Memorial da Cultura Cearense abre exposição especial em comemoração aos 200 anos de Louis Braille
Exposição Na Ponta dos Dedos comemora os 200 anos de nascimento de Louis Braille e mostra alternativas de acessibilidade dentro dos museus
As pessoas com deficiência já ganharam várias batalhas para ter o seu direito de acesso respeitado em lugares como escolas e ruas. Mas o que fazer para tornar as obras de um museu acessíveis a este público? A exposição Na Ponta dos Dedos, que entra em cartaz dia 29 de outubro no Memorial da Cultura Cearense, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, traz algumas respostas para essa questão.
A exposição é resultado de uma experiência de curadoria participativa com os membros do projeto Acesso (ação de inclusão social desenvolvida pelos museus do Centro Dragão do Mar), representantes de várias instituições relacionadas ao tema, pessoas com deficiência e artistas locais. A exposição vai mostrar questões do cotidiano destas pessoas, a expansão do sistema Braille e as novas tecnologias de acessibilidade.
Toda legendada em libras, Na Ponta dos Dedos, apresenta objetos da escrita em Braille, como livros e rótulos, vídeo com depoimento de deficientes visuais, além dos resultados das oficinas realizadas em outubro acerca do tema, como, por exemplo, as obras do Ateliê Experimental, realizado entre os artistas Sólon Ribeiro e Marina de Botas, e pessoas com deficiência. Outra novidade é a Sala Escura, onde o visitante pode realizar um percurso e sentir-se na condição de deficiente visual.
Oficinas
Desde o início de outubro, o Memorial da Cultura Cearense desenvolve oficinas com temáticas ligadas ao deficiente. Essas ações seguem durante o mês de novembro, em conjunto com a exposição. São elas:
Curso Arte, Cultura, Design e Deficiência Visual: projetos criativos que ultrapassam o limite da visão, com a Doutora Viviane Sarraf, especialista em Museologia (MAE/USP);
Oficina de Monotipia Visual, com a equipe do Projeto Gravura Oficina em Rede;
Oficina Portas da Visão Interior, com Maurício Coutinho;
Ateliê Experimental, que segue com a residência artística entre Sólon Ribeiro, Marina de Botas e grupos de pessoas com deficiência visual;
Diálogo Cultural: debate sobre linguagens acessíveis como Braille e as novas ferramentas de comunicação no campo da informática. Dia 06 - Braille: o mundo na Ponta dos Dedos. Com Ana Lúcia Franco, professora, mestranda em Ciência da Educação. Dia 20 – Instrumentos Acessíveis e Comunicação. Com Paulo Roberto Cândido de Oliveira, engenheiro elétrico, instrutor de informática inclusiva com o uso do DOSVOX, professor com formação na área de deficiência visual e membro da SAC – Sociedade de Assistência aos Cegos.
Para informações e inscrições, ligar para 85.3488.8621 / 8611, ou através do email: educativomcc@dragaoodmar.org.br
Projeto Acesso
Desenvolvido pelo Memorial da Cultura Cearense e Museu de Arte Contemporânea, o projeto tem o objetivo de trabalhar a acessibilidade universal nas exposições do Centro Dragão do Mar, apostando nas diferentes vias de apreciação que o museu pode oferecer. O deficiente visual, por exemplo, pode visitar a exposição incluída do projeto e perceber as obras através do tato, das informações em Braille e do DOSVOX. Já o deficiente auditivo, tem acesso a todas as informações da mostra por meio das Libras. A monitoria é especializada, coordenada pela gerente do Memorial, Márcia Bitú Moreno, e funciona com a parceria de diversas instituições de pessoas com deficiência.
Na Ponta dos Dedos foi desenvolvida com a participação de instituições como a Associação de Cegos do Estado do Ceará (ACEC), o Centro de Apoio Pedagógico a Pessoa com Deficiência Visual (CAP), o Instituto dos Cegos, o Grupo de Legendagem e Audiodescrição da UECE (LEAD), o Instituto Cearense de Educação de Surdos (ICES), o Movimento das Pessoas com Deficiência (MPcD), o Setor de Braille da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel, a Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) e Carlos Gibaja Fotografia. Além dos artistas Eduardo Eloy, Maina de Botas, Solon Ribeiro e Maurício Coutinho.
Serviço: Abertura da exposição Na Ponta dos Dedos, no Memorial da Cultura Cearense do Centro Dragão do Mar, dia 29 de outubro de 2009, às 19h. Horário de visitação: de terça a quinta, das 9h às 18h30. De sexta a domingo, das 14h às 20h30. Acesso livre. Outras informações: 85. 3488.8621
Heterotopias Cotidianas, de Shirley Paes Leme, entra em cartaz no Museu de Arte Contemporânea
Com curadoria de Michael Asbury, a mostra trata da experiência subjetiva da artista. Heterotopias Cotidianas abre dia 30 de outubro, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
A artista goiana Shirley Paes Leme apresenta instalações que evocam a experiência de um lugar, mas não um local fixo, e sim um espaço sensível que surge da experiência subjetiva da artista, da conjunção de suas memórias. A mostra abre dia 30 de outubro, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea, ficando em cartaz até 06 de dezembro de 2009.
Buscando um diálogo com a experiência do outro, as obras se apresentam na sua essência, extraídas da mistura de memórias e elementos diversos. É neste processo de redução, de singularidade, que a obra se apresenta, convidando o público a vivenciar os trabalhos no espaço, seja pela percepção das formas em si, seja pela possibilidade de habitar estes espaços através da subjetividade, a trazer para estes lugares suas próprias memórias.
Foucault chamou de Heterotopias os espaços específicos que se situam dentro dos espaços sociais cotidianos, espaços de experiências paralelas diversas. São espaços que inventam um conjunto de relações cotidianas e que transportam as pessoas para fora da realidade.
Artista
Shirley Paes Leme possui graduação em Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (1978), especialização pela Universidade Federal de Uberlândia (1982) e doutorado em Belas Artes- John F Kennedy University (1986). É professora aposentada pela Universidade Federal de Uberlândia e professora da Faculdade Santa Marcelina. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Instalação, Performance, Desenho, Vídeo, Cinema e Escultura, atuando principalmente em arte e história da arte contemporânea.
