Zezé Di Camargo e Luciano levam “Duas Horas de Sucesso” para o Ceará
Dupla fará música da trilha “Lula – O Filho do Brasil”, a pedido do presidente
Tudo ao mesmo tempo agora. É esta máxima que faz parte da vida de Zezé Di Camargo e Luciano. Eles acabam de lançar o DVD/CD “Duas Horas de Sucesso”, gravado no Credicard Hall (SP), e cumprem turnê de Norte a Sul do Brasil. E, agora, preparam para levar uma turnê exclusiva para o Nordeste, do dia 1º a 21 de novembro. A agenda traz Mombaça (CE) e Fortaleza (CE), respectivamente nos dias 20 e 21.
O espetáculo traz 24 músicas simbolizando o número de horas de um dia e um repertório selecionado com os hits que marcam 18 anos de uma carreira brilhante, consagrada com o tempo. No palco, uma mega-estrutura e muitas surpresas, a começar pela abertura, com imagens em alta definição e sincronizadas com os artistas.
Do repertório mais antigo, “Vem Ficar Comigo”, “A Ferro e Fogo”, “Pra Mudar Minha vida”, “Sem medo de Ser feliz”, e outras. Os irmãos goianos cantam também “No Dia Em Que Saí de Casa” e “É o Amor”, clássicos da dupla. O charme extra fica por conta de “Hey Jude" na voz de Luciano acompanhado pelo irmão no piano. Luciano também é responsável por outro momento solo, interpretando “Do seu lado”, música de Nando Reis que ficou imortalizada pelo grupo Jota Quest. Zezé Di Camargo também surpreende, soltando seus belos agudos, relembrando um dos momentos mais aplaudidos de sua carreira: a interpretação de “Bella Senzanima”, de Lucio Dalla.
Outro ponto máximo do show traz uma homenagem aos “Amigos”. O tema promete pronta identificação com a platéia. Telões exibem imagens que falam por si só, fazendo um flash back de vários momentos vividos por Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó e Zezé Di Camargo e Luciano, desde o primeiro encontro de todos eles. E é bem nesse contexto que eles soltam a voz, com gosto de boas lembranças, em “Cerveja”, “Na Aba do Meu Chapéu” e “Mexe que é bom”.
Com estreia agendada para 1º de janeiro de 2010, o filme Lula - O Filho do Brasil, de Fábio Barreto, traz gravação inédita da dupla Zezé Di Camargo & Luciano na trilha sonora que vai ser editada em CD pela gravadora EMI Music entre o fim de novembro e o início de dezembro de 2009. A pedido do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, Zezé & Luciano entraram em estúdio para gravar a célebre guarânia paraguaia Meu Primeiro Amor (Lejania), popularizada no Brasil em 1952 pela dupla Cascatinha (1919 - 1996) & Inhana (1923 - 1981). A trilha do filme inclui também uma gravação inédita de Nana Caymmi - Nossa Canção (Luiz Ayrão), hit de Roberto Carlos em 1966 - entre fonogramas antigos de Tim Maia (Você), Ivan Lins (Desesperar Jamais, em registro feito em dueto com Roberto Ribeiro), Altemar Dutra (Sentimental Demais), Celly Campello (Estúpido Cupido) e dos Demônios da Garoa (Saudosa Maloca), entre outros nomes.
Som Livre lança as duas primeiras trilhas da nova novela "Viver a Vida"
Primeira trilha da nova novela das oito, Viver a Vida – Nacional traz um repertório cheio de destaques da música brasileira. Da canção inédita de Roberto Carlos, “A Mulher Que Eu Amo”, aos hits de cantoras revelações da MPB em 2009, como Maria Gadú, e faixas dos novos álbuns de Maria Bethânia e Bebel Gilberto, o CD apresenta uma seleção musical que reflete a alta qualidade da música feita no Brasil.
Tema romântico do casal protagonista formado por Marcos (José Mayer) e Helena (Taís Araújo), “A Mulher Que Eu Amo” é a primeira música inédita composta e gravada por Roberto Carlos a figurar numa trilha de novela. A canção está entre as sete novas escritas pelo Rei que devem ser apresentadas em seu próximo álbum. Também fresquinha, “Gospel”, de Raul Seixas, veio à tona apenas este ano, por ocasião do aniversário de duas décadas da morte do Maluco Beleza. Composta por Raul em parceria com Paulo Coelho para a trilha da novela O Rebu, em 1974, a canção foi vetada pela ditadura militar. Para passar pelo crivo da censura, entrou no disco com letra e nome novos, mais amena: “Por Quê?”, na voz da cantora Sônia Santos. Em 1998, 24 anos após o episódio, o produtor Marco Mazzola achou em seus arquivos uma fita gravada por Raul apenas com voz, violão e letra original, e, graças ao avanço tecnológico, refez a música, lançada em agosto deste ano no CD e DVD 20 Anos Sem Raul Seixas.
Maria Bethânia e Bebel Gilberto marcam presença com duas canções que acabam de sair do forno. Bethânia entra na seleção musical de Viver a Vida com “Até o Fim” (Arnaldo Antunes / Cezar Mendes), canção do álbum Tua, do início de outubro. Já Bebel e Carlinhos Brown entram na trilha com a divertida “Chica Chica Bom Chic” (Mack Gordon / Harry Warren), releitura do samba-rumba conhecido na voz da Pequena Notável, Carmen Miranda. Tema de Gustavo (Marcello Airoldi) e Malu (Camila Morgado), a faixa faz parte do novo CD de Bebel, All In One, também deste mês.
Viver a Vida – Nacional marca ainda a estréia em trilhas de duas jovens revelações da nova safra de cantoras da MPB: as paulistanas Maria Gadú e Ana Cañas. Gadú participa com “Shimbalaiê”, canção que compôs quando tinha apenas 10 anos de idade. Primeira música de trabalho de seu début, o homônimo Maria Gadú, que saiu pelo SLAP – selo de novos artistas da Som Livre – no início de julho, serve como pano de fundo para as imagens da paradisíaca Búzios. Já Ana Cañas contribui com o tema de Sandra (Aparecida Petrowky), a balada pop “Esconderijo”, do álbum Hein? – também de julho deste ano.
Gadú e Cañas dividem espaço com outros artistas consagrados da música brasileira, como Gal Costa, Simone e Cássia Eller. Gal contribui para a trilha com “Mar e Sol”, música de Carlos Rennó e do congolense Kanza Lokua gravada para o álbum Hoje (2005), enquanto Simone interpreta “Migalhas”, composição de Erasmo que faz parte do mais recente CD da cantora, Na Veia, de agosto. Cássia Eller aparece em “Partido Alto”, releitura que fez para a canção de Chico Buarque e tema de Gustavo (Marcello Airoldi).
A bossa nova continua presente nas novelas de Manoel Carlos. Desta vez com Tom Jobim, Miúcha e Milton Nascimento representam o gênero. Tom Jobim aparece nas faixas “Sucedeu Assim” (Tom Jobim / Marino Pinto) e “Sei Lá (A Vida Tem Sempre Razão)” (Toquinho / Vinicius de Moraes). A segunda, que divide com Miúcha e Chico Buarque, abre o folhetim todas as noites. Tom ainda aparece ainda em “Caminhos Cruzados”, só que dessa vez como compositor, ao lado de Newton Mendonça. Na trilha de Viver a Vida, a música aparece em versão de Milton Nascimento e Jobim Trio, gravada para o álbum/homenagem Novas Bossas (2008).
Viver a Vida – Nacional traz ainda canções de Lulu Santos, Jorge Vercillo e Tânia Mara, entre outros.
Segunda trilha da nova novela das oito, Viver a Vida - Lounge reflete o estilo de vida urbano e moderno das personagens principais da trama, as modelos internacionais Helena (Taís Araújo) e Luciana (Alinne Moraes), capa do álbum. Lançado pela Som Livre este mês, o CD aposta nos hits de lounges do mundo todo, como os sucessos “Wish You Were Here” e “Uninvited”, que aparecem com nova roupagem.
Destaque para os Pet Shop Boys, dupla inglesa precursora da música eletrônica, que esteve em turnê pelo Brasil durante o mês de outubro. O duo aparece na trilha com a faixa “King of Rome” (Chris Lowe / Neil Tennant), do álbum Yes (2009).
Conterrâneos dos Pet Shop Boys, James Wittshire e Russell Small formam a dupla Freemasons, um dos nomes mais fortes na atual cena da música eletrônica. O Freemasons entra em Viver a Vida – Lounge ao lado da cantora Bailey Tzuke, em versão remixada de “Uninvited”, hit da canadense Alanis Morissete. O sucesso não é o único a ganhar nova roupagem. “Wish You Were Here” (S Aaskoven / M Andersen / J Winther / L Erlandsson / F Lenander / Klaus Bau), do Pink Floyd, aparece em releitura dançante feita pelo grupo Bliss.
Com dezessete faixas que passeiam pelos universos dance, ambient e chill out, a trilha traz ainda músicas como “Dante’s Prayer”, da canadense Loreena Micknnitt, o hit latino “Señorita Bonita” (Martin Strathausen), do Tape Five, e “Schwere Traume” (Frank Peterson / Michael Soltau), de Sarah Brightman.
Jay Vaquer lança seu primeiro registro ao vivo de show
DVD e CD ‘Alive in Brazil’ alinham no repertório músicas dos quatro álbuns do cantor e compositor
Aos olhos da sociedade hipócrita que mascara seu lado mais escuro, Jay Vaquer pode ser encarado como um espírito de porco. De certa forma, o cantor e compositor encarna voluntariamente esse papel ao cantar e falar o que pensa. Sua música expõe as sujeiras escondidas debaixo do tapete, escancara o que ninguém quer ver e grita o que ninguém quer ouvir. É por isso que a imagem do porco aparece no primeiro registro ao vivo de show de Jay, Alive in Brazil, editado neste mês de outubro de 2009 pela gravadora Som Livre, nos formatos de CD e DVD. Alive, sim, pois o artista é um sobrevivente na selva urbana do mercado musical que se corrói por conta da pirataria e da mediocridade reinante. Alive in Brazil, sim, pois neste país – e que país é este? – é muito difícil chegar ao primeiro DVD depois de quatro álbuns autorais, feitos em estúdio sem nenhuma concessão. Mas Jay chegou lá com seu pop rock de tom mordaz. Mordacidade presente já no título em inglês, mas que tem tudo a ver. Inclusive pelo padrão internacional da produção do show que foi captado na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), com direção de Paulo Amorim. O requinte da produção é o mesmo que vem norteando a confecção dos elogiados clipes do artista.
Detalhe surpreendente que atesta a honestidade do artista: não há inéditas entre as 21 músicas do roteiro. Isso mesmo! Jay Vaquer não está oferecendo um requentado registro ao vivo de show como tantos que são despejados diariamente no mercado fonográfico brasileiro, trazendo uma ou duas inéditas para tentar tirar o mofo do repertório. O ineditismo está na concepção do espetáculo, inspirado no conceito de monomito (ou mito único) proposto pelo antropólogo Joseph Campbell (1904 – 1987). No palco, Jay encarna o herói que enfrenta armadilhas e desafios em busca da realização dos seus sonhos. É nesse contexto inédito que as músicas dos quatro álbuns de estúdio de Jay – Não Tão São (2000), Vendo a mim Mesmo (2003), Você Não me Conhece (2005) e Formidável Mundo Cão (2007) – são combinadas num roteiro redondo que conta a saga desse herói de contorno pop.
Conceito à parte, o que se ouve é um pop rock cantado em português, mas com forte influência do rock inglês, que, desde os anos 60, vem ditando as normas da cartilha pop universal. Mas, acima de rótulos, Alive in Brazil perpetua a comunhão entre Jay Vaquer e seu público. Elo que foi se fortalecendo ao longo desta década de forma espontânea, sem pressões midiáticas. “Entendo esse trabalho como um produto que já merecia acontecer porque existe uma carreira, uma trajetória e, sobretudo, um publico interessado”, avalia Jay, com razão. A propósito, o coro espontâneo da platéia em temas como o rock “Longe Aqui” e a balada “Tal do Amor (8 e 80)” atesta a veracidade das palavras do artista.
Alive in Brazil eterniza em DVD um espetáculo de caráter performático que se vale da música para entreter o espectador ao mesmo tempo em que o faz refletir sobre o que é cantado nas letras. E o que é cantado soa forte e ecoa com contundência rara no conformista rock brasileiro da atualidade. Se “Formidável Mundo Cão” narra a saga cínica do jovem que vira político e dono de igreja após ser absolvido do crime de matar a própria família, “Estrela de um Céu Nublado” conta a história de um jovem ator precocemente fracassado por não fazer o jogo sexual do diretor que lhe propõe trabalho. Nesta música, bisando o dueto gravado em seu quarto disco, Jay Vaquer recebe no palco da casa Vivo Rio a cantora Meg Stock, projetada como vocalista do grupo carioca Luxúria.
O tal caráter performático do show pode ser percebido desde o primeiro número, “Me Tira Daquiii!”, quando nosso herói, enjaulado, grita por sua liberdade. Mas a prisão parece ser o destino e o estigma do Homem urbano do Mondo Muderno. E, ao fim do show, tudo se fecha (literalmente), reafirmando o caráter redondo do roteiro bem amarrado. Entre o início e o fim, nosso herói expõe seu pensamento no ar, suspenso por cordas, como Jay aparece no palco em “Cotidiano de um Casal Feliz”.
Enfim, só vendo para crer que ainda existem artistas que não se vendem. Nem tão são, mas sempre lúcido, Jay Vaquer vende a si mesmo sem truques e com honestidade bissexta na cena musical. E o bacana é que, cada vez mais, um público antenado vem comprando sua mensagem. Se você ainda não o conhece, agora pode ser a hora. Alive in Brazil – cujos extras do DVD podem ser conferidos quando o espectador clica na imagem do porco que aparece em cada música – reitera a interação crescente entre público e artista. O mundo cão às vezes pode ser formidável. ***
PERFIL O RAPPA
Álbum reúne as canções mais emblemáticas do grupo carioca, como “Minha alma” e “Pescador de Ilusões”
Política, violência, pobreza, religião e juventude são temas recorrentes nas músicas da banda O Rappa, que expandiu as fronteiras da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, para conquistar o território brasileiro. O grupo – que já soma 16 anos de estrada – ficou conhecido pelas letras fortes que versam sobre a realidade brasileira. Falcão (vocal), Xandão Meneses (guitarra), Lauro Farias (baixo) e Marcelo Lobato (bateria) marcaram a trajetória do pop/rock brasileiro e, por isso, estão sendo homenageados pela Som Livre com o lançamento do CD Perfil – O Rappa.
O perfil reúne alguns dos maiores sucessos do grupo desde o seu surgimento, em 1993. Do álbum Rappa Mundi foram incluídas “Ilê Ayê” (Paulinho Camafeu), “A Feira” (Marcelo Lobato / Falcão / Lauro Farias / Marcelo Yuka / Xandão) e ainda "Vapor Barato" (Jard's Macalé e Wally Salomão), regravada por Gal Costa e Zeca Baleiro, mas consagrada na versão do grupo carioca.
No repertório, há ainda músicas do terceiro trabalho do conjunto, Lado B Lado A, lançado em 1999 e que vendeu 350 mil cópias. Entre as faixas, estão “Me deixa”, “O Que Sobrou do Céu”, “Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)” e “Lado B Lado A”, todas de autoria dos integrantes do grupo.
Lançado em 2003, o CD O Silêncio Q Precede o Esporro é representado em Perfil – O Rappa pelas faixas “O Salto” (Marcelo Falcão / Lauro Farias / Marcelo Lobato / Xandão / Carlos Pombo), “Reza Vela” (Lauro Farias / Marcelo Falcão / Marcelo Lobato / Rodrigo Vale / Xandão / Marcos Lobato), “Rodo Cotidiano” (Marcelo Falcão / Lauro Farias / Marcos Lobato / Xandão / Marcelo Lobato) e “Mar de Gente” (Marcelo Falcão / Lauro Farias / Marcelo Lobato / Xandão).
Do mais recente álbum da banda, 7 Vezes (2008), entram as músicas “Monstro Invisível” (Falcão / Marcelo Lobato / Lauro Farias / Xandão), “Meu Mundo é o Barro” (Marcelo Falcão / Xandão / Marcos Lobato / Marcelo Lobato / Lauro Farias) e “Súplica Cearense” (Gordurinha / Nelinho), de Luiz Gonzaga. Perfil – O Rappa traz ainda versão da banda para "Hey Joe" (Bill Roberts - Vs. Marcelo Yuka / Ivo Meirelles), clássico de Jimi Hendrix, com participação especial do rapper Marcelo D2, entre outras canções. ****
CD E DVD MARINA ELALI – "LONGE OU PERTO"
Primeiro DVD da cantora traz grandes hits, músicas inéditas e dueto com Jon Secada
Presença assídua em trilhas de novelas e filmes, a potiguar Marina Elali é hoje uma das artistas pop mais completas do país: canta, toca, compõe e dança. Desde o início da carreira, com apenas 15 anos, quando abria shows de nomes como Fagner, Nana Caymmi e Elba Ramalho, em Natal, até a fase atual, no Rio de Janeiro, foi um caminho construtivo. Estudou canto na Berklee College of Music, em Boston, nos Estados Unidos, e, no retorno ao Brasil, já em solo carioca, participou do programa Fama, onde conquistou o público com seu talento e carisma. Assinou com a Som Livre, lançou dois álbuns e agora apresenta seu primeiro DVD, Longe Ou Perto, que traz como bônus seu terceiro disco. No repertório, destaque para “Lost Inside Your Heart”, dueto com Jon Secada, e grandes hits, como “One Last Cry”. As canções, apresentadas em versões gravadas no Estádio Machadão, em Natal (RN), e no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ), são intercaladas com imagens de videoclipes da cantora.
