de rimes, de syllabes, le travail sur les assonances, les allitérations.Cheguei a um ponto em que era preciso avançar na escrita, me libertar, foi aí que decidi migrar das pequenas para as grandes histórias.”
Com esse objetivo em mente, Massarotto conta que não fez muito esforço para ter uma boa ideia e que a história toda surgiu a partir do título. “Essa história de Deus escolher alguém para ser seu melhor amigo foi a primeira idéia que apareceu na minha cabeça. Estava tomando um banho, tranqüilo, e a frase simplesmente apareceu. Partindo dessa premissa, achei que poderia ser interessante falar de um Deus diferente daquele que esperamos, um Deus que pode ser engraçado, brincalhão”, explica, acrescentando que “quanto ao protagonista, definitivamente não queria um cara religioso, que tivesse um padrão comum. Pensei justamente no contrário, um sujeito meio nerd, que trabalhasse em um lugar que renegasse a pureza da religião”.
Em Deus é Meu Camarada, acompanhamos a trajetória desse homem aparentemente comum, seu casamento com Alice, a psicóloga; o nascimento do filho Léo; a chegada tardia da maturidade e a velhice serena. O autor explica que os contornos pouco definidos do personagem principal foram uma escolha premeditada. “Geralmente os autores optam por uma descrição muito exata e delineada de seus personagens e eu particularmente não gosto desse tipo de estilo. A imaginação de cada leitor tem uma forma física que corresponde à ideia passada pela natureza do personagem. Mas quanto ao fato dele não ter um nome, foi uma decisão sem grandes motivos, ocasional”, comenta Cyril.
O protagonista dessa história de amizade e evolução descobre ao longo do livro que até mesmo a mais simples das existências pode ser extraordinária. “É claro que esse não é um livro autobiográfico propriamente dito, embora não dê pra negar totalmente essa característica. Diria que ele é uma autocaricatura porque o personagem principal não sou eu, essa não é a minha vida mas, de certa forma, ele mostra como eu reagi diante de certas situações. Eu também vivi as histórias de reviravolta que se desenrolam para o nosso herói e isso me ajudou a criá-lo da maneira mais realista possível”, diz Cyril, que confessa ter tido mais trabalho para compor Deus. “Nesse caso foi preciso que eu me colocasse à uma certa distância e reavaliasse a intenção de suas ações”, revela.
Os sonhos de Júnior Ratts
Doze contos compõem o novo livro do jornalista
Relações sexuais casuais, cachorros e anões apaixonados, pessoas viciadas em calmantes, gente querendo desesperadamente amar e outros apenas desejando cortar os pulsos são alguns dos assuntos em destaque nos 12 contos que compõem o livro “Sweet Dreams: o anão e o cachorro, o calmante e o formicida”, do jornalista Júnior Ratts.
Em seu primeiro livro, Eterna Morte Passageira, Júnior Ratts aborda questões voltadas às mulheres heterossexuais. Agora, em seu novo livro, o autor se volta ao universo homossexual masculino. Distanciando-se do apelo erótico característico desse gênero literário e concentrando-se em questões existenciais pertinentes à vida comum e em especial aos desdobramentos de relacionamentos amorosos (seus e dos outros), o autor se utiliza de diferentes situações ficcionais para criar contos-crônicas sobre a realidade de quem, de repente ou há muito tempo, decide amar. Ou morrer.
Embalados por referências musicais e cinematográficas, as histórias que compõe a obra se alinham como em uma espécie de diário onde autor e personagens - sempre em tom de desabafo ou de ironia - interrogam e são interrogados sobre os limites existências de cada um. “Eu me questiono e questiono meu personagem também. Tento ver até onde um personagem é capaz de chegar para que eu não faça o mesmo. Eu uso os personagens para me salvar de mim mesmo e do mundo”, confessa Júnior Ratts.
Ainda segundo o autor, o livro pretende, com seus relatos, colocar em prova a falsa irredutibilidade de pedra do homem contemporâneo. Por isso, os personagens são colocados em situações-limite onde o desejo de amar e o desespero por ser amado se confundem, se misturam e se contorcem, deixando a vida à mercê de seis ou sete diazepans.
Com 84 páginas, “Sweet Dream: o Anão e o Cachorro, o Calmante e o Formicida” é uma publicação da Editora 7 Letras, com capa ilustrada por Mychel Távora e projeto gráfico criado pela Ponto2Design.
Ediouro relança “Mulheres de Água”
Olhar sensível de Gabriel Chalita retrata a alma feminina
Quantos sentimentos mais compõem o espectro feminino? Para sabê-los, basta percorrer Mulheres de Água, obra de Gabriel Chalita que a Ediouro relança em versão revista e ampliada. Nesse livro, Chalita direciona seu olhar sensível na construção de situações e personagens complexos de modo que o leitor se veja diante dos múltiplos estados da alma feminina.
Mulheres de Água é composto por 22 contos, desenvolvidos originalmente de textos que Chalita escreveu para serem encenados pela atriz Bibi Ferreira, a Dama do Teatro Brasileiro, em 2007.
A narrativa curta traz diferentes mulheres em pleno diálogo com a vida, cada uma delas com suas pequenas manias, expectativas, realizações e renúncias.
Assim, o leitor, em especial a leitora, poderá identificar-se com a mãe - angustiada e patética -, em seu desespero pela ausência e o silêncio do filho. Ou ainda com a solteira, que faz da tenaz busca por um marido um compromisso permanente e inarredável. Temos, também, a idosa cheia de manias que se aconselha com a inescrutável amiga surda-muda. Sem falar da amedrontada professora que, por medo de tubarão, sequer molha os pés na espuma das ondas.
O autor diz esperar que ninguém passe incólume pelas páginas de Mulheres de Água, pois sua tentativa é a de traduzir a convivência de almas humanas e afirma: Todos nós nos comportamos com intolerância, atabalhoamento, sofreguidão, ingenuidade, ansiedade, inveja, estranhamento, raiva, vingança... E o que nem sempre conseguimos é admitir nossas bobagens e pequenas insanidades. O livro é dedicado a Micarla de Souza, prefeita de Natal , e presta uma homenagem à atriz Marília Pêra.
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