Arte Crivo
Dia 31, sábado, o MAC promove um debate com Shirley e o curador da mostra Michael Asbury, às 16h, na Biblioteca de Artes Visuais Leonilson (MAC). O acesso é livre.
Serviço: Heterotopias Cotidianas. Abertura dia 30 de outubro de 2009, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea, no Centro Dragão do Mar. Visitas: de terça a quinta, de 9h às 19h (acesso até 18h30); sexta a domingo, de 14h às 21h (acesso até 20h30). Outras informações: 85.3488.8624.
45 anos de memórias
Mostra de Tarcísio Félix segue em cartaz no Museu do Ceará
A Secretaria da Cultura do Estado apresenta no Museu do Ceará a mostra “Tarcísio Félix – 45 anos depois”, que comemora a a trajetória do artista cearense de 66 anos. Neste apanhado de sua obra e acervo que completam 45 anos, Félix se volta para os temas que remetem as suas origens, no interior do Ceará, a infância no sertão, os vaqueiros, jangadeiros, apostando no hiperrealismo. A exposição está aberta no Museu do Ceará até 6 de novembro.
Natural de Granja, Tarcísio estudou na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, em 1965 e segue trajetória respeitada nas artes visuais do Ceará. Participou de várias mostras individuais e coletivas, como a recente coletiva "Estrelas do Norte" no Sobrado Dr. José Lourenço. Trabalhou no Centro de Artes Visuais Raimundo Cela e na Secretaria da Cultura do Estado e passeia, como pintor, por várias escolas artísticas.
Serviço:
Exposição: Tarcísio Félix – 45 anos depois
Local: Museu do Ceará (Rua são Paulo, 51, Centro)
Período: Até 6 de novembro
Vigilância no Museu do Ceará
O Museu do Ceará comunica aos usuários que estará fechado para visitação a partir desta sexta-feira, dia 31 de outubro, para a instalação do sistema de vigilância eletrônica interna para salvaguarda das obras e peças históricas do Ceará . O Museu do Ceará será reaberto ao público no dia 9 de novembro de 2009. A obra utiliza recursos do Projeto de Modernização de Museus, por meio do Ministério da Cultura, e tem valor estimado de R$ 23 mil. Todo o processo será supervisionado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ceará (IPHAN/CE). Mais informações: (85) 3101-2609 e 3101-2610.
Florêncio Anton volta a pintar suas obras na capital cearense
O Lar Beneficente Clara de Assis traz ao Ceará, em outubro de 2009, o conferencista e artista plástico baiano Florêncio Anton, cujo transe mediúnico produz, com uma admirável rapidez, pinturas inéditas de artistas desencarnados, tais como: Portinari, Matisse, Renoir, Van Gogh, Da Vinci, dentre outros… Uma prova, em cores vivas, da imortalidade da alma! O evento ocorrerá na Torre Quixadá, às 16 horas do dia 31 de outubro, e 01 de novembro do corrente ano, com a realização de leilão beneficente das telas em prol do Lar de Clara.
Trata-se de uma Pintura Mediúnica que desafiará as teorias psiquistas e paranormais, apresentando, ao vivo, um fenômeno que evidencia a imortalidade de artistas como Monet, Toulouse Lautrec, Rembrand, Picasso… enfim, aproximadamente 73 desencarnados que se manifestam pelo médium em 19 anos de trabalho. O mais impressionante é que muitos dos quadros trazem rostos de pessoas familiares à platéia e temas adequados ao gosto dos participantes.
O Lar de Clara, como é mais conhecido, funciona em Iparana, no Ceará. A entidade comemora os seus 10 anos de existência, com atividades voltadas para a promoção social da comunidade Guaié, naquele município.
Serviço:
Pintura Mediúnica com Florêncio Anton
Dias: 31 de outubro // 01 de novembro
Horário: 16h
Local: Avenida Barão de Studart, 2360
Torre Quixadá - Aldeota
Inspiração que vem da França na composição das artes visuais do Ceará
Veja fotos da "Influência Francesa" nas Artes Plásticas e Arquitetura Cearenses
A referência estética do mundo ocidental, foi e de certo modo continua sendo, Paris. Artistas de todos os lugares, consagrados ou não, elegeram a capital francesa como ponto ideal para o desenvolvimento de suas atividades. Artistas de todos os lugares, consagrados ou não, elegeram Paris, a capital francesa, como ponto ideal para o desenvolvimento de suas atividades. Um desses portos foi, sem dúvida, o Ceará que recebeu, além de forte influência em sua arquitetura, em seu mobiliário e arte decorativa, nas artes plásticas e literatura.
Essa influência se deu, contudo, de várias formas: artistas do Ceará que a exemplo de outros tantos ao redor do mundo viajaram e se fixaram em Paris, a vinda, para o Ceará de artistas como Chabloz, que embora suíço, trazia a mensagem estética da França. Por último, além das publicações que chegavam tardiamente, artistas locais retornavam com aprendizados importantes na bagagem e semeavam, por aqui esses novos conhecimentos. Nesse contexto, as novidades, tendências artísticas recém-elaboradas percorriam o planeta planificando a difusão das novas descobertas.
Em outubro, quatro novas exposições apresentam este universo de referências entre os dois países. A programação, que se espalha por diversos espaços culturais de Fortaleza em realização da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, dentro da programação do Ano França no Brasil.
Ano da França no Brasil - Anunciado pelos Presidentes da República dos dois países em 2006, em reciprocidade ao Ano do Brasil na França (2005), o ano de 2009 proporciona à França a oportunidade de apresentar, nas diversas regiões brasileiras, as diferentes facetas de sua cultura.No Ceará, a implantação da programação cultural é promovida pelo Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, e está realizando onze projetos (dos quais três já se realizaram), investindo diretamente R$ 900 mil de recursos do Tesouro Estadual.
