segunda-feira, 2 de agosto de 2010

EXPOSIÇÃO


"Rio das Pedras" no Espaço Cultural Unifor

No dia 25 deste mês, a Unifor abre ao público a exposição Rio das Pedras, do artista Antônio Rabelo. Em sua arte, Rabelo procura traduzir uma parte em outra parte; transformar em joias as pedras, os espinhos de mandacaru ou o couro de bode. Na exposição, os visitantes poderão conferir o olhar atento e curioso do artista, cujos resultados são apresentados nas 75 peças de oito coleções: Sertão, Homem e Natureza, Sonho, Rio das Pedras, Cactus, Cristais, Majé e Rupestre.

A imaginação desse artista tem como uma das fontes de inspiração a sua terra natal, Quixeramobim, onde se concentra o centro de sua produção e de seu cotidiano, do qual não pensa se afastar. “É a paisagem daquele lugar, o rio de águas verdes e os arredores agrestes que alimentam o repertório de imagens do discurso elaborado em sua produção. Um discurso sobre a natureza, em que os sentidos apurados de um homem simples estão perfeitamente aptos a captar, em meio a uma profusão de seres e coisas, sob novas formas e molduras”, afirma a curadora da exposição, Fernanda Rocha.

Para ela, Rabelo faz de seu ofício um aprendizado constante, no qual o aprimoramento se dá a partir de diferentes fazeres e saberes: o artesanato em pedra-sabão, a fotografia, a serigrafia, a pintura, a escultura, o conserto de máquinas de escrever, o desenho. O acúmulo de vivências não acontece pela avidez frenética, mas na descoberta de novos horizontes em uma mirada em que o ritmo é ditado pelo desenrolar da vida. Como bom sertanejo, nada desperdiça em sua lida, sejam as brincadeiras de criança, a forma de um inseto ou de uma flor, as duras penas de ser adulto. Rabelo faz de suas atribulações oportunidades de redescobertas e recomeços, em um universo onde tudo se soma e se amplia.

Serviço:
Exposição Rio das Pedras
Abertura: 24 de agosto
Visitação: 25 de agosto a 3 de outubro
Local: Espaço Cultural Unifor Anexo – A visitação ao Espaço Cultural Unifor é gratuita. De terça a sexta, das 10h às 20h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h










Cinco coletivos artísticos de quatro estados apresentam exposição no IV BNB Agosto da Arte

Cinco grupos de artistas visuais de quatro estados brasileiros – Alto Constraste e Projeto Chã (ambos de São Paulo), Sinhá (do Rio Grande do Norte), Sola (Alagoas) e Selo Coletivo (Ceará) – se reúnem para realizar a exposição coletiva “TudoaoMesmoTempo...”, dentro da programação gratuita do IV BNB Agosto da Arte, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108).

A abertura da exposição coletiva acontecerá na próxima terça-feira, 17, às 18 horas, no salão do 3º andar do CCBNB-Fortaleza, prosseguindo até o dia 29 deste mês, nos seguintes horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 10h às 18h.

O objetivo da exposição é desenvolver uma produção artística fundamentada nas relações entre o espaço urbano e as artes visuais. É também apresentar trabalhos de cada um dos grupos (e dos cinco grupos juntos), efetivando a vinda a Fortaleza, de artistas de outras localidades e realidades brasileiras (no caso, São Paulo, Rio Grande do Norte e Alagoas) – para uma interação entre produções artísticas bem distintas, mas que partilham de experiências semelhantes no desenvolvimento da linguagem artística no tecido urbanístico.

A meta dos grupos é, ao mesmo tempo, contrapor e dialogar diferentes panoramas e reflexões sobre o que vem sendo produzido por artistas que se utilizam tanto do espaço da rua como dos circuitos institucionais de arte.



Oficina e intervenção urbana

Paralelamente à exposição, integrantes dos cinco grupos ministram, no CCBNB-Fortaleza, uma oficina de produção de lambe-lambe e stickers para aplicações e intervenções nas ruas centrais de Fortaleza.

Realizadas nos dias 13 e 14 (amanhã, sexta-feira, a partir das 10h; e sábado, a partir das 14h), a oficina apresentará aos alunos, no primeiro dia, o contexto técnico e teórico da produção em arte urbana e os principais grupos de artistas que desenvolvem pesquisas nessa linguagem.

Nesse primeiro momento, será iniciada, ainda, a produção de cartazes para serem utilizados na ação urbana a ser realizada no dia seguinte (sábado, 14), quando os alunos, juntamente com os artistas, irão às ruas do centro da cidade para aplicar as técnicas apresentadas durante a oficina.

Essa intervenção nas ruas propõe uma mudança visual no cotidiano das pessoas que interagem no centro da cidade. Os trabalhos serão colados em edificações abandonadas e muros decrépitos, em ruínas, procurando contrastar a arquitetura urbana e a arte contemporânea.



Relações entre artes visuais e espaço urbano

Nos últimos 20 anos, as relações entre artes visuais e sua inserção no espaço urbano se apresentaram com mais ênfase, pelo surgimento de coletivos artísticos, publicações de críticos e historiadores da arte. O mote é a discussão do vínculo da produção de uma linguagem artística que se apropria da cidade – entrecortando o cotidiano com intervenções urbanas.

As ações propostas no projeto – que abrange a exposição, a oficina e a intervenção urbana – têm a intenção de alcançar públicos distintos: o público habitual de um espaço institucional como o CCBNB-Fortaleza terá contato com as linguagens utilizadas no processo de intervenção que ocorre nas ruas; a ação que acontecerá nas ruas da cidade se propõe a “colorir” prédios deteriorados que raramente são percebidos pelos habitantes da cidade.

Para tanto, essa ação será realizada com a utilização de cartazes. Os lambe-lambes são cartazes oriundos da comunicação de massa que divulgam shows, “trazem a pessoa amada”, ocupam os muros das mais populosas cidades e que foram absorvidos por uma geração de artistas urbanos contemporâneos.

Dessa absorção, surgem cartazes, a partir de materiais simples e muitas vezes descartados. Ora feitos em papel jornal, ora impressos em grandes dimensões. A oficina será direcionada para o públicoque possui algum interesse em ter contato com as técnicas e linguagens utilizadas na arte urbana.







ÚLTIMA SEMANA PARA CONHECER A EXPOSIÇÃO ‘JABULANI’ NO MOANA GASTRONOMIA & ARTE

Até o próximo dia 15 de agosto o Moana Gastronomia & Arte recebe a exposição de fotografias do cearense Gentil Barreira, com curadoria de Cacau Brasil. Intitulada “Jabulani”, que no idioma africano sirizulu quer dizer "celebração", a mostra conta com 22 fotos, mesclando trabalhos já conhecidos e inéditos, com técnicas e abordagens diferenciadas, do clássico ao contemporâneo, seguindo a temática do futebol.

Para homenagear este sentimento brasileiro pelo futebol, Gentil vai levar ao Moana imagens de crianças jogando na praia, obtidas a partir de uma interferência ao fotografar, que se assemelha a imagem de uma pintura a óleo. A regionalidade do sanfoneiro e sua relação de devoção aos antigos craques da bola também aparece em “Jabulani”, bem como o olhar do artista sobre a África do Sul, país sede da Copa do Mundo de 2010.

Pioneiro na fotografia digital profissional publicitária em Fortaleza, Gentil Barreira é conhecido por desenvolver estudos com luz e movimento, que permitem que o público interaja com a fotografia. O artista atua em diversos segmentos fotográficos como moda, arquitetura, portraits, e ainda retrata a patrimônio natural e a cultura brasileira. Suas obras estão registradas em livros, exposições e museus em diversas cidades do Brasil e do mundo.

O Moana Gastronomia & Arte oferece também uma escalação de saborosas opções gastronômicas, além de uma carta de vinhos e espumantes com mais de 97 rótulos, de diversos países. Aberto diariamente das 6 horas até 1 hora da manhã, a casa conta com horários especiais de visitação sem consumo. Além do almoço e jantar (a la carte), o Moana ainda oferece café da manhã, em serviço de bufê.

Serviço
Moana Gastronomia & Arte
Avenida Beira Mar, 4260 – no Golden Flat Fortaleza
Mais informações: (85) 3263.4887
* Restaurante (buffet de café da manhã, além de almoço e jantar a la carte). Funciona das 6h às 1h.
* Galeria (visitação sem consumo). Funciona das 9h às 11h e das 14h às 19h. Entrada grátis.






Artista plástico José Patrício mostra como matemática organiza e até dirige a vida contemporânea


O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) abrirá na próxima terça-feira, 10, às 19 horas, a exposição individual “O Número”, do artista pernambucano José Patrício, com curadoria de Paulo Herkenhoff. Com entrada franca, a mostra fica em cartaz até 30 de setembro deste ano (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 10h às 18h).

José Patrício, um artista do Número (texto do curador Paulo Herkenhoff)

José Patrício é um artista do Número. Com jogos de dominó e dados, quebra-cabeças ou grandes quantidades de objetos, como botões e contas de colar, ele cria sua linguagem do número. No entanto, é necessário olhar mais adiante. Estamos diante de jogos, de regras, códigos, quantidades, formas, sólidos geométricos, o zero e o ilimitado. A matemática organiza e até dirige a vida contemporânea. Na sociedade moderna, tudo é número: os cálculos de nossa vida, movimentos da sociedade são medidos (como a opinião), na política (o voto), sem falarmos da economia (a produção, o acúmulo etc.) e da ciência.

Esta exposição nos lança algumas questões: em termos da filosofia, qual a relação do número com a verdade? Os números mentem ou são os homens que mentem através da manipulação dos números?

Qual a relação, nos dominós, entre cor e número? Isso é pintura, quando a cor e o número formam um discurso se tornam signo da comunicação? Uma coleção de botões azuis e outra de botões vermelhos se referem ao Pastoril: como a cor pode ser um símbolo? Como percebemos o mundo através de nossos sentidos? Um trabalho com 46.872 pregos nos faz pensar no som ou nos convida ao toque? Como percebemos dominós em algumas obras se ali não existe qualquer pedra de dominó?

O que é o acaso e o controle em nossa experiência cotidiana, o que são jogos com números? O que é o caos dos números? O número nos oferece estabilidade? Quando colecionamos alguma coisa, esse movimento de juntar tem fim? Mesmo que a quantidade de uma coisa tenha fim, o número é infinito? Como experimentamos a ideia de infinitude em nossa existência? Seria isso uma relação com a vida e a morte?

Seria eu o Um, o Outro o Dois e mais um Outro o Três? O que isso significa na vivência do sujeito da linguagem? Onde está o Zero nesses jogos? O que é o Zero? É a ausência? A falta? Vivemos, como seres humanos, sempre uma ideia de falta? Seria a falta o que nos levou a construir a linguagem? É o que nos leva ao Outro? Seria a falta o próprio eu de cada um de nós? Em suma, entregar-se à obra de José Patrício é um convite ao jogo entre o olhar, a sensibilidade e a inteligência.



Breve currículo do artista José Patrício

José Patrício nasceu no Recife, Pernambuco, em 1960. Estudou na Escolinha de Arte do Recife, entre 1976 e 1980, sob a orientação da gravadora Thereza Carmen Diniz. Em 1978 ingressou no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), graduando-se em 1982.

No início da década de 80, orientado pelo gravador José de Barros, freqüentou o ateliê livre de gravura em metal do Centro de Artes da UFPE. Em 1983 realizou, em Olinda, na Oficina Guaianases de Gravura, sua primeira exposição individual. Nesta oficina, foi diretor artístico entre 1986 e 1987.

No 38o Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, realizado em 1985, recebeu prêmio aquisitivo e o prêmio de artista mais promissor. Em 1986 expôs no Rio de Janeiro, na Galeria Espaço Alternativo, da Funarte. Recebeu prêmios aquisitivos nos 11o e 12o Salões Nacionais de Artes Plásticas, realizados em 1989 e 1991.

Em 1990, no Recife, realizou exposição individual na galeria Pasárgada Arte Contemporânea. Entre 1994 e 1995 viveu em Paris, onde estagiou no Atelier de Restauration d’Art Graphique do Musée Carnavalet. Participou, em 1994, da 22a Bienal Internacional de São Paulo. Em 1999 recebeu prêmio aquisitivo no VI Salão da Bahia. Participou da III Bienal do Mercosul em 2001 e da 8a Bienal de Havana em 2003. Vive no Recife.





Mostra internacional “De Picasso a Gary Hill” está a
berta no Centro Dragão do Mar

A esperada exposição internacional “De Picasso a Gary Hill” está aberta no Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar.

A mostra é uma rara oportunidade para o público conhecer trabalhos de artistas referenciais do século XX.

Com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, a mostra reflete sobre o modernismo, retirando do foco as produções de influência Dada e os artistas do movimento Pop.


“Creditamos a eles a posição de precursores das manifestações envoltas na denominação genérica e não definitiva de ‘arte contemporânea’, embora tenhamos consciência que estas manifestações surgem no próprio bojo da modernidade”, explicam.


Segundo os curadores, a exposição abarca desde o marcante movimento que inicia a relativização do olhar e da percepção que foi o cubismo picassiano, surgido no início do século XX, até a absorção pelo mundo das artes das linguagens eletrônicas tão bem representadas pela obra de Gary Hill. “Estabelecidos os pólos, o resto foi determinar os meridianos dessa cartografia imaginária que era construir um “mapa” da arte ocidental moderna”, completam.

A partir daí a curadoria recorreu à formação de grupos de tendências sem, contudo, seguir as categorias tradicionais da história da arte.

Para completar a mostra ainda foram incluídos quatro artistas latino-americanos: o uruguaio Arden Quin, artista criador do movimento MADI: os brasileiros Aldemir Martins, Antonio Bandeira e Letícia Parente, esta última precursora da videoarte no Brasil.

A mostra está dividida em sete grupos sem limites de fronteira e preocupação cronológica, desta forma definidos pela curadoria:

“Pablo Picasso, Henri Matisse, Torres-Garcia, Antonio Saura, Paul Klee, Julio Gonzales, Cristina Iglesias e Aldemir Martins foram reunidos pelo expressivo figurativismo das suas obras; Marc Chagal, Salvador Dali e Joan Miró, embora também figurativos suas obras enveredam pelos universos de influência fantástica; Jean Arp, Antonio Bandeira, Alexander Calder, José Sanleón e Juan Uslé estão reunidos pelo lirismo de certo modo lúdico de suas composições; Arden Quin, Adolph Gottlieb, Alberto Bañuelos e Tony Smith estão num campo de convergência de idéias construtivas; Cristina Iglesias, Miguel Navarro, Richard Serra e Antoni Tápies têm as suas obras marcadas pela matéria com que são realizadas.

Os artistas destes grupos, mesmo situando-se num horizonte que vai da figuração à abstração radical, contêm em suas produções sinais que permitem a compreensão das diversas faces adquiridas pelo modernismo no século XX, em sua plena maturidade. Mas o modernismo do século XX também trás em seu bojo o vírus do seu próprio fim. E isso é possível perceber nas produções de Magdalena Abakanowicz, Christian Boltanski e Allan McCollum, que têm a sua carga poética mais ligada ao conceito que a forma e rompendo a configuração das obras em si, expandem-se e incorporando a plenitude do espaço expositivo; e em Peter Fischli/ David Weiss, Bruce Nauman, Letícia Parente, Antoni Muntadas, Robert Smithson e Garry Hill, pelo uso dos meios tecnológicos em suas linguagens expressivas volatizam e virtualizam as obras”.

Serviço:
De Picasso a Garry Hill
Visitação do público, de 13 de julho a 29 de agosto.
Em julho, das 14h às 21h (acesso até 20h30)
Em agosto, das 9h às 19h (acesso até 18h30)





TV DIVIRTA-CE

Faça uma visita ao Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar, na exposição "De Picasso a Gary Hill", através da TV DIVIRTA-CE. Clique nos vídeos abaixo:










DIVIRTA-CE COBERTURAS

Confira fotos da vernissage

Fotos de Felipe Muniz Palhano




















































Vik Muniz até 8 de agosto na Unifor


O artista plástico brasileiro, sucesso internacional, revela a sua singularidade em 141 obras que traçam uma retrospectiva do seu trabalho

A Universidade de Fortaleza oferece ao público cearense a Exposição do artista plástico e fotógrafo Vik Muniz, que estará em cartaz no Espaço Cultural Unifor a partir do dia 16 de abril, que contará com 141 obras do artista. Há 25 anos radicado em Nova Iorque, o paulistano ganhou projeção no cenário artístico internacional com fotografias de trabalhos realizados a partir de técnicas variadas e materiais quase sempre inusitados.

Marca Registrada- Vik Muniz imprime sua marca ao lidar com a memória, a ilusão e, sobretudo, o humor, apoiado no uso de materiais pouco convencionais. “Sempre levei o humor muito a sério.” Ele não apenas registra a sua versão do mundo, como o recria. Antes de seu olhar como fotógrafo captar o que se tornará o produto final de sua obra, cria um verdadeiro teatro, com cenas, retratos, objetos e imagens, alguns em escala gigantesca, usando elementos tão diversos como papel picado, sucata, molhos e algodão, em processos de construção que podem levar semanas ou até meses. Dessa forma surgiram algumas das obras como a Mona Lisa de geléia e pasta de amendoim; o soldado composto por inúmeros soldadinhos de brinquedo; a Medusa de macarrão e molho marinara; o Saturno devorando um de seus filhos, de Goya, refeito com sucata; e retratos das atrizes Elizabeth Taylor e Monica Vitti compostos por centenas de pequenos diamantes, todos presentes na mostra.

Vik Muniz- O artista nasceu no centro de São Paulo, em 1961. Filho único de um garçom e uma telefonista, passou parte de sua infância morando na periferia da cidade. Trabalhou em vários empregos, entre eles uma agencia de anúncios que despertou nele o poder de persuasão e a possibilidade de manipulação. Na década de 80 um acidente foi decisivo para a mudança de sua vida. Vik Muniz acabou sendo baleado na perna quando presenciou um briga entre dois homens. Para evitar uma queixa policial o atirador o ofereceu uma razoável quantia em dinheiro, fato que possibilitou sua ida para os Estados Unidos. Vik passou dois anos em Chicago com os familiares e em 1986 mudou-se para Nova York, lugar onde acabou naturalizando-se norte - americano. Em 1989 realizou a sua primeira mostra, onde expôs esculturas denominadas Relíquias – Objets Trouvés fabricados ou falsas descobertas arqueológicas, como a Máquina de Café Pré- colombiana. Os trabalhos do artista já evidenciavam a sua arte bem humorada que marca sua trajetória.

Fotógrafo por acaso - O artista começou a sua carreira como escultor e tornou-se fotógrafo à medida que fotografava suas peças para documentá-las. Através da fotografia, Vik Muniz conseguia encontrar o ângulo perfeito, a iluminação perfeita e a exposição perfeita para capturar o efeito que havia imaginado quando começou a produzir a escultura. A partir desse momento a fotografia se torna mais interessante do que a escultura propriamente dita.

Reconhecimento - Vik Muniz foi descoberto pelo crítico de arte do jornal The New York Times, Charles Haggan, nos anos 90. em 2001, foi escolhido como representante do Brasil na Bienal de Veneza. Já em 2005, escreveu o livro Reflex: A Vik Muniz Primer. Recentemente Vik foi convidado para ser o primeiro brasileiro a participar como curador na nona versão Artist´s Choice (2008- 2009), um projeto criado pelo museu de Arte Moderna de Nova York. Atualmente, a originalidade da sua obra o estabeleceu como um dos criadores mais respeitados da arte contemporânea, presente em acervos dos principais museus do mundo.

Exposição Vik Muniz
Abertura: 15 de abril
Visitação: 16 de abril a 8 de agosto
Local: Espaço Cultural Unifor
A visitação ao Espaço Cultural Unifor é gratuita. De terça a sexta, das 10h às 20h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h.








GENTIL BARREIRA, FUTEBOL E ARTE

Em clima de Copa do Mundo, o Moana Gastronomia & Arte recebe a exposição de fotografias do cearense Gentil Barreira, com curadoria de Cacau Brasil. Intitulada “Jabulani”, que no idioma africano sirizulu quer dizer "celebração", a mostra contará com 18 fotos, mesclando trabalhos já conhecidos e inéditos, com técnicas e abordagens diferenciadas, do clássico ao contemporâneo, seguindo a temática do futebol.

Para homenagear este sentimento brasileiro pelo futebol, Gentil vai levar ao Moana imagens de crianças jogando na praia, obtidas a partir de uma interferência ao fotografar, que se assemelha a imagem de uma pintura a óleo. A regionalidade do sanfoneiro e sua relação de devoção aos antigos craques da bola também aparece em “Jabulani”, bem como o olhar do artista sobre a África do Sul, país sede da Copa do Mundo de 2010.

Pioneiro na fotografia digital profissional publicitária em Fortaleza, Gentil Barreira é conhecido por desenvolver estudos com luz e movimento, que permitem que o público interaja com a fotografia. O artista atua em diversos segmentos fotográficos como moda, arquitetura, portraits, e ainda retrata a patrimônio natural e a cultura brasileira. Suas obras estão registradas livros, exposições e museus em diversas cidades do Brasil e do mundo.

O Moana Gastronomia & Arte oferece também uma escalação de saborosas opções gastronômicas, além de uma carta de vinhos e espumantes com mais de 97 rótulos, de diversos países. Aberto diariamente das 6 horas até 1 hora da manhã, a casa conta com horários especiais de visitação sem consumo. Além do almoço e jantar (a la carte), o Moana ainda oferece café da manhã, em serviço de bufê.

Serviço
Moana Gastronomia & Arte
Avenida Beira Mar, 4260 – no Golden Flat Fortaleza
Mais informações: (85) 3263.4887
* Restaurante (buffet de café da manhã, além de almoço e jantar a la carte). Funciona das 6h às 1h.
* Galeria (visitação sem consumo). Funciona das 9h às 11h e das 14h às 19h. Entrada grátis.

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