Um dos maiores ícones da música pop na década de 90, o cubano Jon Secada buscava, no início deste ano, uma cantora brasileira para gravar um dueto e encontrou em Marina o talento e a versatilidade que procurava. Nasceu então “Lost Inside Your Heart” (Jon Secada), balada que é destaque do DVD e está na trilha da nova novela das oito, Viver a Vida. Também inédita, a faixa-título deste novo trabalho, “Longe ou Perto”, foi composta por Marina em parceria com a cantora, e amiga, Liah. A canção aparece em versão gravada no Teatro Rival, no Rio.
Longe ou Perto traz outras sete canções da apresentação no palco carioca. Entre elas, vale destacar as versões para “Atrás da Porta” (Chico Buarque / Francis Hime) e “Amor Perfeito” (Michael Sullivan / Paulo Massadas / Lincoln Olivetti / Robson Jorge). As românticas “Lovin’ You” (Minnie Riperton / Richard Rudolph) e “Me Faça Mais Feliz” (Marina Elali) mostram a artista inspirada ao piano, enquanto a releitura de “Você”, de Roberto e Erasmo Carlos, e “One Last Cry” (Brian McKnight / Melanie Barnes / Michael Barnes) emocionam o público. As duas últimas foram as primeiras músicas de Marina em trilhas de novela – América e Páginas da Vida, respectivamente.
O DVD também traz dois remixes de “One Last Cry”, sendo um deles do DJ e produtor musical Deeplick. No entanto, os dois aparecem em palcos diferentes. Se o show do Teatro Rival foi em tom intimista, o do estádio Machadão, em Natal, mostra o reencontro de Marina com o caloroso, e animado, público da sua cidade de origem. A apresentação inclui canções como “Mulheres Gostam” (Manuca Almeida / Alexandre Leão), tema do filme Se Eu Fosse Você (2006), e “Oração” (Marcelão / Sérgio Knust / Zé Henrique / Jeffrey Franzel). A potiguar ainda conta com participações especiais de Dominguinhos e de um coral. O primeiro contribui para “All She Wants”, versão em inglês de “O Xote das Meninas” (Luiz Gonzaga/Zé Dantas), uma homenagem ao avô da cantora, Zé Dantas, que fez parte da trilha da novela Duas Caras. Já o coral canta em “Eu Vou Seguir”, versão de Marina e Dudu Falcão para “Reach”, de Gloria Stefan e Diane Warren, e um dos temas nacionais de Sete Pecados.
Longe ou Perto traz ainda bônus como vídeos e o CD homônimo. Um documentário, com depoimentos da própria Marina e de produtores musicais como Guto Graça Mello e Mú Carvalho, mostra a trajetória da cantora e os bastidores da gravação do DVD. Além disso, os fãs ainda levam para casa clipes de canções como “À Francesa” (Antonio Cícero / Claudio Zoli) e “Estoy Enamorado” (Yegor Gomez / Thiago Amorim / Jeová de Carvalho), com a banda paraibana Capim Cubano, além de um especial que acompanha um dia e meio de Marina. No álbum, o terceiro da artista, doze músicas, incluindo a faixa-título e “Lost Inside Your Heart”, com Jon Secada. ***
CD LUV! CLASSICS
Álbum reúne sucessos do hip hop mundial com hits de Ja Rule, TLC e Alicia Keys
Após o grande sucesso das coletâneas Luv! TVZ 1, 2 e 3, com mais de 75 mil cópias vendidas e um disco de platina, a Som Livre lança o álbum Luv! Classics. A compilação traz o melhor das três últimas edições e reúne as mais pedidas do hip hop mundial. Entre elas, os hits “My Boo” (Jermaine Dupri / Alicia Keys / Usher Raymond / Manuel Seal / Adonis Shropshire / Barry White), nas vozes de Usher e Alicia Keys, que chegou ao topo da Hot 100 da Billboard; “No Scrubs” (K Burruss / K Briggs / T Cottle), do trio TLC; e “In Da Club” (Curtis Jackson / Andre Young / Michael Elizondo), som que consagrou 50 Cent. O rapper, descoberto por Eminem, gravou a faixa em seu terceiro disco, Get Rich or Die Tryin.
O álbum traz ainda músicas que embalaram as pistas, como “Last Night” (J Knight / M. Winans / S Combs / S Lawrence / K Cole), da parceria de Diddy com Keyshia Cole, e “Thong Song” (Mark Andrews / T Kelly / B Robinson / R Rosa / J Longo / Marquis Collins / Desmond Child / Sisqó), cantada por Sisqó. O rapper americano Ja Rule é um dos destaques da coletânea, com o sucesso “Mesmerize” (J Atkins / A Parker / I Lorenzo / T Bell / L Creed), que faz parte do álbum The Last Temptation, de 2002 – o quarto entre os seis discos lançados pelo artista. Outros grandes nomes do hip hop e do R&B, como Nelly Furtado, Shaggy e N´Sync, também estão no CD. ****
Alegria de Roberta Sá
Cantora foi atração do Ceará Music
Vanessa da Mata, Ana Carolina, Ana Cañas, Fernanda Abreu, Ivete Sangalo, Céu, Pitty, Maria Gadú, Zélia Duncan... Não chega a ser segredo para ninguém que, de fato, as mulheres estão mandando no mercado fonográfico brasileiro. Todas as cantoras citadas tiveram discos lançados nos últimos três meses. Uma das (poucas) que estavam faltando era Roberta Sá. Não falta mais. Depois de dois CDs de estúdio ("Braseiro", de 2005, e "Que Belo Estranho Dia Para Se Ter Alegria", de 2007), chegou a vez do (inevitável) ao vivo. "Pra Se Ter Alegria", gravado na casa de shows Vivo Rio, no Rio de Janeiro, em abril passado mostra a ex-participante do finado "reality show" "Fama", que explodiu com uma gravação da música "A Vizinha do Lado" (de Dorival Caymmi), incluída na trilha sonora da novela "Celebridade" (2003), de Gilberto Braga, como uma das grandes revelações da música brasileira nessa década. A sua voz gostosa em um repertório de bom gosto acaba agradando a gregos e troianos. E a verdade é que, atualmente, poucos cantam samba como Roberta Sá. A cantora é uma das boas artistas do Ceará Music este ano, uma das únicas diferenças no festival que tem o costume de trazer as mesmas atrações.
Produzido por Rodrigo Campello (o mesmo responsável pelos dois álbuns de estúdio anteriores), "Pra Se Ter Alegria" faz um apanhado da (curta) carreira de Roberta Sá. E, levando-se em conta projetos desse tipo, não poderia ser diferente. De "Braseiro", foram pescadas sete das suas dez faixas (infelizmente, "Valsa da Solidão" ficou de fora), e de "Que Belo Estranho Dia Para Se Ter Alegria" saíram 12 de suas 13 faixas (apenas "Cansei de Esperar Você" ficou de fora). Ou seja, o show ora perpetuado em CD e DVD não prima por grandes novidades. Durante o show, as únicas novidades acabaram sendo "Samba do Balanço" (composição de Luiz Machado, já gravada por Miltinho), com participação de Marcelo D2, e a inédita "Agora Sim".
Hamilton de Holanda também participou da gravação em "Novo Amor", e Pedro Luís em "Girando Na Renda". Além dessas canções mais manjadas, "Pra Se Ter Alegria" ainda conta com "No Braseiro", "Alô Fevereiro", "Samba de Um Minuto", "Laranjeira", "A Vizinha do Lado" e "Casa Pré-Fabricada", estas duas últimas, infelizmente, só aparecem no DVD.
O grande atrativo desse novo projeto fica por conta das canções extras no DVD, e que podem ser baixadas na internet no momento em que o CD é inserido no "driver" do computador. No total, são quatro faixas ("Mambembe", com Chico Buarque e Marcello Gonçalves, "Peito Vazio", com Ney Matogrosso e Trio Madeira Brasil, "Eu Já Não Sei" e "Modinha", com Antônio Zambujo, Yamandú Costa e Ricardo Cruz). As burocráticas gravações de "Mambembe" e "Peito Vazio", no entanto, servem apenas para mostrar que Roberta Sá é avalizada pelos dois artistas. ****
Novas promessas da MPB: Maria Gadú e Alessandra Aragão
Em meio à recente explosão de jovens cantoras, três anos atrás saltou aos ouvidos de alguns privilegiados o disco de estreia da pernambucana Alessandra Leão (foto ao lado), Brinquedo de Tambor. Ao invés de polimento, suavidade ou as sonoridades mais hype, o CD da ex-integrante do Comadre Fulozinha gritava sua aspereza, revelando também uma surpreendente compositora, com um raro frescor no manejo da música tradicional do litoral e Zona da Mata nordestina. O paralelo mais imediato para situar as referências seria o amigo Siba e sua Fuloresta do Samba, que também escondem por trás de sonoridades ancestrais uma radical atualidade.
Mas o disco de estreia, ainda que farto em contrapontos e usando algumas guitarras, ainda era um tanto reverente às tradições de que se apropriava. Pois neste novo CD Dois Cordões, a coisa amadureceu como se décadas, e não anos, houvessem passado.
Nele, a idéia de arranjo e sonoridade (obra do produtor/arranjador/instrumentista Caçapa) é inseparável do resultado final: uma combinação 100% inédita dos timbres de três guitarras elétricas (de 6, 7 e 12 cordas), em camas quase nunca harmônicas, mas sim complexamente polifônicas. Tecidos sonoros que devem tributo tanto aos estudos eruditos europeus de contraponto e fuga quanto a escuta atenta dos mestres da música africana, igualmente polifônica e não-harmônica.
E essa meticulosa rede de vozes instrumentais é alicerçada à terra não por acaso por um místico (e mítico) trio de ilús: tambores de pela utilizados nos terreiros de Xangô (como é conhecido o candomblé em Pernambuco). E a moldura do disco é essa. Pouco mais, pra dar molho: um pandeiro aqui, caxixis ali, talking drums, güiro, ganzá, eventuais coros.
Só que nada disso seria mais do que curioso ineditismo se, sobre essa tessitura, não flutuasse como ave rara a voz de Alessandra. Uma voz por vezes doce e jovial, por vezes crestada numa alegria ancestral que ecoa essa gente simples dos interiores de Norte e Nordeste, gente que canta porque não sabe não cantar. Essa gente humilde e feliz, feliz de uma felicidade muitas vezes incompreensível para urbanos e/ou sulistas.
Mas do que fala essa voz? Sobre o que escreve essa compositora única, que abre as asas sobre o chão de terra e paira sobre o mundo, sobre sentimentos universais, sobre dramas de qualquer cidadão do planeta? Fala de (ser) par, de dualidade, de chegadas e de partidas. Fala de Ogum e de Iemanjá. De amor e violência, fogo e mar, tradição e contemporaneidade. África e América, elétrico e acústico. ***
A estreia da paulista radicada no Rio de Janeiro Maria Gadú não poderia ser mais luxuosa. Seu primeiro CD, autointitulado e lançado pela Som Livre, tem apresentação belíssima, com direito a capa dura, encarte colorido com letras, informações e inúmeras fotos.
A embalagem é diferenciada, em formato digipack que sai do padrão. Além disso, a moça está com uma música, Shimbalaiê, em trilha de novela global. Com 24 anos, a moça é gatíssima. Bem, mas o assunto aqui é música: e como ficamos no quesito qualidade? Aí, a coisa está mais para cinza do que para preto ou branco. Explico melhor.
Gadú, cujo nome de batismo é Mayra, tem um bonito timbre vocal, sem sombra de dúvidas. Existe uma semelhança com o de Marisa Monte, sim, e isso se ressalta devido à sonoridade que a moça segue, que tem muito a ver com o estilo MPB pop da autora da estrela carioca.
O clima fica ainda mais próximo devido ao uso de músicos de estúdio de ótimo gabarito, mas que acabaram por ajudar o disco a soar meio pasteurizado, semelhante demais ao que se tem feito no que se rotulou de “nova MPB”, e que freqüentemente cai em um clima redundante e soporífero demais.
Oito das treze faixas incluídas em Maria Gadú, o CD, são de autoria da própria, e ela se mostra ainda em busca de uma assinatura própria, com repetição de frases melódicas e letras que investem mais em forma do que em conteúdo.
Nas releituras, mostra-se mais à vontade, mas pouco acrescenta a clássicos como Ne Me Quitte Pas (de Jacques Brel) e A História de Lilly Braun (de Chico Buarque e Edu Lobo) em relação a gravações de outros artistas. O pior momento é a faixa que encerra o disco. Gadú tenta dar a Baba, aquela mesma de Kelly Key, um clima acústico descolado, e só consegue evidenciar o quanto essa música é fraca.
Muita gente deve ter ouvido Shimbalaiê e achado se tratar de uma nova de Marisa Monte. Creio que Maria Gadú tem futuro, apesar de tudo. Não a vi ao vivo, mas pode ser que ela sofra da mesma síndrome de outra cantora talentosa, Ana Cañas: faz bons shows, mas não consegue trazer esse clima para seus discos de estúdio. Vejamos o que o futuro irá proporcionar a elas. Tomara que algo melhor. ***
Pitty lança DVD “Chiaroscope”, documentário das gravações e músicas inéditas
“Chiaroscuro” (Deckdisc) já nasceu como um álbum de extrema importância na discografia da Pitty. Além de mostrar o amadurecimento dela como cantora e compositora e a influência de outros estilos no som da roqueira baiana, o álbum foi gravado de forma especial. Tão especial que o registro desse processo será lançado em DVD em outubro.
Filmado, dirigido, editado e com roteiro de Ricardo Spencer, “Chiaroscope” (Deckdisc) traz 3 canções inéditas e as 11 músicas do álbum com vídeos feitos durante as gravações no estúdio Madeira, estúdio de ensaio na casa do baterista Duda que foi equipado para as gravações de “Chiaroscuro”.
O DVD mostra esse clima familiar em que o “Chiaroscuro” foi gravado e segue o mesmo conceito, sendo um home movie no qual todos os envolvidos operaram a câmera em algum momento. Os vídeos experimentais dos anos 60 foram uma forte influência. “A ideia era fugir do asséptico de atualmente, sem medo de usar microcâmeras, mini dv, celulares e também high definition, por que não?” – comenta o diretor Spencer.
Pela primeira vez álbum inspira game brasileiro: “Chiaroscuro – o jogo” é baseado no CD de Pitty
Pela primeira vez no Brasil será lançado um jogo 100% inspirado num álbum de um artista. Isso mesmo! A gravadora Deckdisc e a Tectoy Mobile lançam semana que vem “Chiaroscuro – o Jogo”, baseado no novo CD da cantora Pitty. A cartela traz 3 mini-games dentro de um jogo para celular, com trilha e conceitos de músicas do disco e com a própria Pitty como personagem. Em “Na Pele de Mulher” (mini-game inspirado em “Desconstruindo Amélia”), o jogador tem que se esforçar para equilibrar os vários aspectos da vida (amor, trabalho, profissão e etc). “Enfrentando o Medo” (mini-game inspirado em “Medo”) é um jogo de tabuleiro disputado pela cantora e sua própria sombra e “Rato na Roda” traz um fã tentando burlar os seguranças para dar um mosh no palco.
”Chiaroscuro, o Jogo” estará disponível para todas as operadoras.
Marcelo Bonfá no Jota Quest
O baterista da Legião Urbana, Marcelo Bonfá participou do show do Jota Quest na Fundição Progresso na ultima sexta-feira (2) no Rio.
Junto com a banda mineira eles tocaram "Pais e Filhos" e "Tempo Perdido".
César Menotti e Fabiano recebem homenagem e comemoram indicação ao Grammy Latino
Dupla venceu a categoria em 2008
Os irmãos César Menotti e Fabiano se firmam como a dupla sertaneja mais bem sucedida do Brasil, com cerca de um milhão de álbuns vendidos e lotação esgotada nas apresentações no Brasil e exterior. O atual momento da dupla acaba de ser coroado com mais uma indicação ao Grammy Latino na categoria Música Sertaneja e uma justa homenagem na Festa Nacional da Música, que se encerra nesta quarta, em Canela (RS), e reúne artistas e profissionais para shows, jam sessions e debates sobre o futuro da música e suas plataformas de distribuição.