EXPOSIÇÕES
“A Influência Francesa nas Artes Plásticas Cearenses” entra em cartaz no Espaço Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura no dia 15 de outubro. Ali, uma mostra de cearenses modernos representados por Heloísa Juaçaba, Pretextato, R. Kampos, Antônio Bandeira, Aldemir Martins, J. Fernandes, Marcus Jussier, Joaquim, Barrica, Chabloz, Gerson Farias, Inimá da Paula e Afonso Lopes, alguns dos nomes mais importantes desse movimento. A mostra tem a curadoria do artista plástico Carlos Macedo.
Serviço: Espaço Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura - Rua Dragão do Mar, 81 – P. de Iracema
Abertura dia 15 de outubro às 20h. Informações: 3488-860
Visitação de terça a domingo, de 9h às 22h
As origens da literatura de cordel
A história da literatura de cordel remonta ao o romanceiro europeu da Idade Média e do Renascimento. A exposição irá guiar o espectador numa viagem desde as origens até a incorporação dos valores da cultura nordestina à literatura de cordel. A mostra tem curadoria de Otávio Menezes.
Serviço: Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel - Av. Presidente Castelo Branco, 255 - Centro
Abertura dia 16 de outubro às 17h30
Visitação de segunda à sexta das 8h às 21h / sábado e domingo das 14h às 18h
Entrada franca
A Influência Francesa no mobiliário
Símbolo de status social o mobiliário de influência francesa é o tema dessa mostra onde será possível conhecer uma série de formas e detalhes característicos da influência da cultura francesa na decoração de nossas residências. A curadoria da mostra é do artista plástico e antiquário Cantídio.
Serviço: Galeria de Artes do Shopping Benfica - Rua Carapinima, 2200 - Benfica
Abertura dia 17 de outubro às 11h30
Visitação de segunda a domingo, de 10h às 22h
Entrada franca
A Influência Francesa na arquitetura do Ceará
Importantes espaços arquitetônicos cearenses, na capital e no interior, têm clara influência francesa. Isso é o que se vai mostrar nessa exposição de fotos, com um viés didático, apresentando a descrição de cada um dos estilos que influenciaram nossa arquitetura: o estilo fortemente ritmado do art-noveau, o rigor geométrico do art-decó, o equilíbrio e a simetria do neoclassicismo, a mesclagem de estilos do ecletismo e, por fim, a forte influência do arquiteto Le Corbusier nas construções funcionalistas modernas.
Serviço:
Aliança Francesa - Rua Catão Mamede, 990 - Aldeota
Abertura dia 19 de outubro às 19h30
Exposição de Maíra Ortins no Espaço Cultural Correios
Os poemas de Manuel Bandeira são o ponto de partida para a exposição “Eu, retalhos”, de Maíra Ortins, que está aberta no Espaço Cultural Correios. A mostra proporciona uma imersão nas emoções de Bandeira, simbolizando a relação dele com a doença que o acompanhou por toda a vida, a tuberculose, retratando a dor, o corpo e até o desejo. Trata-se de uma exposição de gravuras (técnica que possui uma forte tradição no nordeste brasileiro) que apresentam um aspecto plástico diferente das técnicas tradicionais, uma vez que faz uso do desenho livre e da escultura, e de outros meios, através da literatura.
A exposição tem o patrocínio dos Correios e do Governo Federal e prossegue até 21 de novembro. A curadoria é assinada pelo artista plástico e produtor cultural Roberto Galvão. “Eu, retalhos” transita por dois momentos da produção de Maíra Ortins: uma parte trata de uma série de trabalhos que ela vem desenvolvendo a partir dos poemas de Manuel Bandeira e outra de um desdobramento da série primeira.
A mostra resulta da pesquisa de Maíra Ortins em Artes Poéticas, que busca apreender o universo lírico do poeta Manuel Bandeira, por meio de desenhos inseridos diretamente sobre parede, madeira, papel, cujo seguimento sempre parte do grafismo (desenho) específico que marca toda a exposição. A mostra é composta por quatro séries, totalizando 30 obras. As séries têm como título: “Um eu todo encoberto”; “Sete caixas para Pandora chorar”; “Desencanto”; e “A vida inteira que podia ter sido e que não foi”. A primeira série mereceu prêmio do Salão Unifor Plástica, no último mês de setembro.
Em sua obra, Maíra Ortins promove uma aliança entre a palavra e o desenho que a interpreta. O resultado é um jogo de metalinguagens, pois imagem e palavra discursam sobre elas mesmas. "Dessa forma, se dá uma interpretação bastante particular dos poemas de Bandeira, pois aqui, seus poemas emanam, transcendem através de linhas, de manchas vermelhas em vivo contraste com o branco. O vazio", explica.
Outros elementos participam. Objetos tridimensionais esculpidos em madeira, pequenos órgãos do sentido. “A dor citada nos versos de Bandeira aqui é compreendida de maneira direta e simples, por isso, tão lírica. Tudo passa pela dor. Sensações”, diz Maíra.
SERVIÇO:
“Eu, retalhos”, de Maíra Ortins
Local: Espaço Cultural Correios
Rua Senador Alencar, 38 – Centro – Fortaleza – CE
De 8 de outubro até 21 de novembro
Segunda a Sexta, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h
Coquetel de lançamento do catálogo: 15 de outubro, às 19 horas
Exposição e coquetel abertos ao público
Sobre a artista:
Maíra Ortins possui Graduação em Letras – Licenciatura em Português / Literatura em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Ceará (2006). Gravadora, escultora, desenhista, nascida em Recife (PE), estudou na Escola de Arte do Recife, fez cursos de gravura no Instituto Dragão do Mar. De 2001 a 2003, foi monitora na oficina de gravura do Museu de Arte da UFC – MAUC. Participou de várias exposições no exterior. Idealizou e fez curadoria da primeira e segunda Bienal Internacional Ceará de Gravura – 2003/2006. Fez curadoria do 58º e 59º Salão Nacional de Arte – Salão de Abril. Premiada em 2009, na Unifor plástica com o trabalho “Um eu todo encoberto”.
Sobre a exposição:
A exposição é composta por quatro séries, totalizando 30 obras.
“Um eu todo encoberto”
Série de cinco gravuras executadas sobre setim de seda pura em grandes dimensões (150 x 100 cm), em cor vermelha.
