Primeiro romance digital interativo
Em Grau 26, o leitor tem acesso a site exclusivo, com cenas de alta qualidade e áudios que complementam a trama
Criador e produtor-executivo da série de TV CSI, fenômeno no mundo inteiro com cerca de dois bilhões de espectadores em 200 países e várias indicações ao Emmy e ao Globo de Ouro, Anthony E. Zuiker inova mais uma vez com um projeto inédito, que agrega literatura, cinema e internet. Com colaboração de Duane Swierczynski, “Grau 26” é o primeiro romance digital interativo do mundo. Uma experiência narrativa crua, obscura e intensa, que transporta o leitor das páginas do livro para vídeos e conteúdo interativo virtual.
O primeiro volume da série, Grau 26, a origem, apresenta Steve Dark, um agente aposentado do FBI que volta ao trabalho para deter um assassino em série como o mundo nunca viu. Os agentes da lei sabem que assassinos são categorizados em uma escala de 25 graus de perversidade, desde os mais simples oportunistas do Grau 1, aos torturadores metódicos do Grau 25. O que quase ninguém sabe é que uma nova categoria está prestes ser criada.
Comandado pelo talentoso detetive Dark, um grupo de investigadores de elite segue o rastro de um assassino tão terrível — responsável por matar, violentar, mutilar, envenenar e torturar brutalmente 35 pessoas em seis países durante 23 anos — que não se encaixa em nenhum dos 25 graus de psicopatia conhecidos, obrigando a lei a criar uma nova classificação de crueldade para encaixá-lo. Seu nome é Sqweegel. Seus alvos: Qualquer um. Seus métodos: Ilimitados. Sua classificação: Grau 26.
Grau 26 pode ser lido como um livro tradicional, em qualquer lugar sem acesso digital... mas à medida que história avança, um nível mais profundo de imersão pode ser feito no site www.grau26.com.br, exclusivamente para os leitores, que terão acesso a conteúdo digital com vídeos, áudios e elementos interativos que complementam a trama. A cada vinte páginas do livro, o leitor encontrará códigos que permitem conectar-se a uma ciberponte: uma cena de até três minutos, legendada em português, com atores de filmes famosos e séries de TV premiadas.
Diante de seus olhos, os personagens ganharão vida e os detalhes da cena do crime vão explodir da tela, levando a experiência a um novo nível, inserindo os leitores no meio da ação e dentro das mentes de um ensandecido assassino em série e do homem enviado para caçá-lo.
O site mundial do livro inclui ainda extras das filmagens e uma seção onde é possível ler posts sobre crimes reais, blogs de detetives e investigadores criminais de verdade, e até mesmo aventurar-se pelas mentes de alguns dos mais terríveis assassinos em série da História.
Um tratado emocionante sobre memória e amizade
Romance “Os artistas da memória” mostra cinco pessoas que sofrem de diferentes distúrbios de memória
Eleito o melhor livro de 2005 pela Canadian Authors Association Award e indicado a vários prêmios, “Os artistas da memória”, do canadense Jeffrey Moore, é um romance tragicômico que gira em torno da noção de memória e seu papel nas vidas de diferentes personagens.
Ainda jovem, Noel Burum é diagnosticado pelo renomado neurologista Emile Vorta com hipermnésia e sinestesia: lembra-se de qualquer acontecimento, até do mais ínfimo detalhe, e vê as palavras como vibrantes explosões de cores. Mas, apesar de toda a habilidade mnemônica, ele mais tarde é confrontado diariamente com uma realidade tão sádica quanto irônica: sua mãe, Stella, uma professora de história aposentada, tem Alzheimer, doença que lentamente conduz sua memória em direção à areia movediça do esquecimento. Impedidos de levar uma vida normal e cativos dos caprichos da memória, mãe e filho tentam dar sentido ao mundo em uma casa repleta de recordações.
Abandonado pela Medicina mas não pela esperança, Noel improvisa-se como cientista na busca obstinada de uma cura para a mãe, e começa a conduzir experimentos secretos com tratamentos caseiros – passando pela aromaterapia, a homeopatia e a medicina chinesa. Nessa missão, contará com ajuda de três excêntricos amigos, também pacientes do Dr. Vorta – Norval, que tem um alfabeto de mulheres a conquistar; Samira, voluntária numa experiência de amnésia na expectativa de se reinventar; e JJ, que está preso à infância.
Os resultados são ao mesmo tempo divertidos, peculiarmente criativos e comoventes: o autor oferece ao mesmo tempo um retrato satírico da ciência e da medicina alternativa do novo milênio e um testemunho sobre o enriquecedor poder da família e da amizade.
Múltiplas facetas de uma mulher
“A vida íntima de Pippa Lee”, de Rebecca Miller, romance que deu origem ao filme
Primeiro romance de Rebecca Miller, diretora e roteirista de O mundo de Jack & Rose e autora de uma coletânea de contos que deu origem ao filme O tempo de cada um, vencedor do Grande Júri do Sundance 2002, “A Vida Íntima de Pippa Lee” chega simultaneamente aos cinemas brasileiros, em uma adaptação dirigida pela própria autora e com um elenco estelar. Produzido por Brad Pitt, o filme conta com Robin Wright Penn no papel de Pippa, além de Keanu Reeves, Juliane Moore, Alan Arkin, Winona Ryder, Blake Lively, Monica Belucci e Maria Bello.
Aos 50 anos, Pippa Lee acreditava ter a vida perfeita: considerada pelos amigos uma das pessoas mais graciosas, bonitas e interessantes que já conheceram, casada com um editor de sucesso e mãe de dois filhos. Mora numa bela casa em Manhattan e passa férias na sua residência de luxo à beira-mar. Embora seu passado esconda uma infância problemática, uma turbulenta adolescência e idade adulta, e muitas escolhas difíceis, Pippa parece finalmente viver uma vida de sonho.
Tudo muda no dia em que o marido, 30 anos mais velho, decide que está hora de saírem da agitada Nova York com destino a um complexo residencial para aposentados – uma medida preventiva para a velhice. Subitamente, a mulher que em outros tempos foi verdadeiramente impetuosa e insensata percebe que está vivendo de forma convencional. Por entre o zumbido de cortadores de grama, trocas de receitas e afazeres domésticos, ela começa a se perguntar como foi parar naquele lugar. E agora, seu mundo, sua vida tranquila, sua família, tudo o que ela ama está ameaçando ruir.
“A Vida Íntima de Pippa Lee” é uma história sobre juventude frenética, encontros inesperados, casos amorosos, traições e a perigosa segurança do casamento.
A emocionante e desconhecida história do papel-moeda
Em A grande jogada, Claude Cueni cria um romance histórico que mescla duelos e jogos de azar ao mundo das finanças
Claude Cueni, roteirista de diversas séries policiais na tv alemã, chega ao mercado brasileiro com A GRANDE JOAGADA. O livro conta a história de John Law, contraditório gênio da matemática que defendeu a introdução do papel-moeda na economia moderna. Dotado de uma prodigiosa capacidade de cálculo, o elegante e mulherengo John Law, nascido em Edimburgo em 1671, adquiriu prestígio social graças às suas habilidades no jogo. Mas é quando as circunstâncias o forçam a fugir para a França - expulso do país depois de um duelo que resultou na morte do adversário - que encontra o cenário ideal para desenvolver suas habilidades.
Durante sua fuga através de uma Europa destruída por décadas de guerra, Law tem a idéia de não mais restringir a emissão de moeda aos metais preciosos, cada vez mais escassos. Funda a Banque Royale e, pela primeira vez, emite papel-moeda. A iniciativa é um sucesso, o comércio floresce e John Law acumula uma fortuna que o torna o primeiro milionário do seu tempo, talvez o homem mais rico de todos os tempos.
Ao mesmo tempo em que aperfeiçoa seus conceitos para regenerar a economia, freqüenta as salas de uma sociedade devastada pela inanidade do seu governo e as maquinações dos banqueiros e grandes senhores. Assim, em resposta às atribulações políticas e sociais de toda uma era, John Law vai viver a sua própria ascensão. E uma queda tão vertiginosa quanto.
Bem documentado, A GRANDE JOAGADA apresenta uma rica galeria de personagens do tribunal francês nos últimos anos de Luís XIV durante a regência de Felipe d'Orleans. O Duque de Saint-Simon, o marquês d'Argenson, Montesquieu e Daniel Defoe, entre outros, estão envolvidos em uma história em que os ideais de honra, intrigas palacianas, traições e, acima de todas as vicissitudes do jogo e das apostas, são determinantes no amor e na política.
Claude Cueni é roteirista de diversas séries policiais da televisão alemã. É autor de romances de mistério e de Caesar's Druid, que se tornou best seller na Alemanha, Itália e Espanha. Ele vive em Basel com sua esposa e filho.
Segundo romance do cineasta francês Bernard Giraudeau
Em O marinheiro em terra, ele lança seu olhar para o lado irônico e comovente da condição humana
Roland sofre de uma doença degenerativa muscular. Preso a uma cadeira de rodas, passeia pelo mundo a partir das cartas recebidas, de 1987 a 1997, do amigo, o ator e cineasta francês Bernard Giraudeau. Nas entrelinhas, a chave para se libertar de sua imobilidade, a capacidade de alcançar as alturas inacessíveis das grandes distâncias.
Longe do turismo e da autocomplacência, essas letras formam uma história singular, o caleidoscópio das idéias de um jovem inocente mescladas aos sentimentos do homem em que se tornaria. Ex-marinheiro, Giraudeau, lutador incansável, corre o mundo de acordo com as suas muitas atividades. Na viagem que dá sentido à sua vida, está em constante busca, sempre em movimento. Sua pena pronta para os registros mais inusitados.
As mensagens são o testemunho dessa procura, à qual se misturam memórias, confissões íntimas e sonhos. Giraudeau escreve ao amigo para incluí-lo nessas reflexões e aventuras. Durante anos, essa é a fuga de Roland: através dos olhos do outro, ele se afoga em romances, trava conhecimento com diferentes culturas - La Rochelle, Madagascar, África do Sul, Marselha, Toulouse, Senegal -, e vive.
Na tradição de escritores viajantes, com um estilo lírico e brutal, o francês Bernard Giraudeau convida a uma jornada imaginária pela sensualidade da paisagem, a beleza das mulheres, o calor da amizade. Um jogo pungente, um faz-de-conta pelos portos do mundo, suas cores, perfumes e pessoas. Crônica de uma afeição sem pathos, O MARINHEIRO EM TERRA revela um olhar comovente, algumas vezes irônico, outras divertido, sobre a condição humana.
Bernard Giraudeau nasceu em La Rochelle, França, em junho de 1947. Ator, roteirista e produtor, também se dedicou à direção de diversos longas e documentários, entre eles L'Autre, Les caprices d'un fleuve, La Transamazonienne, Esquisses philippines e Un ami chilien. Também é autor de Les Hommes à terre, Les contes d'Humahuaca e As damas do vento, também publicado pela Editora Record. Recebeu o Prêmio Américo Vespúcio 2007, no 18º Festival Internacional de Géographie.
Contos de um autor queniano
O primeiro conto publicado de Uwem Akpan, “Uma ceia de Natal”, apareceu no número da revista The New Yorker dedicado aos estreantes de ficção, em 2005. O retrato pintado pela história de uma família que vive num barracão improvisado no Quênia urbano e de sua tentativa de encontrar presentes de qualquer tipo para a iminente festa de Natal dá uma realidade prosaica às circunstâncias mais extremas – e assinala a chegada de um escritor de talento estonteante.
“O quarto dos meus pais” é o relato de uma menina ruandense sobre a luta de sua família para manter uma fachada de normalidade em meio a atos atrozes. Em “Engordando para o Gabão”, um irmão e uma irmã se confrontam com a tentativa do tio de vendê-los como escravos.
“Carros fúnebres de luxo” cria um microcosmo da África dentro de um ônibus cheio de passageiros refugiados e nos apresenta a um adolescente muçulmano que invoca a fé para suportar uma viagem traiçoeira pela Nigéria. “Que língua é essa?” revela o desgaste emocional do conflito cristão-muçulmano na Etiópia pelos olhos de amigas de infância. Cada história é um testemunho da sabedoria e da resistência das crianças, mesmo diante das situações mais aflitivas que nosso planeta pode oferecer.
Crime e mistério na Roma Antiga
Cave Canem é o primeiro volume da bem sucedida série policial italiana protagonizada pelo investigador Públio Aurélio
Considerada a rainha do policial histórico italiano, Danila Comastri Montanari conquistou críticos e leitores na Itália e no exterior com as aventuras de seu famoso personagem, o investigador da Roma Antiga Públio Aurélio. CAVE CANEM é o primeiro título desta série, publicada em países como França, Alemanha, Espanha, Grécia, Holanda e Romênia, e que já está no 12º volume.
Cave canem, ou cuidado com o cão, é um aviso freqüente na típica domus romana, uma grande casa familiar. Durante seu retorno a Roma após um período de repouso em Baia com a amiga Pompônia, Públio Aurélio se detém em uma dessas casas. A villa pertence ao abastado plebeu Cneu Pláucio, e se debruça sobre o lago Averno, a mítica porta para o reino dos Infernos.
Logo ao chegar, porém, o senador-detetive tem uma péssima surpresa: Pláucio Ático, filho de Cneu, é encontrado morto no tanque das moréias. Por isso, o hóspede é convidado pelo patriarca a se demorar no local, a fim de servir de testemunha na redação de um novo testamento.
Nesse período, conhece toda a família, que abriga mulheres ardilosas, a começar por Paulina — a matrona que foi obrigada a se divorciar do primeiro marido para se unir a Cneu —, passando por Plautila, a amante de um senador, a bela viúva Helena e sua jovem filha, Névia. Novos crimes se sucedem e Aurélio descobre que paira sobre os Pláucio uma maldição: uma sombria profecia diz que peixes, aves e insetos devorarão as árvores do jardim da villa, com exceção da velha figueira. Mas Aurélio, como bom epicurista, não acredita em vaticínios.
Natural de Bolonha, com dois diplomas superiores, três gatos, marido e filha, Danila Comastri Montanari é a rainha inconteste do policial histórico italiano. Criadora da série protagonizada por Públio Aurélio (que está em seu 12º volume), a autora é hoje unanimidade entre críticos e leitores na Itália e no exterior. Seu detetive de toga e laticlavo foi publicado, entre outros países, na França, Alemanha, Espanha, Grécia, Holanda e Romênia.
