segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

CINEMA

Veja os indicados ao Oscar 2010

A atriz Anne Hathaway e o presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Tom Sherak, anunciaram na manhã desta terça-feira os indicados ao Oscar deste ano.

"Avatar" e "Guerra ao Terror" lideram as indicações com nove cada um. "Preciosa - Uma História de Esperança" concorre em seis categorias.
A cerimônia de entrega do Oscar ocorre no dia 7 de março, um domingo, e será transmitida em mais de 200 países.
A TNT será o único canal da TV por assinatura a transmitir a 82ª edição do evento no domingo, dia 7 de março, a partir das 22h – além de ser o único do país a exibi-lo desde o tapete vermelho às 21h, com o já tradicional pré-show. Pelo sexto ano consecutivo, o OSCAR® contará com os comentários do crítico de cinema Rubens Ewald Filho, maior autoridade brasileira no assunto, com apresentação de Chris Nicklas.

A principal categoria da noite agora passa a contar com dez indicados ao invés dos tradicionais cinco, retomando uma tradição clássica das décadas de 30/40. Além de “Avatar” e “Guerra ao Terror”, também disputam a cobiçada estatueta os filmes “Um Sonho Possível”, “Distrito 9”, “Educação”, “Bastardos Inglórios”, “Amor Sem Escalas”, “Preciosa”, “Um Homem Sério” e “Up – Altas Aventuras”. O cargo de mestre de cerimônias ficará nas mãos da dupla Steve Martin e Alec Baldwin. Enquanto o primeiro é um veterano, responsável pela tarefa em 1998 e 2000, o segundo é um iniciante no cargo. Confira abaixo a lista completa dos indicados ao Oscar 2010.


Melhor Filme:
Guerra ao Terror
Avatar
Um Sonho Possível
Distrito 9
Educação
Bastardos Inglórios
Amor Sem Escalas
Preciosa
Um Homem Sério
Up - Altas Aventuras

Melhor Ator:
Jeff Bridges - Crazy Heart
George Clooney - Amor Sem Escalas
Colin Firth - A Single Man
Morgan Freeman - Invictus
Jeremy Renner - Guerra ao Terror

Melhor Atriz:
Sandra Bullock - Um Sonho Possível
Helen Mirren - The Last Station
Carey Mulligan - Educação
Gabourey Sidibe - Preciosa
Meryl Streep - Julie & Julia

Melhor Ator Coadjuvante:
Matt Damon - Invictus
Woody Harrelson - O Mensageiro
Christopher Plummer - The Last Station
Stanley Tucci - Um Olhar do Paraíso
Christoph Waltz - Bastardos Inglórios

Melhor Atriz Coadjuvante:
Penélope Cruz - Nine
Vera Farmiga - Amor Sem Escalas
Maggie Gyllenhaal - Crazy Heart
Anna Kendrick - Amor Sem Escalas
Mo'Nique - Preciosa

Melhor Diretor:
Kathryn Bigelow - Guerra ao Terror
James Cameron - Avatar
Lee Daniels - Preciosa
Jason Reitman - Amor Sem Escalas
Quentin Tarantino - Bastardos Inglórios

Melhor Roteiro Original:
Guerra ao Terror - Mark Boal
Bastardos Inglórios - Quentin Tarantino
O Mensageiro - Oren Moverman, Alessandro Camon
Um Homem Sério - Joel Coen, Ethan Coen
Up - Altas Aventuras - Bob Peterson, Pete Docter

Melhor Roteiro Adaptado:
Distrito 9 - Neill Blomkamp, Terri Tatchell
Educação - Nick Hornby
In the Loop - Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Iannucci, Tony Roche
Preciosa - Geoffrey Fletcher
Amor Sem Escalas - Jason Reitman, Sheldon Turner

Melhor Fotografia:
Avatar - Mauro Fiore
A Fita Branca - Christian Berger
Harry Potter e o Enigma do Príncipe - Bruno Delbonnel
Guerra ao Terror - Barry Ackroyd
Bastardos Inglórios - Robert Richardson

Melhor Montagem:
Avatar - Stephen E. Rivkin, John Refoua, James Cameron
Distrito 9 - Julian Clarke
Guerra ao Terror - Bob Murawski, Chris Innis
Bastardos Inglórios - Sally Menke
Preciosa - Joe Klotz

Melhor Direção de Arte:
Avatar - Rick Carter, Robert Stromberg
The Imaginarium of Doctor Parnassus - Anastasia Masaro
Nine - John Myhre
Sherlock Holmes - Sarah Greenwood
The Young Victoria - Patrice Vermette

Melhor Figurino:
Bright Star - Janet Patterson
Coco Antes de Chanel - Catherine Leterrier
The Imaginarium of Doctor Parnassus - Monique Prudhomme
Nine - Colleen Atwood
The Young Victoria - Sandy Powell

Melhor Maquiagem:
Il divo
Star Trek
The Young Victoria

Melhor Trilha Sonora:
Avatar - James Horner
O Fantástico Sr. Raposo - Alexandre Desplat
Guerra ao Terror - Marco Beltrami, Buck Sanders
Sherlock Holmes - Hans Zimmer
Up - Altas Aventuras - Michael Giacchino

Melhor Canção Original:
"Almost There" - A Princesa e o Sapo
"Down in New Orleans" - A Princesa e o Sapo
"Loin De Paname" - Paris 36
"Take it All" - Nine
"The Weary Kind" - Crazy Heart

Melhor Edição de Som:
Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Star Trek
Up - Altas Aventuras

Melhor Mixagem de Som:
Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Star Trek
Transformers: A Vingança dos Derrotados

Melhor Animação Longa-Metragem:
Coraline
O Fantástico Sr. Raposo
A Princesa e o Sapo
The Secret of Kells
Up - Altas Aventuras

Melhor Animação Curta-Metragem:
French Roast
Granny O´Grimn´s Sleeping Beauty
The Lady and the Reaper (La Dama e la Muerte)
Logorama
A Matter of Loaf and Death

Melhor Filme Estrangeiro:
Ajami (Israel)
El Secreto de Sus Ojos (Argentina)
The Milk of Sorrow (Peru)
Un Profète (França)
A Fita Branca (Alemanha / França / Áustria / Itália)

Melhores Efeitos Especiais:
Avatar
Distrito 9
Star Trek

Melhor Documentário Longa-Metragem:
Burma Vj
The Cove
Food Inc.
The Most Dangerous Man In America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers
Which Way Home

Melhor Documentário Curta-Metragem
Province
The Last Campaign of Governos Booth Gardner
The Last Truck: Closing of a GM Plant
Music by Prudence
Rabbit à la Berlin

Melhor Curta-Metragem:
The Door
Instead of Abracadabra
Kavi
Miracle Fish
The New Tenants









"Preciosa" deve ser o filme queridinho dos críticos para o Oscar

A edição norte-americana da revista Rolling Stone elegeu o filme o melhor longa-metragem de 2009. "Preciosa"chega ao Brasil esta semana

Uma história intensa de adversidade e esperança. Em "Preciosa", estreia da semana nos cinemas brasileiros, a personagem central é uma adolescente obesa que tem dois filhos do próprio pai (um deles com Síndrome de Down). A mãe a agride frequentemente, fisicamente e psicologicamente. Expulsa da escola, ela acaba em um centro de educação alternativa. Até descobrir que tem um problema ainda maior, de saúde. A imaginação da menina, com sonhos de fama, sucesso e riqueza, é o que a salva - e também salva o espectador - durante os piores momentos.


O filme de Lee Daniels (Matadores de Aluguel), tem participações de Lenny Kravitz e Mariah Carrey (surpreendentemente bem, no papel de uma assistente social), mas a estrela é a estreante Gabourey Sidibe. A garota, 26 anos, filha de um taxista com uma cantora, é aposta certeira para o Oscar. Agora ela está fazendo a ronda dos talkshows norte-americanos. Ela foi ao novo programa de Jay Leno e também já visitou a Oprah Winfrey (que é produtora de Preciosa e, pouca gente se lembra, foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro por sua participação em A Cor Púrpura), a Ellen DeGeneres e o Conan O'Brien, outros apresentadores americanos, também receberam a nova famosa em seus programas. O livro no qual o longa-metragem foi baseado, Push (de Saphire, lançado em 1996) ainda não tem edição nacional.

