terça-feira, 6 de outubro de 2009

CINEMA


Astros da saga Crepúsculo vêm ao Brasil em novembro

Kristen Stewart e Taylor Lautner vem lançar "Lua Nova", segundo filme da trama baseada em livros de vampiros para adolescentes


Está confirmado: os atores Kristen Stewart e Taylor Lautner, da saga "Crepúsculo", virão ao Brasil para o lançamento nacional do filme "Lua Nova".

Os atores participarão de entrevista coletiva para a imprensa no dia 1º de novembro, em São Paulo.

"Lua Nova" é o segundo filme da franquia "Crepúsculo", baseado nos livros homônimos de Stephenie Meyer e, além de Kristen Stewart e Taylor Lautner, traz no elenco o galã Robert Pattinson.

Dirigido por Chris Weitz, "Lua Nova" estreia mundialmente no dia 20 de novembro.




Filme do Michael Jackson estreia hoje

Revista divulga fotos inéditas dos últimos ensaios do popstar


Clique na foto para ampliá-las

A revista norte-americana "People" divulgou algumas fotos dos ensaios de Michael Jackson para a turnê "This Is It", que começaria em julho em Londres. Após a morte do cantor, em 25 de junho, as 120 horas de gravações dos ensaios deram origem a um filme, que estreia nos cinemas de Fortaleza dia 28.
Nas fotos, é possível ver Jackson dançando e cantando sucessos de sua carreira como "Smooth Criminal", "Beat It" e "They Don't Care About Us", entre outros. "O show era uma mega produção, mas também era muito importante que Michael tivesse seus momentos com a plateia", disse Kenny Ortega, coreógrafo e diretor do filme.
Antes da estreia, o filme “This Is It”, já estava no top das vendas de ingressos antecipados nos cinemas. O filme de 112 minutos já teve sessões com lotação esgotada em diversos cinemas do mundo. "This Is It" gerou a segunda maior pré-venda do ano, ficando apenas atrás do filme, de vampiros “Crepúsculo -Lua Nova”. No Japão e na Grã Bretanha, tal como informou a Sony, as vendas foram bastantes elevadas. No Rio de Janeiro e São Paulo alguns cinemas estão comsesões esgotadas. Resta saber se em Fortaleza o astro tem muitos fãs para lotar as salas de exibição.


Fãs criticam documentário de Michael Jackson

O documentário sobre os últimos ensaios de Michael Jackson, "This is it", começa a ser exibido hoje nos cinemas do mundo todo, em uma estreia marcada pela rejeição de alguns fãs do artista. Durante as únicas duas semanas em que ficará em cartaz, os estúdios Columbia Pictures esperam arrecadar US$ 600 milhões, o que transformaria o documentário na quarta maior bilheteira do ano até o momento. Só "Transformers - A Vingança dos Derrotados", "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" e "A Era do Gelo 3" superaram até agora essa bilheteria em 2009. As imagens mostram o que o "rei do pop" buscava para marcar sua reaparição no palco, que incluía a tela de cristal líquido em três dimensões, a maior do mundo, e um sem-fim de dançarinos, acrobacias, um coro de crianças e pelo menos dez vídeos originais. Um grupo de fãs do cantor, porém, que assegura ter estado perto do ídolo em seus últimos dias, criou uma campanha na internet para mostrar seu mal-estar com a forma com que o legado de Michael está sendo tratado. O site "This is not it" acusa as pessoas que tinham interesses no retorno do artista de serem os responsáveis indiretos por sua morte. Para esses fãs, o filme divulga "mentiras para esconder a responsabilidade" dos organizadores dos shows. Entre as críticas sobre o que o filme não mostrará, o site "This is not it" destaca que Michael pesava 49 quilos, precisava de ajuda para comer e subir escadas, era obrigado a cancelar ensaios e era mantido à base de remédios durante o dia e a noite.
Confira o trailer do filme de Michael Jackson na TV Divirta-CE






Filme Distrito 9 mostra o preconceito contra ETs

Esqueça a figura do alienígena que pousa o disco voador na Terra, ordena “leve-me ao seu líder”, aterroriza os humanos e, quando enfezado, não deixa pedra sobre pedra. Distrito 9, inventiva ficção científica que estreia amanhã no Brasil, também desfaz a imagem do ET cordial que chega para dar lição de moral e “humanidade” aos terráqueos. Aqui eles sofrem o diabo, ocupando o degrau mais baixo entre a escória da sociedade.
À frente de seu primeiro longa-metragem, o diretor sul-africano Neill Blomkamp espelha em sua futurista fantasia distópica, numa leitura política, a vergonhosa realidade que seu país patrocinou até um passado recente. É evidente que os alienígenas de Distrito 9 ocupam o lugar dos negros segregados pelo Apartheid.

