Viva o Teatro Nordestino!
“Uma vez, nada mais” peça da Bahia, vence o Júri Popular do Festival Nordestino de Teatro 2010, em Guaramiranga
Após uma verdadeira maratona de espetáculos de todo o Brasil, terminou no sábado mais uma edição do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga. O último dia do evento, considerado um dos mais importantes das artes cênicas do país, foi marcado pela homenagem que Ricardo Guilherme recebeu pelos 40 anos de carreira – o ator apresentou na noite de encerramento a peça “A Divina Comédia de Dante e Moacir” e foi ovacionado pelo público por sua atuação.
O júri popular do 17º FNT elegeu “Uma vez, nada mais”, da Bahia, como o melhor espetáculo de 2010. Dirigida por Hebe Alves e levada ao palco pelas atrizes Aícha Marques e Maria Menezes, a peça foi uma das nove apresentadas na Mostra Nordeste, da qual participou uma montagem de cada estado da região.
Armindo Bião, um dos debatedores do FNT 2010, fez a entrega do troféu Beija-Flor a Hebe Alves em solenidade no Teatro Municipal Rachel de Queiroz. A diretora lembrou que este foi o segundo troféu de melhor espetáculo eleito pelo júri popular que ganhou em Guaramiranga. O primeiro foi em 1998 com “Isso assim assado no inferno”. “Já me sinto um pouco daqui. Falo demais desse festival em Salvador”, disse. “Uma vez, nada mais” A narrativa traz a história de duas mulheres apaixonadas e sonhadoras, que aos poucos vão descobrindo que tem muito mais coisas em comum, compondo uma divertida “tragédia amorosa”.
Sem uma palavra, as atrizes utilizam de uma movimentação bem marcada, precisa e bastante ágil, evocando a estética do cinema mudo. “Uma vez, nada mais” também convida o público a um passeio pela era de ouro do rádio e antigas novelas.
Após a entrega do prêmio de Melhor Espetáculo, foi a vez do ator, diretor e dramaturgo Ricardo Guilherme, que recebeu o troféu Beija-Flor não só por sua valiosa carreira, mas também por sua ligação artística e afetiva com o festival ao longo desses 17 anos, como ator, debatedor, professor ou consultor. Luciano Bezerra, presidente da Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga – AGUA, entidade realizadora do festival, destacou: “Para nós foi muito natural e justo reconhecer seu trabalho, toda a sua contribuição para o teatro do mundo. Nesses 17 capítulos do FNT, Ricardo foi um protagonista. Essa homenagem é prestada com sinceridade e alegria”, disse Luciano.
Ao lado de uma das filhas, Clarisse Guilherme, que chamou ao palco, o homenageado lembrou sua ligação com o FNT, desde a primeira edição, quando participou a convite de Humberto Cunha. Destacando a vocação de Guaramiranga para as artes cênicas, Ricardo Guilherme revelou o que espera daqui para a frente. “Ano que vem serão 18 anos e vejo que o grande passo é, por meio de convênios, criar uma escola livre de teatro em Guaramiranga. É esse o embrião que vejo para os 18 anos”.
Com a realização de um verdadeiro intercâmbio entre artistas, cursos, debates, e exibindo um panorama das mais diversificadas linguagens do teatro atual, o Festival Nordestino de Teatro, primeiro evento cultural consolidado em Guaramiranga e que incentivou o surgimento de diversos outros, mostra a cada ano como a arte é importante fator de transformação de uma cidade e seu povo, movimentando o turismo, a economia e dando oportunidades para pessoas que não tem acesso a cultura.
40 ANOS DE ARTE RADICAL
Ícone da cultura cearense, Ricardo Guilherme celebra sua carreira no Festival Nordestino de Teatro, em Guaramiranga
O virginiano Ricardo Guilherme já nasceu radical. Celebrando seus 40 anos de carreira, ele é referência da cultura e comunicação cearense: professor, vice-coordenador e um dos criadores do Curso Superior de Artes Cênicas da Universidade Federal do Ceará, Ricardo Guilherme se confunde com a história da arte no Estado. Já passou pelos palcos da Europa, África, América Central e do Norte, mas seu deslumbre mesmo é pelo Ceará: “Fortaleza está em mim”, disse em entrevista para o DIVIRTA-CE, durante o 17º Festival Nordestino de Teatro (FNT).
Representante do Brasil em inúmeros festivais mundiais de teatro, historiador, com livros sobre a história do teatro premiados pelo Ministério da Cultura, jornalista, contista, cronista, poeta – é dentro das várias estéticas e talentos que a vida lhe concedeu que ele consegue expor sua multifacetada trajetória de realizações. Um dos fundadores da Televisão Educativa do Ceará (hoje TVC) e da Rádio Universitária, roteirista de cinema e TV, ex-vice-presidente da Federação Estadual de Teatro, criador do Museu Cearense de Teatro (1975), esse artista incansável tem na criatividade e inovação seu maior trunfo. Formulador da teoria e do método do Teatro Radical Brasileiro, objeto de pesquisa de alguns trabalhos acadêmicos, ele apresentará no sábado, durante o encerramento do FNT 2010 a peça “A Divina Comédia de Dante e Moacir”, em mais uma comemoração de sua vitoriosa carreira. Confira a entrevista e vídeos da peça "A Divina Comédia de Dante e Moacir", feitos por Felipe Muniz Palhano:
DIVIRTA-CE - São 40 anos de carreira. Como surgiu o teatro em sua vida?
RICARDO GUILHERME – Quando eu era criança já fazia teatro na garagem, na escola, com os amigos, irmãos, colegas, mas ainda não tinha consciência de que era aquilo que eu gostaria de fazer na vida, que aquilo era uma vocação. Fui descobrir isso com o rádio teatro. Eu sou da geração que viu o começo da televisão no Ceará, ainda nos anos 60 - eu tinha cinco anos - e também vi o fim da rádio novela. Comecei no rádio, fazendo novelas, ainda menino, 13 anos. Uma pessoa do teatro foi importante na minha carreira, quando eu tinha 14 para 15 anos: estou me referindo a José Humberto Cavalcante, ator extraordinário dos anos 60, que era da Ceará Rádio Clube. Um dia eu o acompanhei ao teatro e me encantei com aquilo. Na infância não fui ao teatro – existiam peças infantis, porém meus pais não tinham o hábito de me levar. Engraçado, me lembro que, quando comecei a ir ao teatro, era já para fazer teatro e não para assistir.
DIVIRTA-CE – Você é homem de teatro, mas seu trabalho se completa com todos os meios de comunicação e da arte: já fez livro sobre a história do teatro, de contos, crônicas, poesia, jornalista colaborador, narrador, apresenta atualmente um programa de entrevistas na TV Ceará. Você tem uma história na comunicação cearense, sendo um dos fundadores da TV Educativa (atual TVC), da Rádio Universitária. Como você encara o Ricardo ator e o Guilherme comunicador? São duas carreiras distintas ou que completam o Ricardo Guilherme?
RICARDO GUILHERME – O Ricardo Guilherme comunicador veio antes do teatro. Como eu disse, primeiro entrei no rádio em 69. Em 1970 eu era assistente de produção do programa “Porque hoje é sábado”, de Gonzaga Vasconcelos, que lançou junto com o “Show do Mercantil”, do Augusto Borges, o que seria o Pessoal do Ceará: Fagner, Téti, Rodger, Belchior. Logo depois entrei no jornal Unitário, em 75, com uma coluna sobre teatro. Com 20 e poucos anos já criei um Museu do Teatro, começando pesquisas sobre o tema. Em novembro de 1973 eu participei da primeira exibição em cores do estado, na TV Ceará, canal 2 – o programa se chamava “O som, a luz, as cores e os muitos amores de Fortaleza”, com texto de Guilherme Neto e direção de Ary Sherlock. Fiz parte também do começo da Rádio Universitária, em 1980. Eu fazia a “Crônica de fim de tarde”, diariamente. O teatro era muito ligado a tudo isso, a literatura também – eu fazia parte do Clube dos Poetas Cearenses, também nos anos 70. Esses 40 anos de carreira se referem a tudo, não só ao teatro.
DIVIRTA-CE – Comemorar 40 anos de arte é para poucos – como está sendo a celebração dessa data e como você vê sua trajetória?
RICARDO GUILHERME – Eu digo que sou uma ponte entre o passado e o futuro. A vida foi me forjando a fazer isso. Estou na Universidade Federal do Ceará desde 1979. Entrei na UFC com 24 anos – estou lá há 31 anos como professor de teatro. Então participei também dessa geração que hoje é madura. Quando comecei minha jornada eu convivia com gente que fazia teatro nos anos 30 e hoje eu convivo com meus alunos, que ainda não fizeram nenhuma peça, ainda estão estudando. Acho que essa visão ampla de tempo enriquece. Talvez com esse recorte, essa tríade de tempo, passado, presente e futuro, que eu veja a minha trajetória de 40 anos. Mais do que uma celebração do trabalho, vejo essa data como uma comemoração da vida, dos afetos, das relações pessoais. Não basta estar no palco, é preciso relacionar-se com as pessoas, criar laços, ouvir, tentar ser uma pessoa imprescindível na compreensão da diversidade humana.
