segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

CINEMA DE ARTE, MOSTRAS, FESTIVAIS

Cine Gastrô

Cineclube para quem tem o olho maior que a barriga

Mostra Macarroni à Feijoada


Já imaginou um cineclube que combinasse os filmes com a gastronomia das películas? Pois muito bem, esse espaço agora existe!

Nessa primeira edição você terá a chance de saborear quatro exemplares de faroestes, ao sabor da gastronomia típica dos filmes que serão exibidos.

Haverá ainda conversas de cinema sobre a mostra desta edição, distribuição de fanzines, exposição de artistas plásticos e venda de pratinhos típicos.

O cineclube é um espaço democrático, e como todo cineclube, as exibições são gratuitas!

Venha matar sua fome por cultura nesse mais novo cineclube da cidade.

Toda quinta-feira, às 19h, no Artivismo em Rede.



Trailer da mostra



SERVIÇO

Cine Gastrô – Cineclube para quem tem o olho maior que a barriga!

Toda quinta-feira, às 19h, no Artivismo em Rede.

Endereço: Rua da Alerta, 47. Benfica. Entre Domingos Olímpio, Teresa Cristina e Padre Mororó. Próximo ao Shopping Benfica.

Informações: artivismoemrede@ gmail.com | artivismoemrede. ning.com

Observação: Chegar com uma hora de antecedência para garantir sua vaga.

VENDA DE PRATINHOS TÍPICOS AO PREÇO DE R$ 2,00.

AS EXIBIÇÕES SÃO GRATUITAS



PROGRAMAÇÃO

Edição Macarroni à Feijoada

04/02 - O Dia da Desforra (Itália/Espanha, 1966). D: Sergio Sollima

Jonathan Corbett, ex-homem da lei persegue Cuchillo, um andarilho mexicano, acusado de estuprar e matar uma menina. Durante a perseguição, caçador e presa descobrem que há muito mais coisa por trás dos motivos da caçada e que os interesses dos poderosos estão acima da justiça e da lei. Censura 16 anos.


11/02 - Butch Cassidy (EUA, 1969). D: George Roy Hill

Butch Cassidy e Sundance Kid são dois amigos inseparáveis que lideram o Bando do Buraco na Parede, uma das mais procuradas quadrilhas do Velho Oeste. Cansados Quando são caçados por todo o país resolvem ir para a Bolívia e juntamente com Etta, a namorada de Sundance, rumam para a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou uma vida mais tranqüila. Censura 14 anos.



18/02 - El Topo (México, 1971). D. Alejandro Jodorowsky

Cavaleiro místico viaja pelo deserto em busca de honrar vítimas de um vilarejo inteiramente massacrado. Destemido, envolve-se em conflitos sanguinolentos e enfrenta mestres em duelos no deserto. Controverso, perturbador e visceral, este faroeste psicodélico inaugurou as ‘sessões da meia-noite’ no circuito alternativo de Nova Iorque, tornando-se um filme extremamente cultuado. Em seu universo de sadismo, predominam a cultura mexicana, o fanatismo religioso e o culto às armas. Censura 18 anos.



25/02 - Um Pistoleiro Chamado Papaco. (BRA, 1986) D: Mário Vaz Filho

Pistoleiro bissexual trajado vaga pelo interior de São Paulo com um caixão que contém uma valiosa e cobiçada mercadoria. No meio do caminho, conhece uma senhora ninfomaníaca em situação adversa e leva-a consigo até a cidade de Santa Cruz das Almas, onde, entre uma ida e outra ao bordel, duela com foras-da-lei, entre eles um xerife mexicano gay e um pistoleiro anão, que querem a qualquer custo sua mercadoria. Carregado de tiradas debochadas aos faroestes americanos, o filme é uma bem sucedida incursão da Boca do Lixo no sub-gênero porn-western que traz como astro principal o velhinho do programa Topa Tudo Por Dinheiro, do SBT. Censura 18 anos.




1. AS EXIBIÇÕES SÃO GRATUITAS, ASSIM COMO TODA A PROGRAMAÇÃO.

2. NÃO HÁ COBRANÇAS DE INGRESSOS

3. É PROIBIDA A ENTRADA COM BEBIDAS ALCÓOLICAS

4. A COMIDA NÃO É GRATUITA!!! VENDA DE PRATINHOS TÍPICOS AO PREÇO DE R$ 2,00 QUE SERÁ REVERTIDA PARA A MANUTENÇÃO DO CINECLUBE, MAS SÓ COMPRA QUEM QUISER.