Com um estrutura narrativa arquitetada como uma grande reportagem, Distrito 9 tem sua ação quase toda narrada pelo ponto de vista da câmera – como se viu há pouco em filmes como Cloverfield – Monstro e [Rec] –, com imagens costuradas por intervenções de câmeras de segurança e cenas de telejornais.

O espectador é logo apresentando a um fato jornalístico que intriga a humanidade há 20 anos. Uma gigantesca nave espacial pousou sobre Johannesburgo – e não sobre um ponto qualquer do EUA, como reza o clichê do gênero. Por alguma razão, os ETs não puderem seguir viagem e, fisicamente debilitados, foram confinados em um campo de refugiados. Duas décadas depois, 1,8 milhão de alienígenas vivem no local em condições precárias. Os chamados “camarões” pagam preços absurdos por comida (de gato), são explorados por gangues e, secretamente, viram cobaias de experiências científicas – o governo tenta achar uma maneira de fazer funcionar o poderoso armamento dos aliens, que não podem ser utilizados por humanos.




Diante da crescente degradação do lugar e preocupado com sua imagem, o governo decide remover os favelados intergalácticos para um campo isolado. Entra em cena o protagonista de Distrito 9, Wikus van der Merwe (Sharlto Copley), burocrata meio aparvalhado cujo sobrenome denuncia o sangue dos colonizadores holandeses que tomaram as rédeas do Apartheid.
Wikus é encarregado de intimar e transferir os ETs na marra. Ele narra seu grande dia direto ao câmera que o segue até o momento em que a missão depara com uma reviravolta. Seu antagonista é o “camarão” Christopher, que tenta proteger o filho ao mesmo tempo em que usa sua inteligência superior na derradeira tentativa de voltar para casa.
Um dos trunfos de Distrito 9, os efeitos visuais tiveram o padrão de qualidade assegurado pelo produtor do longa, o cineasta Peter Jackson, que colocou sua brilhante equipe técnica – responsável pela trilogia O Senhor dos Anéis – a serviço do “minguado” orçamento de US$ 30 milhões. Só nos EUA, o filme faturou quatro vezes mais como um dos grandes sucessos da atual temporada. ****



"Meus personagens não existiram", diz Quentin Tarantino

Quando decidiu escrever um filme ambientado na Segunda Guerra Mundial, o cineasta norte-americano Quentin Tarantino estava disposto a "respeitar o enredo da história", segundo disse em entrevista no Festival de Cannes, em maio passado.
Divulgação
Brad Pitt (à dir.) interpreta o tenente Aldo Raine, em cena de "Bastardos Inglórios', que se passa na França ocupada por nazistas
Brad Pitt (à dir.) interpreta o tenente Aldo Raine, em cena de "Bastardos...", que se passa na França ocupada por nazistas

Até que Tarantino pensou: "Espera aí! Meus personagens não sabem que eles são parte da história. Para eles, o que está acontecendo é imediato. É aqui e agora. Portanto, eles podem mudar a história".

Foi assim que "Bastardos Inglórios", que estreia hoje no Brasil, deu a Hitler e à Segunda Guerra um outro desfecho. "A razão de a história ter sido como foi é que meus personagens não existiram", diz Tarantino.

O ator austríaco Christoph Waltz, que recebeu a Palma de Ouro por sua interpretação do carrasco nazista Hans Landa no filme, diz que a abordagem de Tarantino não significa "ser irresponsável com a história ou tentar corrigi-la. É uma narrativa alternativa, tão real quanto o que sabemos sobre uma guerra que nenhum de nós viveu. Afinal, o que sabemos dessa guerra são as narrativas que ouvimos de alguém".