DIVIRTA-CE -Você também participa do novo curso superior de artes cênicas da UFC.
RICARDO GUILHERME – Sim, um sonho de 50 anos! Tenho orgulho da minha geração lutar para que isso se tornasse realidade!
DIVIRTA-CE – O Festival de Teatro de Guaramiranga está lhe prestando uma homenagem, e você irá apresentar no encerramento “A Divina Comédia de Dante e Moacir”, próximo sábado.
RICARDO GUILHERME – Tenho uma relação estreita com o Festival de Guaramiranga, por isso esta homenagem é muito emocionante. Estou desde a primeira edição, nunca deixei de vir nenhum ano. Humberto Cunha que me chamou para participar, quando o Festival ainda nem tinha grandes apoios. Acompanhei o crescimento da cidade e das pessoas. Estou ligado a Guaramiranga.
DIVIRTA-CE – Em ano de eleições, como você analisa a situação estrutural da cultura em nosso estado? Você acha que o público evoluiu e acompanhou o crescimento no número de eventos artísticos que se proliferam pelo Ceará? Nossos políticos já estão sabendo dar o devido valor a importantes equipamentos culturais como o Teatro José de Alencar, que está completando 100 anos?
RICARDO GUILHERME – Eu tive a honra de ser convidado para fazer o espetáculo comemorativo dos 100 anos do Teatro José de Alencar, no dia 17 de junho. Foi uma boa forma de celebrar os cem anos – optaram por convidar quem é do Ceará e depois chamaram artistas de fora. Já deixamos aquela fase do balcão, dos amigos do rei, do coro dos contentes. A classe já está politizada, isso tem um processo longo, desde a Federação Estadual de Teatro Amador, da qual também fiz parte, como vice-presidente. Hoje os artistas cearenses já dialogam com os governos para criarem as políticas públicas em relação a cultura. Claro que isso pode ser ampliado, não com centros restritos, mas investindo na periferia de Fortaleza, no interior do Ceará, que precisa de espaços, de intercâmbios, fomentos da produção, de formação de pessoas. Já foi uma vitória sairmos dessa política eventual do estado para uma política mais sistematizada e pensada pela própria classe artística, que pressionou e lutou muito por essa mudança.
DIVIRTA-CE – Você é o criador do Teatro Radical, que nasceu, inclusive, com uma sede própria. Explique um pouco desse processo de criação.
RICARDO GUILHERME – O Teatro Radical é de 1988 – começou como uma idéia, um manifesto defendendo que o ator brasileiro deve estar ligado aos seus arquétipos, ao seu povo. Um teatro que pudesse estar desvinculado da multidisciplinaridade. Um teatro mais centrado na figura humana, mais antropocêntrico. Depois dos laboratórios que fizemos para aprimorar essa nova poética do Teatro Radical, nos anos 90, criamos uma ética, que nos permite várias estéticas. Existe atualmente na Uni-Rio um aluno que está fazendo uma dissertação de mestrado sobre o Teatro Radical.
DIVIRTA-CE – Então podemos adaptar diversos textos para a linguagem “poética” do Teatro Radical?
RICARDO GUILHERME – Claro que sim. O Radical é uma poética que vai até a raiz da peça, a raiz dos conflitos da peça. Ao invés de entender a peça pela sua diversidade, entendemos pelo radicalismo conflituoso. Essa “radicalidade” sintética, dialética, é concebida por uma ação fundamental que tem movimentos contraditórios, que aplicam o princípio da repetição criativa. Essa repetição vai gerando significados e agregando valores a cada cena. O objetivo é dramatizar o conflito fundamental, básico, radical. Na gênese do Teatro Radical eu fiz artigos, criei oficinas, viajei pelo mundo, participei de debates. Depois montei a Associação de Teatro Radicais Livres e criei uma sede que durou três anos. “A Divina Comédia de Dante e Moacir”, que apresentarei nessa 17ª edição do Festival de Guaramiranga, é uma das peças do Teatro Radical. Outra peça Radical, que já foi até premiada pelo Festival, é “Quem dará o veredicto?”, de Gero Camilo.
DIVIRTA-CE - Nesses 40 anos, você já fez mais de cem espetáculos. Já teve alguma peça que lhe despertou uma paixão em encená-la, algum carinho especial?
RICARDO GUILHERME – Paixão nós temos por aquilo que estamos fazendo. Adoro fazer a “A Divina Comédia de Dante e Moacir”, que apresentarei em guaramiranga nesse sábado. Outra peça que gosto muito de fazer é “Bravíssimo”, um solo, uma peça absolutamente despojada e que eu faço um discurso político. Um espetáculo que amo também é “Flor de Obsessão”, de Nelson Rodrigues.
DIVIRTA-CE – Qual o espetáculo você considera o mais difícil da carreira?
RICARDO GUILHERME – Essa pergunta é difícil! Fiz uma versão de “Rosa do Lagamar”, dirigida pelo Haroldo Serra, onde eu fazia um vigia. Eu me exigi uma chave de interpretação que não era muito confortável: um teatro mais discreto, mais realista. Sou um ator muito espalhafatoso.
DIVIRTA-CE – Alguma frustração na sua história, algo que você gostaria de ter feito e ainda não fez, ou algo que você tenha feito e se arrependeu?
RICARDO GUILHERME – Gostaria de fazer a Escola de Teatro Radical, para que essa idéia sobrevivesse, com pessoas formadas nessa poética.
DIVIRTA-CE – Com os recursos tecnológicos e as inovações que surgem nos palcos, como será o teatro do futuro? E seus próximos projetos?
RICARDO GUILHERME – O Teatro Radical surgiu exatamente na contramão dessa ideia, desse teatro que reúne muita tecnologia e toda essa parafernália. Gosto do teatro centrado no trabalho do ator. Todo esse aparato tecnológico passa, é substituível. O que nos torna mais contemporâneos é sermos cada vez mais pré-históricos.
TV DIVIRTA-CE
Confira vídeos do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga
Ricardo Guilherme será homenageado em Guaramiranga neste sábado
Com quatro décadas de dedicação ao teatro e uma teatrografia de mais de 100 espetáculos realizados, o cearense Ricardo Guilherme, criador do Teatro Radical, é homenageado neste sábado, 11, último dia do XVII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga – FNT, que teve início no dia 04 na cidade serrana do Ceará. É também uma homenagem pela ligação artística e afetiva de Ricardo Guilherme com o festival, em toda sua trajetória, como ator, debatedor, professor ou consultor.
O homenageado recebe o Troféu Beija Flor na solenidade de encerramento do XVII FNT, às 22 horas na Praça do Teatro Municipal Rachel de Queiroz. Na ocasião será entregue também o troféu ao melhor espetáculo da Mostra Nordeste eleito pelo júri popular do festival. Desta edição, nove montagens participaram desta mostra, sendo uma de cada estado da região.
Após a solenidade, Ricardo Guilherme sobe ao palco do Teatro Municipal Rachel de Queiroz, às 23h, com o espetáculo A Divina Comédia de Dante e Moacir, onde assina também texto e direção. Nele, Dante Alighieri (1265-1321), poeta italiano autor de A Divina Comédia (poema épico escrito entre 1307 e 1321), e Moacir, personagem do romance Iracema (publicado em 1865) de José de Alencar (1829-1877), filho de Iracema e Martim Soares Moreno, fazem uma viagem ao céu, onde Deus espera o prototípico cearense para um acerto de contas sobre a condição de judeu errante que caracteriza a cearensidade. Moacir e Dante percorrem, então, os tortuosos caminhos que os levam ao paraíso, passando pelo Purgatório, Inferno e Limbo. Após o diálogo com Deus, Moacir volta à Terra.
Mostra SESC PALCO GIRATÓRIO com "MI MUÑEQUITA"
O festival apresenta também no sábado, às 20 horas, no Teatro Municipal Rachel de Queiroz, um espetáculo da mostra SESC PALCO GIRATÓRIO, Mi Muñequita, montagem produzida pela Ponte Cultural, de Santa Catarina. Entre o drama e a comédia, a peça conta a história de uma adolescente que usa sua boneca preferida, La Huerfanita, para enfrentar e se libertar da violência gerada pela própria família. A menina, chamada na peça de La Nena, vive com seus parentes desajustados, La Madre, uma mulher frustrada, El Padre, um homem ausente e El Tio, um senhor rancoroso, em um perverso jogo de adultos que inclui traumas e vinganças.
O texto original, de Gabriel Calderón, faz enorme sucesso no Uruguai, em cartaz há quatro anos. Esta é a primeira vez que a obra é adaptada para a língua portuguesa. Na versão tupiniquim, traduzida por Esteban Campanela e com direção de Renato Turnes, Mi Muñequita ganha novas cenas e improvisos. O tom melodramático, tão comum na estética latina, é o ponto forte desta obra tragicômica.