O filme começa em Harlem, no ano de 1987. A história é narrada pela personagem principal, que em alguns intervalos, insere seu ponto de vista nas situações apresentadas. A protagonista citada é a adolescente afro-americana Clareece "Precious" Jones (Gabourey Sidibe), que vive (ou sobrevive?) com sua familia desajustada; engravidada duas vezes pelo pai e em uma relação destrutiva com a sua mãe (Mo'Nique). Precious é muito fechada pra os outros mas aberta a reflexões, e daí, temos alguns dos momentos mais bonitos do filme. Toda reflexão de Precious se transforma em poesia: ás vezes ela relata ser apaixonada pelo professor, não gosta (e não consegue) ler e adora matemática (ela diz que nem sabe o motivo). A mãe de Precious é vivida pela atriz Mo'nique, de forma demonizadora.

Ao longo da primeira parte do filme, Precious é intimidada pela diretora da escola a abandonar o local, devido à sua segunda gravidez aos 16 anos de idade: Precious recebe então o convite para entrar em uma escola alternativa, onde ela tem esperança de poder mudar a direção de sua vida, e nisso, começam os confrontos com a sua mãe, construída de forma demonizadora pela atriz Mo’nique.

O uso de cores intensas e a forma que são inseridos em determinados locais do filme se tornam poesias adaptadas para o plano cinematográfico. Nesse processo, o diretor faz uso intenso de planos fechados, numa espécie de linguagem documental.




Filmado em apenas cinco semanas, e com um orçamento, digamos, ínfimo para a realidade da indústria cinematográfica hollywoodiana, Preciosa ainda aborda, de forma ligeira, o processo de escrita como forma de expurgar suas dores e ressentimentos: na sala de aula, a adolescente Precious e suas colegas usam as experiências diárias (e passadas) para abordagem dos seus respectivos panoramas de vida.








Novo filme de Clint Eastwood usa poema britânico como inspiração

Morgan Freeman e Matt Damon apertam as mãos em cena de ''Invictus''

Escrito em 1875 por William Ernest Henley, o poema britânico "Invictuous" apresenta palavras fortes em seus versos finais: "Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma". Um século depois de escrito, o poema tornou-se o companheiro mais constante de histórico prisioneiro inocente: Nelson Mandela que, aprisionado em Robben Island cumprindo pena de trabalhos forçados, lia e relia o texto de Henley para manter a esperança e a sanidade.



"Invictus", o poema, é mencionado duas vezes em "Invictus", o novo filme dirigido por Clint Eastwood. Da primeira vez, na cena que muda todo o ritmo e a dinâmica do filme, Mandela (Morgan Freeman), já presidente da África do Sul, recita o texto para François Pienaar (Matt Damon), o capitão dos Springboks, a seleção sul africana de rugby. O ano é 1995, uma copa do mundo do rugby se aproxima, a ser disputada numa África do Sul ainda profundamente dividida ao longo das linhas raciais. Os Springboks são o próprio símbolo da supremacia branca. "Na prisão, nós fazíamos questão de torcer por quem estivesse jogando contra eles", Mandela/Freeman admite.








"O Fim da Escuridão" é historia de pai vingativo com Mel Gibson


Ao inventigar o assassinato de sua filha, policial descobre rede de corrupção que envolve políticos e armas nucleares


O Fim da Escuridão é a adaptação para o cinema da famosa série de televisão da BBC de 1985. Dirigida por Martim Campbell, a minissérie de seis episódios foi considerada um dos melhores e mais influentes programas de televisão já realizados.

Para a versão cinematográfica, foi convocado o mesmo diretor do original, Campbell, que fez sucesso recentemente com Cassino Royale, que marcou a volta de James Bond aos cinemas. Para o papel de Craven, foi convocado o ator Mel Gibson, que não protagonizava um filme desde Sinais, de 2002.

O detetive Thomas Craven (Mel Gibson) é um experiente policial da divisão de homicídios em Boston, porém será obrigado a solucionar seu caso mais difícil. Viúvo, pai da jovem Emma, de 24 anos, Craven vê sua filha ser assassinada na porta de sua casa, sem poder fazer nada por ela. Em pouco tempo, seus colegas já começam a supor que aquele tiro se destinava ao detetive. Para descobrir a verdade, Thomas decide investigar a fundo este crime, independente das consequências.



Logo o policial percebe que há muito por trás daquele assassinato do que poderiam supor. Aos poucos, ele nota que Emma estava envolvida em um perigoso universo de poderosos que têm muito a esconder. A presença de Darius, um funcionário do governo que se apressa em limpar qualquer evidência do crime, deixa claro que a jovem era mesmo o alvo daquele tiro. Agora, mais do que apenas descobrir quem matou Emma e os motivos do assassinato, Thomas Craven quer saber quem era, na verdade, a sua filha.









George Clooney faz executivo cruel em drama

O ator, em cena de 'Amor sem Escalas': forte concorrente ao Oscar

O cineasta Jason Reitman salta da adolescência, que retratou tão bem na comédia Juno, sua primeira indicação ao Oscar de direção, para a idade adulta no drama Amor sem Escalas, em cartaz no Multiplex Iguatemi e outros cinemas. O filme recebeu no último dia 17 um Globo de Ouro de melhor roteiro, adaptado por Reitman e Sheldon Turner a partir de livro de Walter Kim. Além disso, Reitman recebeu uma indicação ao prêmio do Sindicato dos Diretores da América, o que representa uma forte tendência de que será novamente indicado ao Oscar da categoria este ano. As indicações do Oscar serão divulgadas em 2 de fevereiro.
Embora tenha diversos momentos divertidos, Amor sem Escalas aborda temas polêmicos e bem contemporâneos do mundo do trabalho. George Clooney (de Queime Depois de Ler) interpreta Ryan Bingham, um executivo que não sai do avião, ganhando um bom salário e acumulando milhares de milhas fazendo um trabalho sujo e antipático - é contratado por diretores de empresas que estão realizando demissões em massa para dar a triste notícia aos ex-empregados. E, de quebra, tentar convencê-los de que perder o emprego pode ter um lado positivo.
Bingham vive tão longe do chão que perdeu quase completamente o contato com a própria sensibilidade. Já não se abala com a crueldade de seu trabalho. Aliás, também não é capaz de manter qualquer ligação emocional com ninguém, nem com sua própria família. Suas irmãs mal conseguem conversar com ele ao telefone.


Três situações forçam-no a encarar as coisas de que ele foge. As duas irmãs o procuram porque uma delas vai se casar. Ele conhece uma bela executiva, Alex (Vera Farmiga, de Os Infiltrados), que é exatamente igual a ele em tudo, por isso, torna-se fácil um envolvimento. A terceira é a chegada de uma nova executiva, jovenzinha e carreirista, que pretende revolucionar os métodos em sua própria empresa, Natalie Keener (Anna Kendrick). A moça simplesmente quer tornar o trabalho deles mais impessoal ainda, demitindo as pessoas via Internet.
Abalado pelo assédio feminino em vários níveis, Ryan sente-se fragilizado. No fundo, talvez nada do que ele pensou ou fez até agora se sustente mais. O melhor aspecto desta balançada afetiva do protagonista é que o roteiro não lhe oferece uma redenção fácil, muito menos uma jornada de autoflagelação.
Os personagens delineados no filme são bem próximos da realidade. Nesse aspecto é que a história mais se afasta dos clichês da comédia romântica. Quem for vê-lo esperando aquele final feliz açucarado vai se decepcionar. Amor sem Escalas exige um pouco mais de seu espectador, mas também entrega mais ao final da sessão.







A nova versão de 'Sherlock Holmes'

Diretor Guy Ritchie faz filme com Jude Law e Robert Downey Jr.

Aproveitando o lado marginal da personalidade do próprio ator que o interpreta, Robert Downey Jr., bem como o sucesso de sua recente participação em aventuras como Homem de Ferro, o diretor inglês Guy Ritchie (Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes) injeta sangue novo em Sherlock Holmes - baseado no personagem do detetive criado em 1887 por sir Arthur Conan Doyle.

Tratando com bastante liberdade o personagem, conhecido por sua esperteza e poder de dedução, Ritchie abre mão da maior parte de sua tradição, como os até agora inseparáveis cachimbo, chapéu de caçador e a frase "elementar, meu caro Watson" - que era sempre usada para seu habitual parceiro, o médico John Watson (Jude Law, de Um Beijo Roubado). Assim, dá força total a uma atualização da imagem de Holmes, tornando-o um personagem atlético, quase um heroi de ação sem superpoderes.

Nesta nova encarnação, Sherlock gosta de luta livre por esporte. Mesmo sendo bem-humorado, ele tem um lado sombrio. Seu quarto parece o de um feiticeiro, numa confusão de poções - que ele testa no cachorro de Watson -, bebidas, papeis e todo tipo de bugigangas, além de armas de fogo.

A fotografia de um antigo amor, Irene Adler (Rachel McAdams de Te Amarei para Sempre), está sobre uma mesa para lembrar que dentro desse peito bate um coração. Muito embora a lembrança da moça, uma vigarista que o deixou na mão, não seja das melhores.