Embora tenha Brad Pitt no papel de líder dos "bastardos", é o personagem do astuto, irônico e poliglota Landa que brilha no longa. "Lendo o roteiro de Quentin, não é preciso ter experiência nem mesmo ser muito inteligente para perceber que esse é o papel do século", afirma Waltz.

O coronel do Reich Landa aparece logo no início de "Bastardos...", num extenso diálogo com um civil francês que ele suspeita de dar abrigo a judeus em perigo, na França ocupada.

Com essa cena, Tarantino avalia ter voltado ao topo da forma como roteirista. "Havia um limite abaixo do qual fiquei até este filme, que era a cena dos sicilianos em "Amor à Queima-Roupa" ("True Romance", 1993)", diz o diretor.

"Tenho muito orgulho dos meus diálogos, mas aquilo era o melhor que fiz, até a sequência de abertura de "Bastardos Inglórios". Quando terminei de escrevê-la, pensei: "Finalmente eu me igualei à cena dos sicilianos [diálogo de mais de dez minutos entre os atores Christopher Walken e Dennis Hopper, disponível no YouTube]. Levou tempo, mas consegui"."

Ao contrário do que sugere essa afirmação, Tarantino não é um cineasta que se mede por si mesmo. O padrão artístico do diretor é o músico Bob Dylan.

Ele conta que, desde antes de iniciar a carreira, "queria ser mais do que um diretor cult" e "adoraria ser para o cinema o que Dylan é para a música".

Hoje, Tarantino se reconhece como um cineasta "famoso entre cinéfilos". Modéstia? De forma alguma. "Adoraria ter o padrão de sucesso que Brian De Palma teve nos anos 1970, quando todo mundo nos Estados Unidos e no resto do mundo sabia quem era Brian De Palma. Acho que posso atingir isso e espero conseguir, mas, sinceramente, eu quero mais."

Em sua primeira incursão no gênero "filme de guerra", Tarantino, um mestre dos pastiches, disse que procurou manter o seu "toque pessoal", mas, ao mesmo tempo, voltar-se "a um tipo de cinema clássico".

Antes de filmar, o diretor imaginou que "seria mais influenciado por filmes de guerra dos anos 1960, com uma característica de ação, como "A Brigada do Mal" [de Andrew V. McLaglen, 1968]". Mas descobriu-se "muito mais influenciado por filmes feitos nos anos 1940, durante a guerra".

Sobre a violência em "Bastardos...", Tarantino diz que seguiu seus demais filmes: "Não tento fazer um filme violento ou não. É simplesmente orgânico na história que os personagens façam o que fazem. Portanto, o nível de violência neste filme é orgânico e apropriado".


Romances dominam as telas de cinema

Viajante do tempo tenta viver romance em 'Te Amarei Para Sempre'

Henry ama Clare. E Clare também ama Henry. Eles vivem se desencontrando. Não é que não costumem ir aos mesmos lugares. O problema é que suas vidas não seguem o mesmo curso do tempo. Apesar desse problema quase intransponível, a dupla consegue namorar, casar, ter uma filha e viver felizes para sempre, até que a morte - ou o tempo - os separe. Essa é a premissa de Te Amarei Para Sempre, um romance de ficção científica que estreia em todo o Brasil.

Dirigido por Robert Schwentke (Plano de Voo), Te Amarei Para Sempre foi escrito por Bruce Joel Rubin (Ghost - Do Outro Lado da Vida), baseado no romance da norte-americana Audrey Niffenegger, A Mulher do Viajante no Tempo - este, aliás, um título mais criativo do que esse genérico inventado pela distribuidora brasileira.

O título original explica por si mesmo o foco da história. Clare (Rachel McAdams, de Intrigas de Estado) conhece Henry (Eric Bana, de Munique), que sofre de uma estranha anomalia que o faz viajar involuntariamente no tempo, sem que ele tenha qualquer controle sobre o fenômeno.

No que parece o primeiro contato do casal, o rapaz estranha que ela já o conheça. Ele já é um "experiente" viajante no tempo de 28 anos, e ela uma estudante de 20, apaixonada por ele, que entra e sai de sua vida desde quando ela tinha apenas 6 anos de idade. Com o passar das idas e vindas do personagem, o casal tenta construir um relacionamento, sempre interrompido pelo problema dele, que raramente consegue manter-se no mesmo lugar.