A programação do último dia do XVII FNT conta ainda com a MOSTRA DE CULTURA POPULAR TRADICIONAL com o Reisado Mirim do Sítio Arábia, às 10 horas na Praça do Artesanato. Às 16 horas sai o CORTEJO DE CARETAS pelas ruas da cidade. Às 17 horas, a mostra PALCO CEARÁ conta com o grupo Teatro de Caretas na Praça do Teatro. Às 18h, na Praça do Artesanato, acontece a mostra TEATRO INFANTIL com o Circo Tupiniquim em Mal Me Quer! Mal me Quer? Às 19h, na Praça do Teatro, a Mostra de CULTURA POPULAR TRADICIONAL promove um Encontro de Reisados de Guaramiranga.
No Programa de Formação do FNT, termina o neste sábado o CICLO DE DEBATES sobre os espetáculos da Mostra Nordeste, às 10h na Sala do Mosteiro. Termina também o VIII Encontro e Artistas Pesquisadores, às 14 horas no Mosteiro, com os seguintes participantes: Diego Cavalcante (CE) – “A Arte do Corpo em Movimento”; Tiago Fortes (CE) – “O que Pode o Corpo de um Ator: outros modos de Sentir-Pensar-Existir a partir de Artaud”; e Wellington Junior (CE) – “Réquiem para meus Pais: Eros, Tanatos na Performance Contemporânea”.
SEXTA (10) no FNT: Paraíba, Maranhão e Bahia em cena
Dois espetáculos da MOSTRA NORDESTE e um convidado marcam a programação de sexta-feira, 10, no XVII FNT, Na MOSTRA NORDESTE, o Coletivo de Teatro Alfenim, da Paraíba, apresenta Milagre Brasileiro, às 19h no Teatro Municipal Rachel de Queiroz, e a Pequena Companhia de Teatro, do Maranhão, encena Pai e Filho, às 21h no Teatrinho Rachel de Queiroz. À meia-noite, no Teatro Municipal, o FNT recebe, como CONVIDADO, o grupo da UFBA - Universidade Federal da Bahia, com A Gente Canta Padilha.
Milagre Brasileiro é um espetáculo experimental que aborda os “anos de chumbo” da Ditadura Militar, culminando com a decretação do AI-5. Seu foco é o “desaparecido político”. Sujeito cuja estranha condição, nem morto nem vivo, serve de ponto de partida para a investigação de um dos períodos mais sombrios da história brasileira. A partir da experimentação de novas formas narrativas, e com a execução ao vivo de sua partitura musical, o espetáculo põe em cena a figura mítica de Antígona para dialogar com nossos mortos. Também utiliza como referência o “teatro desagradável” de Nelson Rodrigues e seu “Álbum de Família”. Com texto e direção de Márcio Marciano e direção musical de Wilame AC e Diego Souza, o espetáculo foi contemplado pelo Prêmio Myrian Muniz de Teatro – FUNARTE/2008 e estreou em João Pessoa em março de 2010, no Teatro Ariano Suassuna.
Pai e Filho é uma das poucas produções teatrais maranhenses contempladas no Prêmio Myriam Muniz – FUNARTE/2009 de montagem de espetáculo. A Pequena Companhia de Teatro iniciou a temporada de estreia em abril no Teatro Arthur Azevedo, em São Luís. Criado a partir da obra “Carta ao Pai” de Franz Kafka, o espetáculo tem no elenco Cláudio Marconcine e Jorge Choairy, que vivem respectivamente o pai e o filho. A montagem tem a marca registrada de seu diretor, Marcelo Flecha, que vem experimentando em seus últimos trabalhos o que denomina de teatro mínimo. Um teatro cru, onde o ator reina em cena, sem virtuoses, na busca de composições mais orgânicas em prol de uma boa história.
A Gente Canta Padilha, do premiado ator, diretor e pesquisador Armindo Bião, um dos debatedores do XVII FNT, é um espetáculo musical de teatro de cordel, que realizou uma primeira temporada experimental de 26 de agosto a 5 de setembro último no Teatro Martim Gonçalves, em Salvador, com participantes de um dos grupos de pesquisa da UFBA. Trata da possível transformação de uma personagem histórica do século XIV espanhol, Doña María de Padilla, na entidade da umbanda brasileira contemporânea, Maria Padilha.
Na mostra TEATRO INFANTIL, às 18h na Praça do Artesanato, quem se apresenta é o Circo Tupiniquim, um dos mais tradicionais grupos de teatro infantil do Ceará, que leva ao festival As Estripulias do Macaco Simão. Na mostra PALCO CEARÁ, a Cia Artes Cínicas de Teatro, de Tauá, encena Papoula, às 20h30, também na Praça do Artesanato.
No VIII Encontro e Artistas Pesquisadores, às 14h na Sala do Mosteiro, participam na sexta-feira Armindo Bião (BA) - “Mulheres por um fio (inferno, purgatório e paraíso no Atlântico Negro)”; Hebe Alves (BA) - “Da Negação do Amor: Um estudo da Anatomia Emocional das Personagens da peça Dorotéia de Nelson Rodrigues”; Zeca Ligiero (RJ) - “O Estudo da Verdade da Cena e seus Contextos e Recursos: ritual, jogo, narrativa épica e Performing Art”; e Oswald Barroso (CE) - “A Máscara no Teatro Popular do Nordeste”.
QUEM FAZ O XVII FNT
O XVII Festival Nordestino de Teatro é uma realização da Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga (AGUA). Patrocínio: Oi. Promoção: Jornal O Povo. Apoio cultural: Oi Futuro e Coelce. Apoio: Tintas Hidracor. Parceria: Fecomércio / SESC-Ce. Apoio institucional: Prefeitura Municipal de Guaramiranga e Theatro José de Alencar. Este projeto é apoiado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
SERVIÇO
XVII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT) – Até 11 de setembro de 2010 em Guaramiranga (CE). Informações: (85)3321.1405, (85)3321.1621, (85)3321.1623 (Guaramiranga) e fnt@agua.art.br. Ingressos: Preços variam conforme o espetáculo. A Divina Comédia de Dante e Moacir (dia 11): 10,00 / 5,00. Outros espetáculos: R$ 5,00 / R$ 2,50. A programação completa está disponível no www.agua.art.br/fnt2010.
OVERDOSE DE TEATRO
17º Festival Nordestino de Teatro continua até sábado na serra de Guaramiranga
> Beth Goulart na peça “Simplesmente Eu, Clarice Lispector”
Fotos e vídeos by Rummenigge Santos e Felipe Muniz Palhano
A menor e mais charmosa cidade do Ceará, Guaramiranga, está recebendo a 17ª edição do Festival Nordestino de Teatro – FNT, uma das principais mostras de artes cênicas do Brasil.
Como em todos os anos, um cortejo com banda, palhaços e muitas crianças fantasiadas anunciou a abertura do evento no sábado, às 17h, encantando os turistas que lotam o município. A primeira noite, com temperatura marcando 14 graus na serra cearense, contou com o excelente espetáculo “Simplesmente Eu, Clarice Lispector”, com a atriz Beth Goulart, que lotou o Teatro Rachel de Queiroz, inclusive com sessão extra. O espetáculo estreou em julho de 2009 em Brasília e já foi visto no país por mais de 56 mil pessoas com uma trajetória vitoriosa. Beth Goulart levou, pelo trabalho, o Prêmio Shell 2009 e o APTR, ambos de melhor atriz.
Beth Goulart consegue “incorporar” Clarice Lispector, transpondo para o palco as referências sobre sua vida e obra com maestria, dinamismo e profundidade. O cenário e figurino conseguiu passar o requinte da personalidade de Clarice, que tinha como base a simplicidade, sinceridade, praticidade e devaneio criativo da escritora. Beth Goulart está em sua melhor forma, e protagoniza um dos melhores espetáculos da carreira.
O monólogo supervisionado por Amir Haddad faz parte de um projeto de Beth de biografar no teatro, cinema e TV grandes personalidades femininas. Em “Simplesmente Eu...” ela é protagonista além de ser responsável pelo texto e direção.
Em meio a depoimentos que lançam pistas sobre a figura contraditória de Clarice Lispector (1920-1977), Beth traz quatro mulheres de sua ficção. São elas: Joana, do romance ‘Perto do Coração Selvagem’; Ana, do conto ‘Amor’; Lóri, do romance ‘Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres’; e outra sem nome, do conto ‘Perdoando Deus’. O mérito maior de Beth é apresentar com brilhantismo a escritora, desvendando parte da sua enigmática figura até para quem nunca abriu um de seus livros.
> Cortejo abriu sábado o Festival Nordestino de Teatro
> Clique aqui e confira a programação completa da 17ª edição do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga na seção PELO INTERIOR
O teatro da lei e a Lei do Teatro
Depois de muita pressão da sociedade civil, o MinC publicou, há apenas dois meses, os dados referentes ao uso da Lei Rouanet, num sistema chamado SalicNet. As primeiras análises começam a surgir, contrapondo a propaganda tendenciosa do órgão sobre o mecanismo. E foi assim com o teatro.