Diferentes em quase tudo, o organizado Watson e o desordeiro Holmes unem suas forças para enfrentar magia negra. No caso, uma sociedade do mal orquestrada pelo sinistro lorde Blackwood (Mark Strong, de Rocknrolla - A Grande Roubada), responsável por uma série de assassinatos rituais e capaz de fazer quase todos acreditarem que ressuscitou após o próprio enforcamento.

Blackwood é muito eficiente para dominar pessoas influentes, como políticos e juízes, tornando-se extremamente perigoso. Sorte que a Inglaterra pode contar com dois guardiões da liberdade charmosos e eficientes como Holmes e Watson, além de uma ajudinha da malandra Irene - que volta à cena e prova muita habilidade.



No saldo geral, Guy Ritchie faz boa figura e mostra que está se reinventando também, depois da relativa decepção de seu último filme antes deste - Rocknrolla - A Grande Roubada (2008). Reinventando, mas nem tanto. Estão aqui sequências visuais de arrepiar - como uma cena numa ponte semidestruída, a centenas de metros de altura, cheia de efeitos especiais. Mas o diretor recorre também a suas habitais câmeras lentas para valorizar os detalhes das lutas e aos flashbacks acelerados, para recapitular passagens complicadas.

Enfim, é um Ritchie no seu melhor, divertido e saboroso. E com final apontando certeiro para o início de mais uma franquia, para a qual Brad Pitt já teria sido sondado para interpretar Moriarty, o eterno inimigo de Holmes.






'The Rock' provoca gargalhadas como o "Fada do Dente"

Depois de correr e distribuir muita pancadaria, astros fortões de filmes de ação costumam se voltar para comédias infantis para ganhar dinheiro. Foi assim com Arnold Schwarzenegger em Um Tira no Jardim da Infância e com Sylvester Stallone em Pare! Senão Mamãe Atira. Recentemente esse clube ganhou mais um membro, Dwayne Johnson, mais conhecido como 'The Rock'.

Depois de Treinando com o Papai, o ator aparece nas telas com O Fada do Dente, que estreia em todo o país apenas em cópias dubladas.

Nessa comédia infantil - que precisou de cinco roteiristas -, Johnson é o jogador de hóquei Derek Thompson. Veterano, sua carreira dá os últimos suspiros. Seu apelido é "o fada do dente" por conta de sua truculência, sendo capaz de derrubar os jogadores adversários com tanta força que resulta na perda de algum dente na queda.

Apesar de ter uma namorada, Carly (Ashley Judd, de Possuídos), ele é um tanto amargurado pois sabe que sua carreira está perto do fim. Também tenta, em vão, conquistar a amizade do filho adolescente dela, sem conseguir.

As coisas se complicam quando o jogador acaba com o sonho de um garotinho que almejava uma carreira como jogador de hóquei. Derek também quase conta à filha de sua namorada que a Fada do Dente não existe - o que deixa o ministério das fadas em polvorosa. Governado por Lily (a eterna Mary Poppins, Julie Andrews), o reino das fadas condena o jogador a ser um Fada do Dente de verdade por uma semana.

Em seu castigo, Derek terá não apenas de usar um figurino especial, como também terá asas, uma varinha e alguns apetrechos mágicos. Seu supervisor será Tracy (Stephen Merchant, da série The Office), um homem que sonha em ser fada dos dentes, mas como não tem asas, não pode desempenhar tal função.

A princípio, o castigo atrapalha sua vida. Ele é chamado para o trabalho - recolher um dente e deixar uma nota de dinheiro em troca - nas horas mais impróprias, no meio de um jogo ou quando está namorando Carly.



Mas como O Fada do Dente é um filme-família, Derek vai perceber que, por mais que tenha convencido crianças a abandonarem seus sonhos, eles valem a pena serem perseguidos. É a mesma lição de sempre nas produções do gênero.

Dwayne 'The Rock' Johnson, que nunca foi ator de verdade, não precisa se esforçar muito aqui. Afinal, seu personagem passa parte do tempo batendo de frente com jogadores do time adversário e o restante fazendo estripulias como fada - nada que envolva muitas habilidades dramáticas.







CINEMA DE ARTE, MOSTRAS, FESTIVAIS

Cineasta francês Alain Resnais mistura gêneros e surpreende em "Ervas Daninhas"

Nunca se sabe que surpresas reserva um novo filme de Alain Resnais ("Medos Privados em Lugares Públicos"). Aos 87 anos, ele se mostra capaz de desconcertar saudavelmente os espectadores ao trazer para a tela "Ervas Daninhas", estreia da semana no Espaço Unibanco Dragão do Mar (próxima sexta). O filme entra em cartaz em cópia 35 mm apenas em São Paulo. O enredo adapta o romance "L'Incident", de Christian Gailly, mas Resnais transforma a história com estilo muito pessoal, seguindo um roteiro de Alex Reval.
No Festival de Cannes 2009, onde "Ervas Daninhas" concorreu à Palma de Ouro - a quarta vez na carreira de Resnais -, o júri presidido pela atriz Isabelle Huppert decidiu criar um troféu sob medida para ele: Prêmio Especial pelo conjunto da obra e excepcional contribuição à história do cinema. Nome longo, mas bem adequado para o diretor de obras-primas como "Hiroshima Meu Amor" (1959), "Ano Passado em Marienbad" (1961) e "Providence"(1971).

É difícil até definir o gênero de "Ervas Daninhas". Trata-se ao mesmo tempo de um drama, uma fantasia, uma comédia de tons negros e absurdos. Os personagens surpreendem os espectadores com suas reações, mantendo sua curiosidade sobre o que farão em seguida.

Há um frescor na própria maneira com que Resnais conduz sua câmera, que também nunca se sabe aonde vai nos levar. Um bom exemplo é quando ela abandona personagens falando numa sala, numa reunião familiar, e mostra as paredes, os objetos, as janelas. Enquanto isso, continua-se ouvindo ao longe a conversa entre Georges Palet (André Dussollier, de "Medos Privados em Lugares Públicos"), sua mulher, Suzanne (Anne Consigny, de "Um Conto de Natal") e seus filhos.

O principal relacionamento focalizado no filme desenvolve-se entre Georges e a dentista Marguerite Muir (Sabine Azéma, também de "Medos Privados em Lugares Públicos").





Duas pessoas que não teriam por que conhecer-se, mas cujos destinos acabam unidos pelo incidente banal de Georges ter encontrado a carteira de Marguerite, cuja bolsa havia sido roubada.

O próprio diálogo interior de Georges para decidir o que fará com essa carteira de uma desconhecida, cuja personalidade ele tenta decifrar pelas fotos de seus documentos, sinaliza uma perturbação emocional. Não que Georges seja louco propriamente, mas sem dúvida disfuncional no limite da bizarrice.

Seguem-se diversas situações marcadamente nonsense em torno da devolução da carteira - incluindo-se algumas cenas hilariantes numa delegacia em que Mathieu Amalric ("A Questão Humana") interpreta um excêntrico investigador. Estabelece-se, desta forma, uma relação um tanto truncada entre Georges e Marguerite, a princípio mediada por cartas e pela secretária eletrônica da dentista.

Ironicamente, as reações disparatadas de Georges terminam por despertar a curiosidade de Marguerite - não só a dela, mas a de sua colega e amiga, Josepha (Emmanuele Devos, de "Reis e Rainha"). E também a triste mulher de Georges participa sutilmente desta espiral de sentimentos.

Não é um detalhe gratuito que Marguerite seja piloto de avião e Georges, fascinado pela aviação. São fatos que tem, aliás, papel fundamental no desfecho, igualmente inesperado.








Filme sueco"Deixa Ela Entrar" é outra estreia do Espaço Unibanco Dragão do Mar


Não se engane. "Deixa Ela Entrar", que estreia nesta sexta-feira, no Espaço Unibanco Dragão do Mar, não é o típico filme de vampiros. A presença de um personagem com caninos longos e sugador de sangue pode fazer este filme sueco parecer uma obra de terror, mas esse drama triste e angustiante passa longe das convenções cinematográficas estabelecidas para esse tipo de personagem. O único horror aqui é sobreviver às crises da adolescência. Também não se encontra um retrato romantizado, como na série "Crepúsculo".
O drama sueco está mais interessado em explorar as dificuldades do amadurecimento e a forma como um amor pode entrar na vida das pessoas do que paixonites juvenis - embora os protagonistas estejam na adolescência.

Dirigido pelo sueco Tomas Alfredson, a partir de um roteiro assinado por John Ajvide Lindqvist, baseado em seu romance, "Deixa Ela Entrar" é um filme que confia mais em seus visual poderoso para conduzir a narrativa do que em contar uma história pelo simples fato de contar uma história.