A autora que é rainha dos adolescentes
Meg Cabot já vendeu mais de 900 mil livros no Brasil
Aguardada continuação de Tamanho 42 não é gorda, TAMANHO 44 TAMBÉM NÃO É GORDA continua as aventuras de Heather Wells, uma ex-estrela pop que, depois de muitos tropeços, está refazendo sua vida.
Heather se acomodou bem em sua nova vida como diretora-assistente de alojamento estudantil na Faculdade de Nova York – uma carreira na qual não há exigência para que ela envolva seu corpo tamanho 42 em modelitos minúsculos e vergonhosos. Ela até está conseguindo engolir (mais ou menos) o casamento de seu ex-namorado roqueiro, que a imprensa está chamando de O Casamento de Celebridades da Década, que acontecerá em breve. Mas, com toda a certeza, está tendo dificuldades de lidar com a situação na cozinha do alojamento – onde uma animadora de torcida perdeu a cabeça no primeiro dia de aulas do semestre. (Para falar a verdade, a cabeça todo mundo sabe onde está... o corpo é que sumiu.)
Rodeada por alunos histéricos – sem falar no pai ex-presidiário à sua porta e o ex-amor enchendo-a de telefonemas indesejados –, Heather fica bem contente com a oportunidade de brincar de detetive... de novo. Se isso a ajudar a parar de pensar em seus problemas pessoais – e fizer com que ela entre em ação mais uma vez ao lado do lindo investigador particular que é dono do prédio em que ela mora –, tudo bem. Mas as pistas do assassino estão conduzindo a detetive amadora para um mundo obscuro. E, se não tomar cuidado, Heather em breve estará entoando sua derradeira canção!
TAMANHO 44 TAMBÉM NÃO É GORDA é a nova aventura de Heather Wells, uma heroína pop que chegou a um ponto nada desejado de sua carreira: o fundo do poço! Mais um delicioso livro de Meg Cabot que vai agradar em cheio às fãs do gênero chick lit.
Meg Cabot já morou em Indiana, na Califórnia e na França. Trabalhou como ilustradora e é autora da série O Diário da Princesa e de livros como Sorte ou azar? e Pegando fogo!, todos publicados pela Galera Record. Atualmente divide seu tempo entre Key West, na Flórida, e Nova York, com seu marido e uma gata de um olho só chamada Henrietta.
A consequência da guerra na vida de um homem
Atravessando um vibrante mundo intelectual, O Senhor March retrata a complexidade moral da guerra, testado pela demanda do idealismo extremo. Uma escrita luxuosa, um conto original e com detalhes de um outro tempo. Para criar o personagem do senhor March, Geraldine Brooks recorre às cartas de Bronson Alcott, pai de Louisa May Alcott, um dos personagens do clássico Mulherzinhas, e traz à luz todo o seu idealismo e sensibilidade, com uma influência natural e verossímil.
No romance de Brooks, o senhor March surge como um sacerdote idealista nas regiões devastadas pela guerra, que testará a fé em si mesmo e na causa que defende, pois, conforme os dias passam, March evidencia que também é capaz de atos de barbárie e racismo. Entre um ataque e outro, acaba sendo gravemente ferido, mas, ao recuperar-se de uma quase-morte, vê-se à frente de mais um desafio: reconstituir seu corpo e sua alma, que estão em frangalhos, para reencontrar uma família que foi deixada para trás e que não imagina quanto a guerra o transformou.
Meg Cabot em livro interativo
Capa e título de Pegando fogo! foram escolhidos por leitoras e fãs da autora em uma enquete no site da Galera Record
Com mais de 600 mil livros vendidos no país, Meg Cabot mais uma vez acerta em cheio. Em PEGANDO FOGO!, a autora mistura romance e pitadas de mistério em uma história sobre pequenas e grandes mentiras, o medo de fazer o que é certo e as dificuldades de encontrar o verdadeiro amor. Katie Ellison é uma mentirosa de mão-cheia e ainda por cima guarda um grande segredo sobre seu antigo melhor amigo, Tommy, que, quatro anos antes, criou um sério tumulto e acabou saindo da cidade. Agora, ele está de
volta, e Katie vai ter que decidir se prefere continuar com as mentiras para manter as aparências, ou se finalmente vai abrir a boca e aceitar que as coisas nunca mais serão como antes. PEGANDO FOGO! é mais um lançamento da Galera Record e chega às livrarias a partir de 13 de fevereiro.
Katie Ellison não é mentirosa. É só que falar a verdade é tão... complicado. Ela sabe que não deveria estar beijando o gato do grupo teatral da escola escondida do seu namorado, um jogador do time de futebol americano do colégio. Ela deveria admitir que odeia comer quahogs, um tipo de ostra muito apreciado por todos em Eastport, principalmente porque está concorrendo ao título de Princesa Quahog no festival anual da cidade. E com certeza seria um alívio finalmente contar a alguém o que realmente aconteceu quando a frase Tommy Sullivan é um esquisito foi pichada no muro recém-construído do ginásio da escola, em tinta cor-de-laranja florescente, que até hoje ninguém conseguiu retirar. Afinal, todo mundo sabe por que Tommy teve que sair da cidade quatro anos atrás...
Mas agora Tommy Sullivan está de volta. Katie tem certeza de que ele quer vingança, e ela fará qualquer coisa para manter sua vida perfeita (ainda que levemente desonesta). Mesmo que isso signifique contar mais mentiras do que nunca. Ainda que, com Tommy por perto outra vez, ela esteja, na verdade, se divertindo muito.
Em PEGANDO FOGO!, Meg Cabot mais uma vez acerta em cheio. Com muito bom humor, a autora mistura romance e pitadas de mistério em uma história sobre pequenas e grandes mentiras, o medo de fazer o que é certo e as dificuldades de encontrar o verdadeiro amor.
Meg Cabot já morou em Indiana, na Califórnia e na França. Trabalhou como ilustradora e usou o pseudônimo Jenny Carroll para escrever a série A Mediadora. É autora da série O Diário da Princesa e de livros como Sorte ou azar? e Como ser popular, todos publicados pela Galera Record. Atualmente divide seu tempo entre Key West, na Flórida, e Nova York, com seu marido e uma gata de um olho só chamada Henrietta.
Serviço:
Pegando fogo! (Pants on fire) de Meg Cabot
Tradução de Rodrigo Abreu
Galera Record
304 páginas
Preço: R$ 29
Literatura GLS
Para quem viveu na época do “sexo, amor e drogas” promovida nos anos 60 e 70, o livro “Da Vida dos Pássaros” promete trazer muito saudosismo dessa fase onde havia a possibilidade de viver o amor e o sexo sem se preocupar com os males modernos que encravou o fim de tal era. Sou fruto dos anos 80, nasci em meio à poda sexual, sendo sustentada pela “ira de Deus” sobre um povo que se esqueceu dos seus princípios. Já experimentei sexo, amor e drogas, porém não os três juntos, isso foi privilégio de uma geração atrás que hoje diz que eles sim sabiam viver. Também tenho saudades de um tempo que não vivi. Quem não quer viver a liberdade numa época de tanto moralismo? Mas posso vive-lo por intermédio da maravilhosa obra de Alexandre Ribondi, recém lançada pelas Edições GLS.
Da Vida dos Pássaros conta a história de Alexandre, um brasileiro que parte de Brasília com uma mochila nas costas com o sonho de desbravar a América do Sul de Che Chevara e Simón Bolívar, em Lima, Alexandre tem a sua vida cruzada com a vida de Michael, um norte-americano, filho de um rico empresário do setor petroleiro e com o sonho de viver na América do Sul sendo sustentado pelo tráfico de drogas. Juntos eles descobrem os mistérios da sexualidade, porém em suas vidas surge Pilarsita, que juntamente com Michel disputará o amor de Alexandre, envolvendo-os num triângulo que deixará o coração de Alexandre dividido.
Em meio a uma história de ficção, que nos leva a acreditar ser um trabalho de autobiografia por conta da exatidão dos acontecimentos políticos citados, o autor nos leva a uma história emocionante e surpreendente, um verdadeiro convite aos descrentes no amor repensarem seus posicionamentos. A história de Alexandre e Michel poderia ser a história de qualquer um de nos, pois são duas pessoas com posicionamentos diferentes que dividem as suas vidas e é nesse ponto que nasce o amor mais genuíno que possa existir, o amor da aceitação e do desapego, um amor sem cobranças e livre como a vida dos pássaros que vão morrer no Peru.
Dados Técnicos
Nome do Livro: Da vida dos Pássaros
Autor: Alexandre Ribondi
Número de páginas: 184
Formato: 14 x 21
ISBN: 9788586755507
Edições GLS
Preço: R$ 39,90
Romance policial: "Sangue Estranho", da jornalista Lindsay Ashford
Mulheres estão morrendo corn pentagramas entalhados em seus rostos. Ritual satânico ou ardilosa encenação?
Em SANGUE ESTRANHO, Lindsay Ashford — primeira mulher a se formar em criminologia no Queen's College da Universidade de Cambridge, em seus oitocentos anos de historia — retoma corn mais um mistério para a psicóloga legal Megan Rhys, do Departamento de Psicologia Investigativa da Universidade de Heartland, desvendar.
Apresentada ao público brasileiro em Congelado, a Dra. Rhys é chamada para ajudar a policia na investigação daquilo que acreditam ser uma morte ritual. Rapidamente, a astuta Megan percebe que o preconceito esta conduzindo a investigação para o caminho errado. Ao fugir do obvio — e questionar a versão oficial — ela colide com Steve Foy, chefe de policia encarregado do caso, um obcecado pela mídia.
Quando mais mulheres morrem — e a imprensa, a polícia, seu chefe e sua própria família se voltam contra ela — Megan aposta tudo na perseguição ao assassino. A determinação se transforma em desespero quando ela se convence de que a vida de sua irmã Ceri pode estar em perigo. Depois de uma ação fracassada na casa de Ceri, que acaba por expô-la ao ridículo, descobrir a identidade do assassino e a única forma de recuperar o respeito profissional e da família.
SANGUE ESTRANHO e uma trama empolgante, na melhor tradição dos romances policiais. Lindsay Ashford criou um livro que ecoa realismo, corn argumento multifacetado e personagens vividos. Uma leitura que provoca calafrios e explora todos os aspectos do medo que o ser humano tem de ser caçado e de ficar sozinho, de não confiar em ninguém ou de saber por que foi escolhido para morrer.
Lindsay Ashford e uma ex-jornalista da BBC, formada no Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge. Natural de Wolvehampton, ela vive atualmente na costa oeste do País de Gales.
SANGUE ESTRANHO
Lindsay Ashford
Tradução de Alexandre Raposo
Editora Record
Coleção Negra
224 páginas
Preço: R$ 27,00
Formato: 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-01-07837-7
Personagem de Gossip Girl ganha vida própria em série de livros
Gossip Girl é um fenômeno de vendas no mundo inteiro. As vendas no Brasil ultrapassam 200 mil exemplares e a série de TV é um sucesso em exibição em mais de 70 territórios. Com It Girl o sucesso se repete: GAROTA INESQUECÍVEL, de Cecily Von Ziegesar, é o quarto volume da série It Girl, que traz como protagonista Jenny Humphrey, uma das mais polemicas personagens de Gossip Girl, que deixou a Constance Billard para estudar na Waverly Academy, um colégio interno misto.
Depois de conseguir realizar o sonho de frequentar um colégio interno de elite, imaginou que estudar seria algo secundário, com tantas festas, amigas incríveis e garotos espetaculares. E ela estava certa. O que Jenny não esperava é que festinhas de pijama e conversas à noite com as amigas não seriam exatamente o que sua colega de quarto, Callie Vernon, entende por diversão. Até porque, depois que ela roubou seu namorado lindo, sensível e sedutor, Easy Walsh, Callie não se importa com os sentimentos da angelical Jenny... E não se sentiu nem um pouco culpada em comparecer a um jantar com a família do ex-namorado.
Enquanto isso, Brett mal consegue acreditar no que Jeremiah, seu ex-namorado, fez. Durante um revelador jogo de “Eu nunca”, ela descobriu que, durante os dois milissegundos que eles passaram brigados, o garoto conseguiu perder a virgindade com uma pseudo-punk fedendo a patchouli. No momento, ela nem consegue pensar em homens, aqueles idiotas. Ainda bem que Brett encontrou uma amiga muito especial...
Mas esse não foi o único problema causado pelo polêmico jogo. Muitas reputações foram colocadas à prova... Em especial a de Tinsley Carmichael, que está mostrando uma faceta que ninguém imaginaria: às voltas com um calouro muy interessante, Tinsley quase não consegue pensar em outra coisa. Isto é, até que ela descobre que as meninas do colégio estão fazendo reuniões (quase) exclusivamente femininas pelas suas costas. Esse tipo de traição não vai passar em branco... Ela ainda é a garota mais desejada do colégio e já está planejando uma festa memorável que vai mostrar a todos quem manda de verdade na Waverly Academy.
GAROTA INESQUECÍVEL é o quarto volume da nova série de Cecily von Ziegesar, autora de Gossip Girl. Considerada a Sex and the City para adolescentes, Gossip Girl é uma das séries mais lidas pelos jovens, que agora também podem se deliciar com a alta dose de drama, romance e traições na televisão: Gossip Girl ganhou as telinhas em uma produção de Josh Schwartz, criador da série The O.C. Um dos motivos que tornam as séries It Girl e Gossip Girl tão reais é que sua autora, Cecily von Ziegesar, foi criada na alta-roda nova-iorquina e aluna de um dos colégios mais chiques da cidade, convivendo com pessoas tão requintadas, elegantes, fúteis e divertidas como os personagens que criou.
DIVIRTA-CE recomenda
Olha para o céu, Frederico! Foi lançado em 1939 e colocou José Cândido de Carvalho no mesmo patamar de seus autores preferidos, como Rachel de Queiroz e José Lins do Rego. Neste livro, muitos elementos frequentes nos romances nordestinos são deslocados para o cenário do Rio de Janeiro, na grande usina de São Martinho: a disputa entre a matéria e o espírito (poder econômico X igreja católica), a infância e a maturidade (éden X eros), o arcaico e o moderno (engenho X usina). O jornalista José Cândido de Carvalho foi considerado por muitos críticos como um autor da literatura regionalista brasileira que tocava nas pequenas questões humanas de forma cômica, sofisticada e irônica. Eduardo de Sá Meneses, neto do Barão de Pedra Lisa, narra as peripécias de seu tio Frederico, dono do engenho de São Martinho, cujo olhar duro e o instinto predador provocam repulsa não só no sobrinho e herdeiro, como nos outros personagens da história. Ao longo do romance todos deixam escapar que, assim como o avarento protagonista, também são predadores e ambiciosos, apenas em diferentes graus e situações. Eduardo tenta a todo momento compreender o coração de pedra de seu tio, com quem conviveu por 15 anos, retornando às memórias da infância para recriar o retrato de um homem tão diminuto, que renasce em toda a sua miserável existência. Olha para o céu, Frederico é uma sátira aos senhores de engenho que comandavam a sociedade rural fluminense e contribuiu para o chamado romance do ciclo da cana-de-açúcar com o estilo coloquial e urbano do autor, típico de um cronista da imprensa diária. José Cândido de Carvalho desapareceu do cenário da literatura brasileira por 25 anos depois de lançar este romance, retornando somente em 1965 com a publicação de O coronel e o lobisomem que logo foi saudado como obra-prima.
Uma história de amor e redenção
Uma fábula sobre como provocar o destino e conviver com as conseqüências. Numa comunidade rural pequena e fechada, onde o tempo não passou, a frágil inocência dos laços familiares é destroçada num irrevogável momento e nada jamais será o mesmo. Em DO OUTRO LADO DA PONTE, a canadense Mary Lawson mostra porque é freqüentadora assídua das listas de mais vendidos mundo afora: seu livro de estréia, Crow Lake, ficou mais de 75 semanas nas principais listas canadenses e foi considerado um dos best sellers do New York Times.
Na cidadezinha canadense de Struan, em meados da década de 1930, dois irmãos, Arthur e Jake, filhos de um fazendeiro local, enfrentam a dura realidade do mundo entre as duas grandes guerras. Arthur é calado, sólido, obediente. Herda o caráter do pai e seu amor pela terra; Jake é mais jovem, atraente, volúvel. Sua aura de perigo e mistério é, na verdade, um desejo latente pela aprovação do pai. O frágil equilíbrio entre irmãos está prestes a ser abalado com a chegada da jovem Laura à comunidade.
Na década de 1950 o mundo mudou — um pouco, mas não o bastante. Ian Christopherson, filho do médico local, pensativo e idealista, não gosta de toda a cidade palpitando que ele devesse seguir os passos do pai. Então decide fazer algo inesperado e pede um emprego na fazenda — com a intenção adicional de ficar perto da bela Laura. As histórias dessas duas gerações na cidadezinha de Struan e nos seus hostis arredores rurais estão tragicamente entrelaçadas, ligadas pelo destino e pela comunidade, mas separadas por uma guerra que devora os jovens e cujo horror inimaginável atinge em cheio o coração desse rincão distante do império.
Mary Lawson tem um talento espantoso para girar lenta e delicadamente a catraca da tensão, aumentando-a até o terrível clímax. Retesado de apreensão, com momentos surpreendentes de ternura e humor, DO OUTRO LADO DA PONTE é um romance atraente, humano e cheio de vida, com uma irresistível subcorrente emocional. Um drama universal sobre o amor, a lealdade, os sonhos e a realidade.
Crow Lake, o primeiro romance de Mary Lawson, foi aplaudido pelos críticos eovacionado por leitores do mundo inteiro. Traduzido para mais de 20 línguas, foi um dos best sellers do New York Times, permaneceu mais de 75 semanas nas listas de mais vendidos do Canadá e ganhou o Prêmio McKitterick da Sociedade de Autores em 2003. Nascida e criada em uma fazenda em Ontario, a autora se mudou em 1968 para a Inglaterra. Atualmente, casada e com dois filhos adultos, mora em Kingston-upon-Thames.
Sexto volume da série de aventura infanto-juvenil
Há mais de 100 semanas na lista do New York Times, a série Artemis Fowl é um sucesso mundial publicada em 42 países. Neste sexto volume da série, Artemis está de volta depois de sumir por três anos. E o que encontra pela frente é uma vida muito diferente da que havia deixado para trás. Agora, ele é o irmão mais velho da família, e passa os dias ensinando seus irmãozinhos gêmeos coisas importantes, como, por exemplo, a forma correta de chamar um garçom em um restaurante francês. Artemis levando uma pacata vida caseira?
Bom, mais ou menos... Ao ver sua mãe contrair uma doença fatal, o mundo de Artemis vira de cabeça para baixo e ele novamente terá que salvar sua família. Sem conseguir um diagnóstico dos Homens da Lama, Artemis apela para seus amigos do Povo das Fadas e descobre que a doença é muito mais grave do que ele poderia imaginar: sua mãe e todos os seres mágicos estão em perigo. A única esperança de cura é o fluido cerebral de um lêmure sifaka sedoso. Infelizmente, essa raça está extinta, graças a um acordo impiedoso que o próprio Artemis fizera quando era mais novo.
Mesmo com a baixa probabilidade de sucesso, o menino prodígio do crime não está disposto a desistir. Com a ajuda dos amigos do Povo das Fadas, o jovem gênio viaja no tempo para resgatar o lêmure e trazê-lo em segurança até o presente. Para fazer isso, porém, Artemis terá que derrotar um louco que acaba de decidir qual será sua próxima presa: a capitã Holly Short.
As regras de viagens no tempo não são nem um pouco simples, mas para salvar a mãe, Artemis terá que quebrar todas elas. E, como se essa missão já não fosse complicada o suficiente, ele ainda terá que enfrentar, finalmente, um adversário à sua altura: ele mesmo, aos dez anos.
Eoin Colfer é professor e autor de mais de dez livros para crianças e adolescentes, entre eles Colin Cosmo e os Supernaturalistas, A lista dos desejos e Pânico na biblioteca. Pelos dois primeiros livros da série Artemis Fowl, Colfer foi indicado e recebeu vários prêmios de literatura infantil na Inglaterra, como o British Book Awards e o WH Smith.
O grupo que marcou a história da literatura na Paris no início do século XX
"A América é minha terra, mas Paris é minha casa". A célebre frase de Gertrude Stein define a relação de editores, escritores e pintores com a Cidade Luz do início do século XX. Para eles, capital da emancipação das artes e da liberdade de expressão. Um câmbio vantajoso (um dólar comprava 55 francos), viagens transatlânticas especiais a preços reduzidos a bordo de navios French Line, ausência de proibição — que permitia aos mais etílicos consumir imoderadamente cerveja, uísque, gim e bourbon — eram alguns dos privilégios oferecidos aos americanos pós-Primeira Grande Guerra.
Em OS EXILADOS DE MONTPARNASSE, Jean-Paul Caracalla recria o clima libertário e de total independência vivido por mais de 250 artistas anglo-saxões radicados na cidade. Ao adotar Montparnasse como refúgio boêmio, esses recém-chegados se recusaram a aceitar as restrições, o puritanismo, a censura e o sexismo que tomou conta de seus países. Os dias eram passados na livraria americana Shakespeare and Company, de Sylvia Beach, ou no ateliê de Gertrude Stein.
Nesta Paris fervilhante, estavam constantemente em contato F. Scott Fitzgerald, Hemingway, D. H. Lawrence, Joyce, Miller, Pound e Edith Wharton, entre outros. Qual a residência das Musas na Grécia, aquele monte Parnaso se torna o Olimpo da criatividade. Um ponto de encontro internacional de poetas, pintores e suas excêntricas inspiradoras. Um grupo que marcou a história da literatura e ainda suscita o interesse de crítica e público.
OS EXILADOS DE MONTPARNASSE transmite, em páginas pulsantes de vida, encharcadas de álcool e de sensações hedonistas, a atmosfera de bares, cafés e livrarias. A essência do espírito boêmio como autêntica expressão cultural de Paris e uma afirmação vigorosa da liberdade, contra a rigidez e os valores utilitários da sociedade convencional.
Jean-Paul Caracalla, ex-editor da Revue des Voyages, é autor, junto com Jean des Cars, de vários livros sobre personalidades européias (pela editora Denöel). Escreveu também uma série de livros sobre Paris: Montparnasse, l’age D’or, Montmartre, gens et légendes, Saint-Germain-des-Près. É hoje presidente do júri do prêmio literário Deux Magots.
Suspense psicológico na Arabia Saudita
A NOITE DO MI'RAJ marca a estréia na literatura da americana Zoe Ferraris. As vésperas de seu casamento arranjado, Nouf ash-Shrawi, a filha de 16 anos de urna abastada dinastia saudita de Jeddah, desaparece misteriosamente. A família pede ajuda a Nayir al-Sharqi, um guia do deserto, para liderar, com discrição, uma equipe de busca e descobrir o que aconteceu com a jovem.
Dez dias depois, quando ele esta prestes a desistir da missão, o corpo da jovem é encontrado por viajantes. Mas quando a policia revela que ela não morreu de desidratação, mas de afogamento, e sua família parece não ter interesse em descobrir a verdade, Nayir resolve investigar por conta própria as circunstâncias perturbadoras que cercam a morte da jovem.
Esta missão levara o gentil e devotado Nayir, um órfão palestino criado pelo seu tio, a vasculhar a vida secreta de uma rica e protegida adolescente - em uma das mais rígidas e segregadoras sociedades do Oriente Médio. As buscas o conduzem para além de seu habitat natural, longe das dunas intermináveis e do horizonte amplo do deserto. Inicialmente horrorizado pela idéia de mulheres que trabalham e mostram o rosto, Nayir acaba por constatar que precisara se unir à cientista forense Katya Hijazi para seguir as pistas e obter acesso ao misterioso mundo feminino.
A inesperada parceria desafia Nayir, colocando-o frente a frente com emoções que reprimira por toda a vida e levando-o a questionar a fidelidade de velhos amigos, a própria fé e as limitações impostas por suas crenças e por uma cultura em que as mulheres levam seus segredos para o túmulo. E os guia a revelações surpreendentes.
A eletrizante estréia de Zoe Ferraris neste tenso suspense psicológico abre uma janela sem precedentes para a Arábia Saudita e para a vida de homens e mulheres daquele pais. A NOITE DO MI'RAJ e um retrato hipnotizaste de uma sociedade com uma cultura extremamente rica e ao mesmo tempo, profundamente fechada.
A NOITE DO MI'RAJ
(Finding Nouf)
Zoe Ferraris
Tradução de Vera Whately e Claudia Mello
364 páginas
Preço: R$ 39,00
Formato: 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-01-08043-1
A mulher Papa: um segredo que o Vaticano esconde há séculos
Geração Editorial lança no Brasil “Papisa Joana”, o romance da escritora Donna Woolfolk Cross que conta a história da mulher que se disfarçou de homem e chegou a governar a Cristandade por dois anos
Há muitos anos a Igreja Católica tenta negar sua existência, mas as evidências não deixam dúvidas: existiu uma mulher que ocupou o trono papal. Esse mistério do passado e a veracidade sobre a Papisa Joana foram desenterrados pela escritora Donna Woolfolk Cross e transformados num grande romance histórico, que põe por terra a argumentação da Igreja de que essa mulher enigmática seria apenas uma lenda. A pesquisa, que durou mais de sete anos, reuniu todos os fatos conhecidos da vida de Joana, extraídos de documentos raros em inglês, espanhol, francês, italiano e latim. Além disso, num brilhante esforço de reconstituição de época, a autora retrata em “Papisa Joana” como era o século IX, o estilo de vida das pessoas, o preconceito contra as mulheres e a forma de funcionamento do clero.
Joana nasceu em 814, na aldeia de Ingelheim, no mesmo dia da morte do lendário Carlos Magno. O período era conhecido como Idade das Trevas, uma época brutal, de ignorância, miséria e superstição sem precedentes. Não existiam ainda os países europeus modernos, nem seus idiomas, apenas dialetos locais, sendo a língua culta o latim.
Com a morte do imperador Carlos, o Sacro Império Romano degenerou num caos de economia falida, pestes, guerras civis e invasões por parte de viquingues e sarracenos. A vida nesses tempos conturbados era particularmente difícil para as mulheres, que não tinham quaisquer direitos legais ou de propriedade.
A lei permitia que seus maridos batessem nelas, o estupro era encarado como uma forma menor de roubo. A educação das mulheres era desencorajada, pois uma mulher letrada era considerada não apenas uma aberração, mas também um perigo. Não havia para as mulheres outra alternativa a não ser se conformar com as limitações impostas ao seu sexo.
Foi nesse “meio” que Joana cresceu, aprendendo que apenas os homens poderiam conquistar um espaço na sociedade. Decidida, ela corajosamente se disfarça de rapaz quando adolescente, e ingressa num mosteiro beneditino, sob o nome de “irmão” João Ânglico. Graças à sua inteligência e determinação, ela rapidamente se destaca como erudita e médica, até que, sob a ameaça de ter seu disfarce revelado, parte para Roma, onde se torna médico do próprio papa.
Antes, porém, de cumprir seu destino e ocupar ela mesma o mais glorioso trono do Ocidente, Joana precisa superar obstáculos tremendos, como o seu amor pelo conde franco Gerold e as armadilhas do maquiavélico cardeal Anastácio, seu arquirrival.
O livro “Papisa Joana” foi transformado em filme pelo cineasta alemão Sönke Wortmann
Constantin Film, a mesma produtora que fez “O Nome da Rosa”, terminou de filmar “Papisa Joana” em janeiro. O roteiro é baseado no livro “Papisa Joana” da escritora Donna Woolfolk Cross, que vai figurar nos créditos do filme como “consultora criativa”. Donna também assistiu às gravações, que ocorreram na Alemanha e no Marrocos. “Eles precisavam me tirar à força do set no final de cada dia de filmagem. Foi extraordinário observar tanta gente — atores, operadores de câmera, maquiadores, extras, até animais — reconstituindo cenas e diálogos que eu havia escrito na solidão do meu pequeno escritório”, declara entusiasmada à espera do lançamento. A estreia do filme será em outubro deste ano na Europa, e nas telas brasileiras a partir de dezembro. Confira o trailer abaixo, na TV Divirta-CE.
Personagem fascinante
A papisa Joana é um dos personagens mais formidáveis de todos os tempos, e um dos menos conhecidos. Embora hoje negue a existência dela e de seu papado, a Igreja Católica reconheceu ambos como verdadeiros durante a Idade Média e a Renascença. Foi apenas a partir do século XVII, sob crescente ataque do protestantismo incipiente, que o Vaticano deu início a um esforço orquestrado para destruir os embaraçosos registros históricos sobre a mulher papa. O desaparecimento quase absoluto de Joana na consciência moderna atesta a eficácia de tais medidas.
Os segredos do faraó Tutancâmon
Christian Jacq, autor da série Ramsés, mistura história real e ficção em nova obra eletrizante
Cairo, 1951. Faruk, um tirano cruel e corrupto, reina num Egito pós-guerra conturbado e alvo dos desejos de França e Inglaterra. É nesta época que Mark Wilder desembarca no país após convocação por carta anônima. O mais recente romance de Christian Jacq é uma união de história real com ficção, e apresenta ao leitor uma trama inteligente, com um pano de fundo inovador para os romances de suspense: o Egito e suas tradições faraônicas. Depois de muitos thrillers ambientados em Roma, Vaticano, EUA, dentre outros, “Tutancâmon – O último segredo” (Editora Bertrand) se desenrola quase que totalmente num país ainda misterioso para todos nós.
Após ser chamado ao Egito, Mark Wilder toma conhecimento de importante vínculo entre ele e o tesouro encontrado na tumba de Tutancâmon, descoberta em 1922 pelo arqueólogo inglês Howard Carter. Sua missão: encontrar o último segredo de Tutancâmon, um tesouro cuidadosamente escondido pelo próprio faraó, e que vem sendo procurado por séculos. E essa possível revelação poderá mudar a história e as tradições dos povos mais antigos da humanidade.
Auxiliado por Ateya, uma jovem copta por quem se apaixona loucamente, Mark se infiltra num Egito tumultuado, onde a magia benéfica dos faraós está ameaçada de desaparecer, deixando os tempos modernos desamparados diante da influência do Mal.
Christian Jacq é autor das séries Ramsés, A Pedra da Luz, A Rainha Liberdade e Mozart, dentre outros livros, traduzidos para mais de 30 idiomas e presentes nas principais listas de mais vendidos do planeta - o maior bestseller da língua francesa da atualidade. No Brasil, todos os livros do autor foram lançados pela Bertrand. ***
"O Gerente", de Carlos Drummond de Andrade, ganha nova edição pela Editora Record e chega aos cinemas em 2010, com Ney Latorraca no elenco
A primeira edição de O Gerente, publicada em 1945, tinha formato de cordel e, em 1951, foi inserido no livro Contos de Aprendiz, da Editora José Olympio. Agora, uma segunda edição com ilustrações de Alfredo Benavidez Bedoya chega ao mercado pela Editora Record. E em 2010, será lançado o filme homônimo, dirigido por Paulo César Saraceni, responsável pelo premiado curta “Arraial do Cabo”, precursor do cinema novo.
Em O Gerente, Carlos Drummond de Andrade conta a história de Samuel Cardoso, um homem simples, educado e elegante, nascido em Sergipe e morador de Laranjeiras. Todos admiram sua cortesia, especialmente as senhoras.
Ao ser promovido a gerente de banco, viu a quantidade de convites para festas, recepções e outros encontros sociais aumentar. Conversava com todos e tinha uma maneira peculiar de cumprimentar as senhoras e senhoritas que encontrava: beijar-lhes delicadamente uma das mãos. Durante uma recepção, logo após o cumprimento, a mão da anfitriã começa a sangrar. Samuel e um garçom são as pessoas mais próximas e acalmam a senhora. Depois sabe-se que parte de seu dedo fora decepado.
Outro acidente, com as mesmas características do primeiro, coloca Samuel como principal suspeito. Tudo igual: o cumprimento, um contido gemido de dor e sangue, muito sangue. As pessoas se afastam. As senhoras temem encontrá-lo. Mas será que Samuel, um homem normal, seria capaz de fazer isso? Carlos Drummond de Andrade surpreende nessa novela, principalmente pelo mistério e pela fantasia.
Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902 em Minas Gerais. Lançou seu primeiro livro, Alguma Poesia, em 1930. Entrou para o serviço público e se transferiu para o Rio de Janeiro em 1934. Colaborou para os jornais Diário de Minas, A Tribuna, Correio da Manhã, Folha Carioca e Jornal do Brasil, onde encerrou sua carreira de jornalista. Várias de suas obras foram traduzidas para outras línguas, como alemão, inglês, espanhol e francês. Morreu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, deixando cinco obras inéditas.
Alfredo Benavidez Bedoya nasceu em 1951, em Buenos Aires. Seu trabalho com gravuras em relevo lhe rendeu reconhecimento e diversos prêmios. Em 1999, recebeu a bolsa Guggenheim de Artes Gráficas. Sua obra artística, sempre elogiada pela crítica especializada, já foi exposta em galerias, museus e centros culturais e se encontra em coleções, condensada em quatro livros e acompanhada por textos literários e críticos. ****
Aventura emocionante por um continente de histórias
No aclamado romance “Os amantes de minha mãe”, Christopher Hope apresenta uma reflexão sobre a história da África do Sul no século XX
Em um romance comovente e lírico, o premiado escritor sul-africano Christopher Hope – finalista do Man Booker Prize e ganhador do Whitbread Award – traça um panorama da história da África do Sul no século XX, pelos olhos de uma autêntica e corajosa personagem feminina e de seu filho único.
Mulher de hábitos peculiares, Kathleen Healey imaginava que a África era deserta e que pertencia a ela. Africana, descendente de ingleses e irlandeses, Kathleen era amante de tricô, caçava búfalos, pilotava aviões e certa vez lutou três rounds de boxe com Ernest Hemingway em um ginásio em Mombasa. Pousava seu avião onde e quando quisesse e transportava para o exílio militantes do CNA, o Congresso Nacional Africano, que fazia oposição ao regime de apartheid. Distribuía favores livremente e tinha amantes de diversos locais do mundo. Os homens que amou representam a história da África do Sul, desde a Guerra dos Bôeres, passando pelas guerras mundiais, até o fim do apartheid.
Em Os amantes de minha mãe, Christopher Hope esculpiu uma personagem feminina tão excitante e aterradora quanto a própria África. Kathleen Healey é impetuosa, divertida e, por vezes, cruel. Destemida, atravessa o continente, do Cabo ao Cairo. Sem a mãe, o menino Alexander mantém os olhos fixos no céu para se aproximar dela, a mulher sempre distante, inalcançável. Nascido em 1944, o garoto mantém uma relação tensa com a mãe e com seu país, cujas mudanças acompanham seu crescimento.
Quando ela morre, Alex retorna a uma Johanesburgo pós-apartheid, que ele não reconhece mais, para cumprir seus últimos desejos. A herança, que ele tem de entregar pessoalmente, inclui um conjunto de armas para um antigo membro do regime; uma peruca que tinha pertencido a um menino soldado liberiano; e suas agulhas de tricô, que devem ser entregues a Bamadodi, a Rainha da Chuva. Alexander herda a casa e o jardineiro que, como ele, também é um exilado. Mas quando conhece Cindy September e ela se muda para a sua casa, ele é obrigado a se confrontar com o último legado da mãe: a capacidade de amar.
De humor sarcástico, extremamente criativo e povoado com um elenco fantástico de personagens, OS Os amantes de minha mãe prova que o desejo de ser amado e de pertencer afeta a todos nós. Um romance belo, psicológico, mas também uma reflexão sobre as relações entre as raças e os impasses e limitações da política moderna na África do Sul.
Christopher Hope nasceu em Johanesburgo, em 1944. É autor de sete romances, dentre eles: Separate Development, com o qual ganhou o David Higham Prize; Kruger´s Alp, vencedor do Whitbread Prize; e Serenity House, que foi indicado para o Man Booker Prize. Atualmente mora na França. ***
Um romance noir moderno
"Piloto de fuga", de Andrew Vachss, mistura elementos clássicos com muita adrenalina
“Todo assalto precisa de um piloto de fuga. Não importa quão tranqüilo seja o serviço. Se você não fugir com o dinheiro não adianta nada. Aprendi isso ainda criança, quando fui preso pela primeira vez. Quando você é preso uma vez, este se torna seu destino.”
Mundialmente aclamado por trazer nova vida ao gênero policial, Andrew Vachss faz sua estréia na Coleção Negra com um noir clássico situado em tempos modernos. Em PILOTO DE FUGA, o autor faz uso de sua experiência como investigador federal, assistente social, diretor de uma instituição para jovens delinqüentes e advogado para contar a história de um jovem tão fascinado por carros que acaba assumindo a função de motorista em roubos apenas para pilotá-los.
Eddie é um garoto solitário e não exatamente brilhante cuja paixão é dirigir. Começou a roubar carros muito antes de ter idade para tirar carteira de motorista; movido por uma força que nunca questionava, apenas obedecia. Após uma série de passos em falso, entremeados por temporadas em instituições para jovens delinqüentes, Eddie une-se a dois irmãos, criminosos profissionais, que o aceitam como um dos seus. Mas, mesmo quando seu último negócio se transforma em um inferno — alarmes e sirenes de polícia tocando — Eddie continua firme...
Na prisão, as habilidades ao volante e a lealdade obstinada de Eddie chamam a atenção de J.C., um conhecido e respeitado ladrão. Quando é libertado, Eddie se torna o motorista de sua quadrilha. J.C. planeja seu grande golpe: o assalto que garantirá a aposentadoria de todos eles. Durante meses eles estudam cada passo do plano e o caminho parece livre, até que Vonda, a voluptuosa namorada de J.C., se interessa por Eddie e não esconde dele suas verdadeiras intenções. Mas alguns caminhos têm guinadas que nem um piloto profissional pode prever.
Um romance policial com todos os ingredientes do gênero – homens de confiança, damas manipuladoras, parceiros traiçoeiros e muita ação. Eddie não está no jogo pelo dinheiro fácil ou pela adrenalina, ele só quer dirigir – nem que para isso tenha que se tornar um criminoso. Em PILOTO DE FUGA, Vachss expõe e disseca incansavelmente não a culpa, mas a inocência.
Andrew Vachss foi investigador federal, assistente social, sindicalista e dirigiu uma instituição para jovens delinquentes. Atualmente é um dos advogados mais respeitados dos Estados Unidos em defesas de jovens e crianças. É também autor de contos, letras de músicas, poesias, quadrinhos e romances. Entre estes, Flood (1985), que será publicado pela Editora Record em breve, Strega (1987), Choice of Evil (1999), and Dead and Gone (2000). Seus contos foram publicados em veículos de imprensa como Playboy, The New York Times, Esquire entre outros. Atualmente, Vachss mora e trabalha em Nova York.
No centenário da morte de Euclides da Cunha, “Os Sertões” ganha edição ilustrada
Para marcar os cem anos da morte de Euclides da Cunha (15/08/1909), a Ediouro relançou Os Sertões, numa versão ricamente ilustrada e com introdução da professora Walnice Nogueira Galvão, especialista na obra e no universo euclidiano. Nesta edição histórica, a obra-prima de Euclides da Cunha é acompanhada de uma seleção de desenhos de Aldemir Martins (edição de 1968), de Alfredo Aquino (edição de 1975) e de J.B. Andersen (edição em língua alemã). Traz, também, reproduções de pinturas de Debret, Benedito Calixto, Vítor Meirelles, Trípoli Gaudenzi e Otoniel Fernandes Nieto, entre outras, além de uma série de fotos da época e do conflito retratados em Os Sertões.
A primeira edição de Os Sertões chegou às livrarias em dezembro de 1902. O livro é o resultado do intenso envolvimento de Euclides da Cunha com a Guerra de Canudos. Declaradamente republicano, em 1897 ele escreveu diversos artigos sobre a comunidade independente de Canudos, no interior da Bahia, e sobre o líder do movimento, Antônio Conselheiro, tido como monarquista. Em setembro daquele ano, Euclides da Cunha acompanhou como correspondente de guerra para o jornal A Província de S. Paulo, a quarta e derradeira expedição militar contra Conselheiro e seus seguidores.
Além dos artigos escritos diretamente do front, Euclides da Cunha também fez intensa pesquisa sobre o sertão baiano, a política local e sobre a vida de Antônio Conselheiro. De posse desse material, levou três anos para finalizar Os Sertões. Para muitos, o livro é a gênese da brasilidade.
Os Sertões é dividido em três grandes tópicos: “A Terra”, “O Homem” e “A Luta”. No primeiro tópico, Euclides da Cunha revela seus conhecimentos científicos para identificar as características climáticas e de solo do semi-árido. Em “O Homem”, faz uma investigação antropológica e cultural dos sertanejos seguidores de Conselheiro. Em “A Luta”, Euclides da Cunha descreve a sequência de expedições levadas a cabo pelos governos da Bahia e do Brasil contra Canudos, até aquela que arrasou o povoado e dizimou os moradores.
Euclydes Rodrigues Pimenta da Cunha (1866-1909) – Professor, engenheiro militar, jornalista, escritor, explorador e cartógrafo. Iniciou a atividade literária escrevendo artigos para o jornal A Província de S. Paulo (atual O Estado de S. Paulo). Além de Os Sertões, teve publicado Contrastes e Confrontos, Peru versus Bolívia e À Margem da História. Imortal da Academia Brasileira de Letras, Euclides da Cunha assumiu a cadeira que pertenceu a Castro Alves.
SERVIÇO
Livro: Os Sertões
Autor: Euclides da Cunha (apresentação de Walnice Nogueira Galvão)
Nº de páginas: 544
Preço sugerido: R$ 59,90
Crime e mistério no Caminho de Santiago
Autor brasileiro supera Dan Brown e lança romance no qual afirma desvendar segredos que o Cristianismo ocultou por mais de mil anos
Num dos livros mais surpreendentes lançados este ano, um autor brasileiro – A. J. Barros, que divide seu tempo no Brasil e em viagens por recantos inexplorados do planeta, em busca de enredos para os romances que pretende escrever – envereda pelo lendário Caminho de Santiago de Compostela e cria uma trama envolvente. Lançado há 15 dias, com uma grande campanha publicitária, O Enigma de Compostela (Geração Editorial, 464 páginas, R$ 49,00) teve sua primeira edição, de 15.000 exemplares, vendida imediatamente. Outros 15.000 livros sairão da gráfica esta semana para abastecer as livrarias.
O sucesso já era esperado, segundo o editor Luiz Fernando Emediato, que investiu uma quantia considerável – não revelada – em anúncios nos jornais, revistas, estações de metrô e parcerias com as maiores redes livreiras. Esta semana entrarão anúncios na rede Cinemark de cinemas.
– O autor – explica Emediato – pesquisou 10 anos para fazer este livro, misturou fatos históricos conhecidos – como as Cruzadas, o drama dos cavaleiros templários e o massacre dos cátaros, uma seita cristã dos primeiros tempos – e, fato inédito, percorreu o Caminho de Santiago quatro vezes, duas de carro e duas a pé, para construir uma trama muito envolvente. Eu nunca havia visto tanta determinação. O resultado foi um romance que mescla conhecimento e drama histórico-religioso com entretenimento e vai agradar tanto aos leitores do Código Da Vinci quanto aos críticos mais exigentes.
Um suspense épico
A trama de O Enigma de Compostela é realmente intrigante. Mauricio, um investigador – o mesmo de O Conceito Zero, romance anterior de Barros que vendeu 10.000 exemplares – trilha o Caminho de Santiago, na Espanha, onde ocorre uma série de assassinatos contra freiras, frades, peregrinos e até agentes da CIA. Os crimes têm uma lógica e os assassinos vão deixando atrás de si um rastro de mistério com base em charadas que precisam ser desvendadas. As ações estão sendo investigadas pela CIA e pela polícia espanhola e suspeita-se que grupos terroristas e seitas religiosas podem estar envolvidos nelas.
As ações no presente entrelaçam-se com outras, ocorridas nos primórdios no Cristianismo. Barros quer demonstrar que, em nome do milenar Caminho, crimes inominaveis foram cometidos. E consegue.
Com flash backs cinematográficos, A. J. Barros volta ao Império Romano, aos estratagemas de Constantino para propagar o Cristianismo, passa pelo surgimento, ascensão e queda da seita dos cátaros, investiga como surgiu e foi ferrenhamente combatida a dinastia merovíngia, que se considerava descendente de Jesus Cristo, incursiona pelo surgimento das Cruzadas e suas campanhas sangrentas em busca de riqueza e poder, bem mais do que de fé, e envolve o leitor numa dúvida excruciante: o Cristianismo dos papas é o verdadeiro Cristianismo ou apenas a seita dominante que venceu as demais que surgiram?
Para contar sua história, – A. J. Barros fez realmente uma pesquisa extraordinária. Enfiou-se pela Bíblia, pelos textos canônicos e não canônicos, pelos livros de História, pelos arquivos de monastérios e igrejas. Fez questão de visitar, o que durou anos, os locais em que os fatos aconteceram, para neles colocar seus personagens reais e imaginários. Trilhou a pé e duas vezes de carro o famoso Caminho de Santiago. Não satisfeito, romance escrito, andou a pé pelo Caminho uma quarta vez, com seu notebook, checando tudo: locais, igrejas, pousadas, desfiladeiros. Quase mil quilômetros em 30 dias de caminhada dura. Só então deu por terminada sua pesquisa. O romance estava pronto.
Mais um diário de bordo sobre a caminhada até Compostela? Nada disso. O resultado foi mesmo um livro de mistério conjugado com um épico sobre a história do Cristianismo. Mauricio, sempre ele, está trilhando o Caminho. Ao longo da peregrinação, assassinatos brutais desafiam sua inteligência em enigmas que são postos para decifração imediata. Por que o corpo de César Bórgia, enterrado à margem do Caminho, ajudaria a explicar os crimes? O que um professor da Universidade de Roma e sua bela aluna e amante teriam a ver com tudo isso? Qual a ligação da dinastia merovíngia com os tempos da Internet? Por que padres e freiras estariam sendo brutalmente assassinados? Em quem confiar? Na bela Patrícia, a peregrina americana? No inspetor espanhol, que aparece e desaparece, depois de muitas perguntas? Qual o interesse da CIA neste mistério? Por que tantas charadas?
Passado e presente se misturam, para desvelar progressivamente o véu que cobre segredos escondidos há séculos. Será que Maurício conseguirá resolver o enigma?
Mesclando suspense e História, imaginação e fantasia, mas sem jamais tornar os fatos inverossímeis, com respeito total à inteligência do leitor e à lógica, A. J. Barros constrói um romance em que vai montando um quebra-cabeça e decifrando um enigma enquanto mantém o suspense. O leitor vai se ver entre paredes de castelos que transpiram fantasmas de reis, cortesãs, papas e guerreiros; em cavernas, monastérios, colinas e igrejas em cujo solo sepultaram-se santos falsos que queimaram supostas bruxas e hereges.
Uma construção surpreendentemente original, com material capaz de conquistar o leitor mais exigente: o texto é pontilhado de sólidos dados históricos, um verdadeiro passeio pelo qual nos deixamos levar, não raras vezes respirando o clima medieval que permeia um cenário atual. De amores e traição. De dúvidas e missão fanática. A perversidade dos assassinatos dá pistas de uma missão a ser cumprida. Só no final, surpreendente, decifra-se o último enigma: os autores dos crimes, sedentos de vingança, querem algo bem mais terrível do que reviver o passado e encher o presente de horror.
Em Grau 26, o leitor tem acesso a site exclusivo, com cenas de alta qualidade e áudios que complementam a trama
Criador e produtor-executivo da série de TV CSI, fenômeno no mundo inteiro com cerca de dois bilhões de espectadores em 200 países e várias indicações ao Emmy e ao Globo de Ouro, Anthony E. Zuiker inova mais uma vez com um projeto inédito, que agrega literatura, cinema e internet. Com colaboração de Duane Swierczynski, “Grau 26” é o primeiro romance digital interativo do mundo. Uma experiência narrativa crua, obscura e intensa, que transporta o leitor das páginas do livro para vídeos e conteúdo interativo virtual.
O primeiro volume da série, Grau 26, a origem, apresenta Steve Dark, um agente aposentado do FBI que volta ao trabalho para deter um assassino em série como o mundo nunca viu. Os agentes da lei sabem que assassinos são categorizados em uma escala de 25 graus de perversidade, desde os mais simples oportunistas do Grau 1, aos torturadores metódicos do Grau 25. O que quase ninguém sabe é que uma nova categoria está prestes ser criada.
Comandado pelo talentoso detetive Dark, um grupo de investigadores de elite segue o rastro de um assassino tão terrível — responsável por matar, violentar, mutilar, envenenar e torturar brutalmente 35 pessoas em seis países durante 23 anos — que não se encaixa em nenhum dos 25 graus de psicopatia conhecidos, obrigando a lei a criar uma nova classificação de crueldade para encaixá-lo. Seu nome é Sqweegel. Seus alvos: Qualquer um. Seus métodos: Ilimitados. Sua classificação: Grau 26.
Grau 26 pode ser lido como um livro tradicional, em qualquer lugar sem acesso digital... mas à medida que história avança, um nível mais profundo de imersão pode ser feito no site www.grau26.com.br, exclusivamente para os leitores, que terão acesso a conteúdo digital com vídeos, áudios e elementos interativos que complementam a trama. A cada vinte páginas do livro, o leitor encontrará códigos que permitem conectar-se a uma ciberponte: uma cena de até três minutos, legendada em português, com atores de filmes famosos e séries de TV premiadas.
Diante de seus olhos, os personagens ganharão vida e os detalhes da cena do crime vão explodir da tela, levando a experiência a um novo nível, inserindo os leitores no meio da ação e dentro das mentes de um ensandecido assassino em série e do homem enviado para caçá-lo.
O site mundial do livro inclui ainda extras das filmagens e uma seção onde é possível ler posts sobre crimes reais, blogs de detetives e investigadores criminais de verdade, e até mesmo aventurar-se pelas mentes de alguns dos mais terríveis assassinos em série da História.
Um tratado emocionante sobre memória e amizade
Romance “Os artistas da memória” mostra cinco pessoas que sofrem de diferentes distúrbios de memória
Eleito o melhor livro de 2005 pela Canadian Authors Association Award e indicado a vários prêmios, “Os artistas da memória”, do canadense Jeffrey Moore, é um romance tragicômico que gira em torno da noção de memória e seu papel nas vidas de diferentes personagens.
Ainda jovem, Noel Burum é diagnosticado pelo renomado neurologista Emile Vorta com hipermnésia e sinestesia: lembra-se de qualquer acontecimento, até do mais ínfimo detalhe, e vê as palavras como vibrantes explosões de cores. Mas, apesar de toda a habilidade mnemônica, ele mais tarde é confrontado diariamente com uma realidade tão sádica quanto irônica: sua mãe, Stella, uma professora de história aposentada, tem Alzheimer, doença que lentamente conduz sua memória em direção à areia movediça do esquecimento. Impedidos de levar uma vida normal e cativos dos caprichos da memória, mãe e filho tentam dar sentido ao mundo em uma casa repleta de recordações.
Abandonado pela Medicina mas não pela esperança, Noel improvisa-se como cientista na busca obstinada de uma cura para a mãe, e começa a conduzir experimentos secretos com tratamentos caseiros – passando pela aromaterapia, a homeopatia e a medicina chinesa. Nessa missão, contará com ajuda de três excêntricos amigos, também pacientes do Dr. Vorta – Norval, que tem um alfabeto de mulheres a conquistar; Samira, voluntária numa experiência de amnésia na expectativa de se reinventar; e JJ, que está preso à infância.
Os resultados são ao mesmo tempo divertidos, peculiarmente criativos e comoventes: o autor oferece ao mesmo tempo um retrato satírico da ciência e da medicina alternativa do novo milênio e um testemunho sobre o enriquecedor poder da família e da amizade.
Múltiplas facetas de uma mulher
“A vida íntima de Pippa Lee”, de Rebecca Miller, romance que deu origem ao filme
Primeiro romance de Rebecca Miller, diretora e roteirista de O mundo de Jack & Rose e autora de uma coletânea de contos que deu origem ao filme O tempo de cada um, vencedor do Grande Júri do Sundance 2002, “A Vida Íntima de Pippa Lee” chega simultaneamente aos cinemas brasileiros, em uma adaptação dirigida pela própria autora e com um elenco estelar. Produzido por Brad Pitt, o filme conta com Robin Wright Penn no papel de Pippa, além de Keanu Reeves, Juliane Moore, Alan Arkin, Winona Ryder, Blake Lively, Monica Belucci e Maria Bello.
Aos 50 anos, Pippa Lee acreditava ter a vida perfeita: considerada pelos amigos uma das pessoas mais graciosas, bonitas e interessantes que já conheceram, casada com um editor de sucesso e mãe de dois filhos. Mora numa bela casa em Manhattan e passa férias na sua residência de luxo à beira-mar. Embora seu passado esconda uma infância problemática, uma turbulenta adolescência e idade adulta, e muitas escolhas difíceis, Pippa parece finalmente viver uma vida de sonho.
Tudo muda no dia em que o marido, 30 anos mais velho, decide que está hora de saírem da agitada Nova York com destino a um complexo residencial para aposentados – uma medida preventiva para a velhice. Subitamente, a mulher que em outros tempos foi verdadeiramente impetuosa e insensata percebe que está vivendo de forma convencional. Por entre o zumbido de cortadores de grama, trocas de receitas e afazeres domésticos, ela começa a se perguntar como foi parar naquele lugar. E agora, seu mundo, sua vida tranquila, sua família, tudo o que ela ama está ameaçando ruir.
“A Vida Íntima de Pippa Lee” é uma história sobre juventude frenética, encontros inesperados, casos amorosos, traições e a perigosa segurança do casamento.
A emocionante e desconhecida história do papel-moeda
Em A grande jogada, Claude Cueni cria um romance histórico que mescla duelos e jogos de azar ao mundo das finanças
Claude Cueni, roteirista de diversas séries policiais na tv alemã, chega ao mercado brasileiro com A GRANDE JOAGADA. O livro conta a história de John Law, contraditório gênio da matemática que defendeu a introdução do papel-moeda na economia moderna. Dotado de uma prodigiosa capacidade de cálculo, o elegante e mulherengo John Law, nascido em Edimburgo em 1671, adquiriu prestígio social graças às suas habilidades no jogo. Mas é quando as circunstâncias o forçam a fugir para a França - expulso do país depois de um duelo que resultou na morte do adversário - que encontra o cenário ideal para desenvolver suas habilidades.
Durante sua fuga através de uma Europa destruída por décadas de guerra, Law tem a idéia de não mais restringir a emissão de moeda aos metais preciosos, cada vez mais escassos. Funda a Banque Royale e, pela primeira vez, emite papel-moeda. A iniciativa é um sucesso, o comércio floresce e John Law acumula uma fortuna que o torna o primeiro milionário do seu tempo, talvez o homem mais rico de todos os tempos.
Ao mesmo tempo em que aperfeiçoa seus conceitos para regenerar a economia, freqüenta as salas de uma sociedade devastada pela inanidade do seu governo e as maquinações dos banqueiros e grandes senhores. Assim, em resposta às atribulações políticas e sociais de toda uma era, John Law vai viver a sua própria ascensão. E uma queda tão vertiginosa quanto.
Bem documentado, A GRANDE JOAGADA apresenta uma rica galeria de personagens do tribunal francês nos últimos anos de Luís XIV durante a regência de Felipe d'Orleans. O Duque de Saint-Simon, o marquês d'Argenson, Montesquieu e Daniel Defoe, entre outros, estão envolvidos em uma história em que os ideais de honra, intrigas palacianas, traições e, acima de todas as vicissitudes do jogo e das apostas, são determinantes no amor e na política.
Claude Cueni é roteirista de diversas séries policiais da televisão alemã. É autor de romances de mistério e de Caesar's Druid, que se tornou best seller na Alemanha, Itália e Espanha. Ele vive em Basel com sua esposa e filho.
Segundo romance do cineasta francês Bernard Giraudeau
Em O marinheiro em terra, ele lança seu olhar para o lado irônico e comovente da condição humana
Roland sofre de uma doença degenerativa muscular. Preso a uma cadeira de rodas, passeia pelo mundo a partir das cartas recebidas, de 1987 a 1997, do amigo, o ator e cineasta francês Bernard Giraudeau. Nas entrelinhas, a chave para se libertar de sua imobilidade, a capacidade de alcançar as alturas inacessíveis das grandes distâncias.
Longe do turismo e da autocomplacência, essas letras formam uma história singular, o caleidoscópio das idéias de um jovem inocente mescladas aos sentimentos do homem em que se tornaria. Ex-marinheiro, Giraudeau, lutador incansável, corre o mundo de acordo com as suas muitas atividades. Na viagem que dá sentido à sua vida, está em constante busca, sempre em movimento. Sua pena pronta para os registros mais inusitados.
As mensagens são o testemunho dessa procura, à qual se misturam memórias, confissões íntimas e sonhos. Giraudeau escreve ao amigo para incluí-lo nessas reflexões e aventuras. Durante anos, essa é a fuga de Roland: através dos olhos do outro, ele se afoga em romances, trava conhecimento com diferentes culturas - La Rochelle, Madagascar, África do Sul, Marselha, Toulouse, Senegal -, e vive.
Na tradição de escritores viajantes, com um estilo lírico e brutal, o francês Bernard Giraudeau convida a uma jornada imaginária pela sensualidade da paisagem, a beleza das mulheres, o calor da amizade. Um jogo pungente, um faz-de-conta pelos portos do mundo, suas cores, perfumes e pessoas. Crônica de uma afeição sem pathos, O MARINHEIRO EM TERRA revela um olhar comovente, algumas vezes irônico, outras divertido, sobre a condição humana.
Bernard Giraudeau nasceu em La Rochelle, França, em junho de 1947. Ator, roteirista e produtor, também se dedicou à direção de diversos longas e documentários, entre eles L'Autre, Les caprices d'un fleuve, La Transamazonienne, Esquisses philippines e Un ami chilien. Também é autor de Les Hommes à terre, Les contes d'Humahuaca e As damas do vento, também publicado pela Editora Record. Recebeu o Prêmio Américo Vespúcio 2007, no 18º Festival Internacional de Géographie.
Contos de um autor queniano
O primeiro conto publicado de Uwem Akpan, “Uma ceia de Natal”, apareceu no número da revista The New Yorker dedicado aos estreantes de ficção, em 2005. O retrato pintado pela história de uma família que vive num barracão improvisado no Quênia urbano e de sua tentativa de encontrar presentes de qualquer tipo para a iminente festa de Natal dá uma realidade prosaica às circunstâncias mais extremas – e assinala a chegada de um escritor de talento estonteante.
“O quarto dos meus pais” é o relato de uma menina ruandense sobre a luta de sua família para manter uma fachada de normalidade em meio a atos atrozes. Em “Engordando para o Gabão”, um irmão e uma irmã se confrontam com a tentativa do tio de vendê-los como escravos.
“Carros fúnebres de luxo” cria um microcosmo da África dentro de um ônibus cheio de passageiros refugiados e nos apresenta a um adolescente muçulmano que invoca a fé para suportar uma viagem traiçoeira pela Nigéria. “Que língua é essa?” revela o desgaste emocional do conflito cristão-muçulmano na Etiópia pelos olhos de amigas de infância. Cada história é um testemunho da sabedoria e da resistência das crianças, mesmo diante das situações mais aflitivas que nosso planeta pode oferecer.
Crime e mistério na Roma Antiga
Cave Canem é o primeiro volume da bem sucedida série policial italiana protagonizada pelo investigador Públio Aurélio
Considerada a rainha do policial histórico italiano, Danila Comastri Montanari conquistou críticos e leitores na Itália e no exterior com as aventuras de seu famoso personagem, o investigador da Roma Antiga Públio Aurélio. CAVE CANEM é o primeiro título desta série, publicada em países como França, Alemanha, Espanha, Grécia, Holanda e Romênia, e que já está no 12º volume.
Cave canem, ou cuidado com o cão, é um aviso freqüente na típica domus romana, uma grande casa familiar. Durante seu retorno a Roma após um período de repouso em Baia com a amiga Pompônia, Públio Aurélio se detém em uma dessas casas. A villa pertence ao abastado plebeu Cneu Pláucio, e se debruça sobre o lago Averno, a mítica porta para o reino dos Infernos.
Logo ao chegar, porém, o senador-detetive tem uma péssima surpresa: Pláucio Ático, filho de Cneu, é encontrado morto no tanque das moréias. Por isso, o hóspede é convidado pelo patriarca a se demorar no local, a fim de servir de testemunha na redação de um novo testamento.
Nesse período, conhece toda a família, que abriga mulheres ardilosas, a começar por Paulina — a matrona que foi obrigada a se divorciar do primeiro marido para se unir a Cneu —, passando por Plautila, a amante de um senador, a bela viúva Helena e sua jovem filha, Névia. Novos crimes se sucedem e Aurélio descobre que paira sobre os Pláucio uma maldição: uma sombria profecia diz que peixes, aves e insetos devorarão as árvores do jardim da villa, com exceção da velha figueira. Mas Aurélio, como bom epicurista, não acredita em vaticínios.
Natural de Bolonha, com dois diplomas superiores, três gatos, marido e filha, Danila Comastri Montanari é a rainha inconteste do policial histórico italiano. Criadora da série protagonizada por Públio Aurélio (que está em seu 12º volume), a autora é hoje unanimidade entre críticos e leitores na Itália e no exterior. Seu detetive de toga e laticlavo foi publicado, entre outros países, na França, Alemanha, Espanha, Grécia, Holanda e Romênia.
A autora que é rainha dos adolescentes
Meg Cabot já vendeu mais de 900 mil livros no Brasil
Aguardada continuação de Tamanho 42 não é gorda, TAMANHO 44 TAMBÉM NÃO É GORDA continua as aventuras de Heather Wells, uma ex-estrela pop que, depois de muitos tropeços, está refazendo sua vida.
Heather se acomodou bem em sua nova vida como diretora-assistente de alojamento estudantil na Faculdade de Nova York – uma carreira na qual não há exigência para que ela envolva seu corpo tamanho 42 em modelitos minúsculos e vergonhosos. Ela até está conseguindo engolir (mais ou menos) o casamento de seu ex-namorado roqueiro, que a imprensa está chamando de O Casamento de Celebridades da Década, que acontecerá em breve. Mas, com toda a certeza, está tendo dificuldades de lidar com a situação na cozinha do alojamento – onde uma animadora de torcida perdeu a cabeça no primeiro dia de aulas do semestre. (Para falar a verdade, a cabeça todo mundo sabe onde está... o corpo é que sumiu.)
Rodeada por alunos histéricos – sem falar no pai ex-presidiário à sua porta e o ex-amor enchendo-a de telefonemas indesejados –, Heather fica bem contente com a oportunidade de brincar de detetive... de novo. Se isso a ajudar a parar de pensar em seus problemas pessoais – e fizer com que ela entre em ação mais uma vez ao lado do lindo investigador particular que é dono do prédio em que ela mora –, tudo bem. Mas as pistas do assassino estão conduzindo a detetive amadora para um mundo obscuro. E, se não tomar cuidado, Heather em breve estará entoando sua derradeira canção!
TAMANHO 44 TAMBÉM NÃO É GORDA é a nova aventura de Heather Wells, uma heroína pop que chegou a um ponto nada desejado de sua carreira: o fundo do poço! Mais um delicioso livro de Meg Cabot que vai agradar em cheio às fãs do gênero chick lit.
Meg Cabot já morou em Indiana, na Califórnia e na França. Trabalhou como ilustradora e é autora da série O Diário da Princesa e de livros como Sorte ou azar? e Pegando fogo!, todos publicados pela Galera Record. Atualmente divide seu tempo entre Key West, na Flórida, e Nova York, com seu marido e uma gata de um olho só chamada Henrietta.
A consequência da guerra na vida de um homem
Atravessando um vibrante mundo intelectual, O Senhor March retrata a complexidade moral da guerra, testado pela demanda do idealismo extremo. Uma escrita luxuosa, um conto original e com detalhes de um outro tempo. Para criar o personagem do senhor March, Geraldine Brooks recorre às cartas de Bronson Alcott, pai de Louisa May Alcott, um dos personagens do clássico Mulherzinhas, e traz à luz todo o seu idealismo e sensibilidade, com uma influência natural e verossímil.
No romance de Brooks, o senhor March surge como um sacerdote idealista nas regiões devastadas pela guerra, que testará a fé em si mesmo e na causa que defende, pois, conforme os dias passam, March evidencia que também é capaz de atos de barbárie e racismo. Entre um ataque e outro, acaba sendo gravemente ferido, mas, ao recuperar-se de uma quase-morte, vê-se à frente de mais um desafio: reconstituir seu corpo e sua alma, que estão em frangalhos, para reencontrar uma família que foi deixada para trás e que não imagina quanto a guerra o transformou.
Meg Cabot em livro interativo
Capa e título de Pegando fogo! foram escolhidos por leitoras e fãs da autora em uma enquete no site da Galera Record
Com mais de 600 mil livros vendidos no país, Meg Cabot mais uma vez acerta em cheio. Em PEGANDO FOGO!, a autora mistura romance e pitadas de mistério em uma história sobre pequenas e grandes mentiras, o medo de fazer o que é certo e as dificuldades de encontrar o verdadeiro amor. Katie Ellison é uma mentirosa de mão-cheia e ainda por cima guarda um grande segredo sobre seu antigo melhor amigo, Tommy, que, quatro anos antes, criou um sério tumulto e acabou saindo da cidade. Agora, ele está de
volta, e Katie vai ter que decidir se prefere continuar com as mentiras para manter as aparências, ou se finalmente vai abrir a boca e aceitar que as coisas nunca mais serão como antes. PEGANDO FOGO! é mais um lançamento da Galera Record e chega às livrarias a partir de 13 de fevereiro.
Katie Ellison não é mentirosa. É só que falar a verdade é tão... complicado. Ela sabe que não deveria estar beijando o gato do grupo teatral da escola escondida do seu namorado, um jogador do time de futebol americano do colégio. Ela deveria admitir que odeia comer quahogs, um tipo de ostra muito apreciado por todos em Eastport, principalmente porque está concorrendo ao título de Princesa Quahog no festival anual da cidade. E com certeza seria um alívio finalmente contar a alguém o que realmente aconteceu quando a frase Tommy Sullivan é um esquisito foi pichada no muro recém-construído do ginásio da escola, em tinta cor-de-laranja florescente, que até hoje ninguém conseguiu retirar. Afinal, todo mundo sabe por que Tommy teve que sair da cidade quatro anos atrás...
Mas agora Tommy Sullivan está de volta. Katie tem certeza de que ele quer vingança, e ela fará qualquer coisa para manter sua vida perfeita (ainda que levemente desonesta). Mesmo que isso signifique contar mais mentiras do que nunca. Ainda que, com Tommy por perto outra vez, ela esteja, na verdade, se divertindo muito.
Em PEGANDO FOGO!, Meg Cabot mais uma vez acerta em cheio. Com muito bom humor, a autora mistura romance e pitadas de mistério em uma história sobre pequenas e grandes mentiras, o medo de fazer o que é certo e as dificuldades de encontrar o verdadeiro amor.
Meg Cabot já morou em Indiana, na Califórnia e na França. Trabalhou como ilustradora e usou o pseudônimo Jenny Carroll para escrever a série A Mediadora. É autora da série O Diário da Princesa e de livros como Sorte ou azar? e Como ser popular, todos publicados pela Galera Record. Atualmente divide seu tempo entre Key West, na Flórida, e Nova York, com seu marido e uma gata de um olho só chamada Henrietta.
Serviço:
Pegando fogo! (Pants on fire) de Meg Cabot
Tradução de Rodrigo Abreu
Galera Record
304 páginas
Preço: R$ 29
Literatura GLS
Para quem viveu na época do “sexo, amor e drogas” promovida nos anos 60 e 70, o livro “Da Vida dos Pássaros” promete trazer muito saudosismo dessa fase onde havia a possibilidade de viver o amor e o sexo sem se preocupar com os males modernos que encravou o fim de tal era. Sou fruto dos anos 80, nasci em meio à poda sexual, sendo sustentada pela “ira de Deus” sobre um povo que se esqueceu dos seus princípios. Já experimentei sexo, amor e drogas, porém não os três juntos, isso foi privilégio de uma geração atrás que hoje diz que eles sim sabiam viver. Também tenho saudades de um tempo que não vivi. Quem não quer viver a liberdade numa época de tanto moralismo? Mas posso vive-lo por intermédio da maravilhosa obra de Alexandre Ribondi, recém lançada pelas Edições GLS.
Da Vida dos Pássaros conta a história de Alexandre, um brasileiro que parte de Brasília com uma mochila nas costas com o sonho de desbravar a América do Sul de Che Chevara e Simón Bolívar, em Lima, Alexandre tem a sua vida cruzada com a vida de Michael, um norte-americano, filho de um rico empresário do setor petroleiro e com o sonho de viver na América do Sul sendo sustentado pelo tráfico de drogas. Juntos eles descobrem os mistérios da sexualidade, porém em suas vidas surge Pilarsita, que juntamente com Michel disputará o amor de Alexandre, envolvendo-os num triângulo que deixará o coração de Alexandre dividido.
Em meio a uma história de ficção, que nos leva a acreditar ser um trabalho de autobiografia por conta da exatidão dos acontecimentos políticos citados, o autor nos leva a uma história emocionante e surpreendente, um verdadeiro convite aos descrentes no amor repensarem seus posicionamentos. A história de Alexandre e Michel poderia ser a história de qualquer um de nos, pois são duas pessoas com posicionamentos diferentes que dividem as suas vidas e é nesse ponto que nasce o amor mais genuíno que possa existir, o amor da aceitação e do desapego, um amor sem cobranças e livre como a vida dos pássaros que vão morrer no Peru.
Dados Técnicos
Nome do Livro: Da vida dos Pássaros
Autor: Alexandre Ribondi
Número de páginas: 184
Formato: 14 x 21
ISBN: 9788586755507
Edições GLS
Preço: R$ 39,90
Romance policial: "Sangue Estranho", da jornalista Lindsay Ashford
Mulheres estão morrendo corn pentagramas entalhados em seus rostos. Ritual satânico ou ardilosa encenação?
Em SANGUE ESTRANHO, Lindsay Ashford — primeira mulher a se formar em criminologia no Queen's College da Universidade de Cambridge, em seus oitocentos anos de historia — retoma corn mais um mistério para a psicóloga legal Megan Rhys, do Departamento de Psicologia Investigativa da Universidade de Heartland, desvendar.
Apresentada ao público brasileiro em Congelado, a Dra. Rhys é chamada para ajudar a policia na investigação daquilo que acreditam ser uma morte ritual. Rapidamente, a astuta Megan percebe que o preconceito esta conduzindo a investigação para o caminho errado. Ao fugir do obvio — e questionar a versão oficial — ela colide com Steve Foy, chefe de policia encarregado do caso, um obcecado pela mídia.
Quando mais mulheres morrem — e a imprensa, a polícia, seu chefe e sua própria família se voltam contra ela — Megan aposta tudo na perseguição ao assassino. A determinação se transforma em desespero quando ela se convence de que a vida de sua irmã Ceri pode estar em perigo. Depois de uma ação fracassada na casa de Ceri, que acaba por expô-la ao ridículo, descobrir a identidade do assassino e a única forma de recuperar o respeito profissional e da família.
SANGUE ESTRANHO e uma trama empolgante, na melhor tradição dos romances policiais. Lindsay Ashford criou um livro que ecoa realismo, corn argumento multifacetado e personagens vividos. Uma leitura que provoca calafrios e explora todos os aspectos do medo que o ser humano tem de ser caçado e de ficar sozinho, de não confiar em ninguém ou de saber por que foi escolhido para morrer.
Lindsay Ashford e uma ex-jornalista da BBC, formada no Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge. Natural de Wolvehampton, ela vive atualmente na costa oeste do País de Gales.
SANGUE ESTRANHO
Lindsay Ashford
Tradução de Alexandre Raposo
Editora Record
Coleção Negra
224 páginas
Preço: R$ 27,00
Formato: 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-01-07837-7
Personagem de Gossip Girl ganha vida própria em série de livros
Gossip Girl é um fenômeno de vendas no mundo inteiro. As vendas no Brasil ultrapassam 200 mil exemplares e a série de TV é um sucesso em exibição em mais de 70 territórios. Com It Girl o sucesso se repete: GAROTA INESQUECÍVEL, de Cecily Von Ziegesar, é o quarto volume da série It Girl, que traz como protagonista Jenny Humphrey, uma das mais polemicas personagens de Gossip Girl, que deixou a Constance Billard para estudar na Waverly Academy, um colégio interno misto.
Depois de conseguir realizar o sonho de frequentar um colégio interno de elite, imaginou que estudar seria algo secundário, com tantas festas, amigas incríveis e garotos espetaculares. E ela estava certa. O que Jenny não esperava é que festinhas de pijama e conversas à noite com as amigas não seriam exatamente o que sua colega de quarto, Callie Vernon, entende por diversão. Até porque, depois que ela roubou seu namorado lindo, sensível e sedutor, Easy Walsh, Callie não se importa com os sentimentos da angelical Jenny... E não se sentiu nem um pouco culpada em comparecer a um jantar com a família do ex-namorado.
Enquanto isso, Brett mal consegue acreditar no que Jeremiah, seu ex-namorado, fez. Durante um revelador jogo de “Eu nunca”, ela descobriu que, durante os dois milissegundos que eles passaram brigados, o garoto conseguiu perder a virgindade com uma pseudo-punk fedendo a patchouli. No momento, ela nem consegue pensar em homens, aqueles idiotas. Ainda bem que Brett encontrou uma amiga muito especial...
Mas esse não foi o único problema causado pelo polêmico jogo. Muitas reputações foram colocadas à prova... Em especial a de Tinsley Carmichael, que está mostrando uma faceta que ninguém imaginaria: às voltas com um calouro muy interessante, Tinsley quase não consegue pensar em outra coisa. Isto é, até que ela descobre que as meninas do colégio estão fazendo reuniões (quase) exclusivamente femininas pelas suas costas. Esse tipo de traição não vai passar em branco... Ela ainda é a garota mais desejada do colégio e já está planejando uma festa memorável que vai mostrar a todos quem manda de verdade na Waverly Academy.
GAROTA INESQUECÍVEL é o quarto volume da nova série de Cecily von Ziegesar, autora de Gossip Girl. Considerada a Sex and the City para adolescentes, Gossip Girl é uma das séries mais lidas pelos jovens, que agora também podem se deliciar com a alta dose de drama, romance e traições na televisão: Gossip Girl ganhou as telinhas em uma produção de Josh Schwartz, criador da série The O.C. Um dos motivos que tornam as séries It Girl e Gossip Girl tão reais é que sua autora, Cecily von Ziegesar, foi criada na alta-roda nova-iorquina e aluna de um dos colégios mais chiques da cidade, convivendo com pessoas tão requintadas, elegantes, fúteis e divertidas como os personagens que criou.
DIVIRTA-CE recomenda
Olha para o céu, Frederico! Foi lançado em 1939 e colocou José Cândido de Carvalho no mesmo patamar de seus autores preferidos, como Rachel de Queiroz e José Lins do Rego. Neste livro, muitos elementos frequentes nos romances nordestinos são deslocados para o cenário do Rio de Janeiro, na grande usina de São Martinho: a disputa entre a matéria e o espírito (poder econômico X igreja católica), a infância e a maturidade (éden X eros), o arcaico e o moderno (engenho X usina). O jornalista José Cândido de Carvalho foi considerado por muitos críticos como um autor da literatura regionalista brasileira que tocava nas pequenas questões humanas de forma cômica, sofisticada e irônica. Eduardo de Sá Meneses, neto do Barão de Pedra Lisa, narra as peripécias de seu tio Frederico, dono do engenho de São Martinho, cujo olhar duro e o instinto predador provocam repulsa não só no sobrinho e herdeiro, como nos outros personagens da história. Ao longo do romance todos deixam escapar que, assim como o avarento protagonista, também são predadores e ambiciosos, apenas em diferentes graus e situações. Eduardo tenta a todo momento compreender o coração de pedra de seu tio, com quem conviveu por 15 anos, retornando às memórias da infância para recriar o retrato de um homem tão diminuto, que renasce em toda a sua miserável existência. Olha para o céu, Frederico é uma sátira aos senhores de engenho que comandavam a sociedade rural fluminense e contribuiu para o chamado romance do ciclo da cana-de-açúcar com o estilo coloquial e urbano do autor, típico de um cronista da imprensa diária. José Cândido de Carvalho desapareceu do cenário da literatura brasileira por 25 anos depois de lançar este romance, retornando somente em 1965 com a publicação de O coronel e o lobisomem que logo foi saudado como obra-prima.
Uma história de amor e redenção
Uma fábula sobre como provocar o destino e conviver com as conseqüências. Numa comunidade rural pequena e fechada, onde o tempo não passou, a frágil inocência dos laços familiares é destroçada num irrevogável momento e nada jamais será o mesmo. Em DO OUTRO LADO DA PONTE, a canadense Mary Lawson mostra porque é freqüentadora assídua das listas de mais vendidos mundo afora: seu livro de estréia, Crow Lake, ficou mais de 75 semanas nas principais listas canadenses e foi considerado um dos best sellers do New York Times.
Na cidadezinha canadense de Struan, em meados da década de 1930, dois irmãos, Arthur e Jake, filhos de um fazendeiro local, enfrentam a dura realidade do mundo entre as duas grandes guerras. Arthur é calado, sólido, obediente. Herda o caráter do pai e seu amor pela terra; Jake é mais jovem, atraente, volúvel. Sua aura de perigo e mistério é, na verdade, um desejo latente pela aprovação do pai. O frágil equilíbrio entre irmãos está prestes a ser abalado com a chegada da jovem Laura à comunidade.
Na década de 1950 o mundo mudou — um pouco, mas não o bastante. Ian Christopherson, filho do médico local, pensativo e idealista, não gosta de toda a cidade palpitando que ele devesse seguir os passos do pai. Então decide fazer algo inesperado e pede um emprego na fazenda — com a intenção adicional de ficar perto da bela Laura. As histórias dessas duas gerações na cidadezinha de Struan e nos seus hostis arredores rurais estão tragicamente entrelaçadas, ligadas pelo destino e pela comunidade, mas separadas por uma guerra que devora os jovens e cujo horror inimaginável atinge em cheio o coração desse rincão distante do império.
Mary Lawson tem um talento espantoso para girar lenta e delicadamente a catraca da tensão, aumentando-a até o terrível clímax. Retesado de apreensão, com momentos surpreendentes de ternura e humor, DO OUTRO LADO DA PONTE é um romance atraente, humano e cheio de vida, com uma irresistível subcorrente emocional. Um drama universal sobre o amor, a lealdade, os sonhos e a realidade.
Crow Lake, o primeiro romance de Mary Lawson, foi aplaudido pelos críticos eovacionado por leitores do mundo inteiro. Traduzido para mais de 20 línguas, foi um dos best sellers do New York Times, permaneceu mais de 75 semanas nas listas de mais vendidos do Canadá e ganhou o Prêmio McKitterick da Sociedade de Autores em 2003. Nascida e criada em uma fazenda em Ontario, a autora se mudou em 1968 para a Inglaterra. Atualmente, casada e com dois filhos adultos, mora em Kingston-upon-Thames.
Sexto volume da série de aventura infanto-juvenil
Há mais de 100 semanas na lista do New York Times, a série Artemis Fowl é um sucesso mundial publicada em 42 países. Neste sexto volume da série, Artemis está de volta depois de sumir por três anos. E o que encontra pela frente é uma vida muito diferente da que havia deixado para trás. Agora, ele é o irmão mais velho da família, e passa os dias ensinando seus irmãozinhos gêmeos coisas importantes, como, por exemplo, a forma correta de chamar um garçom em um restaurante francês. Artemis levando uma pacata vida caseira?
Bom, mais ou menos... Ao ver sua mãe contrair uma doença fatal, o mundo de Artemis vira de cabeça para baixo e ele novamente terá que salvar sua família. Sem conseguir um diagnóstico dos Homens da Lama, Artemis apela para seus amigos do Povo das Fadas e descobre que a doença é muito mais grave do que ele poderia imaginar: sua mãe e todos os seres mágicos estão em perigo. A única esperança de cura é o fluido cerebral de um lêmure sifaka sedoso. Infelizmente, essa raça está extinta, graças a um acordo impiedoso que o próprio Artemis fizera quando era mais novo.
Mesmo com a baixa probabilidade de sucesso, o menino prodígio do crime não está disposto a desistir. Com a ajuda dos amigos do Povo das Fadas, o jovem gênio viaja no tempo para resgatar o lêmure e trazê-lo em segurança até o presente. Para fazer isso, porém, Artemis terá que derrotar um louco que acaba de decidir qual será sua próxima presa: a capitã Holly Short.
As regras de viagens no tempo não são nem um pouco simples, mas para salvar a mãe, Artemis terá que quebrar todas elas. E, como se essa missão já não fosse complicada o suficiente, ele ainda terá que enfrentar, finalmente, um adversário à sua altura: ele mesmo, aos dez anos.
Eoin Colfer é professor e autor de mais de dez livros para crianças e adolescentes, entre eles Colin Cosmo e os Supernaturalistas, A lista dos desejos e Pânico na biblioteca. Pelos dois primeiros livros da série Artemis Fowl, Colfer foi indicado e recebeu vários prêmios de literatura infantil na Inglaterra, como o British Book Awards e o WH Smith.
O grupo que marcou a história da literatura na Paris no início do século XX
"A América é minha terra, mas Paris é minha casa". A célebre frase de Gertrude Stein define a relação de editores, escritores e pintores com a Cidade Luz do início do século XX. Para eles, capital da emancipação das artes e da liberdade de expressão. Um câmbio vantajoso (um dólar comprava 55 francos), viagens transatlânticas especiais a preços reduzidos a bordo de navios French Line, ausência de proibição — que permitia aos mais etílicos consumir imoderadamente cerveja, uísque, gim e bourbon — eram alguns dos privilégios oferecidos aos americanos pós-Primeira Grande Guerra.
Em OS EXILADOS DE MONTPARNASSE, Jean-Paul Caracalla recria o clima libertário e de total independência vivido por mais de 250 artistas anglo-saxões radicados na cidade. Ao adotar Montparnasse como refúgio boêmio, esses recém-chegados se recusaram a aceitar as restrições, o puritanismo, a censura e o sexismo que tomou conta de seus países. Os dias eram passados na livraria americana Shakespeare and Company, de Sylvia Beach, ou no ateliê de Gertrude Stein.
Nesta Paris fervilhante, estavam constantemente em contato F. Scott Fitzgerald, Hemingway, D. H. Lawrence, Joyce, Miller, Pound e Edith Wharton, entre outros. Qual a residência das Musas na Grécia, aquele monte Parnaso se torna o Olimpo da criatividade. Um ponto de encontro internacional de poetas, pintores e suas excêntricas inspiradoras. Um grupo que marcou a história da literatura e ainda suscita o interesse de crítica e público.
OS EXILADOS DE MONTPARNASSE transmite, em páginas pulsantes de vida, encharcadas de álcool e de sensações hedonistas, a atmosfera de bares, cafés e livrarias. A essência do espírito boêmio como autêntica expressão cultural de Paris e uma afirmação vigorosa da liberdade, contra a rigidez e os valores utilitários da sociedade convencional.
Jean-Paul Caracalla, ex-editor da Revue des Voyages, é autor, junto com Jean des Cars, de vários livros sobre personalidades européias (pela editora Denöel). Escreveu também uma série de livros sobre Paris: Montparnasse, l’age D’or, Montmartre, gens et légendes, Saint-Germain-des-Près. É hoje presidente do júri do prêmio literário Deux Magots.
Suspense psicológico na Arabia Saudita
A NOITE DO MI'RAJ marca a estréia na literatura da americana Zoe Ferraris. As vésperas de seu casamento arranjado, Nouf ash-Shrawi, a filha de 16 anos de urna abastada dinastia saudita de Jeddah, desaparece misteriosamente. A família pede ajuda a Nayir al-Sharqi, um guia do deserto, para liderar, com discrição, uma equipe de busca e descobrir o que aconteceu com a jovem.
Dez dias depois, quando ele esta prestes a desistir da missão, o corpo da jovem é encontrado por viajantes. Mas quando a policia revela que ela não morreu de desidratação, mas de afogamento, e sua família parece não ter interesse em descobrir a verdade, Nayir resolve investigar por conta própria as circunstâncias perturbadoras que cercam a morte da jovem.
Esta missão levara o gentil e devotado Nayir, um órfão palestino criado pelo seu tio, a vasculhar a vida secreta de uma rica e protegida adolescente - em uma das mais rígidas e segregadoras sociedades do Oriente Médio. As buscas o conduzem para além de seu habitat natural, longe das dunas intermináveis e do horizonte amplo do deserto. Inicialmente horrorizado pela idéia de mulheres que trabalham e mostram o rosto, Nayir acaba por constatar que precisara se unir à cientista forense Katya Hijazi para seguir as pistas e obter acesso ao misterioso mundo feminino.