O encontro de duas das mais importantes associações do teatro, APTI (Associação dos Produtores Teatrais Independentes) e APETESP (Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo), realizado dia 26 de maio no auditório da FECOMÉRCIO, na capital paulista, mobilizou produtores, artistas e demais profissionais do ramo para discutir a proposta do MinC de criação do Profic, em substituição à Lei Rouanet. Na ocasião foi apresentado estudo realizado pela empresa J.Leiva sobre o impacto da Lei Rouanet no setor.
A pesquisa mostra a evolução dos investimentos em artes cênicas pelo Mecenato. Em 2000 eram R$ 60 milhões destinados à área. Em 2008, R$ 166 mi, chegando a alcançar R$ 176 mi em 2005. Cerca de 20% dos valores investidos entre 2000 e 2008 foram para esse tipo de atividade artística. Em média 600 projetos são realizados em todo o Brasil, com valor médio de R$ 287 mil. Desses 450 vão para o teatro. Os outros 150 vão para dança e circo.
337 proponentes foram beneficiados com o mecanismo. 95% deles foram contemplados com um ou dois projetos. Esse grupo ficou com 82% dos recursos. Apenas 5% dos proponentes (1,5% do total) captaram para 4 projetos ou mais, ficando com 9% do total captado. 8% dos proponentes captaram mais do que R$ 1 milhão. Grupos, espaços e festivais ficaram com quase 50% dos recursos. 70% do dinheiro foi para São Paulo e Rio de Janeiro. O sistema não informa a ação é realizada. O estudo indica ainda que 34% dos projetos apresentados (e 41% dos aprovados) captaram recursos. Na Lei do fomento, em São Paulo, esse índice é de apenas 15%.
Mesmo sendo um dos setores melhor articulados da área cultural, o teatro sofre os efeitos negativos de uma ação desarticulada e desarticuladora, como esta impetrada pelo MinC, que já deixa marcas profundas na produção, articulação e participação da sociedade civil. Além do peso da perda de investimentos, como demonstra a matéria publicada semana passada pela Folha de S.Paulo, os movimentos políticos do MinC geram desagregação e incitam a cisão dos setores organizados. O Redemoinho, por exemplo, uma rede de grupos de teatro que buscava uma articulação nacional para fortalecer o teatro de pesquisa e de grupo, foi abatido pela síndrome maniqueísta do novo caçador de marajás: “se você é a favor do Profic, então você defende os descamisados e pés descalços. Se você é contra, você é a favor das elites paulistanas”, proclama a cúpula do planalto central.
Pior do que isso, a atividade cultural está sendo dividida entre amigos e inimigos do rei. E Getúlio já dizia: “aos amigos tudo, aos inimigos, a Lei”. E os integrantes do Redemoinho preferiram desmantelar a rede a tomar uma posição, enfrentando a fúria do ministro, famoso por ser implacável com seus inimigos. Isso porque alguns dos protagonistas do movimento conhecia as consequências práticas da proposta do MinC e o abismo existente entre a proposta e o discurso malicioso e demagógico do ministro.
Tenho conversado com muitos artistas, produtores, gestores, investidores, agentes culturais em geral, de todas as partes do Brasil, do mercado, dos Pontos de Cultura. A apreensão é muito grande, a insegurança e o desânimo em relação ao futuro profissional é um denominador comum. O momento de crise se agrava com as incertezas e a falta de comando e controle da situação. Há uma sensação de impotência em relação a uma gestão centralizadora, discricionária, arbitrária e conduzida no grito.
Outra característica comum é a fala em off. Todos deixam suas opiniões, desde que não as publiquemos. O medo de sofrer retaliação subrepõe a crença numa articulação mais forte, que contraponha a mesquinharia e a agenda difusa e subliminar do ministério.
É grande a instabilidade do MinC. O ministro prepara uma saída amenizadora para o seu discurso suicida. Nos próximos dias, deve fritar alguém do alto comando, como já fez com vários secretários e presidentes de vinculadas. A ideia é ganhar sobrevida e continuar em evidencia por mais tempo, em busca de sustentabilidade política e votos em seu curral para a campanha a deputado federal.
E o teatro? Bom, isso não é, definitivamente, problema do Juca. A não ser que esteja no palco.
Carisma de Zélia Duncan conquistou público do Náutico
Zélia Duncan voltou a Fortaleza, após a bem sucedida apresentação do Dia da Mulher na Praça do Ferreira, para apresentar o show de seu novo CD, “Pelo Sabor do Gesto”, sábado passado, no Clube Náutico. Músicas famosas de Zélia, como “Catedral” e “Alma” estiveram no repertório junto com as novas composições feitas em parceria com Zeca Baleiro, Chico César, Paulinho Moska, e Marcelo Jeneci.
“Pelo Sabor do Gesto” foi indicado ao Grammy Latino e já é considerado um dos melhores lançamentos da consistente discografia da cantora, que em 2010 completa 29 anos de carreira.
As novas músicas expõem diversos pensamentos e situações de seu universo particular: o fascínio pela música e pelas novas descobertas (“Sinto Encanto”), as reflexões sobre o amor e sua plenitude (“Pelo Sabor do Gesto”), a vida e suas concessões (“Nem Tudo”). Existe ainda “Duas Namoradas”, composta por Itamar Assumpção e Alice Ruiz, única música cuja autoria não cabe à artista.
No começo do show, depois de fazer o seleto público do Náutico aguardar o conserto de alguns problemas técnicos, a cantora mostrou a força do seu carisma em uma apresentação intimista, com seus fãs pedindo músicas e interagindo com a cantora, próximo do palco.
Zélia fez show com uma saia de rendas feita no Ceará. “Amo essa terra, é sempre um prazer estar aqui”, disse.
No bis, após a platéia dançar e cantar seus sucessos, a cantora voltou rapidamente: “Não vou fazer vocês esperarem mais”, exclamou, bem humorada.
TV DIVIRTA-CE no show de Zélia Duncan
Confira os vídeos de Felipe Muniz Palhano e Rummenigge Santos
Shows no Teatro José de Alencar
Orquestra sinfônica, instrumental, MPB, jazz, opereta e piano: serão dezoito atrações em setembro
Sonoridades de setembro. O centenário Theatro José de Alencar já inicia o mês com a participação da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho (Orcec) na obra de Paurillo Barroso. A Valsa Proibida é uma narrativa cantada sobre o amor improvável. Em cartaz nos dias 3, 4 e 5 de setembro, sempre às 20h, no Palco Principal do TJA. A regência da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho fica a cargo do Maestro Vazken Fermanian.
Da música instrumental, o Duo Barrenechea apresenta no foyer concerto gratuito, com Sérgio Barrenechea, na flauta e Lúcia Barrenechea, no piano. Na Série Pianíssimo, a Associação de Amigos do Piano comemora os 200 anos de Schumann e Chopin com concerto de piano de Victor Duarte com participações especiais de Daniel Sombra e Heriberto Porto. Tem também a Orquestra Filarmônica do Ceará, a Camerata Eleazar de Carvalho e os programas de Ensaio Aberto da Orcec e convidados.
Apreciadores da música sinfônica podem aplaudir ainda a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que chega a Fortaleza em turnê pelo Nordeste, com 85 músicos e faz apresentação única e gratuita no dia 16 de setembro, sob a regência do maestro Fabio Mechetti.
A Orquestra transporta o cenário erudito de compositores com um apelo universal imediato: Mozart, Beethoven, Dvorák, e Carlos Gomes.
Dia 15, tem show de Wagner Tiso e Márcio Malard, com o duo de piano e violoncelllo em homenagem aos 50 anos de morte do Villa Lobos e em reverência a Tom Jobim. Os gênios cariocas (Villa Lobos e Tom), nascidos com exatos 40 anos de diferença são dois marcos na música brasileira.
Dia 18, o Manifesta! - Festival das Artes procura fazer uma ocupação artística no Theatro José de Alencar. O resultado é mais uma virada cultural, de 18h as 6h da manhã, com artistas de diferentes linguagens que se apresentarão simultaneamente nos vários espaços do TJA, misturando música, dança, cinema, fotografia, etc. O evento é coletivo e organizado pelos próprios artistas, com participação de bandas como Breculê e Fulô da Aurora.
Da MPB, a cantora Simone chega com a turnê Em Boa Companhia e lança DVD homônimo, nos dias 21 e 22 de setembro, no palco principal do TJA. No show, a cantora apresenta músicas de seu mais novo disco, “Na Veia” em repertório composto ainda por composições inéditas de Erasmo Carlos, Adriana Calcanhoto, Martinho da Vila. O show tem direção de José Possi.
Já o músico Ivan Tombó faz duas apresentações: nos domingos 19 e 26 de setembro. Divulga o seu mais recente trabalho, o disco Voltas, lançado em junho de 2010 em ambiente lounge que interage música e vídeo. O artista gráfico Daniel Chastinet produziu seis vídeos que serão exibidos em sincronia com as seis músicas do disco.
No repertório, ambiências sonoras criadas a partir de temas instrumentais influenciados pela NuJazz, estilo de jazz que, a partir de improvisações, funde a música eletrônica com diferentes estilos musicais como o soul e o funk.