A neve é uma constante numa paisagem gélida, assim como os ambientes interiores sempre parecem frios e claustrofóbicos. Em meio a esses tons de branco e azul acinzentado, sempre que o sangue irrompe é um vermelho forte que se destaca e nos faz lembrar da condição humana dos personagens e de nós mesmos.

Oskar (Kåre Hedebrant) tem 12 anos e parece viver no seu próprio mundo. Na escola, é atormentado pelos meninos mais velhos e maiores. Seu único amigo também logo o abandona para ficar com os outros garotos. Em casa, passa boa parte do tempo sozinho enquanto a mãe trabalha. Não é a toa, que a chegada de Eli (Lina Leandersson), sua nova vizinha, é um acontecimento em sua vida.

Do estranhamento inicial entre esses dois solitários nasce uma forte ligação e um senso de proteção mútua. Mesmo sem muito entender quem é Eli e por que ela age de forma estranha - nunca vai à escola, só aparece à noite, parece não tomar banho - Oskar abre o seu mundo para ela. Há uma figura estranha na vida da menina: Hakan (Per Ragnar), com quem ela divide o apartamento.

Aos poucos, Oskar, acompanhado do público, começa a desvendar quem é Eli. Num momento, ela quer entrar no apartamento do menino, mas ele não a convida. Ela insiste para ser convidada, mas ele se faz de difícil. A menina cruza a porta mesmo assim. O que se segue então é visualmente tão belo quanto assustador, e emocionalmente ressonante.

É nesse momento que Oskar parece, finalmente, descobrir que está diante não de uma criança como ele, mas de uma figura ímpar. Uma desconfiança que pouco depois será confirmada. Essas dores dos jovens personagens de "Deixa Ela Entrar" podem ser lidas metaforicamente como as dores do crescimento, as dificuldades do amadurecimento psicológico e de encontrar o seu lugar no mundo.




Para a maioria das pessoas, a adolescência é a fase mais complicada da vida, repleta de indefinições e com forte pressão para a tomada de decisões que terão um peso grande no futuro.

Os personagens enfrentam problemas típicos desse período e são obrigados a fazer opções cujas conseqüências terão que carregar por toda a vida. Num momento, ele pergunta para a menina se ela é um vampiro. Mas o que ele diz depois transforma o filme em algo tão comovente quanto tocante: Quer ser minha namorada?

Ao dirigir "Deixa Ela Entrar", Alfredson conseguiu não apenas um apuro visual, em seus tons frios, fotografado por Hoyte Van Hoytema, e câmera elegante, mas também duas performances memoráveis dos jovens atores.
Sem medo de lidar com questões controversas, como a identidade sexual de Eli, o longa faz retrato honesto e tocante de adolescentes problemáticos que, no fundo, guardam as aflições de todos nós - independentemente da idade. E é melhor ver o original antes que chegue o remake hollywoodiano que, certamente, vai deixar de fora tudo aquilo que importa nesse filme e o banalizá-lo numa simples história de vampiros.








'O Profeta' lidera indicações para maior premiação do cinema francês

O longa-metragem francês O Profeta parte como o grande favorito para o César, a principal premiação do cinema na França, com 13 indicações.

Candidato da França ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o filme de Jacques Audiard já recebeu o Grande Prêmio do último Festival de Cannes.

No César, O Profeta disputa com seis outros longas-metragens o prêmio de melhor filme. Na categoria de melhor diretor, Audiard foi indicado ao lado de Lucas Belvaux, Xavier Giannoli, Philippe Lioret e Radu Mihaileanu.

As indicadas para o César de melhor atriz são Isabelle Adjani, Dominique Blanc, Sandrine Kiberlain, Kristin Scott Thomas e Audrey Tautou.

Pelo de melhor ator, competem Tahar Rahim, Vincent Lindon e Yvan Attal e François Cluzet, que recebeu uma dupla indicação por suas atuações em A L''Origine e Le Dernier Pour la Route.

Além dos indicados ao César, a academia francesa de cinema informou que a atriz Marion Cotillard dirigirá a cerimônia de entrega dos prêmios, na qual Harrison Ford será homenageado com um prêmio especial pelo conjunto de sua obra das mãos de Sigourney Weaver.

Outro homenageado será o diretor francês Eric Rohmer, morto no último dia 11, um dos criadores da Nouvelle Vague do cinema francês.






Francês Eric Rohmer morre aos 89 anos

Ele foi um dos principais diretores da nouvelle vague


Um dos principais diretores da nouvelle vague, o cineasta francês Eric Rohmer morreu no começo do mês, em Paris, aos 89 anos. A causa da morte ainda não foi informada. Sua longa filmografia marcou o cinema europeu de mundial, revelando numerosos atores da nova geração (Arielle Dombasle, Pascal Greggory e Fabrice Luchini, entre outros) Ele foi contemporâneo de Jean-Luc Godard, Jacques Rivette, François Truffaut, e Claude Chabrol na revista "Cahiers du Cinéma", da qual Rohmer foi editor de 1957 a4 1963.
Rohmer, pseudônimo de Maurice Schérer, nasceu em 1920 em Tulle, na França. Foi professor e depois crítico de cinema, fundando "La Gazette du Cinéma" com Jacques Rivette. Eric Rohmer ganhou o Leão de Ouro no festival de cinema de Veneza por "O Raio Verde". O filme "O Joelho de Claire" venceu o prêmio Louis Delluc em 1971. O seu filme mais recente, "Os Amores de Astrée e Céladon", foi lançado em 2007 e permanece inédito no Brasil. Ele também dirigiu várias peças de teatro e escreveu vários artigos sobre cinema..




INFANTIL

As namoradinhas de 'Alvin e os Esquilos 2'

"Alvinnn!". É com esse famoso bordão - mais uma bronca, na verdade - que volta aos cinemas, depois de uma bem-sucedida estreia na telona em 2007, o trio de esquilos músicos, criado no final da década de 1950 pelo cantor Ross Bagdasarian e sucesso na TV.

Como o anterior, este filme reúne atores reais com imagens criadas por computador dos três roedores e de suas novas amiguinhas - um trio de esquilinhas - que combinam perfeitamente com os protagonistas. O grupo original é formado por Alvin, o líder, bagunceiro e rebelde, e seus irmãos, Simon, o inteligente, e Theo, gorducho, atrapalhado, mas de bom coração.

A história começa com um show dos esquilos, que têm uma banda pop. Um acidente obriga seu empresário, Dave (Jason Lee, de O Balconista 2), a ficar num hospital. A tia que iria cuidar do trio de esquilos também sofre um acidente (não por acaso, alguém grita Alviiinnnn!! nos dois casos), e a trupe fica sob a tutela do primo Toby (Zachary Levi, da série Chuck), um sujeito sem qualquer perspectiva na vida e viciado em videogame.

Alvin, Simon e Theo são obrigados a frequentar uma escola - onde estudam ao lado de jovens. Ninguém estranha um trio de esquilos assistindo às aulas e interagindo com humanos - afinal, eles são famosos. Mas não são os únicos estudantes roedores: três esquilinhas lhes farão companhia. Elas também formam uma banda, chamada As Esquiletes, e cada uma delas é um par perfeito para os meninos: a líder, a estudiosa e a atrapalhada.

Na escola, cada esquilo conhece novos amigos e mostra novas facetas de sua personalidade. Alvin se enturma com os esportistas e pensa que pode ser ainda mais famoso tornando-se um atleta. O trio deverá participar de uma competição de bandas, mas o esquilo mais velho está tão ocupado com o esporte que poderá deixar todos na mão.

Dirigido por Betty Thomas (Sou Espião), Alvin e os Esquilos 2 eleva à enésima potência o ritmo frenético e a cantoria do primeiro filme. Os adultos que conhecem os personagens da época da televisão poderão estranhar tanta correria. As crianças, especialmente aquelas que descobriram Alvin e seus irmãos no filme anterior, provavelmente acharão natural.







'Astro Boy' leva para o cinema personagem pop japonês

Com quase 60 anos de idade, o personagem japonês Astro Boy é um dos mais famosos da cultura pop da segunda metade do século passado. Sua adaptação para o cinema chega às telas do país nesta sexta-feira, apenas em versões dubladas, e traz o ator e apresentador Rodrigo Faro emprestando sua voz ao personagem-título.

Criado em 1951 por Osamu Tezuka, seis anos depois de a bomba atômica ser lançada sobre o Japão, e lançado na forma de mangá, o personagem sobreviveu a diversas mudanças ao longo dos anos. Passou pela televisão, em preto e branco e depois em cores, até chegar a essa animação norte-americana, dirigida por David Bowers (um dos codiretores de Por Água Abaixo).

