domingo, 6 de dezembro de 2009

CRÔNICAS - ARTIGOS

Artigo: Planeje sua carreira para 2010 ainda esse ano

* Renato Grinberg

Sabemos que as empresas aproveitam o final do ano para realizarem o balanço fiscal. Por isso, aproveito a oportunidade e faço a seguinte provocação aos profissionais: que tal fazer um balanço da carreira? Nesse sentido, pontos como sua posição dentro do organograma da empresa e atividades exercidas no cotidiano devem ser avaliadas.

Conhecer o cenário atual de sua carreira é o primeiro passo para um bom planejamento de 2010. Levante os pontos que lhe agradam e os que lhe desmotivam. Desse modo, a tarefa de traçar os objetivos a serem alcançados será mais fácil. Para obter resultados expressivos, trabalhe na elaboração de metas tangíveis e as escreva como forma de concretizar suas idéias. Alguns estudos comprovam que esse ato aumenta nossas chances de realização.

Com o panorama geral do seu desenvolvimento profissional em mãos, chega a hora de definir as estratégias e os caminhos que irá percorrer para alcançar suas metas. Entre as ações mais freqüentes estão o ingresso em cursos de idioma, viagens de intercâmbio e volta aos estudos.

Para uma nova visão de como se preparar para o crescimento profissional, precisamos assumir a postura de gestores quando pensamos em nossas carreiras. Imagine-se na posição de um verdadeiro Headhunter e veja o que deve ser acrescentado ao currículo para que possa ocupar a vaga dos seus sonhos. Depois disso, inverta os papéis e pense que está conversando com o especialista em recrutamento para a seguinte tarefa: descrever as habilidades listadas no currículo de maneira segura e convincente.

Por último, faça um estudo sobre os fatores externos que irão impactar a sua carreira em 2010, como o desenvolvimento econômico esperado e as projeções da área em que deseja atuar. Essa etapa do planejamento é importante para que você tenha condições de alinhar aquilo que julga necessário fazer com aquilo que o mercado espera.

Os períodos finais de um ciclo podem ser encarados como aqueles que antecedem uma nova fase. Por isso, ao invés de deixar para pensar nas decisões que irá tomar em 2010 somente em janeiro, aproveite os últimos dias desse ano e trace os caminhos que irão fazer a sua carreira decolar durante os próximos 12 meses.

Renato Grinberg é diretor Geral do portal de empregos Trabalhando.com.br e especialista em carreiras e mercado de trabalho. Grinberg desenvolveu sólida carreira internacional, tendo trabalhado em empresas como a Sony Pictures e a Warner Bros., nos EUA. Na Warner, foi selecionado para um programa de desenvolvimento de executivos onde apenas quatro profissionais eram selecionados por ano entre centenas de candidatos vindos dos mais prestigiados MBAs americanos. Concluiu seu MBA na University of Southern California – Marshall School of Business, é pós-graduado em Marketing pela University of California - Los Angeles e formado em música e filosofia pela FAAM.








Os casais homoafetivos e os tratamentos de reprodução

"Os pedidos mais freqüentes não são permitidos pelas normas éticas para a utilização das Técnicas de Reprodução Assistida"

Tratamento em clínicas especializadas em reprodução humana é uma alternativa cada vez mais freqüente para casais homoafetivos que desejam ter filhos e não tem interesse na adoção. Arnaldo Cambiaghi, médico especialista do Centro de Reprodução Humana do IPGO - Instituto Paulista de Ginecologia, Obstetrícia explica que estes casais merecem uma atenção especial, já que não podemos esquecer que as pessoas e os princípios éticos se adaptam aos costumes de cada época e que, nestes casos, deve ser considerada tanto a ética social (determinada pela sociedade), como a médica.

O aumento destes casais nas clínicas especializadas mostra que os profissionais envolvidos devem estar preparados para receber este público. Cambiaghi alerta que o processo é mais desgastante para os homoafetivos, pois além de encararem as dificuldades comuns e já esperadas do tratamento, enfrentam o preconceito. "A sensação discriminatória pode ser sutil ou evidente. Entretanto, com o aumento destes atendimentos nos consultórios e com a demonstração mais corriqueira e notória destes relacionamentos, tanto na vida real como na ficção, estes conflitos, que eram muito mais acentuados no passado, estão diminuindo", complementa.

