domingo, 5 de outubro de 2008

CIÊNCIA - COMPORTAMENTO


Câncer mata mais rápido no Brasil, diz estudo

O câncer mata mais rápido no Brasil do que em países desenvolvidos, afirma pesquisa britânica inédita. O baixo número de brasileiros que sobrevivem por pelo menos cinco anos após o diagnóstico colocou o país nas últimas posições do ranking de sobrevida de quatro tipos de câncer.

Coordenada pelo epidemiologista britânico Michel Coleman, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, a pesquisa analisou dados sobre tumores de mama, próstata, cólon e reto diagnosticados entre 1990 e 1995 em 1,9 milhão de pessoas de 31 países.

Inédito pela abrangência, o estudo mostrou que regiões de alto grau de desenvolvimento, como Estados Unidos, Canadá, Japão e Europa Ocidental têm taxas de sobrevida bem superiores às verificadas no Leste Europeu, no Brasil e na Argélia (único representante africano, que apresentou as piores taxas em todos os tipos de câncer).

Cuba, que ao lado do Brasil é o único latino-americano no estudo, foi a exceção. Seu bom desempenho, porém, pode estar superestimado devido a problemas com a qualidade dos dados fornecidos, diz Coleman.

No caso do câncer de mama, a taxa de sobrevida variou de 38,8% a 84% nos diferentes países. O Brasil ficou na 29ª posição, com 58,4%. A variação também foi bastante ampla no câncer de próstata (de 21,4% a 91,9%), cólon (de 30,6% a 61,4% entre as mulheres e de 11,4% a 63% entre homens) e reto (de 18,2% a 63,9% entre as mulheres e de 25,9% a 59,2% entre os homens). Em quase todos os casos, o Brasil está entre os dez últimos colocados.

Para o diretor-geral do Inca (Instituto Nacional do Câncer), porém, o desempenho brasileiro não é tão ruim. "A pesquisa compara o Brasil basicamente com países de alto desenvolvimento", diz Luiz Santini.

Outro ponto que pode ter prejudicado o desempenho do país é a precariedade de informações sobre os casos da doença. Segundo Sergio Koifman, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, que participou do estudo, no caso brasileiro foram utilizados dados de apenas 1.723 pacientes das cidades de Campinas e Goiânia, as duas únicas que mantinham registros da doença dentro dos padrões necessários para a comparabilidade internacional.

Ele diz, porém, que o mau desempenho não pode ser atribuído apenas à questão dos dados. "O Brasil enfrenta problemas de diagnóstico tardio que diminuem muito a sobrevida."

Para Célia Tosello, responsável pela oncologia clínica do IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer), a demora para o diagnóstico está ligada à questão cultural e à falta de preparo de profissionais.

"Infelizmente, grande parte da população não dá a devida atenção à saúde. Muitos preferem se automedicar", diz.
Gulnar Azevedo, do IMS (Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), destaca ainda que a sobrevida no Brasil também é prejudicada pelo intervalo entre diagnóstico e tratamento. "Muitos são diagnosticados no início da doença, mas precisam esperar na fila."

Todos dizem acreditar que o desempenho brasileiro vá melhorar na próxima pesquisa, com casos diagnosticados entre 1995 e 2005. Além da incorporação dos registros de outras cidades, devem pesar as melhorias recentes no acesso ao diagnóstico e ao tratamento.


A verdade sobre o mel

Muitas pessoas acreditam que o mel gerado pelas abelhas possui propriedades como cicatrizante e tem capacidade de contribuir na cura de doenças respiratórias. Mas ainda existem alguns mitos sobre o “mel”, que ainda possui algumas características e processos desconhecidos. Para melhor compreender e esclarecer estes mitos, a Dra. Samantha Christie Enande, nutróloga da Clínica da Dra. Valéria Marcondes, fala um pouco mais sobre este ingrediente.



Nunca se deve dar mel às crianças com menos de um ano, já que elas não possuem anticorpos contra a perigosa bactéria Clostridium botulinum, que pode causar o tão temido botulismo, doença que provoca paralisia muscular. “As bactérias necessárias para proteger o organismo aparecem após o primeiro ano de idade e são essenciais para preservar a saúde”, explica Dra. Samantha.



Pessoas com mais de um ano de idade podem degustar o mel sem contra-indicações. O mel é considerado benéfico à saúde pois possui carboidratos e energia. Mas atenção! Isso não quer dizer que o mel cura, mas ajuda a lubrificar as vias respiratórias.





Pesquisa inédita do IBOPE Mídia revela como é o “Consumidor do Século XXI”


Estudo detectou que os brasileiros estão consumindo mais e que as mulheres são as que mais fazem compras


O IBOPE Mídia apresenta nesta terça-feira (7/10) um estudo inédito que analisa os paradoxos do consumo sob inúmeros aspectos, desde o potencial do mercado latino-americano até as peculiaridades de escolha e o comportamento da população das mais importantes regiões metropolitanas do Brasil. A pesquisa será apresentada ao público durante o evento MaxiMídia 2008, que acontece em São Paulo de 7 a 9 de outubro.

Para compor este estudo, o IBOPE Mídia realizou uma pesquisa especial com 3.400 pessoas acima de 18 anos, em todo o Brasil. A fim de obter um retrato ainda mais completo do comportamento do consumidor contemporâneo, o IBOPE Mídia também utilizou dados do Target Group Index – estudo regular que ouve mais de 18 mil pessoas nas 11 principais regiões metropolitanas do Brasil (Belo Horizonte, Curitiba, Distrito Federal, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo) e é atualizado a cada seis meses.