“Sete caixas para Pandora chorar”
Série de sete caixas que simbolizam as emoções e a relação de Bandeira com a sua doença, tuberculose, que o acompanhou por toda vida. Cada uma das caixas ou relicários guarda os órgãos que reagem ao estímulo do sofrimento, esculpidos em madeira. Todos os órgãos representam a lembrança do sofrimento, da dor, ou a reação desta em nosso corpo. Trata-se de um mapeamento do desejo. Embora esta instalação possua um título para o seu conjunto, cada caixa, possui um título especifico, pois recebe o mesmo nome do poema nela transcrito. Os poemas foram escolhidos de acordo com os órgãos representados em cada caixa.
“Desencanto”
Série de 13 livros do artista cujo tema evoca o poema “Desencanto”. A partir de um jogo metalingüístico entre livro, palavra e desenho. São livros-arte que, abertos, montam um quebra-cabeça imagético, possibilitando ao espectador inúmeras leituras.
“A vida inteira que podia ter sido e que não foi”
Grafismo com cinco gravuras que percorre todo o espaço expositivo da galeria criando uma atmosfera lírica e impactante para a exposição.
Rosana Ricalde mostra como diálogo imagem/palavra deságua em cartografias e paisagens
Artista visual brasileira com experiência internacional, Rosana Ricalde já expôs em países como o Japão, França, Espanha, Portugal, Holanda, Croácia, México, Argentina, Porto Rico e São Tomé e Príncipe. Nascida em 16 de dezembro de 1971 em Niterói (RJ), a artista de 37 anos é bacharel em Gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Atualmente em temporada de trabalho em Fortaleza, Rosana Ricalde apresenta à cidade a exposição individual “O Percurso da Palavra”, com curadoria de Bitu Cassundé, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – Térreo – fone: (85) 3464.3108). Gratuita ao público, a mostra fica em cartaz até 15 de novembro deste ano (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 10h às 18h).
Poéticas de Ricalde (texto do curador Bitu Cassundé)
A exposição O Percurso da Palavra, de Rosana Ricalde, ao evidenciar a relação Imagem x Palavra na poética da artista, observa como essa ‘’geografia da palavra’’ se constitui na natureza da sua obra e como esse diálogo deságua nas suas paisagens e cartografias.
Com uma fundamentada pesquisa sobre a construção da imagem a partir do duplo Visual x Verbal na produção contemporânea brasileira, a artista utiliza a palavra como suporte para criação da imagem, seja através do desenho, da colagem ou da apropriação de textos literários e manifestos.
A tradição do jogo Imagem x Palavra é objeto de investigação – a palavra revelando a imagem através da reconfiguração e poetização do signo verbal. Hábil manipuladora desse sistema, a artista arquiteta sua sintaxe poética nos trajetos da duplicidade e a conjuga numa geografia da palavra.
A palavra escreve a imagem; é a natureza fundadora do processo criador, instaura diálogos ao declinar forma, conteúdo e resgata o espectador como um agente ativo, que desbrava a insinuante proposição que as imagens instauram, num jogo dialogal entre obra e público, entre o perto e o longe, entre o olhar e o ser olhado.
Os mares de palavras de Ricalde reordenam composições geográficas em ondas, correntes marítimas, elaboradas pela caligrafia repetida dos nomes dos oceanos, que desaguam na composição imagética. A forma é revelada numa escritura que se localiza na dobra, quando a escrita encontra a imagem.
Percorrer a geografia de Ricalde é adentrar em signos que revelam um repertório que habita a sua poética – globo, cidade, mapa, cartografia, atlas, mar, labirinto etc. –, entre relevos da literatura, poesia e palavra.
A morfologia da paisagem revela-se em alguns trabalhos pelo ato da apropriação, evidenciado, por exemplo, nos diálogos com a literatura ou na utilização da técnica das areias coloridas. Os espaços, territórios e lugares dessa geografia da palavra reverberam uma sinestesia que instiga os sentidos e compõe um imaginário de significados. As paisagens anunciam o que está além do olhar e discutem a imagem através do laborioso requinte da metáfora.
Os percursos traçados na poética da artista assinalam um trajeto no qual a palavra reverbera eixos fundadores, tanto na concepção, quanto na subtração da imagem, revelando-se como recurso para o surgimento de uma natureza invocadora do gesto divino da escrita artística em súbitas orações visuais.
Interseções entre desenho e pintura
“Arranha-Verso”, exposição individual de Diego de Santos, com curadoria de Maira Ortins, em cartaz no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Térreo – Centro – fone: (85) 3464.3108), é gratuita ao público, e ficará em cartaz até 30 de setembro (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; aos domingos, de 10h às 18h).
Na exposição, Diego de Santos apresentará trabalhos resultantes de uma pesquisa experimental sobre interseções entre desenho e pintura. As obras foram realizadas a partir de ações gestuais, fazendo uso de materiais comuns, como grafite e caneta esferográfica sobre as duas faces de papéis simples (sulfite), passíveis de alterações visuais insólitas e que possibilitam liberdade de construção.
OUTRAS EXPOSIÇÕES
67º SALÃO DE ABRIL - Segue em cartaz até 7 de novembro a 67ª edição do Salão de Abril, com o tema Qual o lugar da arte?. A mostra inclui trabalhos de 30 artistas, entre desenhos, esculturas, gravuras, instalações, fotografias, objetos, pinturas, performances, intervenções urbanas e videoarte. Na Galeria Antônio Bandeira (Rua Conde D-Eu, 560), no Passeio Público e entre as ruas Major Facundo e Senador Alencar. Das 8 às 19 horas. Outras informações: 3105 1386 e 3105 1358.
11ª CASA COR CEARÁ -Baseada no tema da sustentabilidade, a 11ª edição da Casa Cor Ceará vem com mais de 60 ambientes, mostrando as tendências na arquitetura, design e decoração. A mostra reúne os profissionais mais badalados da cidade. Rua Visconde de Mauá, 1000 - Aldeota (entre as ruas Maria Tomásia e Marcos Macedo). Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 25 (inteira promocional) e R$ 15 (estudantes mediante apresentação da carteira e para pessoas a partir de 60 anos). Em cartaz até 10 de novembro. Outras informações.: 3261 3533.