Cambiaghi explica que a ética médica restringe os atos àquilo que o CFM - Conselho Federal de Medicina determina ser certo ou errado e obriga os profissionais da saúde a seguirem rigorosamente as normas por eles fixadas, evitando alguns dos exageros pedidos por estes casais.

O médico numera os pedidos mais freqüentes e não permitidos pelas normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida para assim esclarecer as principais dúvidas deste público:


1. Ter óvulos fertilizados com sêmen de doador e estes embriões serem transferidos para o útero de sua parceira (receptora dos embriões). Cambiaghi explica que este procedimento não é permitido, pois é considerado como "barriga de aluguel", corretamente chamado de útero de substituição ou doação temporária do útero. "Segundo o conselho de normas éticas as doadoras temporárias do útero devem pertencer à família da doadora genética, num parentesco até o segundo grau, sendo os demais casos sujeitos à autorização do CRM - Conselho Regional de Medicina", explica o especialista.


2. Utilizar o sêmen de um familiar (irmão) de uma das parceiras para fertilizar os óvulos de sua companheira que desta maneira terá um filho com a mesma carga genética das duas. O médico explica que o doador não pode ser um irmão, familiar ou conhecido da paciente, pois os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. "Obrigatoriamente será mantido o sigilo sobre a identidade dos doadores de gametas e pré-embriões, assim como dos receptores. Em situações especiais, as informações sobre doadores, por motivação médica, podem ser fornecidas exclusivamente para médicos, resguardando-se a identidade civil do doador. Sendo assim não podemos utilizar de um conhecido da paciente", informa Cambiaghi.


Para os homens homoafetivos a situação é mais complicada, já que dependem dos óvulos e do útero de outra mulher o que não é possível, em decorrência dos princípios éticos. Cambiaghi afirma que isto só é admissível em outros países, onde se pode pagar a uma mulher pelo "aluguel" do seu útero ou comprar óvulos, o que no Brasil é proibido.


"O direito da família e o da procriação pertence a todos e é reconhecido na Declaração dos Direitos Humanos que destaca que, além da igualdade e dignidade, o ser humano tem direito a fundar uma família. O que deve ser feito? O que é certo ou errado? Isso não cabe a mim dizer. É tempo de reflexão", finaliza Cambiaghi.









FAÇA 2010 SER MAIS PRODUTIVO


*Christian Barbosa

Depois de um ano difícil e recessivo como 2009, o mercado está esperançoso com o próximo ano e muitas empresas, empreendedores e diretores prevêem que boa parte do investimento represado neste ano será utilizado no próximo. Ao que tudo indica, 2010 será próspero em termos de investimento, crescimento, emprego e oportunidades.

Contudo, com toda essa empolgação, nada é mais importante e fundamental do que os líderes canalizarem essa expectativa e a levarem em conta na hora de planejar os negócios futuros. Para isso, é necessário tornar a empresa mais eficiente, diminuir os gastos desnecessários, reduzir as urgências, melhorar as reuniões, maximizar os investimentos e criar uma equipe com mais equilíbrio, foco e execução, sempre com o intuito de aumentar a produtividade e qualidade e vida dos colaboradores.

Já o resultado aparecerá quando os líderes pensarem proativamente neste assunto, ou então quando contarem com o apoio de especialistas – o que não é muito comum nas empresas. O problema está com a visão de que a correria e as urgências são normais, o que não dá chances para mudanças.

Aproveite o final do ano, época em que muitos planos começam a ser traçados, e inclua no planejamento da sua empresa algumas questões fundamentais para garantir que 2010 seja um ano mais produtivo e menos corrido:

1. Como fazer minha equipe ser mais produtiva e equilibrada? Projetos, metas, processos e tudo mais que se possa definir na estratégia de uma organização não têm como evoluir sem pessoas. E pessoas precisam de tempo, pois sem ele não há resultados. Pense em novas ferramentas de produtividade, cursos sobre o assunto para a equipe, reveja processos, questione o time sobre como ser efetivo.

2. Como criar o senso de importância na empresa? Muito se fala de senso de urgência, mas isso só valoriza o contexto errado do tempo. Valorize o importante na equipe. Valorize planejamento, sair cedo da empresa, cumprir prazos, chegar no horário nas reuniões.

3. Qual o objetivo mais importante da organização? Ao invés de diversas metas, que tal definir um grande objetivo, criar indicadores precisos, se comunicar adequadamente com o time e criar um sistema de acompanhamento que reflita no dia-a-dia de todos?

4. Muito tempo em reuniões? Em meu último livro,o Estou em Reunião, comprovei o absurdo prejuízo financeiro que as reuniões causam às empresas. Por isso, pense em algumas formas de reduzir pelo menos 1/3 das reuniões e com isso dê mais tempo para que a equipe possa trabalhar e focar nas atividades realmente importantes.

5. Como recompensar o planejamento e resultados do time com equilíbrio? Quanto mais tempo a equipe tiver para seu equilíbrio Pessoal X Profissional, mais produtividade e motivação. Invista em programas de qualidade de vida, dê benefícios que sejam relacionados a “mais tempo livre” e ações de integração familiar.

Existem diversas estratégias que podem ajudar sua empresa a entrar no próximo ano com mais foco, produtividade e equilíbrio, o que consequntemente irá gerar mais resultado. Porém, o mais importante é entender que isso depende principalmente da alta direção e de suas ações efetivas.

*Christian Barbosa - Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, é fundador da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100. Autor dos livros A Tríade do Tempo e Você, Dona do Seu Tempo, Estou em Reunião e co-autor do Mais Tempo, Mais Dinheiro.

www.triadedotempo.com.br e www.maistempo.com.br









INTERNET:
AMIGA OU INIMIGA DA EDUCAÇÃO?

* Eduardo Shinyashiki

A internet, muitas vezes, é vista como inimiga da educação. Retratada como um ambiente descontrolado onde sobra material pornográfico, inutilidades várias e artigos de cultura inútil. Mas alguns profissionais, atualizados com as evoluções no mundo da comunicação e da web, enxergam esse mundo possível com outro olhar: nessa terra sem lei, sobram oportunidades, mesmo que anárquicas, de conhecimento, ferramentas usáveis na sala de aula e fora dela, úteis na hora de manter o aprendizado dos alunos em momentos de diversão e descontração.

A Wikipédia é um dos exemplos mais claros de como o digital pode favorecer o conhecimento e o desenvolvimento intelectual. Com 7,5 milhões de artigos, o site colaborativo pode ser alterado por qualquer um e se apresenta como uma poderosa ferramenta educacional. O site possui vários portais de conteúdo educativo com materiais de Arte, História, Matemática e Filosofia.

Mas é importante deixar claro que a internet só é fonte de conhecimento quando o usuário procura por esse conhecimento. Caso contrário, a criança ou o jovem desviarão de todo e qualquer conteúdo interessante e atingirão materiais que não agregarão a sua formação.

É nesse momento que o educador entra em cena. Mostrando caminhos, abrindo trilhas pelas teias de informação e mostrando o alvo certo ao aluno. A escola deve ultrapassar as cadeiras tradicionais e invadir o espaço eletrônico, ensinando o aluno a utilizar com consciência o mundo de possibilidades que é a internet. Não podemos esperar que uma criança de nove anos prefira o site da TV Escola aos jogos do Cartoon Network, é função de pais e educadores mostrar que sites educativos podem ser interessantes e divertidos.

Quanto aos adolescentes, muito do que eles sabem sobre a internet foi aprendido de forma autodidata, e muito desse aprendizado não foca na qualidade, mas na facilidade. Um exemplo claro é o número de trabalhos feitos na base do “copia e cola”. Esse mau hábito pede por reeducação, conscientização dos jovens, no sentido de que o aprendizado acontece superficialmente com um método no qual uma pesquisa acontece apenas com o clique do mouse, e não com o bater do teclado e o giro do pensamento.

Cabe a pais e educadores, a partir das informações aqui contidas e em outros inúmeros artigos sobre internet e aprendizado, decidirem como usar essa poderosa ferramenta, a favor ou contra, amiga ou inimiga da educação e do desenvolvimento intelectual de seus filhos e alunos.

Eduardo Shinyashiki é consultor, palestrante e diretor da Sociedade Cre Ser. Autor do livro Viva Como Você quer Viver, da Editora Gente. Para mais informações, acesse www.edushin.com.br.

Nenhum comentário: