segunda-feira, 11 de agosto de 2008

ANIVERSÁRIOS - FALECIMENTOS - DATAS




Madonna faz 50 anos sem revelar cirurgias e em turnê mundial

Madonna Louise Veronica Ciccone, a cantora Madonna, completa neste sábado 50 anos e, apesar de seu caráter camaleônico, continua sendo vista como ícone da música pop, sempre com renovadas controvérsias.

Uma das últimas é uma misteriosa bandagem que surgiu em seu tornozelo, espalhando rumores de que o ferimento adiou a festa de aniversário da cantora.


No entanto, Madonna --que também tem como apelidos Nonnie, Maddy, Mo, The Material Girl, Madge, além de se autodenominar Esther na cabala e usar M para se referir a si mesma-- enfrenta o tabu que o envelhecimento se tornou em uma sociedade orientada pelo padrão jovem, algo especialmente cruel na indústria que ela mesma ajudou a configurar.

A idade não afeta o poder da cantora de mobilizar audiências no planeta, mas Madonna, por exemplo, não reconhece fazer cirurgias plásticas e é praticamente "perseguida" pelos paparazzi e cobrada para que "confesse" intervenções.

O designer gráfico Rafael Augusto, 28, do site Madonna Online, afirma que este é um dos principais desafios da cantora atualmente.

Ele já foi a dois shows da cantora e afirma que o site terá um enviado ao espetáculo que dá início à nova turnê, em Cardiff, no Reino Unido.

"Isso é verdade, ela muda o cabelo, mas acho uma questão isso das cirurgias plásticas, acho que deveria assumir", disse Augusto.

Em artigo no tablóide britânico "The Daily Mail", a colunista Liz Jones comentou sobre as fotos nas quais a cantora aparece "doente". Pelo visto, a cantora não estava doente, apenas saía com sua filha de um centro de estudos de cabala, sem maquiagem, ainda um pouco sonolenta pela manhã.

As "críticas" em relação à Madonna abrangem fortemente a vida pessoal da cantora, apesar do relacionamento discreto --comparados a outros do jet set de celebridades-- com o cineasta Guy Ritchie, há rumores de uma suposta crise do casal.

Sua primeira filha, Lourdes Maria, surgiu de um relacionamento à la Madonna, sem muita interferência do pai da criança, Carlos León. Mas, no caso de Ritchie, o casal ficou junto, teve um filho, Rocco, e ainda adotou uma outra criança, um menino do Maláui, David Banda.

Banda em especial foi objeto de polêmica na família Madonna. Grupos acusaram a cantora de burlar regras para adotar o menino e chegaram a veicular entrevistas com o pai da criança condenando o comportamento da cantora, algo posteriormente desmentido pelo Banda pai.

Em mais uma de suas vitórias, Madonna conseguiu finalizar há pouco tempo o processo de adoção. A história está diretamente ligada com a última controvérsia envolvendo Madonna.

O "Daily Mail" publicou que a cantora deve adotar uma outra criança vinda do Maláui.

Rumores de uma nova adoção de Madonna --observe que, ao contrário do casal Angelina Jolie e Brad Pitt, o Brangelina, não se une geralmente o nome de Madonna a Ritchie-- surgiram há algum tempo, sendo desmentidos posteriormente.





Cantor e compositor baiano Dorival Caymmi morreu aos 94 anos



O cantor e compositor Dorival Caymmi, que morreu neste sábado, aos 94 anos, no Rio, teve outras ocupações antes de se lançar na música. Ele serviu ao Exército e chegou a trabalhar na redação de um jornal em Salvador. Também tentou ser vendedor de bebidas, mas bebeu todo o mostruário.


Caymmi começou a carreira musical em programas de rádio na Bahia, ainda na década de 30. Mudou-se para o Rio em 1938, ano em que lançou o samba "O que É que a Baiana Tem?", de sua autoria. Carmen Miranda interpretou a canção no filme "Banana da Terra" e recebeu instruções do compositor para dançá-la.

Sua canção "O Samba da Minha Terra", de 1940, teve também grande sucesso, com os versos "Quem não gosta de samba/ Bom sujeito não é/ É ruim da cabeça/ Ou doente do pé". No mesmo ano, ele se casou com Stella Maris, que viria a ser sua companheira de toda a vida. A primeira filha do casal, Dinahir --que se tornaria a cantora Nana Caymmi--, nasceu em 1941, ano de "É Doce Morrer no Mar", música sua em parceria com o escritor Jorge Amado, e de "Você Já Foi à Bahia?". O segundo filho, Dorival --que se tornaria o músico Dori Caymmi--, nasceu em 1943, e o terceiro, Danilo --também músico--, em 1948.

Na época, Caymmi atuou no filme "Estrela da Manhã", baseado em argumento de Jorge Amado.

A década de 50 trouxe os primeiros LPs de Caymmi, entre eles "Canções Praieiras". Já o sucesso "Maracangalha" veio em um disco de 78 rpm de 1956, e "Saudade da Bahia" foi apresentada ao público em um programa de TV, no ano seguinte.

Com o sucesso de uma canção sua, "Das Rosas", nos EUA, na década de 60, ele lançou o álbum "Caymmi (Kai-ee-me) and the Girls From Bahia" no país.

Em 1975, compôs "Modinha para Gabriela", para a trilha sonora da novela "Gabriela", da Rede Globo, baseada no romance "Gabriela Cravo e Canela", de Jorge Amado. A canção fez sucesso na voz de Gal Costa.

Ao completar 70 anos, em 1984, recebeu diversas homenagens, entre elas o título de Cidadão Honorário pela Câmara de Vereadores do Rio. Na década de 90, sua produção musical diminuiu; em 2001, compôs em parceria com o filho Danilo e com Dudu Falcão a canção "Caminhos do Mar", interpretada por Gal Costa --no mesmo ano, a Editora 34 lançou a biografia "Dorival Caymmi - O Mar e o Tempo", escrita por sua neta, Stella Caymmi, filha de Nana.

A paixão de Caymmi pelo mar foi assim lembrada pelo letrista Paulo César Pinheiro: "seu violão tem cordas de sargaço/ e foi cortado de um pedaço/ de uma velha embarcação/ (...) / a voz é de arrebentação/ (...) Caymmi tem espumas no cabelo." Além do mar e da música, outra grande paixão de Caymmi era a pintura.

Conhecido pelo sorriso aberto, Caymmi declarou, aos 90 anos: "Não sou de dores nem de queixas".



Amigos e familiares velam corpo de Dorival Caymmi no Rio


O corpo do cantor e compositor Dorival Caymmi chegou à Câmara dos Vereadores do Rio, na região central da cidade, por volta das 16h deste sábado. O velório começou cerca de vinte minutos depois.

Familiares de Caymmi falaram sobre o sofrimento do músico nos seus últimos dias de vida, devido à ausência da mulher, Stella Maris, que está internada desde abril deste ano no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo (zona sul), e em coma há dez dias. "A ausência dela [Stella] acabou com ele. Ele entrou numa melancolia, desistiu de comer, desistiu de tudo", disse Nana Caymmi, a filha mais velha do músico. "Esses dias todos ficamos tentando que ele levantasse. Ele completou os 94 anos sem ela. Foi horrível."

Nana chegou ao velório do pai por volta das 16h, chorando muito. Perguntada sobre qual das músicas de Caymmi é a sua preferida, Nana citou "Acalanto", que foi escrita para ela pelo pai. "Nem sei se mereço", disse.

"Ele não soube do coma, mas desconfiou, porque ela não ligou mais para ele", disse Stella, filha de Nana e biógrafa do músico, autora de "Dorival Caymmi - O Mar e o Tempo".

Serenidade

"É complicado. Infelizmente, aconteceu", disse Danilo Caymmi, filho mais novo do músico. "Mas aconteceu de uma forma que a família toda desejava, ou seja, ele morreu em casa, como ele mesmo queria, com serenidade".

"Infelizmente, perdemos um grande cantor e compositor, mas a obra fica", concluiu.

Filha de Danilo, Juliana Caymmi lembrou do avô como "exemplo de pessoa". "Foram 94 anos bem vividos", disse, também chorando.

O outro filho do músico, Dori Caymmi, está nos Estados Unidos, segundo a família, e deverá chegar neste domingo (17) pela manhã para se despedir do pai.

Fãs

A cantora Daniela Mercury foi uma das primeiras a chegar à Câmara. Ela disse que Dorival é "um pai e um mestre" para ela. "O amor que tenho pelo país, tenho por ele. Não dá para pensar em samba, Bahia e Brasil sem pensar em Dorival Caymmi". Segundo Daniela, há cerca de três semanas ela contou a Caymmi por telefone a intenção de fazer com outros músicos baianos uma homenagem a ele. Sexta à noite, ainda segundo a cantora, ela gravou até tarde uma versão da famosa "Samba da Minha Terra" como parte da homenagem.

Entre os fãs presentes no velório estão os novelistas Gilberto Braga e Glória Perez, da Globo. "Adoro tudo o que ele fez na vida, tudo dele, e mais os sambinhas alegres que ele fez", afirmou Braga. A música "Sábado em Copacabana", de Dorival Caymmi, foi o tema da abertura da mais recente novela de Braga, "Paraíso Tropical".

Até as 18h, 81 pessoas já haviam passado pelo local. De acordo com o Cerimonial da Câmara, o velório ficará aberto até as 22h deste sábado e a partir das 7h deste domingo. Foi na Câmara de Vereadores do Rio que Caymmi recebeu o título de Cidadão Honorário da cidade, em 1984, ao completar 70 anos. O músico nasceu em Salvador, em 1914, e se mudou para o Rio em 1938.

O enterro ocorrerá neste domingo no cemitério São João Batista, em Botafogo.



Canções de Caymmi acentuam nossa auto-estima, diz Ivete Sangalo

A cantora baiana Ivete Sangalo lamentou a morte de Dorival Caymmi. O músico morreu neste sábado, aos 94 anos, em seu apartamento em Copacabana, na zona sul do Rio. As causas da morte foram insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos.

"Dorival Caymmi foi um grande tradutor da Bahia e do Brasil", afirmou Ivete. "Suas canções se perpertuarão, acentuando a nossa auto-estima."


"Eu, como baiana, tenho uma relação intensa com a Bahia de Dorival Caymmi", escreveu a cantora, em nota à imprensa. "Ele foi um grande tradutor das coisas boas da gente, ele era um homem que via poesia em coisas do cotidiano que só ele via, com a sensibilidade que ele tinha."

"Mas acima de tudo, além de traduzir a Bahia, ele traduzia o Brasil", continua Ivete. "Ele foi um homem que levou a sua música para o mundo. O mundo passou a conhecer ainda mais o conteúdo cultural da gente através de Dorival Caymmi."

"Eu particularmente sou uma fã incondicional de Dorival Caymmi e de sua obra. Acho que a Bahia desfrutará sempre dessa auto-estima que ele inseriu em cada um de nós e ele além de um grande compositor, era o poeta da auto-estima que falava da nossa Bahia com tanta propriedade que a gente se despede sentindo muito, mas agradecendo por tudo que ele fez."

Outras personalidades também lamentaram a perda do músico baiano. O também cantor e compositor Chico Buarque afirmou que Caymmi "era um artista fundamental e um amigo muito querido" em comunicado enviado através de sua assessoria.

A jornalista Glória Maria, que entrevistou o músico baiano várias vezes ao longo de sua carreira, disse que "Caymmi foi um dos últimos cavalheiros".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, através de nota oficial, afirmou que a obra de Caymmi "permanecerá sempre viva na memória dos brasileiros, iluminando a todos com a graça e a alegria de suas músicas".




"Dorival Caymmi era um artista fundamental", diz Chico Buarque

O cantor e compositor carioca Chico Buarque lamentou a morte do amigo Dorival Caymmi. O músico baiano morreu, aos 94 anos, na manhã deste sábado, em seu apartamento em Copacabana, zona sul do Rio.

"Dorival Caymmi era um artista fundamental e um amigo muito querido", disse Chico Buarque, em comunicado enviado à Folha Online através de sua assessoria.

Veja imagens de Dorival Caymmi cantando "Paratodos" ao lado de Chico Buarque e de outros artistas da MPB, como Tom Jobim, Djavan e Daniela Mercury.

Outras personalidades também lamentaram a perda do compositor. A jornalista Glória Maria, que entrevistou o músico baiano várias vezes ao longo de sua carreira, disse que "Caymmi foi um dos últimos cavalheiros".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, através de nota oficial, afirmou que a obra de Caymmi "permanecerá sempre viva na memória dos brasileiros, iluminando a todos com a graça e a alegria de suas músicas".

Caymmi morreu por volta das 6h, em sua casa no Rio de Janeiro, informaram familiares do músico. As causas foram insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos. O músico sofria de câncer.

Ele era casado com a cantora Stella Maris, com quem teve três filhos: Nana Caymmi, Dori Caymmi e Danilo Caymmi, todos músicos como os pais. A mulher de Caymmi está internada em coma, no Rio.

O corpo do compositor é velado na Câmara dos Vereadores, no centro do Rio. O enterro será na tarde deste domingo (17), no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul da capital fluminense.

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