O brasileiro destaca-se em relação aos consumidores de outros países da América Latina. No Brasil, 67% da população foi as compras[1] nos últimos 30 dias, ficando atrás apenas de Peru (69%) e México (68%). A Argentina é o país que aparece com o menor índice da região: apenas 40% de seus habitantes afirmaram terem saído às compras no ultimo mês.

Um dos principais traços observados na análise do consumidor é a importância de vincular sua identidade às compras realizadas, ou seja, o consumidor busca mais informações e experiências sobre aquela determinada marca ou produto para só, a partir daí, realizar sua escolha. A imagem da marca e o valor agregado por ela também são importantes influenciadores.


CONSUMIDOR DO SÉCULO XXI NO BRASIL


Nos últimos quatro anos, o hábito de ir às compras no Brasil cresceu aproximadamente 12%. Em 2002, os brasileiros que iam às compras com freqüência mínima de 30 dias somavam 60% da população. Atualmente, este montante chega a 67%, ou seja, 35 milhões de brasileiros saem às compras periodicamente.

As pessoas entre 25 e 34 anos se destacam no hábito de fazer compras. Quando a população é segmentada por sexo, as mulheres vão mais as compras dos que os homens com 71% contra 63%, comprovando a tese de que o “sexo frágil” adora comprar.

Nas classes socioeconômicas, a diferença acompanha a tendência do potencial de consumo - 77% das pessoas das classes AB realizaram compras recentemente, seguidas das classes C e DE (65% e 55% respectivamente). O recorte regional da pesquisa mostra que a cidade de Belo Horizonte (MG) é onde mais as pessoas fazem compras (71%) e Fortaleza aparece como a cidade brasileira com a menor incidência de compras no período dos últimos 30 dias (63%).


COMPORTAMENTO “VERDE” E CONSCIENTE

Há uma tendência favorável aos assuntos relacionados ao meio ambiente e o Brasil destaca-se quando comparado com os demais países da América Latina. Quando perguntados sobre a importância da reciclagem, 89% dos consumidores brasileiros responderam que consideram reciclar um dever de todos e 71% dos brasileiros[2] afirmaram estarem dispostos a pagarem mais por um produto que seja saudável para o meio ambiente - 63% ainda disseram estarem dispostos a mudarem seu estilo de vida para beneficiarem o meio ambiente. Ainda assim, na contramão deste traço marcante do consumidor brasileiro do século XXI, 36% dos indivíduos disseram achar que atualmente a preocupação com o meio ambiente é excessiva.

Quanto aos valores desses consumidores em relação ao tempo e ao trabalho, percebe-se que eles estão ainda mais preocupados com a realização profissional e, consequentemente, com a remuneração - 44% deles afirmam que o dinheiro é a melhor medida de sucesso. Cerca de 70% disseram que não trabalhariam menos, caso isso significasse redução no salário. Ainda assim, 56% concordam que a forma como gastam seu tempo é mais importante do que o dinheiro que ganham.

No que diz respeito aos aspectos psíquicos de influência na hora da compra, os Consumidores do Século XXI demonstram personalidade forte e primam pela diferenciação dos demais. Apenas um terço afirmou a importância de estar em dia com a moda e estilo e mais da metade discordou que use marcas conhecidas para se sentir incluído no seu grupo de amigos. O estudo também revelou que as celebridades têm pouca influência na decisão de compra, atingindo menos de 15% da população de modo a fazer o comprador mudar de idéia. O brasileiro também mostrou que é um consumidor fiel as suas marcas de confiança: 72%.

“A experiência individual do consumo e qualidade são fundamentais. Ele conhece e exige seus direitos. O que realmente diferencia este consumidor é a sua atitude”, afirma Juliana Sawaia, gerente de marketing do IBOPE Mídia e uma das responsáveis pelo estudo.



PRINCIPAIS INFLUENCIADORES

O consumidor é impactado pelo Circulo de Influências que é composto por: mídia, ponto-de-venda e relacionamento. Dentre as principais fontes de informação na decisão de compra, as mais citadas pelos consumidores brasileiros são: experiência anterior e opinião da família.

As ações posicionadas em pontos-de-venda (PDV) também aparecem como um fator importante e muitas vezes decisivo na hora da compra, principalmente no que se refere a roupas (38%), alimentos (36%) e celulares (35%).

A busca pela informação, como dito anteriormente, é fundamental para o Consumidor do Século XXI. Metade dos consumidores afirma estar apto a fornecer muitas informações sobre algum tipo de produto e outros 34% dizem que conversam bastante com muitas pessoas diferentes sobre produtos de interesse antes de efetuarem a compra - 34% concordaram que é bastante provável que consigam convencer outras pessoas a respeito de determinados produtos com suas opiniões.

“Percebemos que o Consumidor do Século XXI é pouco influenciável, mais responsável e consciente dos seus gastos, além de muito mais exigente em relação à qualidade dos produtos e marcas que consome e, se não está satisfeito, vai atrás dos seus direitos”, afirma Dora Câmara, diretora comercial do IBOPE Mídia.

Para obter o estudo “Consumidor do Século XXI” na íntegra, inclusive com os recortes regionais das principais regiões metropolitanas do país, acesse:

www.ibope.com/consumidor.

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