Ao lado de nomes como Ivan Lins, Elba Ramalho e Jair Rodrigues, César Menotti e Fabiano foram homenageados pelo sucesso na carreira e contribuição para a música popular brasileira. Em turnê do álbum “Voz do Coração - Ao Vivo”, os irmãos não puderam comparecer à festa, mas enviaram uma mensagem pelos representantes da Universal Music no evento. O CD e DVD “Voz do Coração - Ao Vivo” têm trazido muitas alegrias para a dupla. O trabalho é um dos favoritos na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja no Grammy Latino. A cerimônia de premiação acontecerá dia 4 de novembro no Four Seasons Hotel, em Los Angeles. César Menotti & Fabiano venceram a mesma categoria da competição no ano passado com o CD “.com você”.
Dupla fará música da trilha “Lula – O Filho do Brasil”, a pedido do presidente
Tudo ao mesmo tempo agora. É esta máxima que faz parte da vida de Zezé Di Camargo e Luciano. Eles acabam de lançar o DVD/CD “Duas Horas de Sucesso”, gravado no Credicard Hall (SP), e cumprem turnê de Norte a Sul do Brasil. E, agora, preparam para levar uma turnê exclusiva para o Nordeste, do dia 1º a 21 de novembro. A agenda traz Mombaça (CE) e Fortaleza (CE), respectivamente nos dias 20 e 21.
O espetáculo traz 24 músicas simbolizando o número de horas de um dia e um repertório selecionado com os hits que marcam 18 anos de uma carreira brilhante, consagrada com o tempo. No palco, uma mega-estrutura e muitas surpresas, a começar pela abertura, com imagens em alta definição e sincronizadas com os artistas.
Do repertório mais antigo, “Vem Ficar Comigo”, “A Ferro e Fogo”, “Pra Mudar Minha vida”, “Sem medo de Ser feliz”, e outras. Os irmãos goianos cantam também “No Dia Em Que Saí de Casa” e “É o Amor”, clássicos da dupla. O charme extra fica por conta de “Hey Jude" na voz de Luciano acompanhado pelo irmão no piano. Luciano também é responsável por outro momento solo, interpretando “Do seu lado”, música de Nando Reis que ficou imortalizada pelo grupo Jota Quest. Zezé Di Camargo também surpreende, soltando seus belos agudos, relembrando um dos momentos mais aplaudidos de sua carreira: a interpretação de “Bella Senzanima”, de Lucio Dalla.
Outro ponto máximo do show traz uma homenagem aos “Amigos”. O tema promete pronta identificação com a platéia. Telões exibem imagens que falam por si só, fazendo um flash back de vários momentos vividos por Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó e Zezé Di Camargo e Luciano, desde o primeiro encontro de todos eles. E é bem nesse contexto que eles soltam a voz, com gosto de boas lembranças, em “Cerveja”, “Na Aba do Meu Chapéu” e “Mexe que é bom”.
Com estreia agendada para 1º de janeiro de 2010, o filme Lula - O Filho do Brasil, de Fábio Barreto, traz gravação inédita da dupla Zezé Di Camargo & Luciano na trilha sonora que vai ser editada em CD pela gravadora EMI Music entre o fim de novembro e o início de dezembro de 2009. A pedido do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, Zezé & Luciano entraram em estúdio para gravar a célebre guarânia paraguaia Meu Primeiro Amor (Lejania), popularizada no Brasil em 1952 pela dupla Cascatinha (1919 - 1996) & Inhana (1923 - 1981). A trilha do filme inclui também uma gravação inédita de Nana Caymmi - Nossa Canção (Luiz Ayrão), hit de Roberto Carlos em 1966 - entre fonogramas antigos de Tim Maia (Você), Ivan Lins (Desesperar Jamais, em registro feito em dueto com Roberto Ribeiro), Altemar Dutra (Sentimental Demais), Celly Campello (Estúpido Cupido) e dos Demônios da Garoa (Saudosa Maloca), entre outros nomes.
Som Livre lança as duas primeiras trilhas da nova novela "Viver a Vida"
Primeira trilha da nova novela das oito, Viver a Vida – Nacional traz um repertório cheio de destaques da música brasileira. Da canção inédita de Roberto Carlos, “A Mulher Que Eu Amo”, aos hits de cantoras revelações da MPB em 2009, como Maria Gadú, e faixas dos novos álbuns de Maria Bethânia e Bebel Gilberto, o CD apresenta uma seleção musical que reflete a alta qualidade da música feita no Brasil.
Tema romântico do casal protagonista formado por Marcos (José Mayer) e Helena (Taís Araújo), “A Mulher Que Eu Amo” é a primeira música inédita composta e gravada por Roberto Carlos a figurar numa trilha de novela. A canção está entre as sete novas escritas pelo Rei que devem ser apresentadas em seu próximo álbum. Também fresquinha, “Gospel”, de Raul Seixas, veio à tona apenas este ano, por ocasião do aniversário de duas décadas da morte do Maluco Beleza. Composta por Raul em parceria com Paulo Coelho para a trilha da novela O Rebu, em 1974, a canção foi vetada pela ditadura militar. Para passar pelo crivo da censura, entrou no disco com letra e nome novos, mais amena: “Por Quê?”, na voz da cantora Sônia Santos. Em 1998, 24 anos após o episódio, o produtor Marco Mazzola achou em seus arquivos uma fita gravada por Raul apenas com voz, violão e letra original, e, graças ao avanço tecnológico, refez a música, lançada em agosto deste ano no CD e DVD 20 Anos Sem Raul Seixas.
Maria Bethânia e Bebel Gilberto marcam presença com duas canções que acabam de sair do forno. Bethânia entra na seleção musical de Viver a Vida com “Até o Fim” (Arnaldo Antunes / Cezar Mendes), canção do álbum Tua, do início de outubro. Já Bebel e Carlinhos Brown entram na trilha com a divertida “Chica Chica Bom Chic” (Mack Gordon / Harry Warren), releitura do samba-rumba conhecido na voz da Pequena Notável, Carmen Miranda. Tema de Gustavo (Marcello Airoldi) e Malu (Camila Morgado), a faixa faz parte do novo CD de Bebel, All In One, também deste mês.
Viver a Vida – Nacional marca ainda a estréia em trilhas de duas jovens revelações da nova safra de cantoras da MPB: as paulistanas Maria Gadú e Ana Cañas. Gadú participa com “Shimbalaiê”, canção que compôs quando tinha apenas 10 anos de idade. Primeira música de trabalho de seu début, o homônimo Maria Gadú, que saiu pelo SLAP – selo de novos artistas da Som Livre – no início de julho, serve como pano de fundo para as imagens da paradisíaca Búzios. Já Ana Cañas contribui com o tema de Sandra (Aparecida Petrowky), a balada pop “Esconderijo”, do álbum Hein? – também de julho deste ano.
Gadú e Cañas dividem espaço com outros artistas consagrados da música brasileira, como Gal Costa, Simone e Cássia Eller. Gal contribui para a trilha com “Mar e Sol”, música de Carlos Rennó e do congolense Kanza Lokua gravada para o álbum Hoje (2005), enquanto Simone interpreta “Migalhas”, composição de Erasmo que faz parte do mais recente CD da cantora, Na Veia, de agosto. Cássia Eller aparece em “Partido Alto”, releitura que fez para a canção de Chico Buarque e tema de Gustavo (Marcello Airoldi).
A bossa nova continua presente nas novelas de Manoel Carlos. Desta vez com Tom Jobim, Miúcha e Milton Nascimento representam o gênero. Tom Jobim aparece nas faixas “Sucedeu Assim” (Tom Jobim / Marino Pinto) e “Sei Lá (A Vida Tem Sempre Razão)” (Toquinho / Vinicius de Moraes). A segunda, que divide com Miúcha e Chico Buarque, abre o folhetim todas as noites. Tom ainda aparece ainda em “Caminhos Cruzados”, só que dessa vez como compositor, ao lado de Newton Mendonça. Na trilha de Viver a Vida, a música aparece em versão de Milton Nascimento e Jobim Trio, gravada para o álbum/homenagem Novas Bossas (2008).
Viver a Vida – Nacional traz ainda canções de Lulu Santos, Jorge Vercillo e Tânia Mara, entre outros.
Segunda trilha da nova novela das oito, Viver a Vida - Lounge reflete o estilo de vida urbano e moderno das personagens principais da trama, as modelos internacionais Helena (Taís Araújo) e Luciana (Alinne Moraes), capa do álbum. Lançado pela Som Livre este mês, o CD aposta nos hits de lounges do mundo todo, como os sucessos “Wish You Were Here” e “Uninvited”, que aparecem com nova roupagem.
Destaque para os Pet Shop Boys, dupla inglesa precursora da música eletrônica, que esteve em turnê pelo Brasil durante o mês de outubro. O duo aparece na trilha com a faixa “King of Rome” (Chris Lowe / Neil Tennant), do álbum Yes (2009).
Conterrâneos dos Pet Shop Boys, James Wittshire e Russell Small formam a dupla Freemasons, um dos nomes mais fortes na atual cena da música eletrônica. O Freemasons entra em Viver a Vida – Lounge ao lado da cantora Bailey Tzuke, em versão remixada de “Uninvited”, hit da canadense Alanis Morissete. O sucesso não é o único a ganhar nova roupagem. “Wish You Were Here” (S Aaskoven / M Andersen / J Winther / L Erlandsson / F Lenander / Klaus Bau), do Pink Floyd, aparece em releitura dançante feita pelo grupo Bliss.
Com dezessete faixas que passeiam pelos universos dance, ambient e chill out, a trilha traz ainda músicas como “Dante’s Prayer”, da canadense Loreena Micknnitt, o hit latino “Señorita Bonita” (Martin Strathausen), do Tape Five, e “Schwere Traume” (Frank Peterson / Michael Soltau), de Sarah Brightman.
Jay Vaquer lança seu primeiro registro ao vivo de show
DVD e CD ‘Alive in Brazil’ alinham no repertório músicas dos quatro álbuns do cantor e compositor
Aos olhos da sociedade hipócrita que mascara seu lado mais escuro, Jay Vaquer pode ser encarado como um espírito de porco. De certa forma, o cantor e compositor encarna voluntariamente esse papel ao cantar e falar o que pensa. Sua música expõe as sujeiras escondidas debaixo do tapete, escancara o que ninguém quer ver e grita o que ninguém quer ouvir. É por isso que a imagem do porco aparece no primeiro registro ao vivo de show de Jay, Alive in Brazil, editado neste mês de outubro de 2009 pela gravadora Som Livre, nos formatos de CD e DVD. Alive, sim, pois o artista é um sobrevivente na selva urbana do mercado musical que se corrói por conta da pirataria e da mediocridade reinante. Alive in Brazil, sim, pois neste país – e que país é este? – é muito difícil chegar ao primeiro DVD depois de quatro álbuns autorais, feitos em estúdio sem nenhuma concessão. Mas Jay chegou lá com seu pop rock de tom mordaz. Mordacidade presente já no título em inglês, mas que tem tudo a ver. Inclusive pelo padrão internacional da produção do show que foi captado na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), com direção de Paulo Amorim. O requinte da produção é o mesmo que vem norteando a confecção dos elogiados clipes do artista.
Detalhe surpreendente que atesta a honestidade do artista: não há inéditas entre as 21 músicas do roteiro. Isso mesmo! Jay Vaquer não está oferecendo um requentado registro ao vivo de show como tantos que são despejados diariamente no mercado fonográfico brasileiro, trazendo uma ou duas inéditas para tentar tirar o mofo do repertório. O ineditismo está na concepção do espetáculo, inspirado no conceito de monomito (ou mito único) proposto pelo antropólogo Joseph Campbell (1904 – 1987). No palco, Jay encarna o herói que enfrenta armadilhas e desafios em busca da realização dos seus sonhos. É nesse contexto inédito que as músicas dos quatro álbuns de estúdio de Jay – Não Tão São (2000), Vendo a mim Mesmo (2003), Você Não me Conhece (2005) e Formidável Mundo Cão (2007) – são combinadas num roteiro redondo que conta a saga desse herói de contorno pop.
Conceito à parte, o que se ouve é um pop rock cantado em português, mas com forte influência do rock inglês, que, desde os anos 60, vem ditando as normas da cartilha pop universal. Mas, acima de rótulos, Alive in Brazil perpetua a comunhão entre Jay Vaquer e seu público. Elo que foi se fortalecendo ao longo desta década de forma espontânea, sem pressões midiáticas. “Entendo esse trabalho como um produto que já merecia acontecer porque existe uma carreira, uma trajetória e, sobretudo, um publico interessado”, avalia Jay, com razão. A propósito, o coro espontâneo da platéia em temas como o rock “Longe Aqui” e a balada “Tal do Amor (8 e 80)” atesta a veracidade das palavras do artista.
Alive in Brazil eterniza em DVD um espetáculo de caráter performático que se vale da música para entreter o espectador ao mesmo tempo em que o faz refletir sobre o que é cantado nas letras. E o que é cantado soa forte e ecoa com contundência rara no conformista rock brasileiro da atualidade. Se “Formidável Mundo Cão” narra a saga cínica do jovem que vira político e dono de igreja após ser absolvido do crime de matar a própria família, “Estrela de um Céu Nublado” conta a história de um jovem ator precocemente fracassado por não fazer o jogo sexual do diretor que lhe propõe trabalho. Nesta música, bisando o dueto gravado em seu quarto disco, Jay Vaquer recebe no palco da casa Vivo Rio a cantora Meg Stock, projetada como vocalista do grupo carioca Luxúria.
O tal caráter performático do show pode ser percebido desde o primeiro número, “Me Tira Daquiii!”, quando nosso herói, enjaulado, grita por sua liberdade. Mas a prisão parece ser o destino e o estigma do Homem urbano do Mondo Muderno. E, ao fim do show, tudo se fecha (literalmente), reafirmando o caráter redondo do roteiro bem amarrado. Entre o início e o fim, nosso herói expõe seu pensamento no ar, suspenso por cordas, como Jay aparece no palco em “Cotidiano de um Casal Feliz”.
Enfim, só vendo para crer que ainda existem artistas que não se vendem. Nem tão são, mas sempre lúcido, Jay Vaquer vende a si mesmo sem truques e com honestidade bissexta na cena musical. E o bacana é que, cada vez mais, um público antenado vem comprando sua mensagem. Se você ainda não o conhece, agora pode ser a hora. Alive in Brazil – cujos extras do DVD podem ser conferidos quando o espectador clica na imagem do porco que aparece em cada música – reitera a interação crescente entre público e artista. O mundo cão às vezes pode ser formidável. ***
PERFIL O RAPPA
Álbum reúne as canções mais emblemáticas do grupo carioca, como “Minha alma” e “Pescador de Ilusões”
Política, violência, pobreza, religião e juventude são temas recorrentes nas músicas da banda O Rappa, que expandiu as fronteiras da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, para conquistar o território brasileiro. O grupo – que já soma 16 anos de estrada – ficou conhecido pelas letras fortes que versam sobre a realidade brasileira. Falcão (vocal), Xandão Meneses (guitarra), Lauro Farias (baixo) e Marcelo Lobato (bateria) marcaram a trajetória do pop/rock brasileiro e, por isso, estão sendo homenageados pela Som Livre com o lançamento do CD Perfil – O Rappa.
O perfil reúne alguns dos maiores sucessos do grupo desde o seu surgimento, em 1993. Do álbum Rappa Mundi foram incluídas “Ilê Ayê” (Paulinho Camafeu), “A Feira” (Marcelo Lobato / Falcão / Lauro Farias / Marcelo Yuka / Xandão) e ainda "Vapor Barato" (Jard's Macalé e Wally Salomão), regravada por Gal Costa e Zeca Baleiro, mas consagrada na versão do grupo carioca.
No repertório, há ainda músicas do terceiro trabalho do conjunto, Lado B Lado A, lançado em 1999 e que vendeu 350 mil cópias. Entre as faixas, estão “Me deixa”, “O Que Sobrou do Céu”, “Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)” e “Lado B Lado A”, todas de autoria dos integrantes do grupo.
Lançado em 2003, o CD O Silêncio Q Precede o Esporro é representado em Perfil – O Rappa pelas faixas “O Salto” (Marcelo Falcão / Lauro Farias / Marcelo Lobato / Xandão / Carlos Pombo), “Reza Vela” (Lauro Farias / Marcelo Falcão / Marcelo Lobato / Rodrigo Vale / Xandão / Marcos Lobato), “Rodo Cotidiano” (Marcelo Falcão / Lauro Farias / Marcos Lobato / Xandão / Marcelo Lobato) e “Mar de Gente” (Marcelo Falcão / Lauro Farias / Marcelo Lobato / Xandão).
Do mais recente álbum da banda, 7 Vezes (2008), entram as músicas “Monstro Invisível” (Falcão / Marcelo Lobato / Lauro Farias / Xandão), “Meu Mundo é o Barro” (Marcelo Falcão / Xandão / Marcos Lobato / Marcelo Lobato / Lauro Farias) e “Súplica Cearense” (Gordurinha / Nelinho), de Luiz Gonzaga. Perfil – O Rappa traz ainda versão da banda para "Hey Joe" (Bill Roberts - Vs. Marcelo Yuka / Ivo Meirelles), clássico de Jimi Hendrix, com participação especial do rapper Marcelo D2, entre outras canções. ****
CD E DVD MARINA ELALI – "LONGE OU PERTO"
Primeiro DVD da cantora traz grandes hits, músicas inéditas e dueto com Jon Secada
Presença assídua em trilhas de novelas e filmes, a potiguar Marina Elali é hoje uma das artistas pop mais completas do país: canta, toca, compõe e dança. Desde o início da carreira, com apenas 15 anos, quando abria shows de nomes como Fagner, Nana Caymmi e Elba Ramalho, em Natal, até a fase atual, no Rio de Janeiro, foi um caminho construtivo. Estudou canto na Berklee College of Music, em Boston, nos Estados Unidos, e, no retorno ao Brasil, já em solo carioca, participou do programa Fama, onde conquistou o público com seu talento e carisma. Assinou com a Som Livre, lançou dois álbuns e agora apresenta seu primeiro DVD, Longe Ou Perto, que traz como bônus seu terceiro disco. No repertório, destaque para “Lost Inside Your Heart”, dueto com Jon Secada, e grandes hits, como “One Last Cry”. As canções, apresentadas em versões gravadas no Estádio Machadão, em Natal (RN), e no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ), são intercaladas com imagens de videoclipes da cantora.
Um dos maiores ícones da música pop na década de 90, o cubano Jon Secada buscava, no início deste ano, uma cantora brasileira para gravar um dueto e encontrou em Marina o talento e a versatilidade que procurava. Nasceu então “Lost Inside Your Heart” (Jon Secada), balada que é destaque do DVD e está na trilha da nova novela das oito, Viver a Vida. Também inédita, a faixa-título deste novo trabalho, “Longe ou Perto”, foi composta por Marina em parceria com a cantora, e amiga, Liah. A canção aparece em versão gravada no Teatro Rival, no Rio.
Longe ou Perto traz outras sete canções da apresentação no palco carioca. Entre elas, vale destacar as versões para “Atrás da Porta” (Chico Buarque / Francis Hime) e “Amor Perfeito” (Michael Sullivan / Paulo Massadas / Lincoln Olivetti / Robson Jorge). As românticas “Lovin’ You” (Minnie Riperton / Richard Rudolph) e “Me Faça Mais Feliz” (Marina Elali) mostram a artista inspirada ao piano, enquanto a releitura de “Você”, de Roberto e Erasmo Carlos, e “One Last Cry” (Brian McKnight / Melanie Barnes / Michael Barnes) emocionam o público. As duas últimas foram as primeiras músicas de Marina em trilhas de novela – América e Páginas da Vida, respectivamente.
O DVD também traz dois remixes de “One Last Cry”, sendo um deles do DJ e produtor musical Deeplick. No entanto, os dois aparecem em palcos diferentes. Se o show do Teatro Rival foi em tom intimista, o do estádio Machadão, em Natal, mostra o reencontro de Marina com o caloroso, e animado, público da sua cidade de origem. A apresentação inclui canções como “Mulheres Gostam” (Manuca Almeida / Alexandre Leão), tema do filme Se Eu Fosse Você (2006), e “Oração” (Marcelão / Sérgio Knust / Zé Henrique / Jeffrey Franzel). A potiguar ainda conta com participações especiais de Dominguinhos e de um coral. O primeiro contribui para “All She Wants”, versão em inglês de “O Xote das Meninas” (Luiz Gonzaga/Zé Dantas), uma homenagem ao avô da cantora, Zé Dantas, que fez parte da trilha da novela Duas Caras. Já o coral canta em “Eu Vou Seguir”, versão de Marina e Dudu Falcão para “Reach”, de Gloria Stefan e Diane Warren, e um dos temas nacionais de Sete Pecados.
Longe ou Perto traz ainda bônus como vídeos e o CD homônimo. Um documentário, com depoimentos da própria Marina e de produtores musicais como Guto Graça Mello e Mú Carvalho, mostra a trajetória da cantora e os bastidores da gravação do DVD. Além disso, os fãs ainda levam para casa clipes de canções como “À Francesa” (Antonio Cícero / Claudio Zoli) e “Estoy Enamorado” (Yegor Gomez / Thiago Amorim / Jeová de Carvalho), com a banda paraibana Capim Cubano, além de um especial que acompanha um dia e meio de Marina. No álbum, o terceiro da artista, doze músicas, incluindo a faixa-título e “Lost Inside Your Heart”, com Jon Secada. ***
CD LUV! CLASSICS
Álbum reúne sucessos do hip hop mundial com hits de Ja Rule, TLC e Alicia Keys
Após o grande sucesso das coletâneas Luv! TVZ 1, 2 e 3, com mais de 75 mil cópias vendidas e um disco de platina, a Som Livre lança o álbum Luv! Classics. A compilação traz o melhor das três últimas edições e reúne as mais pedidas do hip hop mundial. Entre elas, os hits “My Boo” (Jermaine Dupri / Alicia Keys / Usher Raymond / Manuel Seal / Adonis Shropshire / Barry White), nas vozes de Usher e Alicia Keys, que chegou ao topo da Hot 100 da Billboard; “No Scrubs” (K Burruss / K Briggs / T Cottle), do trio TLC; e “In Da Club” (Curtis Jackson / Andre Young / Michael Elizondo), som que consagrou 50 Cent. O rapper, descoberto por Eminem, gravou a faixa em seu terceiro disco, Get Rich or Die Tryin.
O álbum traz ainda músicas que embalaram as pistas, como “Last Night” (J Knight / M. Winans / S Combs / S Lawrence / K Cole), da parceria de Diddy com Keyshia Cole, e “Thong Song” (Mark Andrews / T Kelly / B Robinson / R Rosa / J Longo / Marquis Collins / Desmond Child / Sisqó), cantada por Sisqó. O rapper americano Ja Rule é um dos destaques da coletânea, com o sucesso “Mesmerize” (J Atkins / A Parker / I Lorenzo / T Bell / L Creed), que faz parte do álbum The Last Temptation, de 2002 – o quarto entre os seis discos lançados pelo artista. Outros grandes nomes do hip hop e do R&B, como Nelly Furtado, Shaggy e N´Sync, também estão no CD. ****
Alegria de Roberta Sá
Cantora foi atração do Ceará Music
Vanessa da Mata, Ana Carolina, Ana Cañas, Fernanda Abreu, Ivete Sangalo, Céu, Pitty, Maria Gadú, Zélia Duncan... Não chega a ser segredo para ninguém que, de fato, as mulheres estão mandando no mercado fonográfico brasileiro. Todas as cantoras citadas tiveram discos lançados nos últimos três meses. Uma das (poucas) que estavam faltando era Roberta Sá. Não falta mais. Depois de dois CDs de estúdio ("Braseiro", de 2005, e "Que Belo Estranho Dia Para Se Ter Alegria", de 2007), chegou a vez do (inevitável) ao vivo. "Pra Se Ter Alegria", gravado na casa de shows Vivo Rio, no Rio de Janeiro, em abril passado mostra a ex-participante do finado "reality show" "Fama", que explodiu com uma gravação da música "A Vizinha do Lado" (de Dorival Caymmi), incluída na trilha sonora da novela "Celebridade" (2003), de Gilberto Braga, como uma das grandes revelações da música brasileira nessa década. A sua voz gostosa em um repertório de bom gosto acaba agradando a gregos e troianos. E a verdade é que, atualmente, poucos cantam samba como Roberta Sá. A cantora é uma das boas artistas do Ceará Music este ano, uma das únicas diferenças no festival que tem o costume de trazer as mesmas atrações.
Produzido por Rodrigo Campello (o mesmo responsável pelos dois álbuns de estúdio anteriores), "Pra Se Ter Alegria" faz um apanhado da (curta) carreira de Roberta Sá. E, levando-se em conta projetos desse tipo, não poderia ser diferente. De "Braseiro", foram pescadas sete das suas dez faixas (infelizmente, "Valsa da Solidão" ficou de fora), e de "Que Belo Estranho Dia Para Se Ter Alegria" saíram 12 de suas 13 faixas (apenas "Cansei de Esperar Você" ficou de fora). Ou seja, o show ora perpetuado em CD e DVD não prima por grandes novidades. Durante o show, as únicas novidades acabaram sendo "Samba do Balanço" (composição de Luiz Machado, já gravada por Miltinho), com participação de Marcelo D2, e a inédita "Agora Sim".
Hamilton de Holanda também participou da gravação em "Novo Amor", e Pedro Luís em "Girando Na Renda". Além dessas canções mais manjadas, "Pra Se Ter Alegria" ainda conta com "No Braseiro", "Alô Fevereiro", "Samba de Um Minuto", "Laranjeira", "A Vizinha do Lado" e "Casa Pré-Fabricada", estas duas últimas, infelizmente, só aparecem no DVD.
O grande atrativo desse novo projeto fica por conta das canções extras no DVD, e que podem ser baixadas na internet no momento em que o CD é inserido no "driver" do computador. No total, são quatro faixas ("Mambembe", com Chico Buarque e Marcello Gonçalves, "Peito Vazio", com Ney Matogrosso e Trio Madeira Brasil, "Eu Já Não Sei" e "Modinha", com Antônio Zambujo, Yamandú Costa e Ricardo Cruz). As burocráticas gravações de "Mambembe" e "Peito Vazio", no entanto, servem apenas para mostrar que Roberta Sá é avalizada pelos dois artistas. ****
Novas promessas da MPB: Maria Gadú e Alessandra Aragão
Em meio à recente explosão de jovens cantoras, três anos atrás saltou aos ouvidos de alguns privilegiados o disco de estreia da pernambucana Alessandra Leão (foto ao lado), Brinquedo de Tambor. Ao invés de polimento, suavidade ou as sonoridades mais hype, o CD da ex-integrante do Comadre Fulozinha gritava sua aspereza, revelando também uma surpreendente compositora, com um raro frescor no manejo da música tradicional do litoral e Zona da Mata nordestina. O paralelo mais imediato para situar as referências seria o amigo Siba e sua Fuloresta do Samba, que também escondem por trás de sonoridades ancestrais uma radical atualidade.
Mas o disco de estreia, ainda que farto em contrapontos e usando algumas guitarras, ainda era um tanto reverente às tradições de que se apropriava. Pois neste novo CD Dois Cordões, a coisa amadureceu como se décadas, e não anos, houvessem passado.
Nele, a idéia de arranjo e sonoridade (obra do produtor/arranjador/instrumentista Caçapa) é inseparável do resultado final: uma combinação 100% inédita dos timbres de três guitarras elétricas (de 6, 7 e 12 cordas), em camas quase nunca harmônicas, mas sim complexamente polifônicas. Tecidos sonoros que devem tributo tanto aos estudos eruditos europeus de contraponto e fuga quanto a escuta atenta dos mestres da música africana, igualmente polifônica e não-harmônica.
E essa meticulosa rede de vozes instrumentais é alicerçada à terra não por acaso por um místico (e mítico) trio de ilús: tambores de pela utilizados nos terreiros de Xangô (como é conhecido o candomblé em Pernambuco). E a moldura do disco é essa. Pouco mais, pra dar molho: um pandeiro aqui, caxixis ali, talking drums, güiro, ganzá, eventuais coros.
Só que nada disso seria mais do que curioso ineditismo se, sobre essa tessitura, não flutuasse como ave rara a voz de Alessandra. Uma voz por vezes doce e jovial, por vezes crestada numa alegria ancestral que ecoa essa gente simples dos interiores de Norte e Nordeste, gente que canta porque não sabe não cantar. Essa gente humilde e feliz, feliz de uma felicidade muitas vezes incompreensível para urbanos e/ou sulistas.
Mas do que fala essa voz? Sobre o que escreve essa compositora única, que abre as asas sobre o chão de terra e paira sobre o mundo, sobre sentimentos universais, sobre dramas de qualquer cidadão do planeta? Fala de (ser) par, de dualidade, de chegadas e de partidas. Fala de Ogum e de Iemanjá. De amor e violência, fogo e mar, tradição e contemporaneidade. África e América, elétrico e acústico. ***
A estreia da paulista radicada no Rio de Janeiro Maria Gadú não poderia ser mais luxuosa. Seu primeiro CD, autointitulado e lançado pela Som Livre, tem apresentação belíssima, com direito a capa dura, encarte colorido com letras, informações e inúmeras fotos.
A embalagem é diferenciada, em formato digipack que sai do padrão. Além disso, a moça está com uma música, Shimbalaiê, em trilha de novela global. Com 24 anos, a moça é gatíssima. Bem, mas o assunto aqui é música: e como ficamos no quesito qualidade? Aí, a coisa está mais para cinza do que para preto ou branco. Explico melhor.
Gadú, cujo nome de batismo é Mayra, tem um bonito timbre vocal, sem sombra de dúvidas. Existe uma semelhança com o de Marisa Monte, sim, e isso se ressalta devido à sonoridade que a moça segue, que tem muito a ver com o estilo MPB pop da autora da estrela carioca.
O clima fica ainda mais próximo devido ao uso de músicos de estúdio de ótimo gabarito, mas que acabaram por ajudar o disco a soar meio pasteurizado, semelhante demais ao que se tem feito no que se rotulou de “nova MPB”, e que freqüentemente cai em um clima redundante e soporífero demais.
Oito das treze faixas incluídas em Maria Gadú, o CD, são de autoria da própria, e ela se mostra ainda em busca de uma assinatura própria, com repetição de frases melódicas e letras que investem mais em forma do que em conteúdo.
Nas releituras, mostra-se mais à vontade, mas pouco acrescenta a clássicos como Ne Me Quitte Pas (de Jacques Brel) e A História de Lilly Braun (de Chico Buarque e Edu Lobo) em relação a gravações de outros artistas. O pior momento é a faixa que encerra o disco. Gadú tenta dar a Baba, aquela mesma de Kelly Key, um clima acústico descolado, e só consegue evidenciar o quanto essa música é fraca.
Muita gente deve ter ouvido Shimbalaiê e achado se tratar de uma nova de Marisa Monte. Creio que Maria Gadú tem futuro, apesar de tudo. Não a vi ao vivo, mas pode ser que ela sofra da mesma síndrome de outra cantora talentosa, Ana Cañas: faz bons shows, mas não consegue trazer esse clima para seus discos de estúdio. Vejamos o que o futuro irá proporcionar a elas. Tomara que algo melhor. ***
Pitty lança DVD “Chiaroscope”, documentário das gravações e músicas inéditas
“Chiaroscuro” (Deckdisc) já nasceu como um álbum de extrema importância na discografia da Pitty. Além de mostrar o amadurecimento dela como cantora e compositora e a influência de outros estilos no som da roqueira baiana, o álbum foi gravado de forma especial. Tão especial que o registro desse processo será lançado em DVD em outubro.
Filmado, dirigido, editado e com roteiro de Ricardo Spencer, “Chiaroscope” (Deckdisc) traz 3 canções inéditas e as 11 músicas do álbum com vídeos feitos durante as gravações no estúdio Madeira, estúdio de ensaio na casa do baterista Duda que foi equipado para as gravações de “Chiaroscuro”.
O DVD mostra esse clima familiar em que o “Chiaroscuro” foi gravado e segue o mesmo conceito, sendo um home movie no qual todos os envolvidos operaram a câmera em algum momento. Os vídeos experimentais dos anos 60 foram uma forte influência. “A ideia era fugir do asséptico de atualmente, sem medo de usar microcâmeras, mini dv, celulares e também high definition, por que não?” – comenta o diretor Spencer.
Pela primeira vez álbum inspira game brasileiro: “Chiaroscuro – o jogo” é baseado no CD de Pitty
Pela primeira vez no Brasil será lançado um jogo 100% inspirado num álbum de um artista. Isso mesmo! A gravadora Deckdisc e a Tectoy Mobile lançam semana que vem “Chiaroscuro – o Jogo”, baseado no novo CD da cantora Pitty. A cartela traz 3 mini-games dentro de um jogo para celular, com trilha e conceitos de músicas do disco e com a própria Pitty como personagem. Em “Na Pele de Mulher” (mini-game inspirado em “Desconstruindo Amélia”), o jogador tem que se esforçar para equilibrar os vários aspectos da vida (amor, trabalho, profissão e etc). “Enfrentando o Medo” (mini-game inspirado em “Medo”) é um jogo de tabuleiro disputado pela cantora e sua própria sombra e “Rato na Roda” traz um fã tentando burlar os seguranças para dar um mosh no palco.
”Chiaroscuro, o Jogo” estará disponível para todas as operadoras.
Marcelo Bonfá no Jota Quest
O baterista da Legião Urbana, Marcelo Bonfá participou do show do Jota Quest na Fundição Progresso na ultima sexta-feira (2) no Rio.
Junto com a banda mineira eles tocaram "Pais e Filhos" e "Tempo Perdido".
César Menotti e Fabiano recebem homenagem e comemoram indicação ao Grammy Latino
Dupla venceu a categoria em 2008
Os irmãos César Menotti e Fabiano se firmam como a dupla sertaneja mais bem sucedida do Brasil, com cerca de um milhão de álbuns vendidos e lotação esgotada nas apresentações no Brasil e exterior. O atual momento da dupla acaba de ser coroado com mais uma indicação ao Grammy Latino na categoria Música Sertaneja e uma justa homenagem na Festa Nacional da Música, que se encerra nesta quarta, em Canela (RS), e reúne artistas e profissionais para shows, jam sessions e debates sobre o futuro da música e suas plataformas de distribuição.