Cineasta francês Alain Resnais mistura gêneros e surpreende em "Ervas Daninhas"

Nunca se sabe que surpresas reserva um novo filme de Alain Resnais ("Medos Privados em Lugares Públicos"). Aos 87 anos, ele se mostra capaz de desconcertar saudavelmente os espectadores ao trazer para a tela "Ervas Daninhas", estreia da semana no Espaço Unibanco Dragão do Mar (próxima sexta). O filme entra em cartaz em cópia 35 mm apenas em São Paulo. O enredo adapta o romance "L'Incident", de Christian Gailly, mas Resnais transforma a história com estilo muito pessoal, seguindo um roteiro de Alex Reval.
No Festival de Cannes 2009, onde "Ervas Daninhas" concorreu à Palma de Ouro - a quarta vez na carreira de Resnais -, o júri presidido pela atriz Isabelle Huppert decidiu criar um troféu sob medida para ele: Prêmio Especial pelo conjunto da obra e excepcional contribuição à história do cinema. Nome longo, mas bem adequado para o diretor de obras-primas como "Hiroshima Meu Amor" (1959), "Ano Passado em Marienbad" (1961) e "Providence"(1971).

É difícil até definir o gênero de "Ervas Daninhas". Trata-se ao mesmo tempo de um drama, uma fantasia, uma comédia de tons negros e absurdos. Os personagens surpreendem os espectadores com suas reações, mantendo sua curiosidade sobre o que farão em seguida.

Há um frescor na própria maneira com que Resnais conduz sua câmera, que também nunca se sabe aonde vai nos levar. Um bom exemplo é quando ela abandona personagens falando numa sala, numa reunião familiar, e mostra as paredes, os objetos, as janelas. Enquanto isso, continua-se ouvindo ao longe a conversa entre Georges Palet (André Dussollier, de "Medos Privados em Lugares Públicos"), sua mulher, Suzanne (Anne Consigny, de "Um Conto de Natal") e seus filhos.

O principal relacionamento focalizado no filme desenvolve-se entre Georges e a dentista Marguerite Muir (Sabine Azéma, também de "Medos Privados em Lugares Públicos").





Duas pessoas que não teriam por que conhecer-se, mas cujos destinos acabam unidos pelo incidente banal de Georges ter encontrado a carteira de Marguerite, cuja bolsa havia sido roubada.

O próprio diálogo interior de Georges para decidir o que fará com essa carteira de uma desconhecida, cuja personalidade ele tenta decifrar pelas fotos de seus documentos, sinaliza uma perturbação emocional. Não que Georges seja louco propriamente, mas sem dúvida disfuncional no limite da bizarrice.

Seguem-se diversas situações marcadamente nonsense em torno da devolução da carteira - incluindo-se algumas cenas hilariantes numa delegacia em que Mathieu Amalric ("A Questão Humana") interpreta um excêntrico investigador. Estabelece-se, desta forma, uma relação um tanto truncada entre Georges e Marguerite, a princípio mediada por cartas e pela secretária eletrônica da dentista.

Ironicamente, as reações disparatadas de Georges terminam por despertar a curiosidade de Marguerite - não só a dela, mas a de sua colega e amiga, Josepha (Emmanuele Devos, de "Reis e Rainha"). E também a triste mulher de Georges participa sutilmente desta espiral de sentimentos.

Não é um detalhe gratuito que Marguerite seja piloto de avião e Georges, fascinado pela aviação. São fatos que tem, aliás, papel fundamental no desfecho, igualmente inesperado.








Filme sueco"Deixa Ela Entrar" é outra estreia do Espaço Unibanco Dragão do Mar


Não se engane. "Deixa Ela Entrar", que estreia nesta sexta-feira, no Espaço Unibanco Dragão do Mar, não é o típico filme de vampiros. A presença de um personagem com caninos longos e sugador de sangue pode fazer este filme sueco parecer uma obra de terror, mas esse drama triste e angustiante passa longe das convenções cinematográficas estabelecidas para esse tipo de personagem. O único horror aqui é sobreviver às crises da adolescência. Também não se encontra um retrato romantizado, como na série "Crepúsculo".
O drama sueco está mais interessado em explorar as dificuldades do amadurecimento e a forma como um amor pode entrar na vida das pessoas do que paixonites juvenis - embora os protagonistas estejam na adolescência.

Dirigido pelo sueco Tomas Alfredson, a partir de um roteiro assinado por John Ajvide Lindqvist, baseado em seu romance, "Deixa Ela Entrar" é um filme que confia mais em seus visual poderoso para conduzir a narrativa do que em contar uma história pelo simples fato de contar uma história.