O romance de Audrey Niffenegger é narrado pelos dois personagens acompanhando os pulos no tempo de Henry e as esperas de Clare por sua volta. Essa diferença de tons narrativos não apenas aproxima o leitor dos personagens e seus dramas como deixa claro as alegrias e problemas que cada um dos dois encontra nesse relacionamento complicado. Assim, muitas situações são narradas duas vezes, por diferentes pontos de vista.

Em Te Amarei Para Sempre, no entanto, o diretor Schwentke nunca toma partido. A trama corre de um lado para outro sem muito foco ou apelo emocional. Nas páginas de um livro não é tão estranho ver um desconhecido nu se escondendo atrás de um arbusto conversando com uma garota de 6 anos - especialmente porque temos dois comentários (o de Henry e o de Clare) sobre isso. Já na tela, tal cena chega a ser a assustadora.

Como A Casa do Lago, por exemplo, Te Amarei Para Sempre lida com as possibilidades, encontros e desencontros do amor na vida das pessoas.

Diferente daquele outro filme, que também lida com um casal (Sandra Bullock e Keanu Reeves) separado no tempo, aqui as situações e os personagens nunca são satisfatórios, nunca despertam suficientemente nossa compaixão para torcermos pelo final feliz. No fim, tanto faz se Clare e Henry estão juntos no mesmo tempo e espaço, ou não - afinal, juntos, eles parecem ter muito pouco a oferecer um ao outro, ou mesmo ao público.


Zeta-Jones vive romance com jovem em 'Novidades no Amor'

Novidades no Amor parece, à primeira vista, uma comédia romântica. Na verdade, tenta ser um drama romântico mas, no fundo, é só um filme sem graça, charme ou qualquer qualidade redentora.

Protagonizado por Catherine Zeta-Jones - que depois de seu Oscar de melhor atriz coadjuvante por Chicago, em 2003, parece não se importar em construir uma carreira -, o filme desembarca no Brasil antes mesmo da estreia norte-americana. O que não parece bom sinal tendo em vista que, por lá, os distribuidores também lançam filmes apenas para fazer volume nos multiplexes.

Escrito e dirigido por Bart Freundlich (Totalmente Apaixonados), Novidades no Amor não traz muitas novidades e apenas uma pequena dose de amor. Daquele amor meloso que Hollywood já explorou à exaustão com resultados melhores.

O enredo retrata uma mulher de 40 anos, Sandy (Catherine), que flagra a traição do marido, separa-se dele, muda-se para Nova York com seus dois filhos pequenos e se apaixona por um rapaz de 25 anos, Aram (Justin Bartha, o noivo de Se Beber, Não Case!).

A situação toda cria um mal-estar tanto na vida dela, quanto na do rapaz, cuja mãe não aceita o fato de sua nova namorada ser uma mulher mais velha. Curioso como o cinema pode ser irônico. Na vida real, Catherine é casada com Michael Douglas, 25 anos mais velho do que ela, o que não causa nenhum constrangimento ao casal, talvez por serem ricos e famosos. Mas a situação inversa causa celeuma no filme.



Freundlich (marido da atriz Julianne Moore) não se contenta apenas com o tom romântico e quer dar um toque cômico a Novidades no Amor. Por comédia, leia-se escatologia, o que tem sido comum em Hollywood.

Um exemplo disso é quando, depois da separação, Sandy começa a sair com outros homens. Numa cena, ela está andando na rua com um deles, um fisioterapeuta, quando o rapaz se depara com um banheiro químico. Ele entra e passa a conversar com a mulher, que o aguarda do lado de fora. De onde saiu essa situação, sem nenhuma graça, é puro mistério.

Já Aram trabalha como balconista em um café, enquanto tenta descobrir o que fará com o diploma de sociólogo que conquistou. Como simpatiza com Sandy, aceita trabalhar como babá das crianças dela alguns dias por semana. Daí nasce o romance entre os dois.

Aram é, para a outra personagem, seu sonho em forma de homem. Inteligente, solteiro, divertido, atraente e que adora seus filhos - e as crianças também o amam. Onde está o problema para eles não ficarem juntos? Mas, em plena Nova York do século 21, o diretor não pensa assim. E Sandy, tal qual uma heroína romântica do século 19, sucumbe a essa absurda pressão.


Ashton Kutcher é jovem gigolô em 'Jogando com Prazer'

O papel do protagonista de Jogando com Prazer parece ser feito sob medida para Ashton Kutcher (Jogo de Amor em Las Vegas, Efeito Borboleta). Ele é uma espécie de Don Juan, chamado Nikki, que sobrevive seduzindo mulheres e atualmente mora com a advogada de meia idade Samantha (Anne Heche, de Reencarnação e Um Ato de Coragem).
Na vida real, a carreira do ator deslanchou de vez depois que ele se casou com Demi Moore, a famosa atriz de Ghost - Do Outro Lado da Vida. Eles têm 15 anos de diferença.

Semelhanças à parte, Jogando com Prazer é uma espécie de releitura contemporânea de Gigolô Americano, do início dos anos 1980, no qual Richard Gere era um rapaz que fazia a alegria de muita mulher madura em troca de dinheiro.

Aqui é Nikki quem mantém uma vida tranquila às custas de favores sexuais. O personagem é o narrador do filme e comenta seus métodos de trabalho. Sempre de maneira cínica, ele é capaz de catalogar os mais diversos tipos de presa e a forma de agir com cada uma delas.

Samantha tem uma casa fabulosa - "Peter Bogdanovich morava aqui", comenta - é bonita, tem bastante dinheiro e desejo sexual. A relação que ela mantém com Nikki vai bem até o dia quando a advogada viaja a Nova York e ele fica sozinho e dá uma festa para seus amigos.

E mesmo quando ela o pega traindo, Samantha mantém a calma. O esquema entre os dois continua existindo apesar das desconfianças - afinal, ela está interessada nele apenas como um objeto de satisfação sexual.




Por trás do verniz todo de autoconfiança, Nikki pode esconder um sujeito inseguro e sem perspectivas, o que fica claro quando ele conhece Heather (Margarita Levieva), uma bela garçonete que, conforme se descobre depois, faz um trabalho bem parecido com o dele.

Hollywood é o cenário e quase um personagem em Jogando com Prazer. Nikki transita das mansões glamurosas a pequenos hotéis decadentes. Os personagens também representam as mais diversas gamas de habitantes de Los Angeles e do mundo do show business.



Os concorrentes de "Salve Geral"

Confira títulos na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro

A lista de indicados ainda está longe de ser anunciada, mas pelo menos na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, a corrida para o Oscar já deu algumas voltas na pista. Vários países, incluindo o Brasil, já escolheram os títulos que vão representar suas bandeiras no maior evento cinematográfico do mundo.

E enquanto a lista com os finalistas não é revelada, algo que só acontecerá no dia 2 de fevereiro, eis aqui alguns filmes que já concorrem com o brasileiro Salve Geral, de Sérgio Rezende.

A cerimônia do Oscar 2010, a 82ª edição do evento, acontecerá no dia 7 de março.

Confira as sinopses, prêmios e as chances dos mais de 50 filmes já enviados para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood:

África do Sul - White Wedding, de Jann Turner. Um jovem noivo e seu padrinho de casamento partem em uma viagem de "despedida de solteiro" e terminam esbarrando com uma jovem e adorável médica britânica.

Albânia - Alive, de Artan Minarolli. Koli, um jovem estudante, reflete a relação de ódio-e-amor que a Albania tem com a tradição depois que tenta escapar de um assassinato.

Alemanha - A Fita Branca, de Michael Haneke. A referência não podia ser melhor, porque este é o filme que levou a prestigiada Palma de Ouro em Cannes este ano. O filme em preto e branco de Haneke se passa entre 1914 e 1916, no norte da Alemanha, onde pequenos incidentes demonstram como aquele lugar se tornaria o berço do fascismo que, anos depois, aterrorizaria o mundo. Se não ficar entre os finalistas a Melhor Filme Estrangeiro será uma surpresa.

Armenia - Autumn of the Magician, de Ruben & Vahe Gevorkyants. Documentário sobre o roteirista Tonino Guerra, amigo do cineasta italiano Federico Fellini.

Argentina - El Secreto de Sus Ojos, de Juan José Campanella. O diretor de O Filho da Noiva, um dos mais celebrados filmes da última geração da produção argentina, já é conhecido de Hollywood (já comandou vários episódios de séries como Law & Order e House) e concorre com uma história de um homem que quer resolver um assassinato cometido há 30 anos.

Áustria - For a Moment Freedom, de Arash T. Riahi. O diretor, cuja origem é iraniana, fala aqui do drama de refugiados iranianos que tentam chegar até a Áustria via Turquia.

Bélgica - The Misfortunates, de Felix Van Groeningen. Nos anos 80, um garoto cresce em uma vizinhança barra-pesada repleta de bêbados, jogadores e prostitutas. O filme fez sua estreia este mês no Festival de Toronto.

Bolívia - Zona Sur, de Juan Carlos Valdivia: Família de classe rica em La Paz começa a lidar com reflexos da crise econômica dentro da esfera privada da sala de estar.

Bosnia e Herzegovina - Night Guards, de Namik Kabil. O filme se passa em uma noite na vida do vigia Mahir que começa a acreditar que está grávido.

Bulgária - The World Is Big and Salvation Lurks Around the Corner, de Stephan Komandarev. O jogo de gamão vira uma metáfora para a vida Alex, um rapaz que, ao lado de seu simpático avô, embarca em uma viagem em um busca do autoconhecimento.

Brasil - Salve Geral, de Sério Rezende. O Brasil resolveu apostar novamente em uma trama violenta para concorrer a uma vaga entre os finalistas de Melhor Filme Estrangeiro (saída que não funcionou com candidaturas anteriores, como Cidade de Deus e Última Parada 174). O cenário de caos na cidade de São Paulo coordenados pelo PCC é pano de fundo para o drama de uma mãe que precisa proteger seu filho.

Canadá - I Killed My Mother, de Xavier Dolan. O filme se passa na parte francesa do Canadá e é uma história semiautobiográfica sobre a adolescência do diretor Xavier Dolan e seu conflito com a mãe enquanto tentava firmar sua identidade de homossexual. Já levou três prêmios patrocinados por diferentes instituições no festival de Cannes deste ano.

Cazaquistão - Kelin, de Ermek Tursunov. O lirismo é a grande aposta dessa narrativa cheia de neve e silêncio (sim, o filme é quase inteiramente silencioso, sem uso de diálogos). O protagonista é a jovem e bela Kelin, que está sendo preparada para seu casamento arranjado.

Chile - Dawson, Isla 10, de Miguel Littín. Baseado na autobiografia do político Sergio Bitar e mais um filme que se passa no período do regime militar no Chile.

China - Forever Enthralled, de Chen Kaige. Mais um filme biográfico em cena. Desta vez, o foco está na vida de Mei Lanfang, um famoso cantor de ópera chinês.

Croácia - Donkey, de Antonio Nuic. Boro está prestes a completar 40 anos e, depois de sete anos distante, resolve visitar seu irmão em na vila de Drinovci, na Herzegovina. Mas Boro não está pronto para ver a realidade de seu irmão, um sobrevivente das guerras étnicas na região.

Dinamarca - Terribly Happy, de Henrik Rubin Genz. Um thriller sobre um policial que vira uma cidade inteira de cabeça pra baixo depois que tem uma crise de nervos. O filme já tem uma extensa carreira (e prêmios) em festivais. Ganhou o prêmio de direção no Festival de Chicago em 2008.

Eslováquia - Broken Promise, de Jirí Chlumský. Baseado em eventos reais, esse é mais um drama que toma como papel de parede a Segunda Guerra Mundial. Aqui o protagonista é um jogador de futebol judeu descrente de que os nazistas possam fazer grande mal a seu povo. Levado a um campo de concentração, ele é colocado em um time de futebol e usa o esporte para se proteger.

Eslovênia - Pokrajina St. 2, de Vinko Moderndorfer. Dois ladrões roubam um valioso quadro e, por um acaso, um desses ladrões termina levando um documento que data da Segunda Guerra Mundial. Mas os dois vão ser obrigados a devolver tanto a pintura quanto o documento e isso dispara diabólicas tramas passadas que ressurgem.

Espanha - El Baile de la Victoria, de Fernando Trueba. Ricardo Darín, ator conhecido no Brasil por sua intensa participação no novo cinema argentino, é aqui protagonista de uma trama inspirada em um livro chileno sobre uma história de amor atípica que tem um ex-ladrão como personagem central. O filme de Trueba só estreia na Espanha em dezembro.

Estônia - December Heat, de Asko Kase. O ainda jovem país da Estônia é aqui retratado em um momento nos anos 1920, sob o ponto de vista de um soldado e sua namorada que, entre o caos de um país que está a poucos minutos de ser declarado politicamente independente, lidam com seus próprios dramas.

Finlândia - Postia Pappi Jaakobille, de Klaus Haro. Leila concorda em trabalhar para um pastor cego que passa o dia respondendo cartas que pedem conselhos e relatam dramas familiares. Mas quando as cartas param de chegar, o pastor fica devastado e Leila ganha um novo papel na vida desse homem.

França - Un Prophète, de Jacques Audiard. Forte candidato à lista dos finalistas, o filme que levou o Grande Prêmio do Júri em Cannes este ano conta a história de um jovem árabe que é enviado a uma prisão francesa, onde ele se torna rei da máfia.

Filipinas - Ded Na Si Lolo, de Soxie Topacio. O país concorre com uma comédia de personagens extremos, como atrizes veteranas e seu diretor gay.

Hong Kong - Prince of Tears, de Yonfan. Depois que a família se muda para Taiwan depois que o pai luta na guerra civil contra comunistas na China, duas irmãs encontram suas vidas viradas de cabeça pra baixo quando seus pais são presos, acusados de serem espiões. Foi indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza.

Hungria - Kaméleon, de Kristzina Goda. Enquanto está fazendo a limpeza de um escritório, Zsolt Kovàcs descobre sobre empregados invisíveis de uma empresa que parece esconder muito mais do que deveria.

Índia - Harishchandrachi Factory, de Paresh Mokashi. Filme de estreia de Mokashi, a produção conta a história dos bastidores de Raja Harishchandra, o primeiro longa-metragem indiano, realizado em 1913.

Irã - About Elly, de Asghar Farhadi. O Irã tem uma tradição de filmes que chamam atenção da audiência internacional por uma poesia narrativa própria. E agora o país disputa com um filme que levou o Urso de Prata em Berlim este ano. A trama tem foco em três famílias que viajam para o norte do Irã para que eles possam apresentar o jovem alemão Elly a uma moça divorciada.

Islândia - Reykjavik-Rotterdam, de Oskar Jonasson. Apesar da pouca produção cinematográfica do país, a Islândia conseguiu indicar esse thriller sobre um homem que é tentado a voltar à vida do crime.

Israel - Ajami, de Yaron Shani e Scandar Copti. O filme teve uma carreira bem-sucedida até agora em festivais, com uma menção especial em Cannes este ano. A história tem como premissa o drama que mais rende ao cinema israelense: conflito judeus x árabes. O filme coleta pequenas histórias de vários personagens que se cruzam em uma só narrativa.

Itália - Baaria, de Giuseppe Tornatore. O nome de Giuseppe Tornatore não passa despercebido. O diretor de Cinema Paradiso (1988) e Estamos Todos Bem (1990) está de volta com uma trama siciliana em um épico autobiográfico sobre três gerações de famílias no vilarejo onde o diretor nasceu. Pode ser indicado por reconhecimento à obra de Tornatore.

Japão - Dare mo Mamote Kurenai, de Ryoichi Kimizuka. O país que levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2008 concorre agora com um drama policial em que um homem é designado para proteger uma adolescente da mídia, já que a moça é irmã de um rapaz que é suspeito de assassinato.

Luxemburgo - Réfractaire, de Nicolas Steil. O filme fala de jovens que, durante a Segunda Guerra Mundial, recusaram o recrutamento obrigatório alemão e se esconderam como puderam.

Lituânia - Duburys, de Gytis Luksas. A história é baseada no livro homônimo de Romualdas Granauskas sobre como os anos de União Soviética afetaram "a alma e o corpo" de várias pessoas.

Macedônia - Wingless, de Ivo Trajkov. Filmado em Praga, essa produção macedônica foca sua atenção em conflitos pessoais entre liberdade e destino sob o ponto de partida do jovem Josef, forçado a lidar com tentações que podem mudar sua vida.

Marrocos - Casanegra, de Nour Eddine Lakhmari. A Casablanca de Rick e Ilsa, personagens do clássicos de 1942 que deram um novo glamour à maior cidade marroquina, em nada se assemelham à Casablanca de dois jovens amigos que lidam com novos conflitos (e começam o filme correndo da polícia). O filme ganhou boas críticas e tem um estilo que se pretende mais moderno e estiloso.

México - El Traspatio, de Carlos Carrera. A velha problemática da fronteira México/Estados Unidos é retomada aqui com um filme do ponto de vista mexicano da história. São vários personagens que, juntos, criam uma colcha de retalhos sobre o drama de várias pessoas que vivem nesse entrelugar da identidade.

Países Baixos - Wit Licht, de Jean van der Velde. Quando um amigo de seu filho, o africano Abu, é seqüestrado, um homem vai atrás do garoto e termina achando um campo de treinamento de crianças que são criadas para serem violentos soldados.

Polônia - Rewers, de Borys Lankosz. Um humor obscuro dá o tom desse suspense que se passa na Polônia dos anos 1950.

Portugal - Um Amor de Perdição, de Mário Barroso. A história de uma paixão impossível entre um jovem revoltado e uma moça confinada. O filme teve sucesso de público em Portugal, mas não foi muito bem recebido pela crítica.

República Tcheca - Protector, de Marek Najbrt. Para proteger sua esposa judia, um jornalista entra para uma rádio, em Praga, que retransmite propagandas nazistas.

Romênia - Police, Adjective, de Corneliu Prumboiu. O cada vez mais vigoroso (e premiado) cinema romeno é representado aqui por um filme que tem como personagem central um jovem policial que, disfarçado, precisa vigiar um adolescente que oferece drogas a amigos antes da escola. O filme foi vencedor da mostra Un Certain Regard, em Cannes, este ano e entra forte na disputa pela vaga no Oscar.

Rússia - Ward No. 6, de Aleksandr Gornovsky e Karen Shakhnazarov. O filme se tece como um documentário que apresenta, aqui e ali, personagens fictícios. A história se passa em um asilo de doentes mentais e o foco é um médico da clínica.

Sérvia - St. George Shoots the Dragon, de Srdjan Dragojevic. Com um impressionante orçamento de 5 milhões de euros (para os padrões do incipiente cinema sérvio), este filme tem como fundo a Primeira Guerra Mundial, no meio dela, um triângulo amoroso.

Coréia do Sul - Mother, de Bong Jong-ho. Uma mãe começa uma procura desesperada pelo brutal assassino de seu filho.

Sri Lanka - Akasa Kusum, de Prasanna Vithanage. Uma ex-estrela de cinema retorna aos holofotes quando se vê em meio a uma controvérsia.

Suécia - De Ofrivilliga, de Ruben Ostlunds. No quase verão sueco, o filme entrelaça as histórias de um jovem exibicionista, uma professora e duas adolescentes que adoram fazer poses sexys em fotos.

Suíça - Home, de Ursula Meier. Indicado ao César, maior prêmio francês do cinema, de Melhor Filme de Estreia o longa de Meier centra sua atenção na vida de uma família numa cidadezinha rural que vê tudo mudar quando uma grande estrada começa a ser construída por perto.

Taiwan - No Puedo Vivir Sin Ti, de Leon Daí. A forte ligação entre um pai e sua pequena filha é abruptamente cortada quando uma burocracia governamental interfere no cotidiano dessas duas pessoas.

Tailândia - Best In Time, de Youngyooth Thongkonthun. Uma história de amor entre uma jovem que leva seu cão a uma clínica veterinária e termina reencontrando um amigo que, agora, está divorciado. Mais espírito de Sessão da Tarde do que de Oscar.

Turquia - I Saw the Sun, de Mahsun Kirmizigül. O filme é baseado em histórias reais de crianças pobres que dão partida a uma trama que cobre 25 anos de uma família que sofreu maus bocados nas mãos do governo.

Venezuela - Libertador Morales, El Justiciero, de Efterpi Charalambidis. O filme segue a vida de um motociclista em sua missão meio Robin Hood de tirar dos ricos para distribuir entre os pobres.

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