Ao lado de nomes como Ivan Lins, Elba Ramalho e Jair Rodrigues, César Menotti e Fabiano foram homenageados pelo sucesso na carreira e contribuição para a música popular brasileira. Em turnê do álbum “Voz do Coração - Ao Vivo”, os irmãos não puderam comparecer à festa, mas enviaram uma mensagem pelos representantes da Universal Music no evento. O CD e DVD “Voz do Coração - Ao Vivo” têm trazido muitas alegrias para a dupla. O trabalho é um dos favoritos na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja no Grammy Latino. A cerimônia de premiação acontecerá dia 4 de novembro no Four Seasons Hotel, em Los Angeles. César Menotti & Fabiano venceram a mesma categoria da competição no ano passado com o CD “.com você”.
Clique abaixo e confira os 10 CDs mais vendidos no Brasil
Nos EUA, ingressos para pré-estreia do filme de Michael Jackson esgotaram em duas horas
Michael Jackson ainda atrai o público de massa. No domingo, os ingressos para a pré-estreia do documentário musical "This Is It" em Los Angeles esgotaram assim que as bilheterias abriram. Os fãs que formavam fila havia três dias compraram os três mil ingressos disponíveis em apenas duas horas.
O filme estreia oficialmente no dia 28 de outubro, mas os fãs norte-americanos poderão assisti-lo uma noite antes em sessões de pré-estreia no novo Regal Cinemas Stadium 14. Para a abertura do novo complexo de cinemas, as 14 salas exibirão "This Is It".
Dirigido por Kenny Ortega, o filme mostrará aos fãs de Jackson um raro olhar sobre o artista criando e ensaiando para os shows que seriam realizados na O2 Arena, em Londres. O filme foi montado a partir de mais de cem horas de cenas de bastidores, com Jackson ensaiando várias músicas para o show. Ficará em cartaz por duas semanas no mundo todo, a partir de 28 de outubro
Noel Gallagher já tem novo projeto
Após deixar o Oasis, o guitarrista Noel Gallagher, já tem um novo projeto engatilhado. Ele irá tocar com seus amigos do Kasabian.
A banda “Kasabian” abriu os shows do Oasis na turnê que o grupo fez recentemente na Grã-Bretanha, antes de se separar. Segundo nossa fonte a banda vai ajudar Noel, a não ficar parado.
“Ele é uma máquina de shows, e adora tocar ao vivo, então ele se agarra a oportunidade sempre que pode se juntar a nós“, disse Tom Meighan, líder do Kassabian. Ainda divulgou que farão um turnê pela Inglaterra em novembro, nesta que Noel poderia fazer parte.
Meighan, ainda disse: “Adoraríamos fazer uma música com ele. Nunca diga nunca. Mas no momento Noel está concentrado em sua carreira solo e nós, mais ocupados do que nunca“.
Pelo jeito, Noel Gallagher não vai ficar parado. Mas é uma pena que o Oasis tenha realmente acabado, quem sabe eles podem voltar no futuro?
'Caras & Bocas Internacional' traz hit sertanejo
Por conta do núcleo judeu da trama de Caras & Bocas, a trilha nacional da novela incluiu versão em hebraico de Amor Perfeito - hit do álbum de 1986 de Roberto Carlos - em gravação da dupla Gê e Lilaz. Repetindo a dose, a (boa) trilha internacional da história - editada esta semana em CD pela gravadora Som Livre - traz a mesma dupla numa versão em hebraico de É o Amor, primeiro sucesso da dupla Zezé Di Camargo & Luciano. Assinada por Gê Cardoso com Dênis Porto, a versão de É o Amor é intitulada Ahava. Eis as 16 faixas do disco Caras & Bocas Internacional:
1. Lucky - Jason Mraz & Colbie Caillat
2. Already Gone - Kelly Clarkson
3. Don't Wanna Miss - Lia Weller
4. The Fear - Lily Allen
5. Stand by me - Seal
6. No Other Love - John Legend & Estelle
7. Funky Bahia - Sérgio Mendes (com will.i.am e Siedah Garrett)
8. Fell in Love - Alain Clark
9. Invece No - Laura Pausini
10. If - Daniel Boaventura
11. Ahava - Gê & Lilaz
12. I'll Be There - Av Project (com Itauana Ciribelli e Dan Torres)
13. Your Heart Is as Black as Night - Melody Gardot
14. Lovin' You - Rosanah Fiengo
15. Bewitched - Ronaldo Canto e Mello
16. All About our Love - João Pinheiro (com Marjorie Philibert)
Ana Carolina grava DVD com Gadú, Zizi, Roberta e Bethânia
A foto registra instante de descontração no encontro de Ana Carolina com Maria Gadú para a gravação do inédito blues Mais que a mim, parceria de Ana com a cantora e compositora italiana Chiara Civello. O dueto vai poder ser conferido no quinto DVD da artista mineira. O blues chegou a ser gravado para o CD N9ve, mas acabou excluído do disco na mixagem. O novo DVD de Ana Carolina vai apresentar duetos da cantora com nomes como Gilberto Gil (que já gravou sua participação no samba Torpedo, gravado por Ana em N9ve com letra de Gil), Maria Bethânia, Roberta Sá, Seu Jorge, Zizi Possi, John Legend, Chiara Civello (na faixa Resta), Esperanza Spalding e Antonio Villeroy, entre outros. Gringo Cardia assina o cenário. Monique Gardenberg dirige o DVD.
Bela voz não floresce no CD 'Primavera'
Prestes a ser avô, Belo lança novo trabalho
Belo vai ser avô. E continua apaixonado. Ele aproveitou o lançamento do novo CD “Primavera”, que já está nas lojas, para se declarar à sua noiva Gracyanne, a qual dedicou o encarte do disco e várias músicas do novo projeto. “No fundo todo homem é muito frágil e tem medo de perder a mulher que ama. Comigo não é diferente”, contou Belo.
O pagodeiro também confessou que anda cuidando da aparência:
“Com dinheiro é fácil ser bonito. Agora faço limpeza de pele de 15 em 15 dias, só uso produtos de primeira linha no cabelo, tiro os excessos da sobrancelha e depilo o peito. Mas nunca fiz plástica nem coloquei botox”, garantiu.
Belo disse, ainda, que quer aproveitar o sucesso do novo disco para dar uma vida melhor ao filho e neto:
“Ele engravidou a namorada, mas quem sou eu para falar alguma coisa? Quando ele nasceu eu tinha apenas 16 anos. Agora vou é aproveitar para curtir meu neto, que já nasce no fim de novembro”, disse o cantor, de 35 anos, que tem outras três filhas.
No texto em que apresenta o chato oitavo CD solo de Belo, Primavera, o maestro Rildo Hora - um gaitista e produtor bastante requisitado no universo do samba - elogia, com razão, o timbre e a afinação do cantor, projetado na década de 90 como vocalista do grupo paulista Soweto.
Sim, somente quem fecha os ouvidos para os ídolos populares - e Belo, a despeito de todo seu conturbado histórico pessoal, continua a ser um deles - pode ignorar que, como cantor, ele realmente está acima da média. Por isso mesmo, é pena que, neste CD Primavera, sua voz seja tão desperdiçada. Mais uma vez. O fiel Prateado produz o disco - com direito a arranjos de cordas de Jota Moreas e a arranjos de metais urdidos com o toque de Serginho Trombone - com total devoção à fórmula insossa do pagode romântico que infestou o mercado fonográfico e as rádios a partir dos anos 90. Mudam os nomes das músicas (Choro, Tudo no Lugar e Invencível, entre outras), mas permanece a qualidade ruim que norteia o repertório. Até um samba de Arlindo Cruz e Sombrinha - Onde Está? - não consegue florescer com o colorido habitual da dupla por conta desse padrão que rege Primavera. Poucas faixas escapam do tom choroso do tal pagode romântico. Em Dona do Pedaço, parceria de Picolé e Prateado, Belo esboça investida pelo suingue do samba-rock. Já a balada Tudo Mudou é versão de tema oriundo do cancioneiro de Jose Ortega, compositor da Costa Rica. Porém, no todo, há pouca variação no CD Primavera. E quem se apaga é a bela voz de Belo.
CD mostra os caminhos incidentais das Índias
Quando saiu do ar, no próximo sábado, 12 de setembro de 2009, a novela Caminho das Índias já tinha nada menos do que cinco trilhas sonoras editadas em CD. No embalo da excelente audiência conquistada pela trama na reta final, a gravadora Som Livre colocou nas lojas o disco com a trilha sonora incidental composta por Alexandre de Faria para realçar os climas dos vários núcleos da história bem como as emoções das cenas. Entre os temas originais, há Os Portais do Taj Mahal, Maxixe Chorado, Habanera para Tarso, Tango da Ausência e Meditação & Karma
Canções famosas na voz do Rei, em novas versões por Eduardo Lages
Novo álbum do maestro reúne canções consagradas na voz de Roberto Carlos
Uma seleção de temas marcantes do repertório de Roberto Carlos, na interpretação de seu maestro e arranjador, estão reunidas no CD Nossas Canções, de Eduardo Lages. O romantismo dá o tom do álbum, inteiramente instrumental e com o toque inconfundível do artista, que acompanha o Rei há mais de 30 anos.
Do total de 12 músicas, quatro são de autoria da dupla Roberto e Erasmo Carlos: “Além do horizonte”, “O portão”, “Não quero ver você triste” e “Não se esqueça de mim”. Clássicos de outros compositores que já embalaram vários casais e ficaram conhecidos na voz de Roberto Carlos, como “Outra Vez” (Isolda), “Nossa Canção (Preste Atenção)” (Luiz Ayrão), “Custe O Que Custar” (Hélio Justo / Edson Ribeiro) e “Falando Sério” (Maurício Duboc / Carlos Colla), também estão no repertório. Getúlio Côrtes assina duas faixas: “Negro Gato” e “O Tempo Vai Apagar”, com Paulo César Barros.
O CD Nossas Canções traz ainda “Canzone Per Te” (Sergio Endrigo / Sergio Bardotti / Luis Enrique Bacalov), música que rendeu ao rei o prêmio do Festival de San Remo, em 1968. O lado compositor de Eduardo Lages aparece em “Confissão”, feita em parceria com Paulo Sergio Valle.
“Chiaroscuro”, o novo CD da Pitty
“Chiaroscuro” é um dos lançamentos mais aguardados de 2009. Não só pelos 4 anos de intervalo entre seu antecessor “Anacrônico”, mas também pela expectativa gerada através do blog oficial da Pitty, junto a ações virais inéditas em terras brasilis aplicadas pela gravadora Deckdisc. Resultado da carreira bem cuidada de uma artista que já provou que não tem prazo de validade.
O que você tem nas mãos é um álbum de rock. Nasceu da necessidade de expressão e foi, de fato, gerado durante vários meses nos quais muitos detalhes foram pensados e outros tantos foram fluindo naturalmente. A primeira decisão fundamental, que influenciou não só todo o processo como o resultado do disco, foi gravar em casa.
Pitty, Duda, Joe e Martin costumavam ensaiar num estúdio na casa de Duda. Resolveram equipá-lo para poder gravar lá mesmo, com qualidade. “A princípio foi uma loucura. Com o tempo, a melhor ideia que podíamos ter tido. O processo foi longo: Compramos equipamentos, reformulamos o espaço físico da sala, Rafael e André T. trouxeram microfones, compressores, pré-amps e tudo mais que a gente fosse precisar.” – conta Pitty.
O estúdio, agora já batizado de Madeira, virou um QG do grupo e foi naturalmente transformado numa espécie de “fábrica artística”, abrigando não só os envolvidos na gravação do disco, mas também outras mentes criativas, abrindo novas frentes para o desenvolvimento de conteúdos diversos. Enquanto os músicos gravavam, o diretor Ricardo Spencer filmava e editava os videos, os fotógrafos Otavio Souza e Caroline Bitencourt registravam o making of e a artista plástica Catarina Gushiken pintava telas que deram origem a capa do álbum. Também era de lá que Pitty alimentava seus canais virtuais, mantendo a relação direta que sempre teve com seu público, levando até todo e qualquer fã interessado um pouco da mágica que foi gravar seu terceiro disco de inéditas.
A tranquilidade de trabalhar em casa uniu os músicos. “Jamais estivemos tão entrosados como banda, como amigos, como parceiros. Fazíamos jam sessions de quarenta minutos sem se falar, sem combinar acordes e as músicas surgiam daí. Comecei a levar meus escritos e outras canções que havia feito na intimidade do meu quarto, e logo já tínhamos um punhado delas prontas. Fazíamos testes de gravação para checar a sonoridade do espaço e o conceito do disco começou a aparecer.” – continua.
“Chiaroscuro” define todo esse conceito. Palavra italiana para “claro e escuro”, chiaroscuro é também uma das técnicas de pintura de Leonardo Da Vinci. O álbum traz esse constraste na sonoridade; músicas pesadas e leves, vicerais e sutis. Ainda que o rock seja predominante, há diversas influências como soul, tango, bolero e até música erudita. “A ideia era mesmo caminhar por outros terrenos” – diz a cantora.
“Água Contida”, por exemplo, é inspirada numa ária de Carmen, de Bizet, e tem uma pegada de tango com sonoridade a la Tom Waits, explodindo em um refrão rock. Hique Gomez, do grupo Tangos e Tragédias, participa tocando violino.
Pitty está cantando como nunca. Além da força e precisão que já conhecemos, ela mostra e prova seu amadurecimento, técnico e musical, esbanjando bom gosto nos milhares de canais utilizados para as camas de voz que dominam o disco com excelência. Das Ronettes aos Beach Boys, do TV on The Radio ao Queen, todas essas influências são ouvidas em primeiro plano, através de idéias atuais e eficientes. “Me Adora”, a primeira música a ser trabalhada nas rádios e TVs, retrata perfeitamente o que aqui foi dito, e que se ouve durante os 44 minutos do disco.
As letras de “Chiaroscuro” merecem atenção especial. Pitty adora observar o ser-humano e é sobre isso que ela escreve: fatos do cotidiano e sentimentos íntimos das pessoas vistos por outros ângulos. Tudo apresentado em um discurso direto, mostrando uma compositora confortável em seu papel de se comunicar. “Me dou bem com os inocentes /mas com os culpados me divirto mais”, um cheque-mate no refrão da faixa de abertura, “8 ou 80”. O dia-a-dia da mulher de 30, responsável e elegante, na instigante “Desconstruindo Amélia”. Poesia de bar: “Não vê que o futuro é você quem faz/porque o fracasso lhe subiu à cabeça”, dentro da pegajosa melodia do refrão de “Fracasso”. Ela canta o que escreve de forma tão íntima, que parece uma amiga confidenciando seu último porre no sofá da sua casa.
Produzido por Rafael Ramos, o disco foi gravado no Estúdio Madeira, mixado no estúdio Tambor e masterizado pelo gênio Bernie Grundman (Neil Young, Michael Jackson, Dead Kennedys, Beck e outros) em Los Angeles. O som é rústico, puro e genuíno. “É mais real, tem som de madeira… todos os instrumentos, todas as idéias são ouvidas com clareza.” – fala Rafael Ramos.
“Chiaroscuro” é um disco feito a mão. Em todos os sentidos. ****
João Carlos Martins lança CD duplo autobiográfico
Com 20 faixas e trechos narrados pelo próprio pianista, Páginas de uma História celebra a carreira musical de um dos maiores intérpretes de Bach
João Carlos Martins lança o álbum Páginas de uma História, que faz uma retrospectiva de sua carreira como pianista e maestro. O CD duplo é composto por 20 obras gravadas pelo músico entre os 10 anos e os 68 anos, além de trechos em que João Carlos descreve e contextualiza suas interpretações.
A trajetória de João Carlos ao piano é apresentada por meio de interpretações gravadas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil – algumas delas de grande sucesso no mercado internacional, cujos direitos foram gentilmente cedidos pelas gravadoras originais.
Ney Marques, diretor artístico do CD e da gravadora Flautin 55, conta que esse era um desejo de longa data. "Sempre pensei em produzir um disco no qual o artista contaria sua história – desde que houvesse registros de sua trajetória musical. Não é fácil, mas no caso do João Carlos essa possibilidade apareceu", diz Marques.
O diretor artístico destaca duas gravações – "Sonhos de Amor" e "Dança dos Anões", de Franz Liszt – , que registram o início da carreira de João Carlos, ainda criança. "Essas gravações têm um valor histórico muito grande pois foram feitas pelo pai do João Carlos, (José), num gravador de fio de aço. Esses gravadores precedem os famosos gravadores de fita que foram usados durante muitos anos e registraram tudo o que temos até a década de 1980 , quando começaram a aparecer os primeiros sistemas digitais de gravação", explica Marques, acrescentando que o álbum será lançado no segundo semestre deste ano no mercado norte-americano.