+ SHOWS
Ceará Music aumenta valor dos ingressos e anuncia novos artistas da edição 2010
Além de Black Eyes Peas, Los Hermanos e Capital Inicial, produção do evento confirmou também Biquini Cavadão e Pitty (na foto)
Após o festejado anúncio que a banda Black Eyed Peas será a grande atração da 10ª edição do Ceará Music, os produtores do evento começam a anunciar as outras atrações que farão a festa nos dias 15 e 16 de outubro, no Marina Park Hotel.
Além da banda americana, já estavam confirmadas as bandas Los Hermanos e Capital Inicial. Agora as novidades são anunciadas: Biquini Cavadão e Pitty. As bandas foram escolhidas pelo público do evento, por meio de votação pelos internautas no site do Ceará Music.
Com o conceito “Viva essa transformação”, o Ceará Music demonstra, em seu aniversário de 10 anos, uma mudança de postura, enaltecendo a dimensão do festival que cresce e alcança a sua maturidade. Durante sua trajetória, o festival, que já trouxe para os cearenses, além das maiores bandas nacionais, diversos grupos e DJs internacionais, promete, mais uma vez, agitar a cidade de Fortaleza. Ejá ouve o primeiro aumento no valor dos "brazucas", um "passaporte" com ingressos para os dois dias do Ceará Music, que estavam custando R$ 150 (pista) e R$ 350 (Frontstage). Confira abaixo os preços atuais reajustados:
Preços
Brazuca (pista)- R$ 175,00 (meia)
Frontstage- R$ 400,00 (meia) (inclui seis cervejas ou cinco vodkas ou cinco whisky ou seis refrigerantes/águas)
Ingresso individual- sem previsão de início de vendas
Pontos de venda
Lojas Renner - Iguatemi e North Shopping
Lojas Ibyte - 13 de maio e Dom Luís
Site do Ceará Music: www.cearamusic.com.br
Condições de pagamento
Lojas Renner e Ibyte: Dinheiro, Cartão Hipercard (6x - pista, 8x - frontstage), Cartão Visa e Mastercard (4x - pista, 6x - frontstage);
Internet (Cobrada taxa de 12%): Cartões Vista, Master, Diners, Hipercard e American Express (todos em até 8x), boleto bancário e transferência eletrônica pelos bancos Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Banco Real.
TV DIVIRTA-CE
Confira o clip da música "Missing you" ao vivo e veja um pouquinho do show do Black Eyed Peas qiue estará em Fortaleza
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Rita Lee em Fortaleza: boa forma aos 60 e língua afiada
Fotos e vídeos by Felipe Muniz Palhano e Rummenigge Santos
Desde o Ceará Music do ano passado sem vir a Fortaleza, Rita Lee voltou a cidade com sua irreverência, bom humor e as músicas que sempre queremos ouvir e cantar. “Meu voto esse ano é nulo”, disse Rita Lee, no show que fez sábado no Siará Hall. A cantora desfilou grandes sucessos da carreira no show “Etc...” - logo no começo da apresentação, a Rainha do Rock Nacional foi provocando, ao olhar a separação desigual entre área vip, com mesas, e pista, com pessoas em pé: “O que é isso aqui? Está havendo uma segregação?”. Cada vez mais ácida em suas declarações, Rita Lee afirmou semana passada em seu twitter que, ao contrário do que todos pensam, ela não é rica - porque fumou, bebeu e cheirou o dinheiro todo.
A cantora mostrou a boa forma na capital cearense, aos 60 anos, com sua disposição em tirar sarro da caretice e da hipocrisia do brasileiro. “Não vou votar em ninguém nessas eleições. Só tem políticos de merda. Saímos da ditadura militar para a ditadura da putaria”. O público de todas as idades que encheu a casa de shows foi ao delírio com músicas como “Lança Perfume”, “Baila Comigo”, “Doce Vampiro”, “Amor e Sexo”, “Bwana”, “Flagra”, “Ti-ti-ti”, “Desculpe o Auê”, “Ovelha Negra”, entre tantas outras. Nessa nova turnê, Rita ainda presta uma homenagem a Michael Jackson, com direito a apresentação de um cover do astro.
Com 33 CD’S, 7 DVD’S e mais de 400 composições, faz de cada show um espetáculo único. Sua bagagem musical é tão vasta que, segundo Rita, ficar "presa" a um repertório por mais de três meses lhe causa um certo sufoco, além de privar seus fãs das inúmeras canções que há muito ela não canta.
Entre rock´s, baladas, canções pop, releituras e inéditas, a cantora, compositora, instrumentista, há 43 anos realiza milhares de apresentações pelo planeta.
Acompanhada por uma banda afiada - guitarras e vocais de Roberto de Carvalho e Beto Lee (marido e filho), Brenno di Napoli no baixo, Edu Salvitti na bateria, Danilo Santana nos teclados, Débora Reis e Rita Kfouri nos vocais -, Rita está em casa no palco.
Com produção sutil e de bom gosto, assinada por Rita e Roberto de Carvalho na direção geral e direção musical de Roberto, a artista traz suas surpresas: nunca se sabe o que Rita irá aprontar.
O resultado é um espetáculo vigoroso, bem humorado, dançante e inesquecível! Foi um show memorável para quem gosta do melhor da música brasileira.
TV DIVIRTA-CE
Confira momentos do show de Rita Lee
“De Picasso a Gary Hill” tem prazo prolongado
Exposição internacional, com obras de Picasso e Salvador Dalí, que terminaria domingo, agora poderá ser vista até dia 12 de setembro
Quem ainda não visitou a exposição “De Picasso a Gary Hill” tem agora até o dia 12 de setembro para conhecer obras de artistas referenciais do século XX. A prazo de visitação foi ampliado em virtude da demanda do público visitante, em especial dos agendamentos de estudantes de escolas públicas.
A exposição pode ser visitada de terça a quinta, das 9h às 19h e de sexta a domingo, das 14h às 21h. O acesso é livre.
Com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, a mostra reflete sobre o modernismo, retirando do foco as produções de influência Dada e os artistas do movimento Pop. “Creditamos a eles a posição de precursores das manifestações envoltas na denominação genérica e não definitiva de ‘arte contemporânea’, embora tenhamos consciência que estas manifestações surgem no próprio bojo da modernidade”, explicam.
Segundo os curadores, a exposição abarca desde o marcante movimento que inicia a relativização do olhar e da percepção que foi o cubismo picassiano, surgido no início do século XX, até a absorção pelo mundo das artes das linguagens eletrônicas tão bem representadas pela obra de Gary Hill.
“Estabelecidos os polos, o resto foi determinar os meridianos dessa cartografia imaginária que era construir um “mapa” da arte ocidental moderna”, completam.
A partir daí a curadoria recorreu à formação de grupos de tendências sem, contudo, seguir as categorias tradicionais da história da arte. Para completar a mostra ainda foram incluídos quatro artistas latino-americanos: o uruguaio Arden Quin, artista criador do movimento MADI: os brasileiros Aldemir Martins, Antonio Bandeira e Letícia Parente, esta última precursora da videoarte no Brasil. A mostra está dividia em sete grupos sem limites de fronteira e preocupação cronológica, desta forma definidos pela curadoria:
“Pablo Picasso, Henri Matisse, Torres-Garcia, Antonio Saura, Paul Klee, Julio Gonzales, Cristina Iglesias e Aldemir Martins foram reunidos pelo expressivo figurativismo das suas obras; Marc Chagal, Salvador Dali e Joan Miró, embora também figurativos suas obras enveredam pelos universos de influência fantástica; Jean Arp, Antonio Bandeira, Alexander Calder, José Sanleón e Juan Uslé estão reunidos pelo lirismo de certo modo lúdico de suas composições; Arden Quin, Adolph Gottlieb, Alberto Bañuelos e Tony Smith estão num campo de convergência de idéias construtivas; Cristina Iglesias, Miguel Navarro, Richard Serra e Antoni Tápies têm as suas obras marcadas pela matéria com que são realizadas.
Os artistas destes grupos, mesmo situando-se num horizonte que vai da figuração à abstração radical, contêm em suas produções sinais que permitem a compreensão das diversas faces adquiridas pelo modernismo no século XX, em sua plena maturidade. Mas o modernismo do século XX também trás em seu bojo o vírus do seu próprio fim. E isso é possível perceber nas produções de Magdalena Abakanowicz, Christian Boltanski e Allan McCollum, que têm a sua carga poética mais ligada ao conceito que a forma e rompendo a configuração das obras em si, expandem-se e incorporando a plenitude do espaço expositivo; e em Peter Fischli/ David Weiss, Bruce Nauman, Letícia Parente, Antoni Muntadas, Robert Smithson e Garry Hill, pelo uso dos meios tecnológicos em suas linguagens expressivas volatizam e virtualizam as obras”.
Serviço:
De Picasso a Garry Hill
Visitação do público até 12 de setembro. De terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até 18h30). De sexta a domingo, das 14h às 21h (acesso até 20h30)
TV DIVIRTA-CE
Faça uma visita ao Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar, na exposição "De Picasso a Gary Hill", através da TV DIVIRTA-CE. Clique nos vídeos abaixo:
RESTAURANTES
O melhor da gastronomia
Culinária japonesa contemporânea do restaurante Misaki inova com Festival de Sobremesas
>Misaki Gourmet: prato com três opções de protéicos e guarnição
>Várias combinações de sobremesas - Oishii (Saborosa) tem Ganache com Nugá, Guimauve marshmallow e gota de chocolate com frutas carameladas
A cozinha contemporânea ganhou um toque especial no novo Misaki (Avenida Desembargador Moreira, 1011 – Shopping Jardins Open Mall – Aldeota – Fortaleza – Ceará - Telefone: (85) 3433.1050), reinaugurado no fim de 2009. O restaurante, que já inovava nas receitas de pratos quentes e sushis, é o primeiro do Ceará com o conceito de culinária japonesa contemporânea.
O cardápio foi elaborado pela chef executiva Louise Benevides, e mistura ingredientes orientais e elementos regionais, produzindo novidades como o filé do peixe Filhote coberto com crosta de coco e sobreposto ao Nirá. Outro elemento diferenciado é o Misaki Gourmet, um prato único com três opções de protéicos (lula, salmão, lagosta, camarão, polvo, ostra, peixe branco ou escargot) sempre acompanhados de uma guarnição (como o arroz de bacalhau) e dois molhos.
Há 20 anos no mercado e presente em segmentos gastronômicos distintos, o Grupo Geppos inova por meio da reformulação do restaurante japonês Misaki, com apenas 30% do novo cardápio composto por sushis. Das conhecidas peças japonesas, metade são criações próprias com toques especiais como, por exemplo, o sushi “maçaricado” (grelhado, sem fritura), com seis sabores diferentes, além de receitas como o sushi com uma lâmina de salmão recheado com lagosta e coberto com caviar.
Outra novidade imperdível é o Festival de Sobremesas do Misaki. Até o dia 30 de setembro os clientes do restaurante japonês contemporâneo terão a oportunidade de saborear as novas opções de sobremesas, elaborada exclusivamente para o evento. Serão oito variações de pratos, todos compostos por três pequenas porções a serem desfrutadas no almoço ao preço de R$ 15. Tudo isso além das 11 sobremesas já disponíveis no cardápio. Inspirando-se na tendência mundial de petiscar e degustar diversos sabores em um único prato, a chef Louise criou receitas inovadoras e com sabores únicos.
O cardápio inclui sobremesas especiais, como a Tameki, que significa “suspiro” e é composta por sorvete de capim santo, cestinha de suspiro com morango e chocolate e florentinas (Massa doce e crocante coberta de caramelo e amêndoas); a Aijô (amor), tortinha de coco e nozes, blinis com sorvete de canela e Ganache com Nugá; a “primavera” Haru, com creme Brulée, espetinhos de frutas carameladas e sorvete de tapioca e a Oishii (Saborosa), Ganache com Nugá, Guimauve marshmallow e gota de chocolate com frutas carameladas.
Mais quatro sobremesas compõem o cardápio do festival: a Ringo (Maçã), que traz torta de maçã, sorvete de canela e mousse maltine na casquinha de chocolate; a Tsumi (Pecado), com pêra perfumada com baunilha (pêra belle-Helene), tartelletes de chocolate recheadas com creme de limão e terrine de chocolate; a “amada” Koibito, de banana caramelada com crocante de coco, sorvete de creme e Brownie; e a Kawa (Rio), composta por Guimauve marshmallow, panelinha misaki e morango caramelado com chocolate e crocante de castanha.
HUMOR
TORTURA ELEITORAL GRATUITADiante de tanta porcaria, confira na TV DIVIRTA-CE alguns candidatos engraçados e inusitados
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LIVROS - NÃO-FICÇÃO
Livro dos Mortos do RockObra da Editora Aleph traz um relato surpreendente e revelador da vida e da morte das sete lendas do rock
Conhecidos como ícones culturais e lendas do rock'n'roll, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain e Jerry Garcia têm mais em comum do que se possa imaginar. Cheios de atitude e genialidade quando o assunto é música, eles também eram figuras problemáticas e autodestrutivas. O Livro dos Mortos do Rock, de David Comfort, desconstrói esses mitos ao revelar particularidades e detalhes da vida de cada um, especialmente no período que antecedeu sua morte.
Da infância solitária, arruinada por perdas irreparáveis, às músicas e atitudes que falavam de amor e revolução, essas lendas encontraram um fim precoce, trágico e coberto de mistérios e especulações. Com a exceção de Lennon, todos tentaram o suicídio ou ameaçaram cometê-lo. Quatro morreram aos 27 anos – vale lembrar que 2010 marca 40 anos da morte de Jimi Hendrix (18 de setembro) e Janis Joplin (4 de outubro), e 30 anos do assassinato de John Lennon (8 de dezembro).
Os capítulos foram organizados em ordem cronológica, seguindo a sequência de suas mortes, ocorridas ao longo daquela que foi a era de ouro do rock. Diferente de outros livros que se concentram pontualmente em minúcias biográficas, O Livro dos Mortos do Rock é o primeiro estudo sobre o lado sombrio desses músicos. Com uma linguagem leve e muitas vezes sarcástica, David Comfort revela com precisão os medos, fraquezas e excessos que levaram esses astros à condição de imortais.
MÚSICA
O criador da Azul Music
Com músicas em mais de 40 países, compositor Corciolli lança CD e DVD ao vivo “Lightwalk – Live at Auditorio Ibirapuera”
Com 17 anos de carreira e cerca de 1,2 milhões de CDs vendidos no Brasil, Corciolli fundou a gravadora Azul Music em 1993, iniciando uma trajetória de sucesso e determinação. Com cerca de 1,2 milhão de CDs vendidos no Brasil e álbuns lançados em mais de 40 países, suas músicas estão presentes em dezenas de coletâneas, ao lado de artistas como Vangelis, Yanni, Alan Parsons Project, Kitaro, Dead Can Dance, Hans Zimmer, Secret Garden, Era, Sarah Brightman, Enigma, Luciano Pavarotti, Jose Carreras, Placido Domingo e Andreas Vollenweider, entre outros.
Seu trabalho apresenta uma união de elementos universais e ritmos brasileiros,em singulares interpretações no piano, teclados e sintetizadores eletrônicos.
Gravado em São Paulo, “Lightwalk – Live at Auditorio Ibirapuera” é o primeiro registro ao vivo do tecladista e compositor brasileiro Corciolli. Acompanhado pelos excepcionais músicos Christiano Rocha na bateria e Claudio Machado no baixo, Corciolli apresenta temas de seu recente álbum “Lightwalk”(2009) e novos arranjos para músicas como Toledo e Oratio (tema da novela Essas Mulheres). Com as participações especiais de Tatiana Vinogradova(OSESP) no violino e Andre Matos (Angra, Shaman) nos vocais, o espetáculo torna-se memorável, em total sinergia com o público. O “gran-finale” fica por conta da extraordinária performance do quinteto em Who Wants to Live Forever (Queen)
O DVD traz menus e apresentações das músicas com animação gráfica, opções de áudio em Dolby Digital Surround 5.1 e PCM Stereo , e como bônus, um clipe com cenas dos ensaios e preparativos para o show.
PELO INTERIOR
Festival Nordestino de Teatro divulga as peças selecionadas
Espetáculos de nove estados estarão na serra de Guaramiranga, dentro da Mostra Nordeste
> “Milagre Brasileiro”, com Coletivo de Teatro Alfenim, da Paraíba
Um total de 77 espetáculos dos nove estados da região foram inscritos para Mostra Nordeste do XVII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT), que acontece de 04 a 11 de setembro na cidade serrana do Ceará. Desse total, nove foram selecionados, sendo um de cada estado, numa decisão da Coordenação do evento, pelo fortalecimento da representatividade dos estados no Festival. O resultado da seleção das Mostras que compõem a Programação Paralela, voltadas somente para grupos cearenses, será anunciado no dia 10 de agosto. Há três edições a programação da Mostra Nordeste era composta apenas por espetáculos convidados, que eram indicados por uma curadoria do Festival. Na 17ª edição, foram abertas novamente as inscrições para esta mostra, que recebeu uma considerável demanda de propostas. Os 77 espetáculos foram inscritos por 70 companhias teatrais de toda a região. Entre as peças selecionadas para o Festival Nordestino de Teatro 2010, estão “Voo ao solo” , da Invisível Companhia de Teatro (AL, foto ao lado), “Uma vez nada mais”, do Grupo Carambola, “As três Irmãs”, com Grupo de Estudos e Trabalhos em Stanislavski – GETS (CE), “Pai e Filho”, da Pequena Companhia de Teatro (MA), “A Casa de Bernarda Alba”, com Grupo Harém de Teatro (PI), ”Rasif – Mar que Arrebenta”, com Coletivo Angu de Teatro (PE, foto do meio da matéria), “Milagre Brasileiro”, com Coletivo de Teatro Alfenim (PB), “Deus Danado”, com Cia A Máscara de Teatro (RN) e “Cacuete – A Incrível Performance de Crendices”, do Projeto Cacuete (SE)
Terra da Aventura em Pacatuba
Apoena Eco Park inaugura neste fim de semana a maior tirolesa do Ceará
Aproveitar a natureza não apenas como espaço de convivência e aventura aliada a momentos de integração e lazer com a família. O recém-inaugurado Terra da Aventura Apoena Ecopark, no município de Pacatuba, a 30 quilômetros de Fortaleza, foi criado como espaço multifuncional destinado a diversão, realização de dinâmica e práticas corporativas que visem o aperfeiçoamento do trabalho em equipe, formação de lideranças e a construção de um profissional mais atuante e comprometido com novas visões sistêmicas. Mais para quem deseja realmente um domingo de descontração, diversão e encontro familiar, o Apoena Ecopark é a nova opção na região Metropolitana de Fortaleza, a 20 minutos da capital. A visita ao Espaço Apoena EcoPark inclui a Casa da Pedra (sobre a História da Evolução do Homem e da Palentologia), Mini fazenda que reproduzem a vida rural, ruínas de anfiteatro e Avião DC3 para projeção de filmes sobre a História do Ceará.