Exposição Na Ponta dos Dedos comemora os 200 anos de nascimento de Louis Braille e mostra alternativas de acessibilidade dentro dos museus
As pessoas com deficiência já ganharam várias batalhas para ter o seu direito de acesso respeitado em lugares como escolas e ruas. Mas o que fazer para tornar as obras de um museu acessíveis a este público? A exposição Na Ponta dos Dedos, que entra em cartaz dia 29 de outubro no Memorial da Cultura Cearense, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, traz algumas respostas para essa questão.
A exposição é resultado de uma experiência de curadoria participativa com os membros do projeto Acesso (ação de inclusão social desenvolvida pelos museus do Centro Dragão do Mar), representantes de várias instituições relacionadas ao tema, pessoas com deficiência e artistas locais. A exposição vai mostrar questões do cotidiano destas pessoas, a expansão do sistema Braille e as novas tecnologias de acessibilidade.
Toda legendada em libras, Na Ponta dos Dedos, apresenta objetos da escrita em Braille, como livros e rótulos, vídeo com depoimento de deficientes visuais, além dos resultados das oficinas realizadas em outubro acerca do tema, como, por exemplo, as obras do Ateliê Experimental, realizado entre os artistas Sólon Ribeiro e Marina de Botas, e pessoas com deficiência. Outra novidade é a Sala Escura, onde o visitante pode realizar um percurso e sentir-se na condição de deficiente visual.
Oficinas
Desde o início de outubro, o Memorial da Cultura Cearense desenvolve oficinas com temáticas ligadas ao deficiente. Essas ações seguem durante o mês de novembro, em conjunto com a exposição. São elas:
Curso Arte, Cultura, Design e Deficiência Visual: projetos criativos que ultrapassam o limite da visão, com a Doutora Viviane Sarraf, especialista em Museologia (MAE/USP);
Oficina de Monotipia Visual, com a equipe do Projeto Gravura Oficina em Rede;
Oficina Portas da Visão Interior, com Maurício Coutinho;
Ateliê Experimental, que segue com a residência artística entre Sólon Ribeiro, Marina de Botas e grupos de pessoas com deficiência visual;
Diálogo Cultural: debate sobre linguagens acessíveis como Braille e as novas ferramentas de comunicação no campo da informática. Dia 06 - Braille: o mundo na Ponta dos Dedos. Com Ana Lúcia Franco, professora, mestranda em Ciência da Educação. Dia 20 – Instrumentos Acessíveis e Comunicação. Com Paulo Roberto Cândido de Oliveira, engenheiro elétrico, instrutor de informática inclusiva com o uso do DOSVOX, professor com formação na área de deficiência visual e membro da SAC – Sociedade de Assistência aos Cegos.
Para informações e inscrições, ligar para 85.3488.8621 / 8611, ou através do email: educativomcc@dragaoodmar.org.br
Projeto Acesso
Desenvolvido pelo Memorial da Cultura Cearense e Museu de Arte Contemporânea, o projeto tem o objetivo de trabalhar a acessibilidade universal nas exposições do Centro Dragão do Mar, apostando nas diferentes vias de apreciação que o museu pode oferecer. O deficiente visual, por exemplo, pode visitar a exposição incluída do projeto e perceber as obras através do tato, das informações em Braille e do DOSVOX. Já o deficiente auditivo, tem acesso a todas as informações da mostra por meio das Libras. A monitoria é especializada, coordenada pela gerente do Memorial, Márcia Bitú Moreno, e funciona com a parceria de diversas instituições de pessoas com deficiência.
Na Ponta dos Dedos foi desenvolvida com a participação de instituições como a Associação de Cegos do Estado do Ceará (ACEC), o Centro de Apoio Pedagógico a Pessoa com Deficiência Visual (CAP), o Instituto dos Cegos, o Grupo de Legendagem e Audiodescrição da UECE (LEAD), o Instituto Cearense de Educação de Surdos (ICES), o Movimento das Pessoas com Deficiência (MPcD), o Setor de Braille da Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel, a Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) e Carlos Gibaja Fotografia. Além dos artistas Eduardo Eloy, Maina de Botas, Solon Ribeiro e Maurício Coutinho.
Serviço: Abertura da exposição Na Ponta dos Dedos, no Memorial da Cultura Cearense do Centro Dragão do Mar, dia 29 de outubro de 2009, às 19h. Horário de visitação: de terça a quinta, das 9h às 18h30. De sexta a domingo, das 14h às 20h30. Acesso livre. Outras informações: 85. 3488.8621
Heterotopias Cotidianas, de Shirley Paes Leme, entra em cartaz no Museu de Arte Contemporânea
Com curadoria de Michael Asbury, a mostra trata da experiência subjetiva da artista. Heterotopias Cotidianas abre dia 30 de outubro, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
A artista goiana Shirley Paes Leme apresenta instalações que evocam a experiência de um lugar, mas não um local fixo, e sim um espaço sensível que surge da experiência subjetiva da artista, da conjunção de suas memórias. A mostra abre dia 30 de outubro, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea, ficando em cartaz até 06 de dezembro de 2009.
Buscando um diálogo com a experiência do outro, as obras se apresentam na sua essência, extraídas da mistura de memórias e elementos diversos. É neste processo de redução, de singularidade, que a obra se apresenta, convidando o público a vivenciar os trabalhos no espaço, seja pela percepção das formas em si, seja pela possibilidade de habitar estes espaços através da subjetividade, a trazer para estes lugares suas próprias memórias.
Foucault chamou de Heterotopias os espaços específicos que se situam dentro dos espaços sociais cotidianos, espaços de experiências paralelas diversas. São espaços que inventam um conjunto de relações cotidianas e que transportam as pessoas para fora da realidade.
Artista
Shirley Paes Leme possui graduação em Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (1978), especialização pela Universidade Federal de Uberlândia (1982) e doutorado em Belas Artes- John F Kennedy University (1986). É professora aposentada pela Universidade Federal de Uberlândia e professora da Faculdade Santa Marcelina. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Instalação, Performance, Desenho, Vídeo, Cinema e Escultura, atuando principalmente em arte e história da arte contemporânea.
