quarta-feira, 1 de outubro de 2008

TOP DVD - NAS LOCADORAS

'O Incrível Hulk' satisfaz fãs, mas deixa a desejar

Depois dos grandes comentários gerados em torno de Homem de Ferro e com as expectativas realçadas em relação a uma seqüência do primeiro filme de Hulk da nova geração, lançado em 2003, era natural que O Incrível Hulk, de Louis Leterrier, fosse um dos filmes mais comentados do ano. As impressões mudam quando estamos falando deste projeto: a nova empreitada deixa a desejar, mas ainda assim agrada os fãs mais eufóricos.
Em primeiro lugar, O Incrível Hulk supera o filme de 2003, dirigido por Ang Lee, mais por abusar das cenas de ação - explosivas e caprichadas - e por trazer referências que vão deixar os fãs dos quadrinhos da Marvel extasiados.
A iniciativa só aconteceu porque, assim como Homem de Ferro, O Incrível Hulk foi inteiramente produzido pela Marvel Studios, nascida da própria editora de quadrinhos norte-americana, que resolveu investir alguns milhões em produções independentes de seus heróis.
No cinema, isso é vantajoso porque a partir deste momento, encontros de personagens clássicos podem acontecer sem qualquer conflito de direitos autorais. Num futuro próximo, pode ser que muitos filmes realmente atraentes e infinitamente vendáveis, protagonizado por vários heróis diferentes e sem qualquer relação, comecem a invadir as salas.
O exemplo mais claro desta nova era dos heróis da Marvel está no próprio O Incrível Hulk. Tony Stark (Robert Downey Jr.), o alter-ego do Homem de Ferro - que teve seu filme lançado em maio -, faz uma rápida participação no longa-metragem. Isso acontece porque nos quadrinhos, Stark é um dos responsáveis por banir Hulk do planeta Terra. Há ainda outras referências ao longo da exibição.
Na trama, Bruce Banner (Edward Norton) mudou-se para o Brasil (em cenas rodadas em uma favela do Rio de Janeiro), tentando fugir do General Ross, que pretende usar seu DNA para criar outros monstros geneticamente modificados, como ele. Para quem não sabe, toda vez que Bruce se irrita, se transforma em um enorme troglodita verde, que sai espalhando a discórdia e destruindo tudo o que vê pela frente.

Buscando uma vida normal, Bruce começa a trabalhar em uma fábrica e se comunica por computador com um médico que pretende ajudá-lo com sua anomalia. Os problemas retornam quando um acidente na fábrica permite que General Ross possa localizá-lo e Bruce não tem outra alternativa a não ser voltar para os Estados Unidos, onde reencontra o amor de sua vida, Betty Ross (Liv Tyler) e tenta resolver seus conflitos, controlando o monstro que existe dentro de si.
O que se segue aí são seqüências de ação que chegam a impressionar, mas no quesito roteiro e desenvolvimento, ainda oferecem muito pouco, se comparados a outros filmes de destaque, como o primeiro Homem-Aranha, Batman Begins ou a trilogia X-Men.
Para os brasileiros, o filme ainda traz um 'plus'. Observe as cenas rodadas na favela carioca Tavares Bastos e veja que os atores que participam dos takes tiveram suas vozes dubladas em português, deixando os diálogos, no mínimo, esquisitos. A confusão aconteceu porque o diretor preferiu utilizar um elenco americano, que falava um português quase americanizado.
Previsível como as histórias em quadrinhos, a boa notícia é que, como já foi ressaltado, os próximos filmes da Marvel Studios poderão mostrar muito desta nova 'potência cinematográfica', com inúmeras variáveis. Até lá, O Incrível Hulk não será nada além de uma diversão descompromissada. *** 3 ESTRELAS / BOM



Comédia leve e despretensiosa
Lançamento da Universal, “Ressaca de Amor” é uma comédia despretensiosa inédita nos cinemas que acaba de chegar nas locadoras brasileiras. Na história, o esforçado músico Peter Bretter (Jason Segel) não consegue esquecer sua namorada, Sarah Marshall (Kristen Bell), estrela da TV que ele namorou por seis anos e que lhe deu um pé na bunda. Peter tenta cair na farra e vencer profissionalmente, mas percebe que sem Sarah sua vida pode ter chegado ao fim. *** 3 ESTRELAS / BOM

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