SERVIÇO
Páginas de uma História
João Carlos Martins
Flautin 55
R$ 40,00
****
LATINO LANÇA DVD "JUNTO E MISTURADO" AO VIVO
Com todo o respeito pelos outros cantores (e as cantoras) da nossa Música Pra-Pular Brasileira: quem entende mesmo de festa é Roberto de Souza Rocha, o popular Latino. Ano após ano, ele nos dá provas cabais de que o negócio não está apenas em escolher um apê maneiro, fazer uma boa seleção musical e encher a geladeira de quitutes e – claro! – de birita. Bem mais do que isso, a alma da boa festa está simplesmente em saber quem convidar. E, olha, não faltou ninguém nesse Junto e Misturado, DVD que o cantor gravou em grande estilo, nos dias 18 e 19 de novembro do ano passado, no Taiwan Centro de Eventos em Ribeirão Preto (SP).
Com direção de Santiago Ferraz (responsável por DVDs de nomes de responsa da música, como RBD, Victor e Léo, Edson e Hudson, César Menotti & Fabiano e Padre Marcelo Rossi), a celebração dos 16 anos de carreira do Latino contou com uma lista VIP pra matar muito promoter de inveja: Double You, D’Black, Perlla, Pimpolho (do Art Popular), André e Adriano (do hit “Beber, Cair, Levantar”), Daddy Kall e Dolls – isso, além dos velhos amigos Buchecha, Joelma e Chimbinha (da Banda Calypso) e Mister Jam. Como bom anfitrião, o cantor não deixa nem a bebida esquentar, nem a animação esfriar: traz sua banda, suas dançarinas de fé – as Lati Girls – e vai zoando até o amanhecer, numa festa em que ninguém é de ninguém e o único compromisso é com a diversão.
junto e misturado_latino_capa cd_rParece que foi ontem que Latino surgiu no cenário, inaugurando no país uma onda funk melody com a música “Me Leva”. Pois de 1993 para cá, sempre se renovando (e se misturando), o garoto do subúrbio carioca de Maria da Graça nunca mais deixou mais de frequentar as paradas de sucessos. O segredo do seu êxito? Uma série de cuidadosas pesquisas, em busca do som ideal e da história certa a contar – daí surgiram os hits que contagiam o país inteiro. Aliás, muitos foram os hits do cantor nesses 16 anos. Quem está por fora ou simplesmente não lembra deve então botar logo o DVD para rolar, porque o Lalá vai mostrar com quantos refrãos irresistíveis se faz a carreira de um verdadeiro popstar.
Como uma espécie de Sidney Magal dos novos tempos, ele chega em Junto e Misturado metendo logo o pé na porta com “Festinha Prive”, canção que é a receita de como fazer uma balada inesquecível para todo mundo. E, no pique da farra, emenda com “Vagalume”, o retrato nítido de certos seres que se encontra com facilidade pela night (“sou torto, tarado, maluco / estilo predador / quando tô com birita na idéia / até choro por amor”). A chapa, que já está quente a essa altura, derrete logo em seguida com “Papo de Jacaré”, sucesso de rádio dos anos 90, do grupo P.O. Box, que Latino resgatou para o seu repertório e praticamente a transformou em uma música sua.
De repente, olha lá: é o Latino ao piano! Tudo para dar o toque de drama a “Renata”, mais um daqueles seus hits infalíveis (“Renata / ingrata / quem planta sacanagem colhe solidão”). Outro de seus personagens femininos surge logo na seqüência: é a “Cátia Cachaça”, que vem acompanhada da “Garota Nacional”, do Skank – que dupla para se azarar numa festa! Bom, aí chega a hora de receber os primeiros convidados VIP de Junto e Misturado: são André e Adriano, que dividem com Latino o “Pancadão ou Sertanejo”, histórico encontro entre o funk carioca e o pop do interior do Brasil (“o sertanejo faz o povo levantar / o pancadão faz a galera balançar”).
As parcerias continuam com Daddy Kall (velho amigo do grupo You Can Dance, com quem ele encena a angustiante história do “Amigo Fura-Olho”), D’Black (na balada “Ponto Final”), Pimpolho (no bem-humorado samba “Me Divirto com as Erradas”) e a Perlla (no reggaeton “Selinho na Boca”). Latino segue a festa com mais um pancadão de sucesso (“Sem Noção”) e aí baixa um pouco a temperatura, que é para o povo curtir um amasso: em versões acústicas, ele revisita algumas de suas músicas mais populares, como “Só Você”, “Me Leva” e “Vitrine”. É a hora de beijar – e beijar muito.
Mas quem não agüenta a pressão é melhor ir para casa. Por que, depois do momento love, Junto e Misturado recomeça ainda mais bombado com “Meu Gol de Placa”, uma divertida coleção de metáforas futebolísticas aplicadas à pegação, e com “Shining Star”, encontro de Latino com o mestre internacional da dance music Double You. Já com as meninas do Dolls, o cantor relembra “Infernizar Você” e “Tô Nem Aí”, hit da cantora Luka que ele ajudou a compor.
Fosse numa festa normal, nesse momento da noite já teria vizinhos reclamando e o síndico ameaçando chamar a polícia. Mas essa a casa é do Lalá – e o ápice da celebração não pode ser diferente: com a “Festa no Apê”, um bundalelê que se desdobra na citação de “Dancin Days” e desemboca num verdadeiro baile de carnaval movido a sucessos do pop infantil dos anos 80, como “Superfantástico”, “Ilariê” e “Tindolelê”. Se o cara se segurar em pé depois dessa, ainda tem Tim Maia (“Não Quero Dinheiro”) e Mamonas Assassinas (“Pelados em Santos”, “Vira-Vira”) para a saideira. Porque o bailão do Latino é assim: só acaba com o último casal dançando na pista.
Opa! Mas não é que teve um monte de gente que não conseguiu chegar a tempo à festa? Por isso, não dá para perder os extras de Junto e Misturado. Lá estão os encontros como Mister Jam (em “Isabel”, um reggaeton que fala do cara escravizado pela mulher), Buchecha (“Caça-Fantasma”) e Joelma e Chimbinha (“Propostas Indecentes”), além de repetecos com Perlla (“Se Vira”) e Daddy Kall (“Altos e Baixos”) e a já clássica “Arregaçando a Chopeira”, versão do reggaeton “La Botella”, dos panamenhos Mach y Daddy, em que Latino conta a história de um cara apaixonado por uma mulher infiel que rompe o romance maldito e vai comemorar enchendo a cara. Junto e misturado com sua galera, o cantor garante com seu novo DVD o que pouca gente por aí sequer tem a audácia de oferecer: duas horas da mais pura farra. É isso aí, pode aparecer: no apê do Latino, a festa nunca termina.
O místico "N9ve" de Ana Carolina
No universo místico, o número 9 representa o coroamento dos esforços, o término de uma criação, o fim e o recomeço. Para Ana Carolina, a ligação vem de berço: ela nasceu no dia 9 do nono mês e completa, em 2009, uma década de sucesso desde o lançamento de seu primeiro CD (em 1999!). Nada mais justo, portanto, que a mineira de Juiz de Fora pegue emprestado o número e batize seu novo trabalho, “Nove”.
São nove faixas, com parcerias inéditas e participações internacionais. A italiana Chiara Civello assina com Ana “Traição”, “8 estórias”, “10 minutos” e “Resta”, sendo que nesta última também toca piano e canta. Dos Estados Unidos, vieram John Legend, que faz dueto em dose dupla – compõe a letra e solta a voz – na suingada “Entreolhares”, primeira música de trabalho do CD, já lançada em single, e Esperanza Spalding, emprestando sua pegada jazzística à “Traição”. Os brasileiros não ficaram de fora: Gilberto Gil presenteou a mineira com a letra de “Torpedo”, um samba delicioso, e o amigo e parceiro de longa data Antônio Villeroy marca presença na elegância de “Entreolhares” e na divertida “Tá rindo, é?”.
O romantismo dá a tônica de “Nove”, em versos como “Eu já não sei respirar / Quando estou ao lado seu / Juro que me falta o ar” (“Resta”) e “Pela rua penso em ti / Volto em casa, penso em ti” (“Dentro”). A ideia de fim e recomeço que o número 9 representa aparece na letra de “Era”: “Hoje em dia não me importo com o que fiz do meu passado / Quero amigos, sorte e muita gente boa do meu lado / E não rebato se disserem por aí que eu tô errado”.
Ana Carolina mostra que é mesmo uma pessoa apaixonada, que gosta de amar, ser amada e falar de amor.
A ficha técnica de “Nove” revela a presença de três dos mais renomados produtores da atualidade: Mário Caldato, Kassin e Alê Siqueira e grandes músicos e amigos como João Parahyba, Davi Moraes, Pedro Bernardes, Daniel Jobim, Arthur Verocai, Donatinho, Carlos Trilha e Jussara, entre outros.
A sonoridade dos arranjos de cordas e metais e a mistura de instrumentos que puxam para o clássico, como cello, violino e harpa, com a pegada mais dançante de guitarra e bateria, conferem ao CD riqueza musical e embalam, na medida certa, as canções que não saem da cabeça desde a primeira audição. **** 4 ESTRELAS / Ótimo
Cidadão Instigado convida Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra para participar de “UHUUU!”
“UHUUU!” é o aguardado novo álbum do Cidadão Instigado. Produzido pela própria banda, “UHUUU!” traz um som orgânico e mais parecido com o tocado nos shows e marca o primeiro registro em disco com a formação pós-“Método Túfo de Experiências”.
“UHUUU!” conta com várias participações especiais. Arnaldo Antunes, que teve seu mais recente álbum (a ser lançado), produzido por Catatau, canta em “Doido” e “O Cabeção”. Edgard Scandurra faz vocais em “Dói”. Tiquinho (trombone), Hugo Hori (saxofone alto) e Reginaldo (trompete) tocam os metais, bastante presentes no álbum. Marco Axé, que assim como Catatau é integrante da banda de Otto há oito anos, é responsável pelas congas em “Homem Velho” e “O Cabeção”. Karina Buhr (Comadre Fulozinha) toca pandeirola em “Como as Luzes”.
O projeto “UHUUU!” foi um dos vencedores do Prêmio Pixinguinha e conta com o patrocínio da Funarte e realização da LP Produções. O álbum será lançado em setembro. *** 3 ESTRELAS / Bom
O melhor do gospel brasileiro
Álbum reúne alguns dos mais importantes nomes da música cristã no Brasil, como Soraya Moraes, Aline Barros, Régis Danese e Irmão Lázaro
Coletânea que reúne alguns dos maiores sucessos da música gospel brasileira, o CD Promessas é lançado pela Som Livre este mês. No repertório do álbum, nomes como o das vencedoras de Grammy Latino, Soraya Moraes e Aline Barros, além de Régis Danese, Irmão Lázaro, André Valadão e Ana Paula Valadão.
Cantora com 15 anos de carreira e dez CDs lançados, Soraya Moraes é um dos maiores destaques da música gospel no Brasil. Vencedora do Grammy Latino de 2005 na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa (“Deixa o Teu Rio Me Levar – Ao Vivo”), Soraya levou para casa mais três Grammy, em 2008: Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Espanhola (“Tengo Sed de Ti”), Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa (“Som da Chuva”) e Melhor Canção Brasileira, com “Som da Chuva” (Soraya Moraes/Marco Moraes). No CD Promessas, a cantora surge com a faixa “Cada Promessa” (Soraya Moraes / Marco Moraes / Leo Oliver / Marcus Gregorio). Também consagrada pelo Grammy Latino, Aline Barros – Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa nos anos de 2004 (“Fruto de Amor”), 2006 (“Aline Barros & Cia”) e 2007 (“Caminho de Milagres”) – participa da coletânea com “Recomeçar” (Marcelo Manhãs), canção que fez parte da trilha sonora da novela Duas Caras.
Promessas também traz cantores reconhecidos pelo maior prêmio da música cristã no Brasil, o Troféu Talento. Entre eles, Régis Danese, Irmão Lázaro, André Valadão e Robinson Monteiro. Quando integrava o grupo Só Pra Contrariar, nos anos 90, Régis Danese não imaginava que um dia seria um dos mais importantes nomes na cena da música gospel nacional. Hoje, é dono dos troféus Intérprete Masculino, Destaque 2008, Cantor do Ano e Música do Ano, no Troféu Talento 2009. O mineiro contribui para a coletânea com as canções “Compromisso” e a premiada “Faz Um Milagre em Mim”, compostas por Joselito e Kelly Danese, esposa de Régis. Irmão Lázaro e André Valadão não ficam atrás e também emplacam duas músicas cada. Reconhecido como Revelação Masculina, na última edição do Talento, e ainda consagrado nas categorias Álbum do Ano, Álbum Ao Vivo, Álbum Independente e Álbum Alternativo, pelo CD “Testemunho e Louvor”, Irmão Lázaro entra na coletânea com duas composições próprias: “Eu Te Amo Tanto” e “Eu Sou de Jesus”. Já André Valadão – cantor e pastor voluntário da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte -, participa com “Livre Sou” e “Pela Fé”, música que rendeu o prêmio de Melhor Vídeo Clipe para o mineiro, enquanto o vencedor na categoria Melhor Álbum Pentecostal deste ano, Robinson Monteiro, por “Em Todo Tempo Louve”, contribui com “Aliança com Deus” (Solange de César / Beno Cesar), do CD “Uma Nova História”.
Líder do Ministério de Louvor Diante do Trono, Ana Paula Valadão não podia ficar de fora do CD Promessas e entra para o repertório com a canção “Vitória da Cruz”. A coletânea ainda traz canções de Elaine Martins e do grupo Trazendo a Arca, entre outros.
WWW – CD GER@L.COM
Grupo estreia programa na TV Globo e álbum de rock com composições próprias e músicas de Armandinho, Luka e Henrique Rato, do Virgulóides
As garotas vão suspirar e dizer que são uns fofos. E os garotos vão morrer de inveja da vida que eles levam. Formada por surfistas e roqueiros entre 13 e 17 anos, a banda WWW estreia, de uma só tacada, programa na TV Globo e sua trilha sonora, o CD Ger@l.com, pela Som Livre. Da família Werneck, daí o nome WWW, os irmãos Xande (vocalista, 15 anos) e Luke (percussionista, 13 anos) formaram com os primos, os irmãos João (guitarrista, 17 anos), Mateus (baixista, 13 anos) e Pedro (baterista, 15 anos), um grupo para tocar no aniversário de Xande em 2006 - quando alguns dos integrantes ainda tinham apenas 10 anos - e não pararam mais.
Como na minissérie Ger@l.com, a banda começou a fazer sucesso no condomínio onde moram. Logo, estendeu a agenda para casas de shows no Rio, incluindo a Melt e a São Nunca, até uma turnê (durante as férias escolares) no Rio Grande do Norte e Ceará. Surfando e tocando, também já se apresentaram em Florianópolis, Guarda do Embaú e Maresias, no melhor esquema livre “chegar e marcar”.
Nesses três anos de estrada, esbarraram com o produtor Max Pierre (Zeca Pagodinho, Rita Lee, Xuxa), que os contratou para seu selo, Música Fabril, e o inglês Paul Ralphes (Skank, Kid Abelha, Lulu Santos). Os dois se interessaram pela energia e juventude dos adolescentes e assinam a trilha de Ger@l.com. A música “Som Na Caixa” (Luke Werneck / Pedro Werneck / Rick Werneck) abre todos os shows da banda e foi feita por eles para se apresentarem. Cheios da atitude que levam para o palco, contam um pouco a história da banda: “Som na caixa/ aumenta o volume, não abaixa/ vamos fazer barulho/ bate coração!/WWW/chegando na pressão”.
O álbum passeia pelo reggae com “Mahalo”, música de saudação à natureza e às ondas, composta pelo surfista e fotógrafo Rick Werneck, pai de Xande e Luke - o maior incentivador do grupo e parceiro em várias composições - e com a faixa “Vou te esperar”. A música é de autoria de Leo Hinke, do Papas na Língua, e é uma balada reggae sobre saudade.
Outras canções românticas como: “Quero dizer” (Paul Ralphes / Caio Fonseca / Xande Werneck / Luke Werneck / Rick Werneck) e “Porque eu sei” (Paul Ralphes / Rosana Ferrão / Caio Fonseca) também estão no repertório, mas o estilo predominante é o rock´n´roll, paixão dos WWW. O que eles ouvem: Ramones, The Who, Red Hot, Raimundos, Beatles, Legião Urbana, Charlie Brown, Marcelo D2 e samba rock. Luke também gosta de funk.
Por causa desse tal de rock, eles já brigaram com uma vizinha pagodeira, o que gerou a música “Eu toco rock”, nona faixa do álbum. O cotidiano adolescente é temática principal do CD. A maioria das histórias contadas nas letras aconteceram com alguns deles, como “Tô bolado” (Xande Werneck / Rick Werneck) e “Quero te ver” (Luke Werneck / Rick Werneck). A primeira é de Xande. Fala de um namoro escondido que rolava no condomínio. A mãe da menina descobriu os dois (viu do 17º andar) e obrigou a filha a terminar. Já “Quero te ver”, Luke fez para uma namorada que se mudou para São Paulo, dando fim ao relacionamento.
No álbum Ger@l.com, a banda WWW apresenta músicas inéditas de outros autores, como a cantora e compositora Luka, Henrique Rato, do Virgulóides, e Armandinho. Luka ofereceu ao grupo a música que compôs aos 16 anos. A temática adolescente, sobre alguém apaixonado querendo atenção, agradou a todos e entrou no disco. Henrique Rato, do Virgulóides, compôs a faixa bem-humorada e bem pop, com os versos: “Mas não tenho grana / eu não tenho nada / só tenho uma prancha / uma caranga e uma namorada / é disso que eu gosto/ e é disso que ela gosta também”. Amigo de Rick, Armandinho fez especialmente para a banda a “I can´t say” (Armandinho / Regis Leal).
Nos EUA, ingressos para pré-estreia do filme de Michael Jackson esgotaram em duas horas
Michael Jackson ainda atrai o público de massa. No domingo, os ingressos para a pré-estreia do documentário musical "This Is It" em Los Angeles esgotaram assim que as bilheterias abriram. Os fãs que formavam fila havia três dias compraram os três mil ingressos disponíveis em apenas duas horas.
O filme estreia oficialmente no dia 28 de outubro, mas os fãs norte-americanos poderão assisti-lo uma noite antes em sessões de pré-estreia no novo Regal Cinemas Stadium 14. Para a abertura do novo complexo de cinemas, as 14 salas exibirão "This Is It".
Dirigido por Kenny Ortega, o filme mostrará aos fãs de Jackson um raro olhar sobre o artista criando e ensaiando para os shows que seriam realizados na O2 Arena, em Londres. O filme foi montado a partir de mais de cem horas de cenas de bastidores, com Jackson ensaiando várias músicas para o show. Ficará em cartaz por duas semanas no mundo todo, a partir de 28 de outubro
Noel Gallagher já tem novo projeto
Após deixar o Oasis, o guitarrista Noel Gallagher, já tem um novo projeto engatilhado. Ele irá tocar com seus amigos do Kasabian.
A banda “Kasabian” abriu os shows do Oasis na turnê que o grupo fez recentemente na Grã-Bretanha, antes de se separar. Segundo nossa fonte a banda vai ajudar Noel, a não ficar parado.
“Ele é uma máquina de shows, e adora tocar ao vivo, então ele se agarra a oportunidade sempre que pode se juntar a nós“, disse Tom Meighan, líder do Kassabian. Ainda divulgou que farão um turnê pela Inglaterra em novembro, nesta que Noel poderia fazer parte.
Meighan, ainda disse: “Adoraríamos fazer uma música com ele. Nunca diga nunca. Mas no momento Noel está concentrado em sua carreira solo e nós, mais ocupados do que nunca“.
Pelo jeito, Noel Gallagher não vai ficar parado. Mas é uma pena que o Oasis tenha realmente acabado, quem sabe eles podem voltar no futuro?
'Caras & Bocas Internacional' traz hit sertanejo
Por conta do núcleo judeu da trama de Caras & Bocas, a trilha nacional da novela incluiu versão em hebraico de Amor Perfeito - hit do álbum de 1986 de Roberto Carlos - em gravação da dupla Gê e Lilaz. Repetindo a dose, a (boa) trilha internacional da história - editada esta semana em CD pela gravadora Som Livre - traz a mesma dupla numa versão em hebraico de É o Amor, primeiro sucesso da dupla Zezé Di Camargo & Luciano. Assinada por Gê Cardoso com Dênis Porto, a versão de É o Amor é intitulada Ahava. Eis as 16 faixas do disco Caras & Bocas Internacional:
1. Lucky - Jason Mraz & Colbie Caillat
2. Already Gone - Kelly Clarkson
3. Don't Wanna Miss - Lia Weller
4. The Fear - Lily Allen
5. Stand by me - Seal
6. No Other Love - John Legend & Estelle
7. Funky Bahia - Sérgio Mendes (com will.i.am e Siedah Garrett)
8. Fell in Love - Alain Clark
9. Invece No - Laura Pausini
10. If - Daniel Boaventura
11. Ahava - Gê & Lilaz
12. I'll Be There - Av Project (com Itauana Ciribelli e Dan Torres)
13. Your Heart Is as Black as Night - Melody Gardot
14. Lovin' You - Rosanah Fiengo
15. Bewitched - Ronaldo Canto e Mello
16. All About our Love - João Pinheiro (com Marjorie Philibert)
Ana Carolina grava DVD com Gadú, Zizi, Roberta e Bethânia
A foto registra instante de descontração no encontro de Ana Carolina com Maria Gadú para a gravação do inédito blues Mais que a mim, parceria de Ana com a cantora e compositora italiana Chiara Civello. O dueto vai poder ser conferido no quinto DVD da artista mineira. O blues chegou a ser gravado para o CD N9ve, mas acabou excluído do disco na mixagem. O novo DVD de Ana Carolina vai apresentar duetos da cantora com nomes como Gilberto Gil (que já gravou sua participação no samba Torpedo, gravado por Ana em N9ve com letra de Gil), Maria Bethânia, Roberta Sá, Seu Jorge, Zizi Possi, John Legend, Chiara Civello (na faixa Resta), Esperanza Spalding e Antonio Villeroy, entre outros. Gringo Cardia assina o cenário. Monique Gardenberg dirige o DVD.
Bela voz não floresce no CD 'Primavera'
Prestes a ser avô, Belo lança novo trabalho
Belo vai ser avô. E continua apaixonado. Ele aproveitou o lançamento do novo CD “Primavera”, que já está nas lojas, para se declarar à sua noiva Gracyanne, a qual dedicou o encarte do disco e várias músicas do novo projeto. “No fundo todo homem é muito frágil e tem medo de perder a mulher que ama. Comigo não é diferente”, contou Belo.
O pagodeiro também confessou que anda cuidando da aparência:
“Com dinheiro é fácil ser bonito. Agora faço limpeza de pele de 15 em 15 dias, só uso produtos de primeira linha no cabelo, tiro os excessos da sobrancelha e depilo o peito. Mas nunca fiz plástica nem coloquei botox”, garantiu.
Belo disse, ainda, que quer aproveitar o sucesso do novo disco para dar uma vida melhor ao filho e neto:
“Ele engravidou a namorada, mas quem sou eu para falar alguma coisa? Quando ele nasceu eu tinha apenas 16 anos. Agora vou é aproveitar para curtir meu neto, que já nasce no fim de novembro”, disse o cantor, de 35 anos, que tem outras três filhas.
No texto em que apresenta o chato oitavo CD solo de Belo, Primavera, o maestro Rildo Hora - um gaitista e produtor bastante requisitado no universo do samba - elogia, com razão, o timbre e a afinação do cantor, projetado na década de 90 como vocalista do grupo paulista Soweto.
Sim, somente quem fecha os ouvidos para os ídolos populares - e Belo, a despeito de todo seu conturbado histórico pessoal, continua a ser um deles - pode ignorar que, como cantor, ele realmente está acima da média. Por isso mesmo, é pena que, neste CD Primavera, sua voz seja tão desperdiçada. Mais uma vez. O fiel Prateado produz o disco - com direito a arranjos de cordas de Jota Moreas e a arranjos de metais urdidos com o toque de Serginho Trombone - com total devoção à fórmula insossa do pagode romântico que infestou o mercado fonográfico e as rádios a partir dos anos 90. Mudam os nomes das músicas (Choro, Tudo no Lugar e Invencível, entre outras), mas permanece a qualidade ruim que norteia o repertório. Até um samba de Arlindo Cruz e Sombrinha - Onde Está? - não consegue florescer com o colorido habitual da dupla por conta desse padrão que rege Primavera. Poucas faixas escapam do tom choroso do tal pagode romântico. Em Dona do Pedaço, parceria de Picolé e Prateado, Belo esboça investida pelo suingue do samba-rock. Já a balada Tudo Mudou é versão de tema oriundo do cancioneiro de Jose Ortega, compositor da Costa Rica. Porém, no todo, há pouca variação no CD Primavera. E quem se apaga é a bela voz de Belo.
CD mostra os caminhos incidentais das Índias
Quando saiu do ar, no próximo sábado, 12 de setembro de 2009, a novela Caminho das Índias já tinha nada menos do que cinco trilhas sonoras editadas em CD. No embalo da excelente audiência conquistada pela trama na reta final, a gravadora Som Livre colocou nas lojas o disco com a trilha sonora incidental composta por Alexandre de Faria para realçar os climas dos vários núcleos da história bem como as emoções das cenas. Entre os temas originais, há Os Portais do Taj Mahal, Maxixe Chorado, Habanera para Tarso, Tango da Ausência e Meditação & Karma
Canções famosas na voz do Rei, em novas versões por Eduardo Lages
Novo álbum do maestro reúne canções consagradas na voz de Roberto Carlos
Uma seleção de temas marcantes do repertório de Roberto Carlos, na interpretação de seu maestro e arranjador, estão reunidas no CD Nossas Canções, de Eduardo Lages. O romantismo dá o tom do álbum, inteiramente instrumental e com o toque inconfundível do artista, que acompanha o Rei há mais de 30 anos.
Do total de 12 músicas, quatro são de autoria da dupla Roberto e Erasmo Carlos: “Além do horizonte”, “O portão”, “Não quero ver você triste” e “Não se esqueça de mim”. Clássicos de outros compositores que já embalaram vários casais e ficaram conhecidos na voz de Roberto Carlos, como “Outra Vez” (Isolda), “Nossa Canção (Preste Atenção)” (Luiz Ayrão), “Custe O Que Custar” (Hélio Justo / Edson Ribeiro) e “Falando Sério” (Maurício Duboc / Carlos Colla), também estão no repertório. Getúlio Côrtes assina duas faixas: “Negro Gato” e “O Tempo Vai Apagar”, com Paulo César Barros.
O CD Nossas Canções traz ainda “Canzone Per Te” (Sergio Endrigo / Sergio Bardotti / Luis Enrique Bacalov), música que rendeu ao rei o prêmio do Festival de San Remo, em 1968. O lado compositor de Eduardo Lages aparece em “Confissão”, feita em parceria com Paulo Sergio Valle.
“Chiaroscuro”, o novo CD da Pitty
“Chiaroscuro” é um dos lançamentos mais aguardados de 2009. Não só pelos 4 anos de intervalo entre seu antecessor “Anacrônico”, mas também pela expectativa gerada através do blog oficial da Pitty, junto a ações virais inéditas em terras brasilis aplicadas pela gravadora Deckdisc. Resultado da carreira bem cuidada de uma artista que já provou que não tem prazo de validade.
O que você tem nas mãos é um álbum de rock. Nasceu da necessidade de expressão e foi, de fato, gerado durante vários meses nos quais muitos detalhes foram pensados e outros tantos foram fluindo naturalmente. A primeira decisão fundamental, que influenciou não só todo o processo como o resultado do disco, foi gravar em casa.
Pitty, Duda, Joe e Martin costumavam ensaiar num estúdio na casa de Duda. Resolveram equipá-lo para poder gravar lá mesmo, com qualidade. “A princípio foi uma loucura. Com o tempo, a melhor ideia que podíamos ter tido. O processo foi longo: Compramos equipamentos, reformulamos o espaço físico da sala, Rafael e André T. trouxeram microfones, compressores, pré-amps e tudo mais que a gente fosse precisar.” – conta Pitty.
O estúdio, agora já batizado de Madeira, virou um QG do grupo e foi naturalmente transformado numa espécie de “fábrica artística”, abrigando não só os envolvidos na gravação do disco, mas também outras mentes criativas, abrindo novas frentes para o desenvolvimento de conteúdos diversos. Enquanto os músicos gravavam, o diretor Ricardo Spencer filmava e editava os videos, os fotógrafos Otavio Souza e Caroline Bitencourt registravam o making of e a artista plástica Catarina Gushiken pintava telas que deram origem a capa do álbum. Também era de lá que Pitty alimentava seus canais virtuais, mantendo a relação direta que sempre teve com seu público, levando até todo e qualquer fã interessado um pouco da mágica que foi gravar seu terceiro disco de inéditas.
A tranquilidade de trabalhar em casa uniu os músicos. “Jamais estivemos tão entrosados como banda, como amigos, como parceiros. Fazíamos jam sessions de quarenta minutos sem se falar, sem combinar acordes e as músicas surgiam daí. Comecei a levar meus escritos e outras canções que havia feito na intimidade do meu quarto, e logo já tínhamos um punhado delas prontas. Fazíamos testes de gravação para checar a sonoridade do espaço e o conceito do disco começou a aparecer.” – continua.
“Chiaroscuro” define todo esse conceito. Palavra italiana para “claro e escuro”, chiaroscuro é também uma das técnicas de pintura de Leonardo Da Vinci. O álbum traz esse constraste na sonoridade; músicas pesadas e leves, vicerais e sutis. Ainda que o rock seja predominante, há diversas influências como soul, tango, bolero e até música erudita. “A ideia era mesmo caminhar por outros terrenos” – diz a cantora.
“Água Contida”, por exemplo, é inspirada numa ária de Carmen, de Bizet, e tem uma pegada de tango com sonoridade a la Tom Waits, explodindo em um refrão rock. Hique Gomez, do grupo Tangos e Tragédias, participa tocando violino.
Pitty está cantando como nunca. Além da força e precisão que já conhecemos, ela mostra e prova seu amadurecimento, técnico e musical, esbanjando bom gosto nos milhares de canais utilizados para as camas de voz que dominam o disco com excelência. Das Ronettes aos Beach Boys, do TV on The Radio ao Queen, todas essas influências são ouvidas em primeiro plano, através de idéias atuais e eficientes. “Me Adora”, a primeira música a ser trabalhada nas rádios e TVs, retrata perfeitamente o que aqui foi dito, e que se ouve durante os 44 minutos do disco.
As letras de “Chiaroscuro” merecem atenção especial. Pitty adora observar o ser-humano e é sobre isso que ela escreve: fatos do cotidiano e sentimentos íntimos das pessoas vistos por outros ângulos. Tudo apresentado em um discurso direto, mostrando uma compositora confortável em seu papel de se comunicar. “Me dou bem com os inocentes /mas com os culpados me divirto mais”, um cheque-mate no refrão da faixa de abertura, “8 ou 80”. O dia-a-dia da mulher de 30, responsável e elegante, na instigante “Desconstruindo Amélia”. Poesia de bar: “Não vê que o futuro é você quem faz/porque o fracasso lhe subiu à cabeça”, dentro da pegajosa melodia do refrão de “Fracasso”. Ela canta o que escreve de forma tão íntima, que parece uma amiga confidenciando seu último porre no sofá da sua casa.
Produzido por Rafael Ramos, o disco foi gravado no Estúdio Madeira, mixado no estúdio Tambor e masterizado pelo gênio Bernie Grundman (Neil Young, Michael Jackson, Dead Kennedys, Beck e outros) em Los Angeles. O som é rústico, puro e genuíno. “É mais real, tem som de madeira… todos os instrumentos, todas as idéias são ouvidas com clareza.” – fala Rafael Ramos.
“Chiaroscuro” é um disco feito a mão. Em todos os sentidos. ****
João Carlos Martins lança CD duplo autobiográfico
Com 20 faixas e trechos narrados pelo próprio pianista, Páginas de uma História celebra a carreira musical de um dos maiores intérpretes de Bach
João Carlos Martins lança o álbum Páginas de uma História, que faz uma retrospectiva de sua carreira como pianista e maestro. O CD duplo é composto por 20 obras gravadas pelo músico entre os 10 anos e os 68 anos, além de trechos em que João Carlos descreve e contextualiza suas interpretações.
A trajetória de João Carlos ao piano é apresentada por meio de interpretações gravadas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil – algumas delas de grande sucesso no mercado internacional, cujos direitos foram gentilmente cedidos pelas gravadoras originais.
Ney Marques, diretor artístico do CD e da gravadora Flautin 55, conta que esse era um desejo de longa data. "Sempre pensei em produzir um disco no qual o artista contaria sua história – desde que houvesse registros de sua trajetória musical. Não é fácil, mas no caso do João Carlos essa possibilidade apareceu", diz Marques.
O diretor artístico destaca duas gravações – "Sonhos de Amor" e "Dança dos Anões", de Franz Liszt – , que registram o início da carreira de João Carlos, ainda criança. "Essas gravações têm um valor histórico muito grande pois foram feitas pelo pai do João Carlos, (José), num gravador de fio de aço. Esses gravadores precedem os famosos gravadores de fita que foram usados durante muitos anos e registraram tudo o que temos até a década de 1980 , quando começaram a aparecer os primeiros sistemas digitais de gravação", explica Marques, acrescentando que o álbum será lançado no segundo semestre deste ano no mercado norte-americano.
SERVIÇO
Páginas de uma História
João Carlos Martins
Flautin 55
R$ 40,00
****
LATINO LANÇA DVD "JUNTO E MISTURADO" AO VIVO
Com todo o respeito pelos outros cantores (e as cantoras) da nossa Música Pra-Pular Brasileira: quem entende mesmo de festa é Roberto de Souza Rocha, o popular Latino. Ano após ano, ele nos dá provas cabais de que o negócio não está apenas em escolher um apê maneiro, fazer uma boa seleção musical e encher a geladeira de quitutes e – claro! – de birita. Bem mais do que isso, a alma da boa festa está simplesmente em saber quem convidar. E, olha, não faltou ninguém nesse Junto e Misturado, DVD que o cantor gravou em grande estilo, nos dias 18 e 19 de novembro do ano passado, no Taiwan Centro de Eventos em Ribeirão Preto (SP).
Com direção de Santiago Ferraz (responsável por DVDs de nomes de responsa da música, como RBD, Victor e Léo, Edson e Hudson, César Menotti & Fabiano e Padre Marcelo Rossi), a celebração dos 16 anos de carreira do Latino contou com uma lista VIP pra matar muito promoter de inveja: Double You, D’Black, Perlla, Pimpolho (do Art Popular), André e Adriano (do hit “Beber, Cair, Levantar”), Daddy Kall e Dolls – isso, além dos velhos amigos Buchecha, Joelma e Chimbinha (da Banda Calypso) e Mister Jam. Como bom anfitrião, o cantor não deixa nem a bebida esquentar, nem a animação esfriar: traz sua banda, suas dançarinas de fé – as Lati Girls – e vai zoando até o amanhecer, numa festa em que ninguém é de ninguém e o único compromisso é com a diversão.
junto e misturado_latino_capa cd_rParece que foi ontem que Latino surgiu no cenário, inaugurando no país uma onda funk melody com a música “Me Leva”. Pois de 1993 para cá, sempre se renovando (e se misturando), o garoto do subúrbio carioca de Maria da Graça nunca mais deixou mais de frequentar as paradas de sucessos. O segredo do seu êxito? Uma série de cuidadosas pesquisas, em busca do som ideal e da história certa a contar – daí surgiram os hits que contagiam o país inteiro. Aliás, muitos foram os hits do cantor nesses 16 anos. Quem está por fora ou simplesmente não lembra deve então botar logo o DVD para rolar, porque o Lalá vai mostrar com quantos refrãos irresistíveis se faz a carreira de um verdadeiro popstar.
Como uma espécie de Sidney Magal dos novos tempos, ele chega em Junto e Misturado metendo logo o pé na porta com “Festinha Prive”, canção que é a receita de como fazer uma balada inesquecível para todo mundo. E, no pique da farra, emenda com “Vagalume”, o retrato nítido de certos seres que se encontra com facilidade pela night (“sou torto, tarado, maluco / estilo predador / quando tô com birita na idéia / até choro por amor”). A chapa, que já está quente a essa altura, derrete logo em seguida com “Papo de Jacaré”, sucesso de rádio dos anos 90, do grupo P.O. Box, que Latino resgatou para o seu repertório e praticamente a transformou em uma música sua.
De repente, olha lá: é o Latino ao piano! Tudo para dar o toque de drama a “Renata”, mais um daqueles seus hits infalíveis (“Renata / ingrata / quem planta sacanagem colhe solidão”). Outro de seus personagens femininos surge logo na seqüência: é a “Cátia Cachaça”, que vem acompanhada da “Garota Nacional”, do Skank – que dupla para se azarar numa festa! Bom, aí chega a hora de receber os primeiros convidados VIP de Junto e Misturado: são André e Adriano, que dividem com Latino o “Pancadão ou Sertanejo”, histórico encontro entre o funk carioca e o pop do interior do Brasil (“o sertanejo faz o povo levantar / o pancadão faz a galera balançar”).
As parcerias continuam com Daddy Kall (velho amigo do grupo You Can Dance, com quem ele encena a angustiante história do “Amigo Fura-Olho”), D’Black (na balada “Ponto Final”), Pimpolho (no bem-humorado samba “Me Divirto com as Erradas”) e a Perlla (no reggaeton “Selinho na Boca”). Latino segue a festa com mais um pancadão de sucesso (“Sem Noção”) e aí baixa um pouco a temperatura, que é para o povo curtir um amasso: em versões acústicas, ele revisita algumas de suas músicas mais populares, como “Só Você”, “Me Leva” e “Vitrine”. É a hora de beijar – e beijar muito.
Mas quem não agüenta a pressão é melhor ir para casa. Por que, depois do momento love, Junto e Misturado recomeça ainda mais bombado com “Meu Gol de Placa”, uma divertida coleção de metáforas futebolísticas aplicadas à pegação, e com “Shining Star”, encontro de Latino com o mestre internacional da dance music Double You. Já com as meninas do Dolls, o cantor relembra “Infernizar Você” e “Tô Nem Aí”, hit da cantora Luka que ele ajudou a compor.
Fosse numa festa normal, nesse momento da noite já teria vizinhos reclamando e o síndico ameaçando chamar a polícia. Mas essa a casa é do Lalá – e o ápice da celebração não pode ser diferente: com a “Festa no Apê”, um bundalelê que se desdobra na citação de “Dancin Days” e desemboca num verdadeiro baile de carnaval movido a sucessos do pop infantil dos anos 80, como “Superfantástico”, “Ilariê” e “Tindolelê”. Se o cara se segurar em pé depois dessa, ainda tem Tim Maia (“Não Quero Dinheiro”) e Mamonas Assassinas (“Pelados em Santos”, “Vira-Vira”) para a saideira. Porque o bailão do Latino é assim: só acaba com o último casal dançando na pista.
Opa! Mas não é que teve um monte de gente que não conseguiu chegar a tempo à festa? Por isso, não dá para perder os extras de Junto e Misturado. Lá estão os encontros como Mister Jam (em “Isabel”, um reggaeton que fala do cara escravizado pela mulher), Buchecha (“Caça-Fantasma”) e Joelma e Chimbinha (“Propostas Indecentes”), além de repetecos com Perlla (“Se Vira”) e Daddy Kall (“Altos e Baixos”) e a já clássica “Arregaçando a Chopeira”, versão do reggaeton “La Botella”, dos panamenhos Mach y Daddy, em que Latino conta a história de um cara apaixonado por uma mulher infiel que rompe o romance maldito e vai comemorar enchendo a cara. Junto e misturado com sua galera, o cantor garante com seu novo DVD o que pouca gente por aí sequer tem a audácia de oferecer: duas horas da mais pura farra. É isso aí, pode aparecer: no apê do Latino, a festa nunca termina.
O místico "N9ve" de Ana Carolina
No universo místico, o número 9 representa o coroamento dos esforços, o término de uma criação, o fim e o recomeço. Para Ana Carolina, a ligação vem de berço: ela nasceu no dia 9 do nono mês e completa, em 2009, uma década de sucesso desde o lançamento de seu primeiro CD (em 1999!). Nada mais justo, portanto, que a mineira de Juiz de Fora pegue emprestado o número e batize seu novo trabalho, “Nove”.
São nove faixas, com parcerias inéditas e participações internacionais. A italiana Chiara Civello assina com Ana “Traição”, “8 estórias”, “10 minutos” e “Resta”, sendo que nesta última também toca piano e canta. Dos Estados Unidos, vieram John Legend, que faz dueto em dose dupla – compõe a letra e solta a voz – na suingada “Entreolhares”, primeira música de trabalho do CD, já lançada em single, e Esperanza Spalding, emprestando sua pegada jazzística à “Traição”. Os brasileiros não ficaram de fora: Gilberto Gil presenteou a mineira com a letra de “Torpedo”, um samba delicioso, e o amigo e parceiro de longa data Antônio Villeroy marca presença na elegância de “Entreolhares” e na divertida “Tá rindo, é?”.
O romantismo dá a tônica de “Nove”, em versos como “Eu já não sei respirar / Quando estou ao lado seu / Juro que me falta o ar” (“Resta”) e “Pela rua penso em ti / Volto em casa, penso em ti” (“Dentro”). A ideia de fim e recomeço que o número 9 representa aparece na letra de “Era”: “Hoje em dia não me importo com o que fiz do meu passado / Quero amigos, sorte e muita gente boa do meu lado / E não rebato se disserem por aí que eu tô errado”.
Ana Carolina mostra que é mesmo uma pessoa apaixonada, que gosta de amar, ser amada e falar de amor.
A ficha técnica de “Nove” revela a presença de três dos mais renomados produtores da atualidade: Mário Caldato, Kassin e Alê Siqueira e grandes músicos e amigos como João Parahyba, Davi Moraes, Pedro Bernardes, Daniel Jobim, Arthur Verocai, Donatinho, Carlos Trilha e Jussara, entre outros.
A sonoridade dos arranjos de cordas e metais e a mistura de instrumentos que puxam para o clássico, como cello, violino e harpa, com a pegada mais dançante de guitarra e bateria, conferem ao CD riqueza musical e embalam, na medida certa, as canções que não saem da cabeça desde a primeira audição. **** 4 ESTRELAS / Ótimo
Cidadão Instigado convida Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra para participar de “UHUUU!”
“UHUUU!” é o aguardado novo álbum do Cidadão Instigado. Produzido pela própria banda, “UHUUU!” traz um som orgânico e mais parecido com o tocado nos shows e marca o primeiro registro em disco com a formação pós-“Método Túfo de Experiências”.
“UHUUU!” conta com várias participações especiais. Arnaldo Antunes, que teve seu mais recente álbum (a ser lançado), produzido por Catatau, canta em “Doido” e “O Cabeção”. Edgard Scandurra faz vocais em “Dói”. Tiquinho (trombone), Hugo Hori (saxofone alto) e Reginaldo (trompete) tocam os metais, bastante presentes no álbum. Marco Axé, que assim como Catatau é integrante da banda de Otto há oito anos, é responsável pelas congas em “Homem Velho” e “O Cabeção”. Karina Buhr (Comadre Fulozinha) toca pandeirola em “Como as Luzes”.
O projeto “UHUUU!” foi um dos vencedores do Prêmio Pixinguinha e conta com o patrocínio da Funarte e realização da LP Produções. O álbum será lançado em setembro. *** 3 ESTRELAS / Bom
O melhor do gospel brasileiro
Álbum reúne alguns dos mais importantes nomes da música cristã no Brasil, como Soraya Moraes, Aline Barros, Régis Danese e Irmão Lázaro
Coletânea que reúne alguns dos maiores sucessos da música gospel brasileira, o CD Promessas é lançado pela Som Livre este mês. No repertório do álbum, nomes como o das vencedoras de Grammy Latino, Soraya Moraes e Aline Barros, além de Régis Danese, Irmão Lázaro, André Valadão e Ana Paula Valadão.
Cantora com 15 anos de carreira e dez CDs lançados, Soraya Moraes é um dos maiores destaques da música gospel no Brasil. Vencedora do Grammy Latino de 2005 na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa (“Deixa o Teu Rio Me Levar – Ao Vivo”), Soraya levou para casa mais três Grammy, em 2008: Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Espanhola (“Tengo Sed de Ti”), Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa (“Som da Chuva”) e Melhor Canção Brasileira, com “Som da Chuva” (Soraya Moraes/Marco Moraes). No CD Promessas, a cantora surge com a faixa “Cada Promessa” (Soraya Moraes / Marco Moraes / Leo Oliver / Marcus Gregorio). Também consagrada pelo Grammy Latino, Aline Barros – Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa nos anos de 2004 (“Fruto de Amor”), 2006 (“Aline Barros & Cia”) e 2007 (“Caminho de Milagres”) – participa da coletânea com “Recomeçar” (Marcelo Manhãs), canção que fez parte da trilha sonora da novela Duas Caras.
Promessas também traz cantores reconhecidos pelo maior prêmio da música cristã no Brasil, o Troféu Talento. Entre eles, Régis Danese, Irmão Lázaro, André Valadão e Robinson Monteiro. Quando integrava o grupo Só Pra Contrariar, nos anos 90, Régis Danese não imaginava que um dia seria um dos mais importantes nomes na cena da música gospel nacional. Hoje, é dono dos troféus Intérprete Masculino, Destaque 2008, Cantor do Ano e Música do Ano, no Troféu Talento 2009. O mineiro contribui para a coletânea com as canções “Compromisso” e a premiada “Faz Um Milagre em Mim”, compostas por Joselito e Kelly Danese, esposa de Régis. Irmão Lázaro e André Valadão não ficam atrás e também emplacam duas músicas cada. Reconhecido como Revelação Masculina, na última edição do Talento, e ainda consagrado nas categorias Álbum do Ano, Álbum Ao Vivo, Álbum Independente e Álbum Alternativo, pelo CD “Testemunho e Louvor”, Irmão Lázaro entra na coletânea com duas composições próprias: “Eu Te Amo Tanto” e “Eu Sou de Jesus”. Já André Valadão – cantor e pastor voluntário da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte -, participa com “Livre Sou” e “Pela Fé”, música que rendeu o prêmio de Melhor Vídeo Clipe para o mineiro, enquanto o vencedor na categoria Melhor Álbum Pentecostal deste ano, Robinson Monteiro, por “Em Todo Tempo Louve”, contribui com “Aliança com Deus” (Solange de César / Beno Cesar), do CD “Uma Nova História”.
Líder do Ministério de Louvor Diante do Trono, Ana Paula Valadão não podia ficar de fora do CD Promessas e entra para o repertório com a canção “Vitória da Cruz”. A coletânea ainda traz canções de Elaine Martins e do grupo Trazendo a Arca, entre outros.
WWW – CD GER@L.COM
Grupo estreia programa na TV Globo e álbum de rock com composições próprias e músicas de Armandinho, Luka e Henrique Rato, do Virgulóides
As garotas vão suspirar e dizer que são uns fofos. E os garotos vão morrer de inveja da vida que eles levam. Formada por surfistas e roqueiros entre 13 e 17 anos, a banda WWW estreia, de uma só tacada, programa na TV Globo e sua trilha sonora, o CD Ger@l.com, pela Som Livre. Da família Werneck, daí o nome WWW, os irmãos Xande (vocalista, 15 anos) e Luke (percussionista, 13 anos) formaram com os primos, os irmãos João (guitarrista, 17 anos), Mateus (baixista, 13 anos) e Pedro (baterista, 15 anos), um grupo para tocar no aniversário de Xande em 2006 - quando alguns dos integrantes ainda tinham apenas 10 anos - e não pararam mais.
Como na minissérie Ger@l.com, a banda começou a fazer sucesso no condomínio onde moram. Logo, estendeu a agenda para casas de shows no Rio, incluindo a Melt e a São Nunca, até uma turnê (durante as férias escolares) no Rio Grande do Norte e Ceará. Surfando e tocando, também já se apresentaram em Florianópolis, Guarda do Embaú e Maresias, no melhor esquema livre “chegar e marcar”.
Nesses três anos de estrada, esbarraram com o produtor Max Pierre (Zeca Pagodinho, Rita Lee, Xuxa), que os contratou para seu selo, Música Fabril, e o inglês Paul Ralphes (Skank, Kid Abelha, Lulu Santos). Os dois se interessaram pela energia e juventude dos adolescentes e assinam a trilha de Ger@l.com. A música “Som Na Caixa” (Luke Werneck / Pedro Werneck / Rick Werneck) abre todos os shows da banda e foi feita por eles para se apresentarem. Cheios da atitude que levam para o palco, contam um pouco a história da banda: “Som na caixa/ aumenta o volume, não abaixa/ vamos fazer barulho/ bate coração!/WWW/chegando na pressão”.
O álbum passeia pelo reggae com “Mahalo”, música de saudação à natureza e às ondas, composta pelo surfista e fotógrafo Rick Werneck, pai de Xande e Luke - o maior incentivador do grupo e parceiro em várias composições - e com a faixa “Vou te esperar”. A música é de autoria de Leo Hinke, do Papas na Língua, e é uma balada reggae sobre saudade.
Outras canções românticas como: “Quero dizer” (Paul Ralphes / Caio Fonseca / Xande Werneck / Luke Werneck / Rick Werneck) e “Porque eu sei” (Paul Ralphes / Rosana Ferrão / Caio Fonseca) também estão no repertório, mas o estilo predominante é o rock´n´roll, paixão dos WWW. O que eles ouvem: Ramones, The Who, Red Hot, Raimundos, Beatles, Legião Urbana, Charlie Brown, Marcelo D2 e samba rock. Luke também gosta de funk.
Por causa desse tal de rock, eles já brigaram com uma vizinha pagodeira, o que gerou a música “Eu toco rock”, nona faixa do álbum. O cotidiano adolescente é temática principal do CD. A maioria das histórias contadas nas letras aconteceram com alguns deles, como “Tô bolado” (Xande Werneck / Rick Werneck) e “Quero te ver” (Luke Werneck / Rick Werneck). A primeira é de Xande. Fala de um namoro escondido que rolava no condomínio. A mãe da menina descobriu os dois (viu do 17º andar) e obrigou a filha a terminar. Já “Quero te ver”, Luke fez para uma namorada que se mudou para São Paulo, dando fim ao relacionamento.
No álbum Ger@l.com, a banda WWW apresenta músicas inéditas de outros autores, como a cantora e compositora Luka, Henrique Rato, do Virgulóides, e Armandinho. Luka ofereceu ao grupo a música que compôs aos 16 anos. A temática adolescente, sobre alguém apaixonado querendo atenção, agradou a todos e entrou no disco. Henrique Rato, do Virgulóides, compôs a faixa bem-humorada e bem pop, com os versos: “Mas não tenho grana / eu não tenho nada / só tenho uma prancha / uma caranga e uma namorada / é disso que eu gosto/ e é disso que ela gosta também”. Amigo de Rick, Armandinho fez especialmente para a banda a “I can´t say” (Armandinho / Regis Leal).
Nenhum comentário:
Postar um comentário