domingo, 4 de março de 2012

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Restauro do Cine São Luís é destaque na reunião do Conselho Estadual da Cultura

Incluir os alunos formados na Escola de Artes e Ofício Thomaz Pompeu Sobrinho nas atividades de restauro do Cine São Luís foi uma das propostas discutidas na primeira reunião de 2012, do Conselho Estadual da Cultura, realizada na Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel. Durante a reunião, o arquiteto da Secretaria da Cultura, Pepe Campelo, fez a apresentação do projeto de restauro, que prevê investimentos na ordem de R$ 5 milhões.

O secretário da Cultura, Francisco Pinheiro, vai apresentar o projeto ao governador Cid Gomes, e, posteriormente, com a aprovação do Executivo, será iniciado o processo de licitação,.

Em relação ao aproveitamento dos alunos da Escola Artes e Ofícios nas obras de restauro, a presidente do Instituto de Arte e Cultura do Ceará, IACC, Izabel Fernandes, a Escola de Artes e Ofícios tem formado regulamente profissionais na área de restauro. “Já temos experiências gratificantes, como é o caso da restauração do Sobrado Dr. José Lourenço, que contou com a participação de nossos alunos", disse.

Ao final da reunião foi concedida aos conselheiros uma vaga para um curso de Pós-Graduação em Gestão Cultural, da Fundação Joaquim Nabuco- FUNDAJ, de Recife- PE. O curso terá nove módulos, sendo cada um em uma cidade no Nordeste.

Na reunião estavam presentes representantes dos diversos setores culturais da sociedade, o secretário da Cultura do Estado do Ceará e presidente do Conselho, Professor Pinheiro e a secretária adjunta, Maninha Morais.







POLÍTICA CULTURAL

Secult na Praça do Ferreira revitaliza o corredor cultural do Centro de Fortaleza

A secretária da Cultura do Estado do Ceará já está ocupando as dependências do prédio do Cine São Luiz, na Praça do Ferreira. Desde o início da semana, a Secult está sendo transferida do Centro Administrativo do Cambeba para a nova sede, que recebeu um investimento de R$ 4,5 milhões do Governo do Estado, com obras de recuperação do prédio e adaptação para atender necessidades técnicas, de acessibilidade e segurança, esta última inclui a construção de um anexo para a colocação de uma escada de emergência e um elevador adaptado.

De acordo com o secretário da Cultura, Francisco Pinheiro, com a chegada no centro de Fortaleza, a Secult pretende estreitar sua relação com o esquipamentos culturais, classe artística e população. "Estamos instalados o coração da cidade, nesta Praça que é patrimônio de todo o fortalezense e isso, sem dúvida, vai contribuir para o fortalecimento do projeto de revitalização do corredor cultural do centro da cidade", destou.

Marco construtivo na paisagem urbana de Fortaleza, o Cine Theatro São Luiz, é um equipamento cultural de grande importância para a história da cidade, que conecta cultura, patrimônio artístico-cultural e identidade. Tombado pelo Governo do Estado do Ceará, por meio do Decreto de nº 21.309, de 13 de março de 1991, e sob a tutela da Secretaria da Cultura, na Coordenadoria de Patrimônio Histórico e Cultural COPAHC, o Cine São Luiz, destaca-se pela exuberância da arquitetura e por salvaguardar os elementos simbólicos de uma época de pionerismo do audivisual no Brasil e em especial, em Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro, onde a empresa teve uma forte atuação em décadas passadas.

Os contatos com a secretaria, durante este período de transição, deverão ser feitos pelo email secult@secult.ce.gov.br, ou por meio dos telefones institucionais dos coordenadores:

Secretária de Gabinete 88969000
Assessoria de Gabinete 88788383
Coordenação de Livro e Leitura 8878 8992
Coordenação de Ação Cultural 8878 8997
Ascom (Imprensa) 8878 8805
Siec (Editais) 88788996







EXPOSIÇÕES

“Trilhos” revive a Fortaleza da época dos bondes

Os tempos dos bondes e seus usuários, de uma Fortaleza romântica e pacata ressurgem por meio do resgate de um registro precioso que o tempo não destruiu. A exposição “Trilhos” apresenta, a partir da próxima quinta (1), uma viagem ao passado e uma comparação com o presente em 32 fotografias que retratam a história do progresso que a chegada dos bondes trouxe para a capital cearense. A mostra, que conta com imagens do acervo da Federação dos Transportes – Cepimar e do fotógrafo Benedito Rolim, fica aberta à visitação pública gratuita até o dia 30 de maio no Centro Cultural Bom Jardim, numa realização da Federação dos Transportes – Cepimar.

A exposição traz imagens de diversas áreas de Fortaleza onde os bondes trafegavam, entre 1888 e 1947, e que compunham a paisagem urbana, juntamente com os casarios e prédios comerciais. Ao lado da imagem antiga, uma foto atualizada, tirada no mesmo ângulo e mostrando como está o espaço atualmente. Hoje, pouco mais de seis décadas depois, quase nada restou daquele período e as marcas se perderam numa realidade de asfalto e trânsito por conta da presença dos automóveis e ônibus.

Imagens históricas da Avenida Bezerra de Menezes, das principais ruas do Centro da cidade, da Avenida Santos Dumont, da Avenida da Universidade e de praças como do Ferreira e Castro Carreira atestam a importância do transporte ferroviário para o desenvolvimento da cidade. Uma época em que as idas e vindas dos fortalezenses se davam graças aos bondes, inicialmente puxados à tração animal e, depois, movidos à energia elétrica.

SERVIÇO
• Exposição “Trilhos”
Fotografias da Fortaleza da época dos bondes
Local: Centro Cultural Bom Jardim (Rua 3 corações, 400 – Bom Jardim)
Período: 01/03/12 a 30/05/12
Horário de funcionamento: Terça à domingo - 9h00 às 20h00.
Telefone para contato: (85) 3497.5981
Visitação Gratuita







LITERATURA

Fundação Ana Lima resgata história e memórias do Ceará

A Fundação Ana Lima, braço social do Hapvida, lança hoje e amanhã três obras de dois autores cearenses e uma acreana. A iniciativa visa promover a cultura e a história do Norte e Nordeste, em diferentes aspectos contidos no texto de cada autor.
Juntas, as obras percorrem desde documentos oficiais da história colonial cearense até cartas e lembranças de uma vida que começou no Acre, em 1921, e veio parar em Fortaleza. Além disso, relatos antigos e atuais remontam a trajetória de um homem que deixou de ser padre no Ceará para fundar uma escola no Maranhão.
Os livros “Reminiscências”, de Layr S. Maia da Fontoura; e “Peleja Sagrada entre dois gigantes da Fé”, de Antonio Thomaz Neto, serão lançados hoje, terça-feira, às 19 horas, no Espaço Mix do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Já o livro “Documentos para a História Colonial, especialmente a indígena no Ceará”, de Francisco José Pinheiro, será lançado no dia 7 de março (quarta-feira), às 19 horas, nos Jardins da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC).
“Reminiscências” é uma coletânea de cartas e recordações. A obra traz relatos de fatos bem vividos de Dona Layr S. Maia da Fontoura desde sua infância, em Xapuri, no Acre, até os dias atuais. “Meu objetivo é deixar o registro de minha vida para meus netos e bisnetos. Quero que testemunhem uma vida marcada pela fé em Deus e a força que essa fé proporciona a uma família”, diz a autora.
“Peleja Sagrada entre dois gigantes da Fé” é a história de uma vida cheia de mistérios familiares do Padre José de Arimathéa Cysne que, após deixar de seguir a carreira eclesiástica, foi professor e depois advogado. Nesta obra, Antônio Thomaz Neto relata a trajetória vivida pelo Padre José de Arimathéa, seu tio-bisavô, dando ênfase à disputa travada com o reverendo Jerônimo Gueiros. Na época do debate, em 1902, Arimathéa era Seminarista, em Fortaleza, no Ceará. Com a declaração de apostasia, em 1914, José de Arimathéa partiu para o Maranhão, lá fundou o Colégio Cysne, que funcionou até a década de 1930. “Desde pequeno, em Acaraú Mirim, quando se falava sobre a iniciativa do padre de deixar a batina, me diziam que isso não era conversa para menino. Fiquei intrigado, achava que tinha a ver com mulher, ou coisa parecida. Então decidi colocar essa história a limpo, já que o padre José de Arimathéa foi um grande injustiçado pela família, amigos, beatos e o povo cearense”, declara Antônio Thomaz Neto.
“Documentos para a História Colonial, especialmente a indígena no Ceará”, como o próprio nome diz, Documentos para a história Colonial, especialmente a indígena no Ceará (1690-1825), do historiador cearense Francisco José Pinheiro, trata da compilação de documentos sobre a história dos povos nativos do Ceará, entre os anos de 1690 e 1825. São sete capítulos nos quais o autor apresenta sinteticamente os registros de documentos do Conselho Ultramarino e do Arquivo Público do Estado do Ceará. O objetivo é reconstituir o processo em que foram produzidos, permitindo ao pesquisador acompanhar toda a trama que envolveu o documento na época em que foi gerado, principalmente no que diz respeito aos interesses territoriais da Colônia e as determinações da Metrópole.

Serviço:
Lançamento dos livros:
REMINISCÊNCIAS de Layr S. Maia da Fontoura; e PELEJA SAGRADA ENTRE DOIS GIGANTES DA FÉ de Antonio Thomaz Neto
Dia: 06 de março de 2012 (terça-feira)
Horário: 19 horas
Local: Espaço Mix do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

DOCUMENTOS PARA A HISTÓRIA COLONIAL, ESPECIALMENTE A INDÍGENA NO CEARÁ (1690-1825) de Francisco José Pinheiro
Dia: 07 de março de 2012 (quarta-feira)
Horário: 19 horas
Local: Jardins da Reitoria da UFC

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