O espaço ainda conta com apoio de estruturas e lazer como a Tapera (recepção), Casa do Lenhador (cantina), Aquaplace, Anfiteatro e Arvorismo. Com 72mil metros quadrados de uma área muito verde, o Terra da Aventura surge como espaço alternativo para quem deseja lazer, diversão e tranqüilidade. Cravado em plena Mata Atlântica, o espaço foi desenvolvido pela empresa de Consultoria SERH – Educação & Desenvolvimento. Há 20 anos no mercado de consultoria empresarial e desenvolvimento organizacional, a SERH aposta nas várias modalidades de práticas organizacionais para motivar o encontro entre profissionais e a natureza. Desde quando organizou o I Desafio Terra da Aventura com a realização de três modalidades esportivas, o espaço vem consolidando a união entre prática de aventura extrema com diversão e formação profissional. A prática, mais desenvolvida no estado do Rio Grande do Norte, vem ganhando adeptos aqui no Ceará e confirmando a tendência que alia natureza com emoção.
Apesar de tanta adrenalina, o visitante do Terra da Aventura também pode optar apenas por um passeio pelas trilhas, tomar uma água de côco, um banho de piscina ou simplesmente apreciar a cozinha regional. No próximo domingo será feita a abertura da maior tirolesa do Ceará na Terra da Aventura.
O Apoena Eco Park está aberto a visitação aos sábados e domingos a partir das 10h da manhã na rua Major Crisanto de Almeida – Centro, Pacatuba-CE. Informações : 8723.1539.
CINEMA
Filme foca romance proibido de Coco Chanel e Stravinsky
Filme está em exibição no Espaço Unibanco Dragão do Mar
Tudo estava acontecendo naquela frenética Paris do início do século 20. Uma noite emblemática aconteceu em 21 de maio de 1913, na estreia do balé A Sagração da Primavera, com música de Igor Stravinsky e coreografia e dança de Vaslav Nijinsky - provocando reações tão violentas do público no Teatro Champs-Elysées que seus responsáveis chamaram a polícia.
Na plateia, estava presente uma outra artista fora do comum - a estilista francesa Coco Chanel, que rompia os parâmetros da moda e caminhava para tornar-se sinônimo de figurinos clássicos que ultrapassariam seu tempo. E nascia também, naquela noite de 1913, a semente de um romance que só frutificaria 7 anos depois, entre Coco e Stravinsky.
Baseado em livro de Chris Greenhalgh - que está sendo lançado no Brasil - Coco Chanel & Igor Stravinsky, de Jan Kounen, não esgota sua atração neste caso entre dois dos maiores e mais temperamentais artistas do século passado. Embora não lhe faltem cenas de sexo, cuidadosamente encenadas, o enredo coloca em primeiro plano a troca entre estas duas personalidades extremadas no momento de sua máxima criatividade. O filme chega a Fortaleza na próxima sexta, no Espaço Unibanco Dragão do Mar.
A oportunidade para o romance se apresenta em 1920, pouco depois da Revolução Russa e da 1a Guerra Mundial. Exilado e pobre, Stravinsky (Mads Mikkelsen, de Depois do Casamento) aceita a hospitalidade de Coco (Anna Mouglalis) em sua vila perto de Paris, levando a mulher Katarina (Yelena Morozova) e os quatro filhos.
Protegido pela já rica e consagrada estilista, ele encontra sossego e apoio para dedicar-se integralmente à composição de sua música extraordinária. As faíscas explodem entre Igor e Coco, dois seres voluntariosos. E Coco está só, desde a morte de seu amado Arthur 'Boy' Capel (Anatole Taubman).
Não existe espaço para a culpa no espírito independente de Coco. Igor não pode dizer o mesmo - e, para ele, a dualidade de sentimentos é maior, pois Katarina é sua melhor conselheira artística, embora seu corpo esteja tão doente, afetado pela tuberculose.
Embora contaminado por alguma frieza - que em parte tem sentido, para fazer justiça ao cerebralismo dos dois protagonistas -, o filme de Kounen dá conta de forma bem mais complexa da personalidade de Coco Chanel, cuja biografia antes da fama foi retratada um tanto palidamente em Coco Antes de Chanel, de Anne Fontaine, em que a estilista foi interpretada por Audrey Tautou (O Fabuloso Destino de Amélie Poulain).
Como se poderia esperar, os figurinos são deslumbrantes e assinados pela Casa Chanel. A francesa Anna Mouglalis, aliás, é modelo exclusiva da grife.
CINEMA NACIONAL
ESPIRITISMO NA TELONADEPOIS DO SUCESSO DE "CHICO XAVIER" E BEZERRA DE MENEZES", CHEGA AOS CINEMAS NA SEXTA QUE VEM O FILME "NOSSO LAR"
Chega aos cinemas dia 3 de setembro o longa Nosso Lar, baseado no best seller de Chico Xavier. O filme conta a trajetória do médico André Luiz que após a sua morte acorda no mundo espiritual. Desde os primeiros dias numa dimensão de dor e sofrimento, até ser resgatado para uma cidade espiritual cujo nome intitula o filme. Com direção e roteiro de Wagner de Assis, o elenco conta com Renato Prieto como André Luiz, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Clemente Viscaíno, Werner Schünemann e ainda com participações especiais de Ana Rosa, Othon Bastos e Paulo Goular.
Nosso Lar foi finalizado no Canadá, onde os efeitos visuais foram desenvolvidos pela empresa Intelligent Creatures (mesma responsável por filmes como Watchmen, Fonte da Vida e Babel). “Mais de 300 imagens têm algum tipo de inserção gerada nos computadores. Nunca fizemos tantos efeitos num filme só”, comenta a produtora Iafa Britz.
A frente da equipe de 90 profissionais/artistas, o supervisor de efeitos visuais do filme, Geoff D. E. Scott, também se anima: “mesmo para nós, que estamos acostumados a recriar tantas realidades, essa história tem um diferencial – estamos todos apaixonados pelo trabalho”.
Desde seu nascimento, o projeto do filme apresenta características próprias – o diretor de fotografia é o suiço radicado nos Estados Unidos, Ueli Steiger, que assina também trabalhos como os mega-sucessos de bilheteria (O Dia Depois de Amanhã, 10.000 AC e Godzilla).
Ueli desembarcou no Brasil com câmera, equipe e tudo o que uma super-produção pedia. Foram 8 semanas de filmagens intensas, algumas com mais de 1.500 pessoas no set.
As diferenças de Nosso Lar não param por aí. O trabalho minucioso na área musical também chamou a atenção da produção. “Ninguém menos do que o Philip Glass, um dos maiores compositores de cinema atualmente, se interessou pelo filme e compôs uma trilha completa para ele, além de ter sido gravada pela Orquestra Sinfônica Brasileira”, adianta o produtor executivo Luiz Augusto de Queiroz.
"A SUPREMA FELICIDADE", FILME DE ARNALDO JABOR, ESTREIA DIA 29 DE OUTUBRO
Último filme do cineasta foi "Eu sei que vou te amar", de 1986
O retorno de Arnaldo Jabor aos cinemas brasileiros já tem data marcada: A Suprema Felicidade estreia nas salas do país no dia 29 de outubro. Seu último trabalho para as telas foi Eu Sei Que Vou te Amar (1986), filme que alcançou cerca de 4 milhões de espectadores. As primeiras cenas de seu mais recente trabalho no cinema nacional já podem ser conferidas no trailer oficial, que a TV Divirta-CE colocou nessa matéria.
Produzido pela Ramalho Filmes e coproduzido e distribuído pela Paramount Pictures, o longa-metragem traz no elenco nomes como Marco Nanini, Dan Stulbach, Mariana Lima, Jayme Matarrazzo – em sua estreia no cinema -, Elke Maravilha, Tammy di Calafiori, Michel Joelsas, Caio Manhente, entre outros. O filme conta a história de Paulo, dos seus oito aos 18 anos. Ele descobre a amizade, o amor e o sexo, tendo como cenário o Rio de Janeiro dos anos 50 e 60.
“A Suprema Felicidade não tem gênero. Ele tem drama, comédia, amor etc. O filme se passa na transição dos anos 50 para 60, uma época forte, em especial no Rio de Janeiro. Era a mistura da depressão da década de 50 em contraponto à liberdade que aparecia fora de casa, no mesmo período que nasce a Bossa Nova”, conta Jabor.
O filme é poético, divertido, dramático, trágico, verdadeiro, mágico, musical, intenso e, acima de tudo, extremamente pessoal, como foram Eu Te Amo e Eu Sei Que Vou te Amar. Assim é A Suprema Felicidade. Um filme de Arnaldo Jabor. Um Jabor como você nunca viu. Um Jabor como você nunca leu. Um filme para deixar você mais feliz.
Primeiro cinema 3D da Aldeota
Shopping Pátio Dom Luís inaugurou nova sala exibidora com desenho "Meu Malvado Favorito"
A Aldeota ganhou mais uma área de cultura e entretenimento com a inauguração de duas salas de cinema no shopping Pátio Dom Luís . As salas Arcoplex Stadium apresentam tecnologias de última geração e formato que proporcionam total visibilidade. O filme que marcou a chegada do primeiro cinema 3D da região é a animação Meu Malvado Favorito.
Localizadas no segundo piso, as salas do grupo Arco-íris seguem o padrão Arcoplex, em formato de estádio com alturas diferentes entre as fileiras de poltronas. A sala 1 oferece capacidade para 120 pessoas e a 3D, para 160. Ambas utilizam tecnologias de alta geração em equipamentos de projeção, com telas gigantes e sistema de som Dolby Digital, que transmite maior emoção e sensibilidade aos efeitos sonoros dos filmes. Mais informações: 4011.5999.
A animação 3D "Meu malvado favorito" fez grande sucesso de bilheteria nos Estados Unidos e já tem continuação sendo planejada. Segundo o site /Film, o estúdio Illumination Entertainment estaria avaliando um novo roteiro para dar continuidade à história do vilão que tem planos de roubar a Lua.
No filme, Gru (Steve Carell) é um supervilão que duela com Vector (Jason Segel) para ter o posto de o mais malvado. Para vencer a disputa, ele decide roubar a Lua. Só que terá que enfrentar três órfãs, que estão sob os seus cuidados e não podem ser abandonadas.
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TOP DVD
Relações de amor e guerra
O ótimo drama “Entre irmãos”, com Jake Gyllenhaal e Tobey Maguire, chega às locadoras
“Entre irmãos” (Brothers, EUA 2009), refilmagem do filme dinamarquês de mesmo nome dirigido por Susanne Bier, é uma intrincada trama sobre a psicologia que move uma família. Um pai que fora omisso e opressor (Sam Shepard) e seus dois filhos que reagiram a isso de maneiras opostas. Tommy (Jake Gyllenhaal) enveredou pela vadiagem. Flertou com a marginalidade e acabou preso. Sam (Tobey Maguire) seguiu os passos do pai e tornou-se militar. O filme começa com Sam no Afeganistão que ao escrever uma carta para sua esposa (Natalie Portman) rememora os dias que antecederam sua partida para a guerra.
Nessa memória, somos apresentados a fissuras familiares que dão o tom das relações entre aqueles personagens. Desde o esforço de Sam para ser um pai atencioso, até o empenho de Tommy em confrontar todos da família.
Duas reviravoltas transformam o já atribulado cotidiano dessa família. A primeira delas é a notícia da morte de Sam em combate. E a segunda, que ocorre alguns meses depois, é a de que ele não estava morto. Sam voltaria para casa após ter sido resgatado das mãos de terroristas.
É aí que reside o grande trunfo do filme, que será lançado esta semana nas locadoras pela Imagem Filmes. Sam precisa se adaptar à vida em sociedade novamente. Algo extremamente difícil, mas que se torna ainda mais complicado quando ele percebe claramente que foi superado. Que as pessoas seguiram adiante. Que de memória carinhosa, sua presença avança à perturbação psicológica. Não é algo fácil de digerir. Na verdade, é uma situação que intensifica, e muito, o quadro de paranóia que impreterivelmente acomete veteranos de guerra.
O diretor Jim Sheridan e o roteirista David Benioff optaram por manter a estrutura do filme original. O que se configurou em um acerto. As ligeiras mudanças apenas servem a uma contextualização de tempo e espaço. No entanto, Sheridan, embora seja prolifero em tratar de dramas familiares pontuados por conflitos externos (Em nome do pai, Terra dos sonhos e Fique rico ou morra tentando), evita imprimir impressões pessoais ao filme. Seria oportuno e bem vindo, alguma sutileza da realização para distingui-lo de filmes que se desdobram sobre o mesmo tema. Até mesmo porque trata-se de uma refilmagem.
TELEVISÃO
Atrizes da nova série da Globo "As Cariocas" são paulistas e paranaenses>"A Noiva do Catete" Alinne Moraes: ela sofre pelo fato de o noivo ter ficado paraplégico depois de defendê-la num assalto
Dez mulheres serão "As Cariocas". Dez bairros do Rio de Janeiro estão nos títulos dos dez episódios. Quase todas as atrizes, curiosamente, não nasceram no Rio.
O elenco principal da série que a Globo programa para outubro tem quatro paulistas (Paola Oliveira, Angélica, Alessandra Negrini e Alinne Moraes), duas paranaenses (Grazi Massafera e Sonia Braga), uma capixaba (Fernanda Torres) e as cariocas Adriana Esteves, Cintia Rosa e Deborah Secco.
Com direção de Daniel Filho, cada uma delas será a protagonista de um dos dez episódios da série inspirada no livro homônimo de Sérgio Porto.
Na adaptação, três histórias foram usadas na íntegra para os capítulos. Os demais têm só inspiração em personagens do livro.
O clima lembra o de "A Vida como Ela É", a série dirigida também por Filho nos anos 1990: os episódios são independentes, mas unidos, por outro lado, pela linguagem que explora a cidade e os arquétipos femininos.
Há ainda um narrador (o próprio Daniel Filho) que conduz as tramas com "espírito carioca". Em dois meses de gravação, foram concebidos 140 cenários para cenas externas e internas.
"As Cariocas", aliás, saiu muito de dentro do Projac para usar a beleza (em alta) do Rio: 45% da série foi feita em locações pela cidade.
NOVELAS
Murilo Rosa será o encantador de cavalos em "Araguaia", próxima novela das seis da GloboMurilo Rosa viverá o domador de cavalos Solano na novela ‘Araguaia’, próxima novela das seis, com previsão de estreia para setembro.
Solano é um adestrador de cavalos experiente, um verdadeiro mestre na montaria e na doma, que parece entender a linguagem muda dos animais.
Não há garanhão indisciplinado que ele não consiga domesticar.
É filho de Fernando (Edson Celulari) e neto de Antoninha (Regina Duarte), mas foi criado pela avó postiça Mariquita (Laura Cardoso). Ao saber que sua avó biológica, Antoninha, está doente, segue para a região do Araguaia com o pai e Mariquita para conhecê-la. Ao chegar lá, se depara com um povo oprimido pela vilania do homem mais poderoso do local, o criador de gado Max (Lima Duarte). Muito honesto e justo, Solano mobiliza a população e inicia a construção de uma cidade com bases cooperativistas, irritando o fazendeiro.
Solano se apaixonará justamente pela filha desse perigoso oponente, Manuela (Milena Toscano), uma bela veterinária decidida, impetuosa e comprometida com o empresário Vitor Vilar (Thiago Fragoso). E um conflito de sentimentos atormentará este domador. Ele também viverá a culpa de se sentir atraído pela envolvente Estela (Cléo Pires), esposa de seu pai. O ator fala de sua inspiração para construir o personagem: “Um dos aspectos interessantes do Solano é que ele usa a doma racional na qual não há violência contra o animal. Para construí-lo, me inspirei no treinador e escritor americano Monty Roberts, criador desse método de doma sem violência . Além de um encantador de cavalos, ele é um homem com muito caráter, um herói romântico”, conta Murilo Rosa.
Além de Max e de amores complicados, Solano tem que enfrentar uma antiga maldição lançada sobre sua família há muitas gerações e que o transforma em um “homem marcado para morrer”.
Regina Duarte (em participação especial), Júlia Lemmertz, , Thiago Fragoso, Mariana Rios, Suzana Pires, Emílio Orciollo Netto, Raphael Viana, Thais Garayp, Raquel Villar, Nanda Lisboa, Cinara Leal, Nando Cunha, Eduardo Coutinho, Gésio Amadeo, Paula Pereira, Tânia Alves, Maria Joana Chiappetta, Aninha Lima, Ângelo Ântonio, Thiago Oliveira, Flávia Guedes, Yunes Chami e Turíbio Ruiz são alguns nomes da novela.
‘Araguaia’ é uma novela de Walther Negrão com direção de núcleo de Marcos Schechtman, direção geral de Marcos Schechtman e Marcelo Travesso e direção de Fred Mayrink, Luciano Sabino e Alexandre Klemperer.
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