O filme serve muito bem como introdução ao personagem e o começo de uma provável franquia - se não fosse o fracasso nas bilheterias. A história se passa num futuro determinado, quando a Terra se tornou um depósito de sucata - de robôs e peças que não funcionam mais - enquanto as pessoas ricas moram numa pequena ilha que flutua acima do planeta.

O pequeno Toby é filho de um cientista escrupuloso e talentoso, o dr. Tenma. Um dia, o garoto morre acidentalmente num dos experimentos de seu pai - a figura materna nunca é mencionada. À lá dr. Frankenstein, o cientista constroi um pequeno robô com a mesma aparência de seu filho. Para que o menino ganhe vida, ele coloca dentro da pequena criatura um material conhecido como núcleo azul.

O robô é fisicamente idêntico a Toby, mas sua personalidade é um tanto diferente. Assim, o dr. Tenma resolve abandoná-lo para viver uma jornada sozinho, em busca da sua humanização - algo bem parecido com a história de Pinóquio.

A fábula italiana, no entanto, não é a única referência aqui. Bowers se inspira em sucessos recentes, como Wall-E e Robôs, para ter certeza de que irá se comunicar bem com as crianças de hoje, que cresceram assistindo a filmes da Pixar.



Em suas aventuras, Astro Boy vem para a Terra devastada, onde robôs e humanos não vivem em harmonia. Um grupo das máquinas prega a Robolução - uma espécie de revolução comunista liderada por robôs. Nem tudo é o que parece ser. Alguns humanos podem ser amigos, outros, nem tanto.

Voltado para crianças pequenas, Astro Boy aposta numa história bastante movimentada e numa animação bem colorida. Sua narrativa, um tanto simples, apesar dos temas complexos que tenta abordar, não deve agradar muito aos adultos que cresceram vendo as aventuras do personagem.





HOLLYWOOD

"Avatar" supera "Titanic" no ranking dos filmes mais vistos de todos os tempos

A ficção científica do diretor James Cameron substituiu seu drama marítimo como o maior lançamento no cinema internacional de todos os tempos no final de semana e assumiu o mesmo posto globalmente, incluindo também o valor arrecadado nas bilheterias dos cinemas na América do Norte. O total para o filme de James Cameron subiu para 1,841 bilhão de dólares, pouco abaixo do 1,843 bilhão amealhado pelo outro sucesso do diretor, "Titanic", entre 1997 e 1998, informou neste domingo a distribuidora 20th Century Fox. "Avatar" já atingiu o maior total de vendas internacionais da história, somando 1,288 bilhão de dólares, superando o 1,242 bilhão de "Titanic".
Na América do Norte pode ser necessário esperar duas semanas para deixar para trás os 601 milhões de dólares de "Titanic", disse o estúdio de propriedade da News Corp. Os cinéfilos norte-americanos e canadenses já gastaram 552,8 milhões de dólares para assistir a "Avatar", o bastante para substituir "Batman, O cavaleiro das Trevas" (533 milhões de dólares) como segundo maior filme de todos os tempos nos Estados Unidos e no Canadá. Os dados não são ajustados pela inflação. Além disso, as vendas de bilheteria de "Avatar" ganharam impulso pelo valor mais caro das entradas para salas de exibição do filme em modo 3-D. O maior filme de todos os tempos nos EUA --ajustado pela inflação-- é "E o Vento Levou", de 1939, com vendas de quase 1,5 bilhão de dólares, de acordo com a empresa Box Office Mojo. "Avatar" ainda está em um distante 26o lugar nessa medida.







Confira todos os vencedores da 67ª edição do Globo de Ouro


Meryl Streep levou o sétimo Globo de Ouro de sua carreira por 'Julie & Julia'
'Avatar' é o filme do ano

O milionário longa Avatar foi o grande vencedor do Globo de Ouro 2010, sendo premiado nas categorias de melhor filme e diretor, as mais importantes da noite.

O filme Up-Altas Aventuras também foi destaque na noite, faturando o prêmio nas categorias de melhor animação e trilha sonora.

Confira abaixo a lista completa com todos os vencedores do Globo de Ouro 2010.

Melhor atriz coadjuvante
Mo´Nique, por Preciosa

Melhor atriz em série de TV (comédia ou musical)
Toni Colette, por United States of Tara

Melhor ator coadjuvante em série de TV
John Lithgow, por Dexter

Melhor animação
Up - Altas Aventuras

Melhor ator em série de TV (drama)
Michael C. Hall, por Dexter

Melhor atriz em série de TV (drama)
Julianna Margulies, por The Good Wife

Melhor canção original
The Weary Kind, de T-Bone Burnett e Ryan Bingham, do filme Crazy Heart

Melhor trilha sonora
Up - Altas Aventuras, de Michael Giacchino

Melhor minissérie ou filme feito para TV
Grey Gardens

Melhor atriz de comédia ou musical
Meryl Streep, por Julie & Julia

Melhor ator em minissérie ou filme para TV
Kevin Bacon, por Taking Chance

Melhor atriz em minissérie ou filme para TV
Drew Barrymore, por Grey Gardens

Melhor Roteiro
Jason Reitman e Sheldon Turner, por Amor sem Escalas

Melhor ator em série de TV comédia ou musical
Alec Baldwin, por 30 Rock

Melhor filme estrangeiro
A Fita Branca (Alemanha)

Melhor série de TV drama
Mad Men

Melhor atriz coadjuvante em série de TV, minissérie ou telefilme
Chlöe Sevigny, por Big Love

Melhor ator coadjuvante em filme
Christoph Waltz, por Bastardos Inglórios

Homenagem do ano
Martin Scorsese, pelo conjunto da carreira

Melhor diretor de cinema
James Cameron, por Avatar

Melhor série de Tv de comédia ou musical
Glee

Melhor filme de comédia ou musical
Se Beber Não Case

Melhor atriz de drama
Sandra Bullock, por O Lado Cego

Melhor ator de comédia ou musical
Robert Downey Jr., por Sherlock Holmes

Melhor ator de drama
Jeff Bridges, por Crazy Heart

Melhor filme de drama
Avatar, de James Cameron






Star Wars em 3D?

Depois de ver Avatar ganhar o Globo de Ouro de melhor filme, George Lucas parece ter finalmente se convencido do futuro do cinema em três dimensões. O produtor contou ao site Access Hollywood que o sucesso do projeto de James Cameron o motivou a transformar a série Star Wars em 3D.
“Eu nunca fui um grande fã de 3D, mas esse filme definitivamente revolucionou esse campo”, afirmou o diretor. “Tentamos por anos e anos e anos colocar Star Wars nesse formato. Mas a tecnologia para isso não existia. Lutamos muito para conseguir isso, e acho que isso [o prêmio para Avatar] vai nos dar um novo ímpeto”, finalizou.






“Homem Aranha 4” é adiado e terá novo ator e diretor


Quarto filme da série não terá Tobey Maguire e Sam Raimi


O quarto filme do "Homem-Aranha" foi adiado para 2012 e não terá o ator Tobey Maguire ou o diretor Sam Raimi, confirmaram seus produtores nesta segunda-feira. A Columbia Pictures e o Marvel Studios anunciaram que já estão trabalhando nesta produção, com roteiro de James Vanderbilt. A princípio, "Homem-Aranha 4" seria lançado em 2011, com outro roteiro e sob a direção de Raimi, encarregado dos dois últimos filmes da saga, que já arrecadou cerca de 2,5 bilhões de dólares.
"Há uma década iniciamos um caminho com Sam Raimi e Tobey Maguire e juntos fizemos três filmes do 'Homem-Aranha', que marcaram o gênero", disse Amy Pascal, vice-presidente do grupo Sony Pictures Entertainment. "Quando começamos ninguém imaginava que poderíamos fazer história nas bilheterias, e agora temos a incomum oportunidade de fazer história mais uma vez", acrescentou Pascal, sem citar os motivos para a saída de Maguire e Raimi.
A executiva se limitou a explicar que a Sony Pictures está feliz em poder explorar novas "possibilidades criativas com à volta de Peter (Parker) a suas raízes (...)". Raimi destacou em comunicado que trabalhar em 'Homem-Aranha' "foi uma experiência de vida para mim". "Enquanto caminhamos para realizar um quarto filme, o estúdio e a Marvel têm a oportunidade única de levar a história para uma nova direção, e sei que vão fazer um trabalho incrível", destacou o cineasta.
O presidente da Columbia Pictures, Matt Tolmach, estimou que "este é um momento agridoce porque é duro imaginar 'Homem-Aranha' em outras mãos, mas foi inevitável".