A neve é uma constante numa paisagem gélida, assim como os ambientes interiores sempre parecem frios e claustrofóbicos. Em meio a esses tons de branco e azul acinzentado, sempre que o sangue irrompe é um vermelho forte que se destaca e nos faz lembrar da condição humana dos personagens e de nós mesmos.

Oskar (Kåre Hedebrant) tem 12 anos e parece viver no seu próprio mundo. Na escola, é atormentado pelos meninos mais velhos e maiores. Seu único amigo também logo o abandona para ficar com os outros garotos. Em casa, passa boa parte do tempo sozinho enquanto a mãe trabalha. Não é a toa, que a chegada de Eli (Lina Leandersson), sua nova vizinha, é um acontecimento em sua vida.

Do estranhamento inicial entre esses dois solitários nasce uma forte ligação e um senso de proteção mútua. Mesmo sem muito entender quem é Eli e por que ela age de forma estranha - nunca vai à escola, só aparece à noite, parece não tomar banho - Oskar abre o seu mundo para ela. Há uma figura estranha na vida da menina: Hakan (Per Ragnar), com quem ela divide o apartamento.

Aos poucos, Oskar, acompanhado do público, começa a desvendar quem é Eli. Num momento, ela quer entrar no apartamento do menino, mas ele não a convida. Ela insiste para ser convidada, mas ele se faz de difícil. A menina cruza a porta mesmo assim. O que se segue então é visualmente tão belo quanto assustador, e emocionalmente ressonante.

É nesse momento que Oskar parece, finalmente, descobrir que está diante não de uma criança como ele, mas de uma figura ímpar. Uma desconfiança que pouco depois será confirmada. Essas dores dos jovens personagens de "Deixa Ela Entrar" podem ser lidas metaforicamente como as dores do crescimento, as dificuldades do amadurecimento psicológico e de encontrar o seu lugar no mundo. Para a maioria das pessoas, a adolescência é a fase mais complicada da vida, repleta de indefinições e com forte pressão para a tomada de decisões que terão um peso grande no futuro.

Os personagens enfrentam problemas típicos desse período e são obrigados a fazer opções cujas conseqüências terão que carregar por toda a vida. Num momento, ele pergunta para a menina se ela é um vampiro. Mas o que ele diz depois transforma o filme em algo tão comovente quanto tocante: Quer ser minha namorada?

Ao dirigir "Deixa Ela Entrar", Alfredson conseguiu não apenas um apuro visual, em seus tons frios, fotografado por Hoyte Van Hoytema, e câmera elegante, mas também duas performances memoráveis dos jovens atores.
Sem medo de lidar com questões controversas, como a identidade sexual de Eli, o longa faz retrato honesto e tocante de adolescentes problemáticos que, no fundo, guardam as aflições de todos nós - independentemente da idade. E é melhor ver o original antes que chegue o remake hollywoodiano que, certamente, vai deixar de fora tudo aquilo que importa nesse filme e o banalizá-lo numa simples história de vampiros.






VILA DAS ARTES SEDIA FESTIVAL DO JÚRI POPULAR, QUE EXIBE CURTAS DE TODAS AS REGIÕES BRASILEIRAS

Em sua segunda edição, o Festival do Júri Popular volta a reunir os principais curtas produzidos no último ano, que serão exibidos simultaneamente em 19 cidades do país. Em Fortaleza, o festival será realizado de 01 a 04 de fevereiro, na Vila das Artes (Rua 24 de Maio,1221 – Centro), equipamento da Prefeitura Municipal de Fortaleza, vinculado à Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor). Dos 370 curtas inscritos, foram selecionados mais de 50 filmes, de diversos gêneros e suportes, provenientes de todas as regiões brasileiras, que serão submetidos ao veredicto popular.
Este ano, serão exibidos curtas de Fortaleza, Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Brasília/DF, Corumbá/MS, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Goiânia/GO, João Pessoa/PB, Maceió/AL, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio Branco/AC, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Luís/MA e São Paulo/SP.
A proposta do Festival do Júri Popular é levar ao público um panorama do que está sendo produzido pelos novos realizadores e dar a ele a oportunidade de opinar diretamente em todas as categorias, fazendo a diferença no resultando final. Da opinião integrada de todas as cidades, sairão os vencedores. O público poderá votar nos melhores das seguintes categorias: Grande Prêmio, Melhor Ficção, Melhor Documentário, Melhor Animação, Melhor Experimental, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora, Melhor Ator e Melhor Atriz. O Grande vencedor receberá os prêmios Porta Curtas Petrobras, Prêmio Estúdios Mega, Prêmio Distribuição Curta o Curta e outros. A Melhor Fotografia ainda receberá o Prêmio Kodak. Mais informações no site: www.festivaldojuripopular.com.br

Confira a programação do Festival do Júri Popular:
1º de fevereiro (seg) - 19h
02 de fevereiro (ter) - 17h
03 de fevereiro (qua) - 17h
04 de fevereiro (qui) - 17h


Serviço:
Local de exibição: Vila das Artes (Rua 24 de Maio,1221 - Centro, Fortaleza/CE).
Informações: + 55 85 3105.1404
escoladeaudiovisualdefortaleza@gmail.com








Diretor italiano anuncia produção do primeiro filme pornográfico em 3D

O diretor italiano Tinto Brass, conhecido por uma filmografia recheada de títulos eróticos, anunciou que vai produzir o que chamou de "o primeiro filme pornográfico em 3D", informou nesta quinta-feira (28) a publicação especializada "The Hollywood Reporter".

Brass, de 76 anos, cujo filme mais famoso e polêmico foi "Calígula", que conta a vida do sanguinário (e depravado) imperador romano, afirmou que este é o momento adequado para usar a tecnologia de três dimensões em um filme do gênero.

O cineasta deu detalhes sobre o filme em 3D, explicando que pensa em "retomar um projeto abandonado, sobre um imperador romano que foi arruinado pelos americanos", contou, em alusão a "Calígula", cuja produção ele abandonou já na fase final.

O diretor garantiu, ainda, que além de ser o primeiro filme pornográfico em 3D do mundo, será também a primeira produção em três dimensões feita na Itália.

Tinto Brass garantiu que vai começar a escrever o roteiro do filme nos próximos dias, e em breve vai selecionar o elenco. A intenção do diretor é começar a rodar o filme em maio ou junho.







'O Profeta' lidera indicações para maior premiação do cinema francês

O longa-metragem francês O Profeta parte como o grande favorito para o César, a principal premiação do cinema na França, com 13 indicações.

Candidato da França ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o filme de Jacques Audiard já recebeu o Grande Prêmio do último Festival de Cannes.

No César, O Profeta disputa com seis outros longas-metragens o prêmio de melhor filme. Na categoria de melhor diretor, Audiard foi indicado ao lado de Lucas Belvaux, Xavier Giannoli, Philippe Lioret e Radu Mihaileanu.

As indicadas para o César de melhor atriz são Isabelle Adjani, Dominique Blanc, Sandrine Kiberlain, Kristin Scott Thomas e Audrey Tautou.

Pelo de melhor ator, competem Tahar Rahim, Vincent Lindon e Yvan Attal e François Cluzet, que recebeu uma dupla indicação por suas atuações em A L''Origine e Le Dernier Pour la Route.

Além dos indicados ao César, a academia francesa de cinema informou que a atriz Marion Cotillard dirigirá a cerimônia de entrega dos prêmios, na qual Harrison Ford será homenageado com um prêmio especial pelo conjunto de sua obra das mãos de Sigourney Weaver.

Outro homenageado será o diretor francês Eric Rohmer, morto no último dia 11, um dos criadores da Nouvelle Vague do cinema francês.






Francês Eric Rohmer morre aos 89 anos

Ele foi um dos principais diretores da nouvelle vague


Um dos principais diretores da nouvelle vague, o cineasta francês Eric Rohmer morreu no começo do mês, em Paris, aos 89 anos. A causa da morte ainda não foi informada. Sua longa filmografia marcou o cinema europeu de mundial, revelando numerosos atores da nova geração (Arielle Dombasle, Pascal Greggory e Fabrice Luchini, entre outros) Ele foi contemporâneo de Jean-Luc Godard, Jacques Rivette, François Truffaut, e Claude Chabrol na revista "Cahiers du Cinéma", da qual Rohmer foi editor de 1957 a4 1963.
Rohmer, pseudônimo de Maurice Schérer, nasceu em 1920 em Tulle, na França. Foi professor e depois crítico de cinema, fundando "La Gazette du Cinéma" com Jacques Rivette. Eric Rohmer ganhou o Leão de Ouro no festival de cinema de Veneza por "O Raio Verde". O filme "O Joelho de Claire" venceu o prêmio Louis Delluc em 1971. O seu filme mais recente, "Os Amores de Astrée e Céladon", foi lançado em 2007 e permanece inédito no Brasil. Ele também dirigiu várias peças de teatro e escreveu vários artigos sobre cinema.

Nenhum comentário: