Juliana Knust e Danton Mello em "Vergonha dos Pés"
Texto de Fernanda Young e direção de Alexandre Reinecke, a peça fica em cartaz este fim de semana no Teatro Celina Queiróz
Solitária, lírica, imprevisível, Ana, a personagem central desta peça que chega à Unifor pelo Projeto Teatro Celina Queiroz Grandes Espetáculos, alimenta o sonho de ser escritora. Ela cria histórias fantásticas, imagina tramas sórdidas, elabora diálogos. Mas tudo se passa somente em sua cabeça. Sua luta é para que suas histórias cheguem ao papel. E aí reside o grande conflito da peça.
Com direção de Alexandre Reinecke e texto de Fernanda Young, Vergonha dos Pés é uma atordoante viagem aos pensamentos de Ana, uma jovem que, por calçar 33, envergonha-se dos próprios pés.
O encontro com Jaime, a paixão fulminante entre os dois, o tédio que lhe provoca a vida universitária, o aparecimento de personagens que existem somente em sua imaginação e que vivem emoções extremadas fazem com que Ana confunda realidade com fantasia, vivendo conflitos psicológicos. Vergonha dos Pés vai materializar o ringue de lutas de dois jovens em busca de suas identidades.
Serviço
› Vergonha dos Pés, com Juliana Knust e Danton Mello
Projeto Teatro Celina Queiroz Grandes Espetáculos
Quando: 23, 24 e 25 de outubro,
sessões sexta-feira e sábado, às 21h, e domingo, às 19h
Onde: Teatro Celina Queiroz
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira)
Duração: 80min
TEATRO FEITO NO CEARÁ
O Theatro José de Alencar abre espaços para montagens cênicas cearenses e mantém novas temporadas de peças locais em outubro
De Plínio Marques a Machado de Assis por Adísia Sá, cenas do cotidiano, infantis, ficções, drama, comédia e outros tons, as montagens locais formam platéia e ampliam interações entre palcos, artistas e públicos
A compreensão de que o público precisa ser formado de determinados e diversos modos, em um aprendizado contínuo e envolvente, construindo-se, no caso, os desejos de ir ao teatro e trocar experiências de aprendizados no ouvir, olhar, ver e estar com o outro é o que motiva o Theatro José de Alencar a ampliar temporadas e marcar cenas mais intensas de produções locais.
Essa vivência e permuta que possibilita ao teatro existir, ou seja, a existência de platéia e a formação de públicos, é exercício contínuo na casa que adentra o seu ano 100 e é mantida pelo Governo do Estado. O TJA vem abrindo-se em maior freqüência ao oferecer, quase diariamente, espetáculos que dialogam com vários universos da cena, mas tendo em comum a naturalidade cearense, sem bairrismo. A seguir, algumas de várias experimentações e sucessos que o Theatro José de Alencar tem o prazer de apresentar.
O Teatro feito no Ceará tem e está em cartaz no TJA, de terça a domingo de outubro.
Todas as terças, uma incomodante montagem que mexe os sentidos em três meses de cartaz, “O abajur lilás” é encenada na sala de teatro Nadir Pápi Saboya (anexo do TJA), às 19h, pelo Grupo Imagens de Teatro, que referencia os 40 anos do clássico e forte texto do dramaturgo Plínio Marcos, falecido há uma década. O público adentra no universo underground, e em meio a "Boate O leite da Mulher Amada" com música ao vivo, cachaça e farofa assiste a atualidade dos temas, que envolvem viés sexual, violência a abordagens sobre a tortura no período da Ditadura Militar.
A feminilidade de interpretações sobre e por um dos mais notórios personagens de Machado de Assis ganha olhares de um quarteto afinado. Todas as quintas tem “Capitu conta Capitu”, também em seu terceiro mês em cartaz, agora na sala de teatro Nadir Pápi Saboya, às 19h, em solo de Ana Cristina Viana a partir do livro de mesmo nome de Adísia Sá, sob direção de Ana Marlene e adaptação de Ceronha Pontes dão nova perspectiva à história de Dom Casmurro.
Também em todas as quintas, é dia de “Preciso dizer que te amo”, às 20h, no Teatro Morro do Ouro (anexo do TJA), que versa sobre a delicadeza e intensidade dos fragmentos psicológicos em torno do amor, a partir de texto e direção de Eduardo Bruno e elenco que conta com Dyhego Martins, Gabriel Matos, Juliana Weyne e Marcos Chavez. É livre para todas as idades!
O diretor e agitador teatral Nelson Albuquerque vem mostrando sua versatilidade em diversas produções para públicos variados, junto ao Grupo Pavilhão da Magnólia. Esse mês eles estão em duas montagens, que Nelson também é o adaptador. Todas as sextas, Gran'Dior nº 3” está no Teatro Morro do Ouro às 19h30 para quem tem 14 anos. No palco ilustrações do dia a dia, que vão dos ímpetos e inverdades entre famílias a variações capturadas nos textos de Victor Augusto, Silvianne Lima e Victor Ribeiro de Lima, interpretados por Denise Costa, Diego Mesquita, Denis Lacerda, Fábio Frota, Li Mendes, Rachel Jatai, Simone Evans e Thaissa Melanie.
A outra montagem sob regência de Nelson Albuquerque, que pode ser vista todos os domingos de outubro, no projeto TJA Criança, é “O Pássaro Azul”, no Teatro Morro do Ouro, às 17h. A partir da obra de Maurice Maeterlinck, o grupo conta e encanta com a história de Maria Clara e o irmão Zeca, que recebem a visita de uma fada propondo que busquem o Pássaro Azul para mudar suas vida.
Já aos sábados, outras duas diferentes visões ganham os palcos do Theatro José de Alencar. Às 18h dos sábados de outubro, “Retalho e Rebotalho”, que estreou no palco principal, agora experimenta temporada na Sala de teatro. No texto preciso e sensível de Clarisse Ilgenfritz, a Cia. Arrumação expõe as nuanças da vida em desequilíbrio de Afonso, cujo mundo criado a partir de fragmentos, retalhos de vivência tem Geane Albuquerque, Paulo Victor, Cintia Alves, Jhonathan Santos,Thiara Crispin e Fernanda Girão como intérpretes a partir de direção de Jorge Ramos.
Também em todos os sábados do mês, “A saga de um pivete chamado Jesus”, ganha o Teatro Morro do Ouro, às 18h. Na trama, a Cia Boca d'Cena revisita o compositor Julinho da Adelaide (pseudônimo de Chico Buarque) no reconhecimento de sua gente humilde ao voltar à Vila do Meio-Dia, com Lucivan Moura na direção do time que inclui Tiago Viana, Vilmar Di Sousa, Alex Gomes, Monique Gonçalves, Joelma Vieira, Aline Tavares e Francisca Geovana.
Outras cearensidades e trocas cênicas ao longo do mês de outubro podem ser conferidas na programação do TJA, que está disponível no saguão do Theatro e também pode ser acessada no site: http://www.secult.ce.gov.br/
SERVIÇO - TEATRO FEITO NO CEARÁ/ TJA
* Mais informações no TJA pelo fone (85) 3101 2583 -
Todas as terças: “O abajur lilás” (3º mês em cartaz), sala de teatro, às 19h
85 lugares - * 18 anos - R$ 5 e r$ 10 – SAIBA MAIS: 8834.1071 Edson Cândido
Todas as quintas: “Capitu conta Capitu” (3º mês em cartaz), na sala de teatro, às 19h * 60 lugares - * 12 anos - R$ 5 e r$ 10 - SAIBA MAIS: Ana Cristina Viana: 8889.4183
Todas as quintas: “Preciso dizer que te amo”, no Teatro Morro do Ouro, às 20h -
90 lugares * Livre - R$ 5 e r$ 10. - SAIBA MAIS: (85) 8634-8918 / 8701-4479
Todas as sextas: “Gran'Dior nº 3”, no Teatro Morro do Ouro, às 19h30 - 90 lugares
14 anos - R$ 5 e r$ 10 - SAIBA MAIS: Nelson Albuquerque: 8607.5502
Todos os sábados: “Retalho e Rebotalho”, na Sala de teatro, às 18h - 60 lugares
12 anos - R$ 5 e r$ 10 - SAIBA MAIS: Jorge Ramos (85) 8663-5111
Todos os sábados: “A saga de um pivete chamado Jesus”, no Teatro Morro do Ouro, às 18h - 90 lugares * 12 anos - R$ 2 e r$ 4 - - SAIBA MAIS: Lucivan (85) 3479-2022 – Monique 8765-3500
Todos os domingos: “O Pássaro Azul” em nova temporada no TJA Criança, no Teatro Morro do Ouro, às 17h - 90 lugares * Livre - R$ 5 e r$ 10 - SAIBA MAIS: Nelson Albuquerque: 8607.5502
Encantrago - Ver de Rosa um Ser Tão
Venha ver, ouvir e vivenciar o espetáculo "Encantrago - Ver de Rosa um Ser Tão", um mergulho nas universalidades do homem e do Brasil através do fantástico mundo da Cultura Popular Brasileira e da genialidade da obra de Guimarães Rosa.
Prêmio de Melhor Espetáculo - Júri Popular do XVI Festival Nordestino de Guaramiranga
Prêmio Mírian Muniz - FUNARTE
Espetáculo Selecionado para o Projeto Palco Giratório 2010.
A sexualidade como tema no teatro cearense
O Grupo Imagens de Teatro estreia em agosto "O Abajur Lilás", primeiro espetáculo do projeto "Trilogia do Maldito", com peças de Plínio Marcos - serão montados também "Barrela" e "Navalha na Carne"
O Grupo Imagens de Teatro estreou mês passado“ O Abajur Lilás”, e continua com a temporada se estendendo todas as quintas de setembro, no mesmo horário, no Teatro José de Alencar (Sala Nadir Papy Saboia).
A peça conta o drama de três prostitutas torturadas pelo cafetão que quer descobrir quem quebrou o abajur lilás do seu quarto. A trama que incluem da tortura ao assassinato, foi escrita há mais de 30 anos, transcende o momento, a circunstância e infelizmente, resiste ao tempo, demonstrando a extrema atualidade de seu contexto.
Ação dramática, humana e de alta significância, o Abajur Lilás joga atores e público no olho do furacão, levando às entranhas do submundo que preferem ignorar existir, fazendo-os cúmplices privilegiados do mundo de Plínio Marcos, esse universo denso e marginal invade os palcos do teatro cearense.
O elenco é composto por Kátia Kamila, Adriana Pimentel, Mara Carvalho, Gilson Tenório, Beto Menêis e Fábio Frota, com direção de Edson Cândido.
O Grupo mergulhou em uma pesquisa profunda, tanto da obra como do universo que o autor Plínio Marcos traz para o seu texto, através de análises sobre a vida e obra do autor e contextualização histórica, prosseguindo com pesquisa de campo, palestras, seminários, oficinas, filmes e vivência em entidades, enriquecido por laboratórios onde os atores visitaram cinemas pornôs, casas de prostituição, saunas, bares e praças, locais onde os personagens retratados na peça viveriam. Esse é o princípio que torna a obra de Plínio Marcos tão contemporânea, pois podemos encontrar esses personagens em cada esquina de Fortaleza. Como em toda obra do autor," O Abajur Lilás" expõe a alma humana.
O ambiente é um bordel de quinta categoria, tendo à frente um bar, salpicado de luzes vermelhas. Há música de cabaré, cantada ao vivo. Ao fundo, o quarto na penumbra, onde ocorrem os programas e as tramas.
O público, logo ao entrar terá o contato direto e real com o elenco, pois a platéia será composta por mesas e cadeiras, como em um bar, onde posteriormente será servida uma “branquinha”. O universo abordado é o que sempre determina o espaço cênico e não há qualquer distância entre personagens e espectadores.
Boate, Puteiro, Noite, Torturas e a própria sociedade são temas constantes nesse espetáculo, abordando tramas em que os personagens são socialmente marginalizados.
“Isso tudo que construirmos no espetáculo denominamos como um “ soco no estomago” da sociedade, acreditamos que o teatro vem para incomodar e questionar, queremos também que as pessoas saiam do espetáculo pesando em toda a violência sofrida pelas as mulheres, no abandono e acima de tudo na tortura em que existem ainda hoje, mesmo que seja de outras formas” comenta o diretor do espetáculo Abajur Lilás , Edson Cândido
O medo transvertido em autoridade, alcoolismo e angústias estão presentes no palco.
O cheiro da cachaça misturado ao perfume barato emanado dos corpos sofridos disfarça a angustia das mulheres presente no palco. O realismo das falas choca pela crueza, pelo comodismo desumano, sem a menor convenção moral. Não tem meio termo nem consideração, as palavras vêm em jorros de sangue e de vômito.
“Não é a garota que sabe falar três idiomas lá na Beira Mar não, que cobrar quinhentos reais. É a prostituta da Periferia mesmo que queremos retratar. Essa sim que nos interessa, dessas que cobram dez, quinze reais por programa. Quem for ver o espetáculo com certeza vai sai de alguma forma transformado do teatro “. Fala Edson Cândido
Sobre o Grupo
O Grupo Imagens de Teatro que teve origem em janeiro de 2002, quando seus integrantes iniciaram o estudo do texto de nome Meia-Sola, do mesmo autor da peça Imagens, durante uma oficina de teatro realizada no SESC. O grupo vem se destacando nos principais festivais regionais e nacionais, sendo contemplado com mais de 15 prêmios e tendo reconhecimento no cenário artístico.
Todas Terças-Feiras de Outubro, às 19hs
Teatro José de Alencar - Sala Nadir Papi Sabóia
R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia)
TRAGICOMÉDIA INSPIRADA NA OBRA DE CLARICE LISPECTOR E NAS CANÇÕES DE NÚBIA LAFAYETTE
ATOR WELLINGTON RODRIGUES, da Cia. Teatral Moreira Campos, protagoniza o espetáculo "Embriagada...eu quero desabafar!" - últimas apresentações no fim de semana
O espetáculo Embriagada...eu quero desabafar! é um texto inspirado na obra de Clarice Lispector (Laços de Família, A Hora da Estrela, A Paixão Segundo G. H.) e nas canções da grande compositora e interprete da música brasileira, Núbia Lafayette. A peça relata a vida cômica e trágica de Dolores, uma mulher feia, datilógrafa, semi-analfabeta, magra, casada há dez anos com um marido machista, egoísta, ignorante e estúpido. Embriagada e em meios a devaneios, diante da situação em que se encontra - a beira de um ataque de nervos - ela resolve desabafar tudo aquilo que a sufocava, que estava preso na garganta.
De forma sutil, cômica e quase trágica, Dolores conta suas angústias, decepções, sonhos, traições e sua “anti-vida” com seu marido “Amado”.
Afinal, o que pode acontecer entre quatro paredes e na intimidade diária de um casal juntos há dez anos???
A Montagem
Penetrar no universo feminino não é uma tarefa fácil. Fazer uma personagem feminina, ser sutil, sentir-se mulher, casada, solitária, angustiada, repleta de conflitos, sonhos fracassados, sendo homem, também não é uma coisa que se faz da noite para o dia. Mas esse foi um desafio a percorrer. As palavras poéticas de Clarice Lispector e as canções inesquecíveis de Núbia Lafayette, conduziram-me ao sublime da construção de um texto que pudesse ajustar num só conceito de poesia essas duas mulheres que mexeram com o mundo de muitas outras mulheres através de suas palavras ditas e/ou não ditas, apenas, sentidas.
O fato é, que, Demonstrar frustrações, desejos e vontades...embriagar-se nas dores de Dolores... mulher... mãe... sem fazer clichês, dentro de uma poética onde a palavra é um forte, a submissão é um forte, o sentimento é um forte, o monólogo interior é um forte, a presença da ausência é um forte, a vida a um (dois) é um forte, foi o que tornou esse espetáculo uma grande experiência minha quanto ator e quanto pesquisador do enigmático mundo literário.
O texto situa-se numa confluência de paradigmas que entretece e destece, pondo o espectador numa espécie de tensão ilusória facilitada pela personagem Dolores em situações da vida diária, mas num intenso lirismo. As cenas nos colocam diante de um realismo-naturalismo e de um romantismo-simbolismo significante, uma vez que, encontram-se veios recessivos que criam um entrelaçamento entre realidade e a “realidade adivinhada”, produzindo uma poética que lhe é própria.
Desafios foram lançados. Desafios múltiplos: uma produção sem dinheiro, estréia fora da capital cearense (estreamos em Guaramiranga – maio de 2009), monólogo, reassumindo um grupo que estava desativado há três anos e outros desafios.
Era preciso coragem. Como num ritual dionisíaco, Dolores, embriaga-se. Palavras repletas de sentimentos ecoam pelos quatro cantos do palco, como a forte batida de um coração alado. Eu quero desabafar...!
Clarice Lispector
Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, pequena cidade da Ucrânia, e chegou ao Brasil aos dois meses de idade, naturalizando-se brasileira posteriormente. Criou-se em Maceió e Recife, transferindo-se aos doze anos para o Rio de Janeiro, onde se formou em Direito. Trabalhou como Jornalista e destacou-se na carreira literária. Viveu muitos anos no exterior, em função do casamento com um diplomata brasileiro. Teve dois filhos e faleceu em dezembro de 1977, no Rio de Janeiro.
Núbia Lafayette
Uma das maiores intérpretes e compositoras da música brasileira. Dentre suas canções mais conhecidas, destacam-se os seguintes títulos: Lama, Fracasso, Aliança com filete de prata, Casa e comida, Devolvi, Hino ao amor, Mata-me depressa e Amargura. Núbia Lafayette participou recentemente do Programa “Rei Majestade”, exibido pelo SBT, e logo depois, em 2007, veio a falecer, deixando-nos sua eterna poesia.
A Cia. Teatral Moreira Campos
A Cia. Teatral Moreira Campos foi fundada no ano de 1998, por alunos do Curso de Letras e do Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará, tendo como principal objeto de pesquisa obras da literatura brasileira e universal.
Ao longo de onze anos, vários atores e diretores da classe artística de Fortaleza passaram pelo grupo. A companhia participou de festivais locais e regionais de teatro, sendo indicada a prêmios. Montou três esquetes e oito espetáculos: A Morte e a Alta Costura (1998-2001), Odisséia I (1999), Odisséia II (2000), Relembranças (2001), Agosto (2001-2002), Os Sertões (2002-2004), A Casa (2004-2005), Embriagada...eu quero desabafar (2009...).
O nome do grupo é uma homenagem a um dos maiores contistas da literatura cearense, Moreira Campos, nascido na cidade de Senador Pompeu, em janeiro de 1914. Foi professor da Universidade Federal do Ceará, membro da Academia Cearense de Letras e integrante do grupo literário Clã. É autor, dentre outras obras, do livro de contos Dizem que os cães vêem coisas. Moreira Campos faleceu em Fortaleza, em maio de 1994.
O Ator
Wellington Rodrigues é formado em Letras, Especialista em Cultura Clássica e Mestrando em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Também é formado pelo Curso de Arte Dramática da UFC. Fundador da Cia. Teatral Moreira Campos, ao longo de onze anos no teatro como ator e produtor, fez 14 espetáculos. Foi indicado pelo Prêmio Balaio do Ceará nas seguintes categorias: Melhor Produção, Ator Revelação e Ator Coadjuvante. Participou como ator convidado de espetáculos montados pela Companhia Palmas Produções Artísticas, pelo Grupo Palcos Produções Artísticas e pelo grupo Bilu Bila de Teatro.
SERVIÇO
Texto de Fernanda Young e direção de Alexandre Reinecke, a peça fica em cartaz este fim de semana no Teatro Celina Queiróz
Solitária, lírica, imprevisível, Ana, a personagem central desta peça que chega à Unifor pelo Projeto Teatro Celina Queiroz Grandes Espetáculos, alimenta o sonho de ser escritora. Ela cria histórias fantásticas, imagina tramas sórdidas, elabora diálogos. Mas tudo se passa somente em sua cabeça. Sua luta é para que suas histórias cheguem ao papel. E aí reside o grande conflito da peça.
Com direção de Alexandre Reinecke e texto de Fernanda Young, Vergonha dos Pés é uma atordoante viagem aos pensamentos de Ana, uma jovem que, por calçar 33, envergonha-se dos próprios pés.
O encontro com Jaime, a paixão fulminante entre os dois, o tédio que lhe provoca a vida universitária, o aparecimento de personagens que existem somente em sua imaginação e que vivem emoções extremadas fazem com que Ana confunda realidade com fantasia, vivendo conflitos psicológicos. Vergonha dos Pés vai materializar o ringue de lutas de dois jovens em busca de suas identidades.
Serviço
› Vergonha dos Pés, com Juliana Knust e Danton Mello
Projeto Teatro Celina Queiroz Grandes Espetáculos
Quando: 23, 24 e 25 de outubro,
sessões sexta-feira e sábado, às 21h, e domingo, às 19h
Onde: Teatro Celina Queiroz
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira)
Duração: 80min
TEATRO FEITO NO CEARÁ
O Theatro José de Alencar abre espaços para montagens cênicas cearenses e mantém novas temporadas de peças locais em outubro
De Plínio Marques a Machado de Assis por Adísia Sá, cenas do cotidiano, infantis, ficções, drama, comédia e outros tons, as montagens locais formam platéia e ampliam interações entre palcos, artistas e públicos
A compreensão de que o público precisa ser formado de determinados e diversos modos, em um aprendizado contínuo e envolvente, construindo-se, no caso, os desejos de ir ao teatro e trocar experiências de aprendizados no ouvir, olhar, ver e estar com o outro é o que motiva o Theatro José de Alencar a ampliar temporadas e marcar cenas mais intensas de produções locais.
Essa vivência e permuta que possibilita ao teatro existir, ou seja, a existência de platéia e a formação de públicos, é exercício contínuo na casa que adentra o seu ano 100 e é mantida pelo Governo do Estado. O TJA vem abrindo-se em maior freqüência ao oferecer, quase diariamente, espetáculos que dialogam com vários universos da cena, mas tendo em comum a naturalidade cearense, sem bairrismo. A seguir, algumas de várias experimentações e sucessos que o Theatro José de Alencar tem o prazer de apresentar.
O Teatro feito no Ceará tem e está em cartaz no TJA, de terça a domingo de outubro.
Todas as terças, uma incomodante montagem que mexe os sentidos em três meses de cartaz, “O abajur lilás” é encenada na sala de teatro Nadir Pápi Saboya (anexo do TJA), às 19h, pelo Grupo Imagens de Teatro, que referencia os 40 anos do clássico e forte texto do dramaturgo Plínio Marcos, falecido há uma década. O público adentra no universo underground, e em meio a "Boate O leite da Mulher Amada" com música ao vivo, cachaça e farofa assiste a atualidade dos temas, que envolvem viés sexual, violência a abordagens sobre a tortura no período da Ditadura Militar.
A feminilidade de interpretações sobre e por um dos mais notórios personagens de Machado de Assis ganha olhares de um quarteto afinado. Todas as quintas tem “Capitu conta Capitu”, também em seu terceiro mês em cartaz, agora na sala de teatro Nadir Pápi Saboya, às 19h, em solo de Ana Cristina Viana a partir do livro de mesmo nome de Adísia Sá, sob direção de Ana Marlene e adaptação de Ceronha Pontes dão nova perspectiva à história de Dom Casmurro.
Também em todas as quintas, é dia de “Preciso dizer que te amo”, às 20h, no Teatro Morro do Ouro (anexo do TJA), que versa sobre a delicadeza e intensidade dos fragmentos psicológicos em torno do amor, a partir de texto e direção de Eduardo Bruno e elenco que conta com Dyhego Martins, Gabriel Matos, Juliana Weyne e Marcos Chavez. É livre para todas as idades!
O diretor e agitador teatral Nelson Albuquerque vem mostrando sua versatilidade em diversas produções para públicos variados, junto ao Grupo Pavilhão da Magnólia. Esse mês eles estão em duas montagens, que Nelson também é o adaptador. Todas as sextas, Gran'Dior nº 3” está no Teatro Morro do Ouro às 19h30 para quem tem 14 anos. No palco ilustrações do dia a dia, que vão dos ímpetos e inverdades entre famílias a variações capturadas nos textos de Victor Augusto, Silvianne Lima e Victor Ribeiro de Lima, interpretados por Denise Costa, Diego Mesquita, Denis Lacerda, Fábio Frota, Li Mendes, Rachel Jatai, Simone Evans e Thaissa Melanie.
A outra montagem sob regência de Nelson Albuquerque, que pode ser vista todos os domingos de outubro, no projeto TJA Criança, é “O Pássaro Azul”, no Teatro Morro do Ouro, às 17h. A partir da obra de Maurice Maeterlinck, o grupo conta e encanta com a história de Maria Clara e o irmão Zeca, que recebem a visita de uma fada propondo que busquem o Pássaro Azul para mudar suas vida.
Já aos sábados, outras duas diferentes visões ganham os palcos do Theatro José de Alencar. Às 18h dos sábados de outubro, “Retalho e Rebotalho”, que estreou no palco principal, agora experimenta temporada na Sala de teatro. No texto preciso e sensível de Clarisse Ilgenfritz, a Cia. Arrumação expõe as nuanças da vida em desequilíbrio de Afonso, cujo mundo criado a partir de fragmentos, retalhos de vivência tem Geane Albuquerque, Paulo Victor, Cintia Alves, Jhonathan Santos,Thiara Crispin e Fernanda Girão como intérpretes a partir de direção de Jorge Ramos.
Também em todos os sábados do mês, “A saga de um pivete chamado Jesus”, ganha o Teatro Morro do Ouro, às 18h. Na trama, a Cia Boca d'Cena revisita o compositor Julinho da Adelaide (pseudônimo de Chico Buarque) no reconhecimento de sua gente humilde ao voltar à Vila do Meio-Dia, com Lucivan Moura na direção do time que inclui Tiago Viana, Vilmar Di Sousa, Alex Gomes, Monique Gonçalves, Joelma Vieira, Aline Tavares e Francisca Geovana.
Outras cearensidades e trocas cênicas ao longo do mês de outubro podem ser conferidas na programação do TJA, que está disponível no saguão do Theatro e também pode ser acessada no site: http://www.secult.ce.gov.br/
SERVIÇO - TEATRO FEITO NO CEARÁ/ TJA
* Mais informações no TJA pelo fone (85) 3101 2583 -
Todas as terças: “O abajur lilás” (3º mês em cartaz), sala de teatro, às 19h
85 lugares - * 18 anos - R$ 5 e r$ 10 – SAIBA MAIS: 8834.1071 Edson Cândido
Todas as quintas: “Capitu conta Capitu” (3º mês em cartaz), na sala de teatro, às 19h * 60 lugares - * 12 anos - R$ 5 e r$ 10 - SAIBA MAIS: Ana Cristina Viana: 8889.4183
Todas as quintas: “Preciso dizer que te amo”, no Teatro Morro do Ouro, às 20h -
90 lugares * Livre - R$ 5 e r$ 10. - SAIBA MAIS: (85) 8634-8918 / 8701-4479
Todas as sextas: “Gran'Dior nº 3”, no Teatro Morro do Ouro, às 19h30 - 90 lugares
14 anos - R$ 5 e r$ 10 - SAIBA MAIS: Nelson Albuquerque: 8607.5502
Todos os sábados: “Retalho e Rebotalho”, na Sala de teatro, às 18h - 60 lugares
12 anos - R$ 5 e r$ 10 - SAIBA MAIS: Jorge Ramos (85) 8663-5111
Todos os sábados: “A saga de um pivete chamado Jesus”, no Teatro Morro do Ouro, às 18h - 90 lugares * 12 anos - R$ 2 e r$ 4 - - SAIBA MAIS: Lucivan (85) 3479-2022 – Monique 8765-3500
Todos os domingos: “O Pássaro Azul” em nova temporada no TJA Criança, no Teatro Morro do Ouro, às 17h - 90 lugares * Livre - R$ 5 e r$ 10 - SAIBA MAIS: Nelson Albuquerque: 8607.5502
Encantrago - Ver de Rosa um Ser Tão
Venha ver, ouvir e vivenciar o espetáculo "Encantrago - Ver de Rosa um Ser Tão", um mergulho nas universalidades do homem e do Brasil através do fantástico mundo da Cultura Popular Brasileira e da genialidade da obra de Guimarães Rosa.
Prêmio de Melhor Espetáculo - Júri Popular do XVI Festival Nordestino de Guaramiranga
Prêmio Mírian Muniz - FUNARTE
Espetáculo Selecionado para o Projeto Palco Giratório 2010.
O Grupo Imagens de Teatro estreia em agosto "O Abajur Lilás", primeiro espetáculo do projeto "Trilogia do Maldito", com peças de Plínio Marcos - serão montados também "Barrela" e "Navalha na Carne"
O Grupo Imagens de Teatro estreou mês passado“ O Abajur Lilás”, e continua com a temporada se estendendo todas as quintas de setembro, no mesmo horário, no Teatro José de Alencar (Sala Nadir Papy Saboia).
A peça conta o drama de três prostitutas torturadas pelo cafetão que quer descobrir quem quebrou o abajur lilás do seu quarto. A trama que incluem da tortura ao assassinato, foi escrita há mais de 30 anos, transcende o momento, a circunstância e infelizmente, resiste ao tempo, demonstrando a extrema atualidade de seu contexto.
Ação dramática, humana e de alta significância, o Abajur Lilás joga atores e público no olho do furacão, levando às entranhas do submundo que preferem ignorar existir, fazendo-os cúmplices privilegiados do mundo de Plínio Marcos, esse universo denso e marginal invade os palcos do teatro cearense.
O elenco é composto por Kátia Kamila, Adriana Pimentel, Mara Carvalho, Gilson Tenório, Beto Menêis e Fábio Frota, com direção de Edson Cândido.
O Grupo mergulhou em uma pesquisa profunda, tanto da obra como do universo que o autor Plínio Marcos traz para o seu texto, através de análises sobre a vida e obra do autor e contextualização histórica, prosseguindo com pesquisa de campo, palestras, seminários, oficinas, filmes e vivência em entidades, enriquecido por laboratórios onde os atores visitaram cinemas pornôs, casas de prostituição, saunas, bares e praças, locais onde os personagens retratados na peça viveriam. Esse é o princípio que torna a obra de Plínio Marcos tão contemporânea, pois podemos encontrar esses personagens em cada esquina de Fortaleza. Como em toda obra do autor," O Abajur Lilás" expõe a alma humana.
O ambiente é um bordel de quinta categoria, tendo à frente um bar, salpicado de luzes vermelhas. Há música de cabaré, cantada ao vivo. Ao fundo, o quarto na penumbra, onde ocorrem os programas e as tramas.
O público, logo ao entrar terá o contato direto e real com o elenco, pois a platéia será composta por mesas e cadeiras, como em um bar, onde posteriormente será servida uma “branquinha”. O universo abordado é o que sempre determina o espaço cênico e não há qualquer distância entre personagens e espectadores.
Boate, Puteiro, Noite, Torturas e a própria sociedade são temas constantes nesse espetáculo, abordando tramas em que os personagens são socialmente marginalizados.
“Isso tudo que construirmos no espetáculo denominamos como um “ soco no estomago” da sociedade, acreditamos que o teatro vem para incomodar e questionar, queremos também que as pessoas saiam do espetáculo pesando em toda a violência sofrida pelas as mulheres, no abandono e acima de tudo na tortura em que existem ainda hoje, mesmo que seja de outras formas” comenta o diretor do espetáculo Abajur Lilás , Edson Cândido
O medo transvertido em autoridade, alcoolismo e angústias estão presentes no palco.
O cheiro da cachaça misturado ao perfume barato emanado dos corpos sofridos disfarça a angustia das mulheres presente no palco. O realismo das falas choca pela crueza, pelo comodismo desumano, sem a menor convenção moral. Não tem meio termo nem consideração, as palavras vêm em jorros de sangue e de vômito.
“Não é a garota que sabe falar três idiomas lá na Beira Mar não, que cobrar quinhentos reais. É a prostituta da Periferia mesmo que queremos retratar. Essa sim que nos interessa, dessas que cobram dez, quinze reais por programa. Quem for ver o espetáculo com certeza vai sai de alguma forma transformado do teatro “. Fala Edson Cândido
Sobre o Grupo
O Grupo Imagens de Teatro que teve origem em janeiro de 2002, quando seus integrantes iniciaram o estudo do texto de nome Meia-Sola, do mesmo autor da peça Imagens, durante uma oficina de teatro realizada no SESC. O grupo vem se destacando nos principais festivais regionais e nacionais, sendo contemplado com mais de 15 prêmios e tendo reconhecimento no cenário artístico.
Todas Terças-Feiras de Outubro, às 19hs
Teatro José de Alencar - Sala Nadir Papi Sabóia
R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia)
ATOR WELLINGTON RODRIGUES, da Cia. Teatral Moreira Campos, protagoniza o espetáculo "Embriagada...eu quero desabafar!" - últimas apresentações no fim de semana
O espetáculo Embriagada...eu quero desabafar! é um texto inspirado na obra de Clarice Lispector (Laços de Família, A Hora da Estrela, A Paixão Segundo G. H.) e nas canções da grande compositora e interprete da música brasileira, Núbia Lafayette. A peça relata a vida cômica e trágica de Dolores, uma mulher feia, datilógrafa, semi-analfabeta, magra, casada há dez anos com um marido machista, egoísta, ignorante e estúpido. Embriagada e em meios a devaneios, diante da situação em que se encontra - a beira de um ataque de nervos - ela resolve desabafar tudo aquilo que a sufocava, que estava preso na garganta.
De forma sutil, cômica e quase trágica, Dolores conta suas angústias, decepções, sonhos, traições e sua “anti-vida” com seu marido “Amado”.
Afinal, o que pode acontecer entre quatro paredes e na intimidade diária de um casal juntos há dez anos???
A Montagem
Penetrar no universo feminino não é uma tarefa fácil. Fazer uma personagem feminina, ser sutil, sentir-se mulher, casada, solitária, angustiada, repleta de conflitos, sonhos fracassados, sendo homem, também não é uma coisa que se faz da noite para o dia. Mas esse foi um desafio a percorrer. As palavras poéticas de Clarice Lispector e as canções inesquecíveis de Núbia Lafayette, conduziram-me ao sublime da construção de um texto que pudesse ajustar num só conceito de poesia essas duas mulheres que mexeram com o mundo de muitas outras mulheres através de suas palavras ditas e/ou não ditas, apenas, sentidas.
O fato é, que, Demonstrar frustrações, desejos e vontades...embriagar-se nas dores de Dolores... mulher... mãe... sem fazer clichês, dentro de uma poética onde a palavra é um forte, a submissão é um forte, o sentimento é um forte, o monólogo interior é um forte, a presença da ausência é um forte, a vida a um (dois) é um forte, foi o que tornou esse espetáculo uma grande experiência minha quanto ator e quanto pesquisador do enigmático mundo literário.
O texto situa-se numa confluência de paradigmas que entretece e destece, pondo o espectador numa espécie de tensão ilusória facilitada pela personagem Dolores em situações da vida diária, mas num intenso lirismo. As cenas nos colocam diante de um realismo-naturalismo e de um romantismo-simbolismo significante, uma vez que, encontram-se veios recessivos que criam um entrelaçamento entre realidade e a “realidade adivinhada”, produzindo uma poética que lhe é própria.
Desafios foram lançados. Desafios múltiplos: uma produção sem dinheiro, estréia fora da capital cearense (estreamos em Guaramiranga – maio de 2009), monólogo, reassumindo um grupo que estava desativado há três anos e outros desafios.
Era preciso coragem. Como num ritual dionisíaco, Dolores, embriaga-se. Palavras repletas de sentimentos ecoam pelos quatro cantos do palco, como a forte batida de um coração alado. Eu quero desabafar...!
Clarice Lispector
Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, pequena cidade da Ucrânia, e chegou ao Brasil aos dois meses de idade, naturalizando-se brasileira posteriormente. Criou-se em Maceió e Recife, transferindo-se aos doze anos para o Rio de Janeiro, onde se formou em Direito. Trabalhou como Jornalista e destacou-se na carreira literária. Viveu muitos anos no exterior, em função do casamento com um diplomata brasileiro. Teve dois filhos e faleceu em dezembro de 1977, no Rio de Janeiro.
Núbia Lafayette
Uma das maiores intérpretes e compositoras da música brasileira. Dentre suas canções mais conhecidas, destacam-se os seguintes títulos: Lama, Fracasso, Aliança com filete de prata, Casa e comida, Devolvi, Hino ao amor, Mata-me depressa e Amargura. Núbia Lafayette participou recentemente do Programa “Rei Majestade”, exibido pelo SBT, e logo depois, em 2007, veio a falecer, deixando-nos sua eterna poesia.
A Cia. Teatral Moreira Campos
A Cia. Teatral Moreira Campos foi fundada no ano de 1998, por alunos do Curso de Letras e do Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará, tendo como principal objeto de pesquisa obras da literatura brasileira e universal.
Ao longo de onze anos, vários atores e diretores da classe artística de Fortaleza passaram pelo grupo. A companhia participou de festivais locais e regionais de teatro, sendo indicada a prêmios. Montou três esquetes e oito espetáculos: A Morte e a Alta Costura (1998-2001), Odisséia I (1999), Odisséia II (2000), Relembranças (2001), Agosto (2001-2002), Os Sertões (2002-2004), A Casa (2004-2005), Embriagada...eu quero desabafar (2009...).
O nome do grupo é uma homenagem a um dos maiores contistas da literatura cearense, Moreira Campos, nascido na cidade de Senador Pompeu, em janeiro de 1914. Foi professor da Universidade Federal do Ceará, membro da Academia Cearense de Letras e integrante do grupo literário Clã. É autor, dentre outras obras, do livro de contos Dizem que os cães vêem coisas. Moreira Campos faleceu em Fortaleza, em maio de 1994.
O Ator
Wellington Rodrigues é formado em Letras, Especialista em Cultura Clássica e Mestrando em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Também é formado pelo Curso de Arte Dramática da UFC. Fundador da Cia. Teatral Moreira Campos, ao longo de onze anos no teatro como ator e produtor, fez 14 espetáculos. Foi indicado pelo Prêmio Balaio do Ceará nas seguintes categorias: Melhor Produção, Ator Revelação e Ator Coadjuvante. Participou como ator convidado de espetáculos montados pela Companhia Palmas Produções Artísticas, pelo Grupo Palcos Produções Artísticas e pelo grupo Bilu Bila de Teatro.
SERVIÇO
EMBRIAGADA...EU QUERO DESABAFAR!
TRAGICOMÉDIA INSPIRADA NA OBRA DE CLARICE LISPECTOR E NAS CANÇÕES DE NÚBIA LAFAYETTE.
COM WELLINGTON RODRIGUES (MONÓLOGO)
TEATRO SESC EMILIANO QUEIROZ
(AV. DUQUE DE CAXIAS, 1701 - CENTRO)
DIAS 10 E 11 DE OUTUBRO (ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES)
ÀS 20 HORAS
INGRESSOS: 12, 00 (INTEIRA) 6,00 (MEIA)
INFORMAÇÕES: 88019645 / 34529090 / 34529065 / 34529066
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