UMA NOVA TEIA PARA O HOMEM-ARANHA

Marc Webb é o escolhido para dirigir o novo filme da aclamada franquia.
- Homem-Aranha chega aos cinemas no verão americano de 2012 - CULVER CITY, Califórnia, Janeiro, 2010 – A Columbia Pictures e a Marvel Studios anunciaram conjuntamente que Marc Webb, diretor de (500) Dias com Ela, filme indicado ao Globo de Ouro como melhor filme, vai dirigir o próximo capítulo da franquia Homem-Aranha, que chegará aos cinemas no verão americano de 2012.

Escrito por James Vanderbilt, Webb vai trabalhar juntamente com os produtores Avi Arad e Laura Ziskin no desenvolvimento do projeto, que começará a ser produzido ainda no final deste ano.

Comentando o anúncio, Amy Pascal, co-presidente da Sony Pictures Entertainment, e Matt Tolmach, presidente da Columbia Pictures, disseram: "Na sua essência, Homem-Aranha é uma pequena e íntima história humana sobre um adolescente comum que se encontra em um épico mundo super-humano. A chave para nós, enquanto buscamos um novo diretor foi identificar os cineastas que poderiam dar um foco nítido para a vida de Peter Parker. Nós queríamos alguém que pudesse captar o temor de estar no lugar de Peter, alguém que fizesse com que o público pudesse experimentar seu sentimento de descoberta enquanto lida verdadeiramente com a emoção, ansiedade e negligência desta idade. Somado a isso, toda a adrenalina de uma aventura do Homem-Aranha. Acreditamos que Marc Webb é a escolha perfeita para nos conduzir por essa jornada.”

Arad e Ziskin complementam: “Ao longo dos anos, as historias em quadrinhos do Homem-Aranha contaram com ousados e criativos novos artistas e escritores que re-calibraram o modo como o público via Peter Parker. Marc Webb vai fazer com a nova direção do filme o que muitos destes visionários contadores de historias fizeram com os gibis. Ele é um diretor inacreditavelmente talentoso e estamos ansiosos para trabalharmos junto com ele nesta nova aventura.”

Webb diz: “Este é um sonho que se torna realidade e eu não poderia estar mais ciente do desafio, responsabilidade ou oportunidade. A virtuosa visão de Sam Raimi sobre Homem-Aranha é um precedente para tomar como base e poder construir sobre ele. Os três primeiros filmes são amados por uma boa razão. Mas eu acredito que a mitologia de Homem-Aranha transcende não apenas gerações, mas diretores também. Estou aceitando o desafio não para assumir o papel de Sam. Isso seria impossível, sem mencionar arrogante. Estou aqui porque há uma oportunidade para ideias, historias e contos que agregarão uma nova dimensão e voz criativa para o Homem-Aranha”.

Stan Lee, co-criador de Homem-Aranha, complementa: “Estou animado que a Sony Pictures tenha escolhido um diretor com real propensão e entendimento do personagem. Esta é uma corajosa e arrojada direção para a franquia, e eu mal posso esperar para ver o que Marc fará em seguida.”

O presidente da Marvel Studios adiciona: “A idéia de re-imaginar nas telas a historia de um dos mais icônicos super-herois do mundo é garantia de uma emocionante nova dimensão para os fãs de Homem-Aranha de todo o mundo. Há inúmeros volumes de quadrinhos e material disponível para inspirar uma nova e atraente visão cheia de sentimento sobre a jornada de Peter Parker como o Aranha e estamos ansiosos para ver isto ganhando vida nas telas”.

MARC WEBB tem sido aclamado por seu filme de estreia (500) Dias com Ela. Ele já ganhou vários prêmios MTV incluindo o de Melhor Diretor pelo clip de “21 Guns” da banda Green Day em 2009; Melhor Vídeo de Rock pelo clip de “Miss Murder” do grupo AFI em 2006; e Melhor Clip de Banda pelo clip “Move Along” do conjunto The All-American Rejects’. A Music Video Production Association o homenageou em 2006 como Diretor do Ano por seu trabalho com bandas como Weezer, AAR e My Chemical Romance.

Somadas as duas indicações ao Globo de Ouro, incluindo Melhor Filme (musical ou comédia), seu filme de estréia, (500) Dias com Ela, estrelando Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel, foi indicado a três Indepedent Spirit Awards, incluindo Melhor Filme. Webb também recebeu o prêmio Spotlight que homenageia excelentes estreias na direção, pelo National Board of Review.






'Gremlins 3' deve chegar aos cinemas em 3D

Depois da notícia de que a franquia Ghostbusters vai ser retomada, outro filme de sucesso que mistura terror com comédia deve voltar: é Gremlins, clássico dos anos 1980.

Os boatos de que o longa das criaturinhas verdes aterrorizantes teria um remake são velhos. Agora, o site Market Saw afirma que o novo longa será uma sequência e, como era de se esperar, em 3D estereoscópico (tais como Coraline e Up - Altas Aventuras.

O filme original, que contava a história de um bichinho fofo e raro que não podia ser molhado ou comer depois da meia-noite, foi dirigido por Joe Dante e teve produção executiva de Steven Spielberg. Será que o time antigo vai voltar a se reunir?








Tom Hanks e Julia Roberts voltam a contracenar em comédia

Duas das maiores estrelas de Hollywood, Tom Hanks e Julia Roberts, voltarão a contracenar na comédia "Larry Crowne", três anos após protagonizarem "Jogos do Poder", de Mike Nichols.

Hanks, que venceu o Oscar de melhor ator por "Philadelphia" (1993) e "Forrest Gump" (1994), será também o diretor e roteirista do filme, que conta a história de um homem de meia-idade que se vê obrigado a buscar uma nova carreira profissional.

O ator e diretor Tom Hanks voltará a contracenar com Julia Roberts na comédia "Larry Crowne"

Esse será o segundo trabalho de Hanks como diretor, após "The Wonders - O Sonho Não Acabou" (1996), no qual fez um papel secundário.

"Jogos do Poder" teve cinco indicações ao Globo de Ouro, entre elas as de melhor ator e melhor atriz para Hanks e Roberts, e foi nomeado para concorrer a um dos prêmios da Academia --o de melhor ator coadjuvante, com Philip Seymour Hoffman.





"A violência é a melhor forma de se conectar com o público", diz Tarantino

O diretor e roteirista Quentin Tarantino afirmou que a violência é "a melhor forma" de se conectar com o público ao fazer cinema.

"A violência é genial, você sabe que está vendo um filme porque há violência e isso afeta o público de uma forma tremenda. Cinema é sinônimo de violência", comentou Tarantino em palestra feita segunda-feira na sede da Academia Britânica de Cinema e Televisão, em Londres.

Quentin Tarantino cercado por atores e produtor de "Bastardos Inglórios", em evento no ano passado

Em declarações publicadas pelo jornal "Evening Standard", o cineasta lembrou que, quando dirige, sente que está conduzindo os sentimentos dos espectadores porque pode decidir tanto a hora de eles rirem ou sentirem medo.

Para ele, é necessário que haja sangue na tela. "Quando alguém leva um tiro no estômago, sangra como um porco. É isso que quero ver, não uma mancha vermelha", ressaltou.

O diretor de filmes como "Pulp Fiction - Tempos de Violência", "Bastardos Inglórios" e "Kill Bill" criticou os cursos de cinema dos estúdios cinematográficos e encorajou os jovens a pegar uma câmera e sair filmando, pois foi assim que ele aprendeu. "Além disso, é muito barato", brincou.

Tarantino explicou ainda que um dos motivos que o levaram a ter John Travolta como protagonista de "Pulp Fiction", filme lançado em 1994 e que significou o relançamento de sua carreira, foi um artigo de sua crítica de cinema favorita, Pauline Kael, que defendia a volta do ator.






Copa e limitação do circuito 3D desafiam cinema em 2010

Gritos de gol, entre donos de cinema, nem sempre são comemorados. Quando se tem a seleção brasileira em campo, a festa em frente à TV costuma significar, também, menos ingressos vendidos. "Em junho e julho, não lançaremos nenhum filme", diz o presidente da Warner no Brasil, José Carlos Oliveira. O branco no calendário da Warner começa e termina com a Copa do Mundo, que vai de 11 de junho a 11 de julho.

"Começamos a discutir isso com a matriz há dois anos", diz o executivo. Mas, de olho nas mulheres que dão de ombros para os jogos, a empresa decidiu lançar "Sex and the City 2" na última semana de maio.

A diretora-presidente da Fox, Patrícia Kamitsuji, também teve de desfiar, para os norte-americanos, seu rosário de justificativas para mudar algumas datas de estreia. "A gente explica pra eles que a Copa são 30 dias de Super Bowl", diz, referindo-se à final da liga de futebol americano. "Knight and Day", comédia de ação protagonizada pelos atores Tom Cruise e Cameron Diaz, por exemplo, estreia em 2 de julho nos EUA, mas foi transferido, no Brasil, para o dia 16.

"Todo mundo se rende aos números. Hoje, os Estados Unidos respondem por apenas 35% do faturamento de um filme. O resto vem dos outros territórios", diz Oliveira. Ou seja, os estúdios, hoje, topam mudar a data em nome do desempenho do filme na América Latina ou na Europa.

Mas os filmes também dão lá os seus dribles. "Em 1994, lançamos 'O Rei Leão' e 'Quatro Casamentos e um Funeral' na Copa, e os dois foram muito bem porque ficaram sozinhos", lembra Rodrigo Saturnino Braga, diretor-geral da Columbia. "Claro que não lançamos um filme de ação nessa época, mas uma comédia romântica pode ser ideal." A companhia colocará em cartaz, em 25 de junho, "Toy Story 3". Mas, desta vez, o filme distribuído pela Disney não correrá sozinho pela tela.

"Shrek para Sempre" estreia em 9 de julho. "Por que não lançar um filme infantil durante a Copa? Criança não vê jogo", aposta Jorge Peregrino, vice-presidente da Paramount. "É o último final de semana. Se o Brasil estiver na final, faço pré-estreias em horários diferentes das partidas", calcula.

Boca de urna

Saído da Copa, o mercado terá de enfrentar, ainda, as eleições. Apesar de o voto não concorrer com os filmes, o custo da publicidade, nesse período, tende a aumentar. "A mídia fica mais cara. Mas, ao contrário de julho, esse é um período em que, normalmente, há menos filmes sendo lançados. Então, não nos preocupa", diz Oliveira. "A única coisa que temos que fazer é planejar a campanha de TV com mais antecedência", concorda Braga.

Saído de um ótimo ano, com cerca de 110 milhões de ingressos vendidos e R$ 1 bilhão arrecadados, o mercado de cinema brasileiro tem como principal meta, em 2010, não dar passos para trás. "Podemos repetir o crescimento de 10%", diz Peregrino. "Acho difícil cair. Se cair, é pelo efeito Copa."

Congestionamento

Além de futebol, outra pedra no caminho dos grandes estúdios é a limitação do circuito 3D. Estão apontadas 16 estreias no formato. São mais filmes do que meses. E, se no caso dos filmes tradicionais, isso se resolve com a ocupação de várias salas ao mesmo tempo --às custas da expulsão dos independentes do circuito--, no caso do 3D não há solução.

Apenas dois complexos, o Eldorado, em São Paulo, e o Pier 21, em Brasília, têm dois projetores 3D. Nos outros cem cinemas, há apenas uma sala adaptada ao formato. Ou seja, para entrar um filme, outro tem de ceder seu lugar na fila.

"O potencial do 3D não vai se cumprir porque os filmes terão que sair de cartaz, mesmo que estejam indo bem", diz Kamitsuji, da Fox, que lançou, em 2009, "A Era do Gelo 3" e "Avatar". "Vai começar um congestionamento", antevê Oliveira.

"O risco é haver uma canibalização, ou seja, que o 3D atrapalhe as salas tradicionais. Talvez tenha gente que prefira esperar esvaziar a sala em 3D do que ver em 2D", avalia Peregrino. "Avatar" é um indicativo disso. O 3D responde por 40% da bilheteria do filme.







CINEMA CEARÁ

Ceará, terra da ficção científica

Conheça os filmes cearenses “Área Q”, sobre ETs, e o futurista “Centopeia”

>Estreia próxima sexta. Produtores dizem que gastaram R$ 300 em “Centopéia”

Duas produções cearenses estarão nas telas de cinema em breve falando sobre mudanças climáticas no futuro e ETs no interior do Ceará. “Area Q” foi filmado em Quixadá e Quixeramobim, no interior do Ceará , Fortaleza e Los Angeles. Após cinco anos de produção, “Centopeia” O longa é uma parceria entra as co-produtoras cearenses ATC Entretenimentos e Estação Luz Filmes com a Reef Pictures, de Hollywood.
“Area Q” será centrado nos eventos extra-terrestres em cidades do Ceará, que são consideradas centros de atração de visitas alienígenas e terá estrelas da Globo e ator americanod do seriado Grey’s Anatomy. Os testes de elenco ocorreram em Fortaleza, e os atores agradaram o diretor Gerson Sanginitto ('Cadáveres 2'). Uma das atrizes cearenses que está no elenco do filme é Ana Karenina. O início das filmagens acont eceu em setembro, e agora “Area Q” está em fase de pré-produção. O cearense Halder Gomes é o produtor executivo do longa, que deverá ser lançado no primeiro semestre de 2010. O longa é uma parceria entra as co-produtoras cearenses ATC Entretenimentos e Estação Luz Filmes com a Reef Pictures, de Hollywood.

Após cinco anos de produção, o primeiro longa-metragem de ficção-científica feito no Ceará terá lançamento comercial na próxima sexta, 15 de janeiro, no Centro Cultural SESC Luiz Severiano Ribeiro, o Cine São Luiz. Gravado em digital, sem recursos de lei de incentivo, edital ou patrocínio, “Centopeia” foi possível através de parcerias e da colaboração de diversos técnicos. Mesmo com recursos limitados, o resultado é uma produção de qualidade, com elaborados efeitos visuais. O filme é uma realização da produtora Vide Cine e suas gravações foram realizadas em Quixeramobim e Fortaleza. Os produtores de “Centopeia”, Daniel Abreu e Camile Queiroz, calculam que foram gastos aproximadamente R$ 300,00 no filme, principalmente por conta das gravações em Quixeramobim, que exigiram recursos para combustível e alimentação da equipe. No entanto, a falta de um maior aporte financeiro para a realização da obra foi intencional. O diretor, Daniel Abreu, queria ter liberdade de experimentação, sem as amarras de cronograma e orçamento pré-determinados que um patrocínio pudesse gerar. Dessa forma, foi possível uma série de alterações em relação ao projeto inicial, que inclusive nasceu como um curta-metragem e acabou virando um longa.

>“Area Q” foi filmado em Quixeramobim e EUA. Tânia Khalil e Murilo Rosa no elenco

Os quatro anos de produção também serviram para o aperfeiçoamento dos efeitos visuais criados pelo diretor, presentes ao longo de todo o filme. A riqueza das imagens pode ser constatada no trailer, disponível no Blog Divirta-CE (www.divirta-ce.blogspot.com). Os efeitos especiais, no entanto, não dependem exclusivamente da manipulação de imagens no computador. A criatividade e a capacidade de improviso da equipe estão presentes também na maquiagem, no figurino e nos objetos de cena. Tudo isso com o objetivo de criar um ambiente futurista da forma mais convincente possível.










"Centopeia", um filme de arte

Ficção-científica como pano de fundo para um drama filosófico-existencial

Preocupados com comparações que a temática do filme “Centopeia” possa causar, os produtores ressaltam que o filme não segue os moldes do cinema norte-americano. Ao contrário, o longa cearense possui uma estrutura narrativa própria, bem diversa do padrão hollywoodiano. Como exemplo, eles revelam alguns detalhes, como a utilização de planos longos, poucos diálogos e a importância fundamental do posicionamento da câmera, que sugere a distância que o protagonista mantêm entre ele e as outras pessoas.

Todos esses aspectos foram devidamente planejados e se articulam entre si. O filme, na verdade, usa a ficção-científica como pano de fundo para um drama filosófico-existencial. Ele sugere que o meio-ambiente no futuro está seriamente modificado por questões climáticas.

O filme acompanha a trajetória do fazendeiro Joel em sua tentativa de sobrevivência e seu processo de humanização.

“Centopeia” acontece no ano de 2056 e é é recheado de simbologias e referências bíblicas. Nessa época, o Brasil desenvolveu seu programa espacial e envia uma equipe a Marte, comandada por uma astronauta (personagem da atriz Jeanne Feijão). A nave, no entanto, sofre uma pane e perde comunicação com a Terra, que ignora o destino da tripulação.

Paralelamente, descobre-se que um objeto não-identificado está em rota de colisão com a Terra e que seu impacto irá provocar a morte de quase toda a vida no planeta. A trama é narrada pelo ponto de vista de um fazendeiro (interpretado por Camilo Vidal) no interior do Ceará que luta para sobreviver, se deparando com um espiral de situações que subvertem a realidade conhecida.

"Centopeia” estreia na próxima sexta no Cine São Luiz, na Praça do Ferreira, em Fortaleza.





TV DIVIRTA-CE


Confira trailer do filme "Centopeia", estreia de sexta no Cine São Luiz



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Jornalistas investigam ETs no suspense "Area Q"


Ator do seriado “Grey’s Anatomy” faz filme cearense.

>Isaiah Washington no carro do Ronda


“Area Q“ é sobre um grande repórter, Thomas Matthews (Isaiah Washington), de uma revista conceituada dos Estados Unidos, que atravessa problemas pessoais.

Em um certo momento, seu chefe o obriga a sumir e relaxar. Por sorte, aparece uma história no Ceará – o fim do mundo para eles – de uma onda de aparições de Objetos Voadores Não-Identificados, abduções e curas milagrosas.

Ele vem para o Brasil entender se não é uma paranóia coletiva. Seu ceticismo entra em contato com esse lugar e a vida dele muda de forma inesperada.

O personagem de Tânia Khalil é Valquíria, uma repórter disfarçada que representa interesses de superpotências em transformar evidências de seres do outro mundo em notícia de tabloide, ridicularizar qualquer possível prova.

Murilo Rosa vai interpretar o agricultor João Batista, um personagem presente em três épocas e que foi abduzido. O diretor será Gerson Sanginitto, com quem o produtor executivo cearense Halder Gomes trabalhou em “Cadáveres 2”. As filmagens aconteceram ano passado, em outubro no Ceará, e novembro em Los Angeles, Estados Unidos, e agora

“Area Q” está em fase de pós produção, com colocação de efeitos especiais e montagem. O filme deverá estrear ainda no primeiro semestre de 2010.






CINEMA NACIONAL

AVENTURA DOMINA O LONGA INFANTO-JUVENIL “EU E MEU GUARDA-CHUVA”

Nova produção da Conspiração Filmes, em parceria com a Moonshot Pictures e Fox Film, estreia em 12 de março


O clima de aventura paira no ar. As novas imagens de “Eu e meu guarda-chuva” mostram um pouco dos desafios e pessoas estranhas que Eugênio, Frida e Cebola irão encontrar na jornada que começa na visita à nova escola um dia antes das aulas começarem.

Dirigido por Toni Vanzolini, coincidentemente, o filme estreará no início do ano letivo, em 12 de março, trazendo à garotada a oportunidade de embarcar no fantástico mundo da fantasia e imaginação.

Baseado no livro homônimo do titã Branco Mello, Hugo Possolo e Ciro Pessoa, “Eu e meu Guarda-Chuva” tem roteiro de Adriana Falcão, Marcelo Gonçalves e Bernardo Guilherme.

Além de Daniel Dantas, o elenco é composto por Paola Oliveira, Leandro Hassum, Arnaldo Antunes, Camilla Amado e pelos jovens atores Lucas Cotrim, Rafaela Victor e Victor Froiman.


Sinopse

Na última noite de férias, três amigos – Eugênio, sempre munido do guarda-chuva herdado do avô, Frida e Cebola – embarcam em uma aventura mágica ao visitar sua nova escola.

Um barão, que deveria permanecer em um antigo quadro da parede, ganha vida e comprova sua fama de “terror dos alunos”. Salas e corredores viram o palco de uma fuga repleta de ação que leva a viagens a lugares desconhecidos e ao encontro com personagens inusitados e divertidos.







Documentário sobre o professor do baião

Filme “O Homem Que Engarrafava Nuvens”, de Denise Dumont e Lírio Ferreira é uma homenagem a Humberto Teixeira

Não só de Bossa Nova vive a Música Popular Brasileira, e mesmo antes dela, uns caras lá do Sertão fizeram história no Brasil com um ritmo chamado Baião. Todos conhecem Luiz Gonzaga e a eterna Asa Branca, mas sabem de quem é esta canção que simboliza as Aventuras dos Nordestinos no Sul? Não? E os fãs de Mutantes, obviamente, devem conhecer a música “Adeus Maria Fulô”, sabe de quem é? Sabe? Sabe?

Humberto Teixeira, o “Doutor do Baião”, compositor, advogado, deputado federal e criador das leis de direitos autorais no Brasil ele foi tudo isso mesmo, criou Asa Branca, entre tantas outras belíssima composições. Tá, mas e o que é o Homem Que Engarrafava Nuvens? No dia 15 de Janeiro de 2010, o Doutor do Baião será homenageado no longa-metragem de Lírio Ferreira, com produção de Denise Dummont, filha de Humberto Teixeira.

O filme conta com a participação de grandes artistas da Música Popular Brasileira, entre eles, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Bebel Gilberto, Fagner, Zeca Pagodinho, Caetano Veloso. Luiz Gonzaga (In memoriam), Lenine, Maria Bethania, Cordel de Fogo Encantado, Chico Buarque ele mesmo meldels, Sivuca (In memoriam), Carmélia Alvez e Rita Ribeiro.
Um dos pontos interessantes no lançamento deste filme é a estratégia utilizada, foram organizados shows com os artistas que irão participar do longa, como Lenine. É isto, com fotografia de Walter Carvalho, direção musical de Guto Graça Mello e videografismos de Gringo Cardia e Fabio Arruda, estou ansioso para ver o resultado final deste belíssimo trabalho. Com relação aos shows e outras informações, todos podem acompanhar informações no Blog Oficial do Filme, além do Twitter, Facebook, Youtube e Orkut. O filme O Homem que Engarrafava Nuvens estreia dia 15 de janeiro.

Clique e confira horarios de exibição do filme "O Homem que engarrafava nuvens" na seção PROGRAMAÇÃO DE CINEMA






Conheça bastidores de "Meu País"


Filme com Cauã Reymond, Rodrigo Santoro e Débora Falabella


Era o elenco de sonho do diretor André Ristum. Para sua estreia no longa, o diretor de curtas como De Glauber para Jirges e O Homem Voa? escreveu, não propriamente uma história autobiográfica, mas algo com fortes elementos de sua experiência pessoal. Tendo acompanhado o pai - Jirges Ristum - em seu exílio na Itália, durante os anos de chumbo da ditadura, André trouxe esses elementos "italianos" para Meu País. O filme é sobre o encontro de dois irmãos. O patriarca está morrendo e um filho volta da Itália para se juntar ao outro, que permaneceu no Brasil com o "velho".

Ristum queria Cauã Reymond no papel do irmão mais jovem. A aproximação foi rápida, o ator topou. Astro de novelas da Globo, Cauã vem desenvolvendo talvez a carreira mais interessante entre os atores de sua geração. No cinema, ele tem dado preferência para os filmes autorais, de diretores como José Eduardo Belmonte, Carlos Reichenbach e, agora, André Ristum. Em Meu País, ele faz seu primeiro personagem paulistano quatrocentão, logicamente rico. "Queria conhecer esse universo, até porque na minha próxima novela das 8, de Sílvio de Abreu, vou fazer outro personagem com o mesmo perfil." Como é fazer um ricaço? "Ah, é gostoso. É tudo tão diferente de mim...", ele conversa no set.

Seu irmão na ficção é Rodrigo Santoro, fechando o tal elenco de sonho de André Ristum. Ele já tinha Cauã Reymond, a filmagem se aproximava. O produtor Caio Gullane tinha um encontro com Santoro para tratar de outro assunto. "Leva o roteiro", pediu Ristum. Santoro é hoje o mais internacional dos atores brasileiros. Muita gente se intimida por isso. Acha que ele é caro. "Eu? Sou do tipo que paga para trabalhar", brinca Santoro. Seja como for, Gullane lhe mostrou o roteiro. Santoro havia terminado, na Argentina, seu longa com Roland Joffé, There Be Dragons. A ideia era descansar, mas aí ele leu Meu País e ficou tentado. Gostou do personagem, do projeto como um todo. Santoro é do tipo que não se esquece. Ele até hoje tem uma relação de gratidão com a Gullane Filmes, que produziu (com a Buriti) O Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky, que foi o grande salto de sua carreira.

A cena da filmagem de Meu País a que a imprensa teve acesso, no set em Helvetia - leia o texto seguinte, nesta página -, é tensa. Cauã Reymond tem uma dívida de jogo. O homem a quem ele deve aparece com um capanga, para intimidá-lo. André Ristum repete três ou quatro vezes. O capanga aplica uma chave em Cauã, dá-lhe um tapa na cabeça. "Em posição, mais forte!", grita a assistente de direção. Cauã apanhou tudo que tinha direito - mais do que merecia? - nesse dia nublado (já chovera um pouco antes). Numa cena imediatamente anterior - mas que, na cronologia do filme, vai se situar depois -, Santoro veio em socorro do irmão e se comprometeu a quitar a dívida. Há uma troca de olhares entre ambos. Cauã faz com os lábios o sinal de um silencioso agradecimento. Da cena participa Débora Falabella, como a irmã "louquinha", que tem uma deficiência intelectual. Ela se abraça a Rodrigo. Uma cena forte, feita de silêncios, de coisas não ditas. Meu País promete.


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