Arte Crivo
Dia 31, sábado, o MAC promove um debate com Shirley e o curador da mostra Michael Asbury, às 16h, na Biblioteca de Artes Visuais Leonilson (MAC). O acesso é livre.
Serviço: Heterotopias Cotidianas. Abertura dia 30 de outubro de 2009, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea, no Centro Dragão do Mar. Visitas: de terça a quinta, de 9h às 19h (acesso até 18h30); sexta a domingo, de 14h às 21h (acesso até 20h30). Outras informações: 85.3488.8624.
45 anos de memórias
Mostra de Tarcísio Félix segue em cartaz no Museu do Ceará
A Secretaria da Cultura do Estado apresenta no Museu do Ceará a mostra “Tarcísio Félix – 45 anos depois”, que comemora a a trajetória do artista cearense de 66 anos. Neste apanhado de sua obra e acervo que completam 45 anos, Félix se volta para os temas que remetem as suas origens, no interior do Ceará, a infância no sertão, os vaqueiros, jangadeiros, apostando no hiperrealismo. A exposição está aberta no Museu do Ceará até 6 de novembro.
Natural de Granja, Tarcísio estudou na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, em 1965 e segue trajetória respeitada nas artes visuais do Ceará. Participou de várias mostras individuais e coletivas, como a recente coletiva "Estrelas do Norte" no Sobrado Dr. José Lourenço. Trabalhou no Centro de Artes Visuais Raimundo Cela e na Secretaria da Cultura do Estado e passeia, como pintor, por várias escolas artísticas.
Serviço:
Exposição: Tarcísio Félix – 45 anos depois
Local: Museu do Ceará (Rua são Paulo, 51, Centro)
Período: Até 6 de novembro
Vigilância no Museu do Ceará
O Museu do Ceará comunica aos usuários que estará fechado para visitação a partir desta sexta-feira, dia 31 de outubro, para a instalação do sistema de vigilância eletrônica interna para salvaguarda das obras e peças históricas do Ceará . O Museu do Ceará será reaberto ao público no dia 9 de novembro de 2009. A obra utiliza recursos do Projeto de Modernização de Museus, por meio do Ministério da Cultura, e tem valor estimado de R$ 23 mil. Todo o processo será supervisionado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ceará (IPHAN/CE). Mais informações: (85) 3101-2609 e 3101-2610.
Florêncio Anton volta a pintar suas obras na capital cearense
O Lar Beneficente Clara de Assis traz ao Ceará, em outubro de 2009, o conferencista e artista plástico baiano Florêncio Anton, cujo transe mediúnico produz, com uma admirável rapidez, pinturas inéditas de artistas desencarnados, tais como: Portinari, Matisse, Renoir, Van Gogh, Da Vinci, dentre outros… Uma prova, em cores vivas, da imortalidade da alma! O evento ocorrerá na Torre Quixadá, às 16 horas do dia 31 de outubro, e 01 de novembro do corrente ano, com a realização de leilão beneficente das telas em prol do Lar de Clara.
Trata-se de uma Pintura Mediúnica que desafiará as teorias psiquistas e paranormais, apresentando, ao vivo, um fenômeno que evidencia a imortalidade de artistas como Monet, Toulouse Lautrec, Rembrand, Picasso… enfim, aproximadamente 73 desencarnados que se manifestam pelo médium em 19 anos de trabalho. O mais impressionante é que muitos dos quadros trazem rostos de pessoas familiares à platéia e temas adequados ao gosto dos participantes.
O Lar de Clara, como é mais conhecido, funciona em Iparana, no Ceará. A entidade comemora os seus 10 anos de existência, com atividades voltadas para a promoção social da comunidade Guaié, naquele município.
Serviço:
Pintura Mediúnica com Florêncio Anton
Dias: 31 de outubro // 01 de novembro
Horário: 16h
Local: Avenida Barão de Studart, 2360
Torre Quixadá - Aldeota
Inspiração que vem da França na composição das artes visuais do Ceará
Veja fotos da "Influência Francesa" nas Artes Plásticas e Arquitetura Cearenses
A referência estética do mundo ocidental, foi e de certo modo continua sendo, Paris. Artistas de todos os lugares, consagrados ou não, elegeram a capital francesa como ponto ideal para o desenvolvimento de suas atividades. Artistas de todos os lugares, consagrados ou não, elegeram Paris, a capital francesa, como ponto ideal para o desenvolvimento de suas atividades. Um desses portos foi, sem dúvida, o Ceará que recebeu, além de forte influência em sua arquitetura, em seu mobiliário e arte decorativa, nas artes plásticas e literatura.
Essa influência se deu, contudo, de várias formas: artistas do Ceará que a exemplo de outros tantos ao redor do mundo viajaram e se fixaram em Paris, a vinda, para o Ceará de artistas como Chabloz, que embora suíço, trazia a mensagem estética da França. Por último, além das publicações que chegavam tardiamente, artistas locais retornavam com aprendizados importantes na bagagem e semeavam, por aqui esses novos conhecimentos. Nesse contexto, as novidades, tendências artísticas recém-elaboradas percorriam o planeta planificando a difusão das novas descobertas.
Em outubro, quatro novas exposições apresentam este universo de referências entre os dois países. A programação, que se espalha por diversos espaços culturais de Fortaleza em realização da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, dentro da programação do Ano França no Brasil.
Ano da França no Brasil - Anunciado pelos Presidentes da República dos dois países em 2006, em reciprocidade ao Ano do Brasil na França (2005), o ano de 2009 proporciona à França a oportunidade de apresentar, nas diversas regiões brasileiras, as diferentes facetas de sua cultura.No Ceará, a implantação da programação cultural é promovida pelo Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, e está realizando onze projetos (dos quais três já se realizaram), investindo diretamente R$ 900 mil de recursos do Tesouro Estadual.
EXPOSIÇÕES
“A Influência Francesa nas Artes Plásticas Cearenses” entra em cartaz no Espaço Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura no dia 15 de outubro. Ali, uma mostra de cearenses modernos representados por Heloísa Juaçaba, Pretextato, R. Kampos, Antônio Bandeira, Aldemir Martins, J. Fernandes, Marcus Jussier, Joaquim, Barrica, Chabloz, Gerson Farias, Inimá da Paula e Afonso Lopes, alguns dos nomes mais importantes desse movimento. A mostra tem a curadoria do artista plástico Carlos Macedo.
Serviço: Espaço Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura - Rua Dragão do Mar, 81 – P. de Iracema
Abertura dia 15 de outubro às 20h. Informações: 3488-860
Visitação de terça a domingo, de 9h às 22h
As origens da literatura de cordel
A história da literatura de cordel remonta ao o romanceiro europeu da Idade Média e do Renascimento. A exposição irá guiar o espectador numa viagem desde as origens até a incorporação dos valores da cultura nordestina à literatura de cordel. A mostra tem curadoria de Otávio Menezes.
Serviço: Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel - Av. Presidente Castelo Branco, 255 - Centro
Abertura dia 16 de outubro às 17h30
Visitação de segunda à sexta das 8h às 21h / sábado e domingo das 14h às 18h
Entrada franca
A Influência Francesa no mobiliário
Símbolo de status social o mobiliário de influência francesa é o tema dessa mostra onde será possível conhecer uma série de formas e detalhes característicos da influência da cultura francesa na decoração de nossas residências. A curadoria da mostra é do artista plástico e antiquário Cantídio.
Serviço: Galeria de Artes do Shopping Benfica - Rua Carapinima, 2200 - Benfica
Abertura dia 17 de outubro às 11h30
Visitação de segunda a domingo, de 10h às 22h
Entrada franca
A Influência Francesa na arquitetura do Ceará
Importantes espaços arquitetônicos cearenses, na capital e no interior, têm clara influência francesa. Isso é o que se vai mostrar nessa exposição de fotos, com um viés didático, apresentando a descrição de cada um dos estilos que influenciaram nossa arquitetura: o estilo fortemente ritmado do art-noveau, o rigor geométrico do art-decó, o equilíbrio e a simetria do neoclassicismo, a mesclagem de estilos do ecletismo e, por fim, a forte influência do arquiteto Le Corbusier nas construções funcionalistas modernas.
Serviço:
Aliança Francesa - Rua Catão Mamede, 990 - Aldeota
Abertura dia 19 de outubro às 19h30
Exposição de Maíra Ortins no Espaço Cultural Correios
Os poemas de Manuel Bandeira são o ponto de partida para a exposição “Eu, retalhos”, de Maíra Ortins, que está aberta no Espaço Cultural Correios. A mostra proporciona uma imersão nas emoções de Bandeira, simbolizando a relação dele com a doença que o acompanhou por toda a vida, a tuberculose, retratando a dor, o corpo e até o desejo. Trata-se de uma exposição de gravuras (técnica que possui uma forte tradição no nordeste brasileiro) que apresentam um aspecto plástico diferente das técnicas tradicionais, uma vez que faz uso do desenho livre e da escultura, e de outros meios, através da literatura.
A exposição tem o patrocínio dos Correios e do Governo Federal e prossegue até 21 de novembro. A curadoria é assinada pelo artista plástico e produtor cultural Roberto Galvão. “Eu, retalhos” transita por dois momentos da produção de Maíra Ortins: uma parte trata de uma série de trabalhos que ela vem desenvolvendo a partir dos poemas de Manuel Bandeira e outra de um desdobramento da série primeira.
A mostra resulta da pesquisa de Maíra Ortins em Artes Poéticas, que busca apreender o universo lírico do poeta Manuel Bandeira, por meio de desenhos inseridos diretamente sobre parede, madeira, papel, cujo seguimento sempre parte do grafismo (desenho) específico que marca toda a exposição. A mostra é composta por quatro séries, totalizando 30 obras. As séries têm como título: “Um eu todo encoberto”; “Sete caixas para Pandora chorar”; “Desencanto”; e “A vida inteira que podia ter sido e que não foi”. A primeira série mereceu prêmio do Salão Unifor Plástica, no último mês de setembro.
Em sua obra, Maíra Ortins promove uma aliança entre a palavra e o desenho que a interpreta. O resultado é um jogo de metalinguagens, pois imagem e palavra discursam sobre elas mesmas. "Dessa forma, se dá uma interpretação bastante particular dos poemas de Bandeira, pois aqui, seus poemas emanam, transcendem através de linhas, de manchas vermelhas em vivo contraste com o branco. O vazio", explica.
Outros elementos participam. Objetos tridimensionais esculpidos em madeira, pequenos órgãos do sentido. “A dor citada nos versos de Bandeira aqui é compreendida de maneira direta e simples, por isso, tão lírica. Tudo passa pela dor. Sensações”, diz Maíra.
SERVIÇO:
“Eu, retalhos”, de Maíra Ortins
Local: Espaço Cultural Correios
Rua Senador Alencar, 38 – Centro – Fortaleza – CE
De 8 de outubro até 21 de novembro
Segunda a Sexta, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h
Coquetel de lançamento do catálogo: 15 de outubro, às 19 horas
Exposição e coquetel abertos ao público
Sobre a artista:
Maíra Ortins possui Graduação em Letras – Licenciatura em Português / Literatura em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Ceará (2006). Gravadora, escultora, desenhista, nascida em Recife (PE), estudou na Escola de Arte do Recife, fez cursos de gravura no Instituto Dragão do Mar. De 2001 a 2003, foi monitora na oficina de gravura do Museu de Arte da UFC – MAUC. Participou de várias exposições no exterior. Idealizou e fez curadoria da primeira e segunda Bienal Internacional Ceará de Gravura – 2003/2006. Fez curadoria do 58º e 59º Salão Nacional de Arte – Salão de Abril. Premiada em 2009, na Unifor plástica com o trabalho “Um eu todo encoberto”.
Sobre a exposição:
A exposição é composta por quatro séries, totalizando 30 obras.
“Um eu todo encoberto”
Série de cinco gravuras executadas sobre setim de seda pura em grandes dimensões (150 x 100 cm), em cor vermelha.
“Sete caixas para Pandora chorar”
Série de sete caixas que simbolizam as emoções e a relação de Bandeira com a sua doença, tuberculose, que o acompanhou por toda vida. Cada uma das caixas ou relicários guarda os órgãos que reagem ao estímulo do sofrimento, esculpidos em madeira. Todos os órgãos representam a lembrança do sofrimento, da dor, ou a reação desta em nosso corpo. Trata-se de um mapeamento do desejo. Embora esta instalação possua um título para o seu conjunto, cada caixa, possui um título especifico, pois recebe o mesmo nome do poema nela transcrito. Os poemas foram escolhidos de acordo com os órgãos representados em cada caixa.
“Desencanto”
Série de 13 livros do artista cujo tema evoca o poema “Desencanto”. A partir de um jogo metalingüístico entre livro, palavra e desenho. São livros-arte que, abertos, montam um quebra-cabeça imagético, possibilitando ao espectador inúmeras leituras.
“A vida inteira que podia ter sido e que não foi”
Grafismo com cinco gravuras que percorre todo o espaço expositivo da galeria criando uma atmosfera lírica e impactante para a exposição.
Rosana Ricalde mostra como diálogo imagem/palavra deságua em cartografias e paisagens
Artista visual brasileira com experiência internacional, Rosana Ricalde já expôs em países como o Japão, França, Espanha, Portugal, Holanda, Croácia, México, Argentina, Porto Rico e São Tomé e Príncipe. Nascida em 16 de dezembro de 1971 em Niterói (RJ), a artista de 37 anos é bacharel em Gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Atualmente em temporada de trabalho em Fortaleza, Rosana Ricalde apresenta à cidade a exposição individual “O Percurso da Palavra”, com curadoria de Bitu Cassundé, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – Térreo – fone: (85) 3464.3108). Gratuita ao público, a mostra fica em cartaz até 15 de novembro deste ano (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 10h às 18h).
Poéticas de Ricalde (texto do curador Bitu Cassundé)
A exposição O Percurso da Palavra, de Rosana Ricalde, ao evidenciar a relação Imagem x Palavra na poética da artista, observa como essa ‘’geografia da palavra’’ se constitui na natureza da sua obra e como esse diálogo deságua nas suas paisagens e cartografias.
Com uma fundamentada pesquisa sobre a construção da imagem a partir do duplo Visual x Verbal na produção contemporânea brasileira, a artista utiliza a palavra como suporte para criação da imagem, seja através do desenho, da colagem ou da apropriação de textos literários e manifestos.
A tradição do jogo Imagem x Palavra é objeto de investigação – a palavra revelando a imagem através da reconfiguração e poetização do signo verbal. Hábil manipuladora desse sistema, a artista arquiteta sua sintaxe poética nos trajetos da duplicidade e a conjuga numa geografia da palavra.
A palavra escreve a imagem; é a natureza fundadora do processo criador, instaura diálogos ao declinar forma, conteúdo e resgata o espectador como um agente ativo, que desbrava a insinuante proposição que as imagens instauram, num jogo dialogal entre obra e público, entre o perto e o longe, entre o olhar e o ser olhado.
Os mares de palavras de Ricalde reordenam composições geográficas em ondas, correntes marítimas, elaboradas pela caligrafia repetida dos nomes dos oceanos, que desaguam na composição imagética. A forma é revelada numa escritura que se localiza na dobra, quando a escrita encontra a imagem.
Percorrer a geografia de Ricalde é adentrar em signos que revelam um repertório que habita a sua poética – globo, cidade, mapa, cartografia, atlas, mar, labirinto etc. –, entre relevos da literatura, poesia e palavra.
A morfologia da paisagem revela-se em alguns trabalhos pelo ato da apropriação, evidenciado, por exemplo, nos diálogos com a literatura ou na utilização da técnica das areias coloridas. Os espaços, territórios e lugares dessa geografia da palavra reverberam uma sinestesia que instiga os sentidos e compõe um imaginário de significados. As paisagens anunciam o que está além do olhar e discutem a imagem através do laborioso requinte da metáfora.
Os percursos traçados na poética da artista assinalam um trajeto no qual a palavra reverbera eixos fundadores, tanto na concepção, quanto na subtração da imagem, revelando-se como recurso para o surgimento de uma natureza invocadora do gesto divino da escrita artística em súbitas orações visuais.
Interseções entre desenho e pintura
“Arranha-Verso”, exposição individual de Diego de Santos, com curadoria de Maira Ortins, em cartaz no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Térreo – Centro – fone: (85) 3464.3108), é gratuita ao público, e ficará em cartaz até 30 de setembro (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; aos domingos, de 10h às 18h).
Na exposição, Diego de Santos apresentará trabalhos resultantes de uma pesquisa experimental sobre interseções entre desenho e pintura. As obras foram realizadas a partir de ações gestuais, fazendo uso de materiais comuns, como grafite e caneta esferográfica sobre as duas faces de papéis simples (sulfite), passíveis de alterações visuais insólitas e que possibilitam liberdade de construção.
OUTRAS EXPOSIÇÕES
67º SALÃO DE ABRIL - Segue em cartaz até 7 de novembro a 67ª edição do Salão de Abril, com o tema Qual o lugar da arte?. A mostra inclui trabalhos de 30 artistas, entre desenhos, esculturas, gravuras, instalações, fotografias, objetos, pinturas, performances, intervenções urbanas e videoarte. Na Galeria Antônio Bandeira (Rua Conde D-Eu, 560), no Passeio Público e entre as ruas Major Facundo e Senador Alencar. Das 8 às 19 horas. Outras informações: 3105 1386 e 3105 1358.
11ª CASA COR CEARÁ -Baseada no tema da sustentabilidade, a 11ª edição da Casa Cor Ceará vem com mais de 60 ambientes, mostrando as tendências na arquitetura, design e decoração. A mostra reúne os profissionais mais badalados da cidade. Rua Visconde de Mauá, 1000 - Aldeota (entre as ruas Maria Tomásia e Marcos Macedo). Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 25 (inteira promocional) e R$ 15 (estudantes mediante apresentação da carteira e para pessoas a partir de 60 anos). Em cartaz até 10 de novembro. Outras informações.: 3261 3533.
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