A inesperada parceria desafia Nayir, colocando-o frente a frente com emoções que reprimira por toda a vida e levando-o a questionar a fidelidade de velhos amigos, a própria fé e as limitações impostas por suas crenças e por uma cultura em que as mulheres levam seus segredos para o túmulo. E os guia a revelações surpreendentes.
A eletrizante estréia de Zoe Ferraris neste tenso suspense psicológico abre uma janela sem precedentes para a Arábia Saudita e para a vida de homens e mulheres daquele pais. A NOITE DO MI'RAJ e um retrato hipnotizaste de uma sociedade com uma cultura extremamente rica e ao mesmo tempo, profundamente fechada.
A NOITE DO MI'RAJ
(Finding Nouf)
Zoe Ferraris
Tradução de Vera Whately e Claudia Mello
364 páginas
Preço: R$ 39,00
Formato: 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-01-08043-1
SUCESSO DOS LIVROS DE VAMPIROS
Anno Dracula, de Kim Newman, chega ao Brasil pela Editora Aleph.
Livro subverte a mais conhecida história de vampiros de todos os tempos e cria uma narrativa que mistura personagens reais e fictícios
Em Drácula, obra máxima da literatura vampiresca escrita por Bram Stoker, o temido vampiro é perseguido e derrotado por Van Helsing. Mas e se Drácula tivesse triunfado? Partindo dessa premissa, o autor Kim Newman apresenta em “Anno Dracula” uma original e inusitada versão desse clássico. Nela, o Rei dos vampiros desposa a rainha Vitória e dá início a sua linhagem sombria na Inglaterra do século XIX. Londres passa a viver em uma desordem pública após o casamento real. Os vampiros começam a “transformar” a população e impor o seu império. Em meio a esse cenário, misteriosos assassinatos começam a ocorrer no bairro de Whitechapel. As vítimas, todas vampiras, são brutalmente mutiladas. Aqui o autor, além de modificar as regras do gênero, suprimindo a imortalidade dos vampiros, faz também uma referência direta aos assassinatos cometidos na época por Jack, O estripador.
Os crimes trazem mais tumulto para a cidade, e surgem protestos contra o governo. Todos são imediatamente reprimidos pela violenta guarda Carpatiana do príncipe consorte, em um episódio que fica conhecido como “o domingo sangrento”. Para conter o caos, a Scotland Yard terá que enfrentar as nebulosas noites londrinas atrás do assassino, e para isso contará com a ajuda de Geneviéve, uma vampira aristocrática, e Beauregard, um distinto membro de um clube político secreto. Anno Drácula combina mistério, horror e política, em uma narrativa sarcástica. Com uma apurada pesquisa histórica, a trama apresenta vários elementos do período vitoriano, auge da revolução industrial.
O livro reúne ainda personagens antológicos da literatura e do cinema de horror, como Conde Orlock, do filme Nosferatu e Henry Jekyll, de O Médico e o monstro. Todos dividem o mesmo universo ficcional com personagens reais, como Oscar Wilde e o próprio Bram Stoker. Essa edição brasileira traz um guia inédito de personagens para orientar o leitor.
Lançado com grande sucesso em 1992 na Inglaterra, Anno Drácula – vencedor do prêmio International Horror Guild e finalista do Bram Stoker Award – chega agora ao Brasil como uma decisão participativa dos fãs, que sugeriram sua publicação pelo Orkut, na maior comunidade brasileira de ficção científica, com quase 5500 membros.
Sobre o autor:
Jornalista, crítico de cinema e escritor, o londrino Kim Newman lançou seu primeiro livro em 1985, Ghastly Beyond Belief: The Science Fiction and Fantasy Book of Quotations, um trabalho não ficcional em parceria com Neil Gaiman.
Seu romance de estreia, The Night Mayor, é de 1989, seguido por Bad Dreams (1990), Jago (1991) e, finalmente, Anno Dracula, em 1992, livro que o projetou como autor de horror e ficção.Escreveu também textos de fantasia juvenil sob o pseudônimo de Jack Yeovil e vários contos de ficção científica, publicados em antologias.
O sucesso de Anno Dracula deu origem a duas continuações: The Bloody Red Baron (1997) e Dracula Cha Cha Cha (1998).
2º volume da saga Alma e Sangue, sucesso de público no país
Relançado em agosto desse ano, Alma e Sangue: o despertar do vampiro deu novo fôlego à saga de vampiros escrita pela autora maranhense Nazarethe Fonseca. O livro, que já havia arrebatado o público na primeira edição, ganhou agora novos fãs, que após o fim da série Crepúsculo, estão ávidos por novas histórias de vampiro.
Esse segundo volume é inédito, e a história se passa cinco anos depois, quando a jovem protagonista Kara Ramos retorna à São Luiz e tem o seu diário roubado, colocando em risco o segredo milenar dos vampiros. Kara está em perigo e terá que usar seus novos poderes para lutar contra seus inimigos.
Para tanto, ela contará com a ajuda de Jan e do Rei Ariel Simon, retratado em memórias no primeiro volume, e que aparece agora para lutar pelo seu reino. Um triângulo amoroso surgirá entre eles, complicando ainda mais a trama e criando um cenário de incertezas, onde aliados podem tornar-se inimigos mortais.
O império dos vampiros expande a mitologia que arrebatou os fãs em O Despertar do Vampiro, adicionando um toque de magia e novos personagens ao universo dos vampiros. Mantendo a bem-sucedida receita de misturar ingredientes da literatura vampiresca mundial com cenários bem brasileiros, a autora produz uma narrativa repleta de mistérios e reviravolta. A saga continua em O Pacto dos Vampiros, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2010.
Nazarethe Fonseca nasceu em São Luís, Maranhão. Começou a escrever aos 15 anos, após um sonho que se tornaria seu primeiro livro, uma trama policial. É autora da saga Alma e Sangue, iniciada com O Despertar do Vampiro, continuada em O Império dos Vampiros e que prossegue em O Pacto dos Vampiros. Publicou contos nas coletâneas Necrópole: Histórias de Bruxaria e Anno Domini. Mora atualmente em Natal, Rio Grande do Norte.
VAMPIRATAS À VISTA...
Para deleite dos fãs, série de Justin Somper chega ao terceiro volume no Brasil.
Aventura não é mais algo desconhecido para os gêmeos Grace e Connor Tormenta. Desde o resgate após a tempestade que os deixou a mercê da força dos mares, um novo mundo os recebeu. A bordo do Diablo, Connor enfrenta seu maior desafio até agora. Depois que o insolente sobrinho do Capitão Wrathe, Luar, se junta à tripulação, o jovem Tormenta acredita ter chegado a hora de por sua coragem à prova. Mas quando ele finalmente supera seus limites, se vê num caminho sem volta e começa a questionar a vida de pirataria.
Grace está de volta ao navio Vampirata, ajudando Lorcan a recuperar a visão. Juntos, eles viajam para o Santuário, um lugar onde vampiros que fogem de sua própria sina se reúnem para controlar a sede por sangue. Neste lugar, vive o guru dos Vampiratas, Mosh Zu Kamal. Se alguém pode curar a cegueira de Lorcan, este alguém é Mosh Zu, mas ele parece estar mais interessado em Grace. A jovem, combatendo o perigo por todos os lados, não demorar a entender que seu destino está intrinsecamente ligado aos vampiratas...
Mas uma rebelião está se formando e o capitão do Noturno corre perigo. O que poderá acontecer, agora que uma turba de vampiros está solta nos mares? Terceiro volume da série Vampiratas, CAPITÃO DE SANGUE é mais uma aventura espetacular que reúne vampiros e pirataria numa trama intrigante, que conquistou milhares de leitores ao redor do mundo.
Justin Somper nasceu e foi criado em St. Albans, Hertfordshire, na Inglaterra. Trabalhou nos departamentos editoriais e de marketing de diversas editoras inglesas antes de criar uma empresa de consultoria dirigida ao mercado infantil e juvenil. O autor, que atualmente mora em Londres, teve aulas de esgrima antes de escrever as cenas de batalha da série Vampiratas.
O amor na terra de Ahmadinejad
Escritor iraniano revela como é viver, amar e ser artista em uma das culturas menos compreendidas do mundo
Um dos mais aclamados, talentosos e controvertidos autores contemporâneos, o iraniano Shahriar Mandanipour, premiado, mas também ameaçado e censurado em seu país por causa de sua literatura e atividades políticas, foi proibido de publicar seus livros entre 1992 e 1997, mudando-se para os Estados Unidos em 2006. Qualquer semelhança com seu novo romance não é mera coincidência: Em “Quando o Irã censura uma historia de amor”, o autor acompanha o empenho de um ambicioso escritor iraniano em escrever uma inédita história de amor que passe pelos censores. Um inventivo e sensível triunfo literário que abre uma janela reveladora acerca de como é viver, amar, e ser artista em uma das mais sedutoras, e menos compreendidas, culturas do mundo.
Dono de inteligência maliciosa, Shahriar Mandanipour, o alter ego ficcional do autor, há anos luta contra o Ministério da Cultura e Orientação Islâmica para publicar um livro. Agora, beirando os 50 anos, cansado de suas histórias sombrias e amargas, percebeu que “o mundo real a sua volta tem morte, destruição e tristeza o bastante.” E então resolve escrever uma encantadora história de amor no Irã contemporâneo. Mas em uma sociedade na qual é crime uma mulher caminhar nas ruas ao lado de um homem que não seja seu parente, e na qual os censores do governo inspecionam cada linha digitada, esse será seu maior desafio. Sob os olhos do Sr. Petrovich, o todo-poderoso e onisciente censor do Ministério, ele terá de costurar a trama dos jovens Sara e Dara.
A bela amante de livros e o orgulhoso estudante de cinema apaixonam-se entre as empoeiradas estantes da biblioteca da universidade, onde trocam mensagens codificadas nas páginas de seus livros favoritos. Desafiando o Estado e as próprias famílias, eles se encontram em ruas tumultuadas, cibercafés e viçosos jardins particulares de Teerã.
Escrever livremente sobre os encontros e desejos de Sara e Dara poderia colocar Shahriar em perigo ainda maior do que aquele enfrentado por seus amantes. Vigorosamente, ele rabisca linhas, abandona cenas inteiras e traz à tona os contrastes entre a sensual e gloriosa tradição poética persa e a puritana tirania do Irã atual. Com a escrita repleta de ironia e indignação, Mandanipour lança luz aos paradoxos que envolvem os perseguidos políticos, e celebra o poder libertador da literatura e do amor.
Anno Dracula, de Kim Newman, chega ao Brasil pela Editora Aleph.
Livro subverte a mais conhecida história de vampiros de todos os tempos e cria uma narrativa que mistura personagens reais e fictícios
Em Drácula, obra máxima da literatura vampiresca escrita por Bram Stoker, o temido vampiro é perseguido e derrotado por Van Helsing. Mas e se Drácula tivesse triunfado? Partindo dessa premissa, o autor Kim Newman apresenta em “Anno Dracula” uma original e inusitada versão desse clássico. Nela, o Rei dos vampiros desposa a rainha Vitória e dá início a sua linhagem sombria na Inglaterra do século XIX. Londres passa a viver em uma desordem pública após o casamento real. Os vampiros começam a “transformar” a população e impor o seu império. Em meio a esse cenário, misteriosos assassinatos começam a ocorrer no bairro de Whitechapel. As vítimas, todas vampiras, são brutalmente mutiladas. Aqui o autor, além de modificar as regras do gênero, suprimindo a imortalidade dos vampiros, faz também uma referência direta aos assassinatos cometidos na época por Jack, O estripador.
Os crimes trazem mais tumulto para a cidade, e surgem protestos contra o governo. Todos são imediatamente reprimidos pela violenta guarda Carpatiana do príncipe consorte, em um episódio que fica conhecido como “o domingo sangrento”. Para conter o caos, a Scotland Yard terá que enfrentar as nebulosas noites londrinas atrás do assassino, e para isso contará com a ajuda de Geneviéve, uma vampira aristocrática, e Beauregard, um distinto membro de um clube político secreto. Anno Drácula combina mistério, horror e política, em uma narrativa sarcástica. Com uma apurada pesquisa histórica, a trama apresenta vários elementos do período vitoriano, auge da revolução industrial.
O livro reúne ainda personagens antológicos da literatura e do cinema de horror, como Conde Orlock, do filme Nosferatu e Henry Jekyll, de O Médico e o monstro. Todos dividem o mesmo universo ficcional com personagens reais, como Oscar Wilde e o próprio Bram Stoker. Essa edição brasileira traz um guia inédito de personagens para orientar o leitor.
Lançado com grande sucesso em 1992 na Inglaterra, Anno Drácula – vencedor do prêmio International Horror Guild e finalista do Bram Stoker Award – chega agora ao Brasil como uma decisão participativa dos fãs, que sugeriram sua publicação pelo Orkut, na maior comunidade brasileira de ficção científica, com quase 5500 membros.
Sobre o autor:
Jornalista, crítico de cinema e escritor, o londrino Kim Newman lançou seu primeiro livro em 1985, Ghastly Beyond Belief: The Science Fiction and Fantasy Book of Quotations, um trabalho não ficcional em parceria com Neil Gaiman.
Seu romance de estreia, The Night Mayor, é de 1989, seguido por Bad Dreams (1990), Jago (1991) e, finalmente, Anno Dracula, em 1992, livro que o projetou como autor de horror e ficção.Escreveu também textos de fantasia juvenil sob o pseudônimo de Jack Yeovil e vários contos de ficção científica, publicados em antologias.
O sucesso de Anno Dracula deu origem a duas continuações: The Bloody Red Baron (1997) e Dracula Cha Cha Cha (1998).
2º volume da saga Alma e Sangue, sucesso de público no país
Relançado em agosto desse ano, Alma e Sangue: o despertar do vampiro deu novo fôlego à saga de vampiros escrita pela autora maranhense Nazarethe Fonseca. O livro, que já havia arrebatado o público na primeira edição, ganhou agora novos fãs, que após o fim da série Crepúsculo, estão ávidos por novas histórias de vampiro.
Esse segundo volume é inédito, e a história se passa cinco anos depois, quando a jovem protagonista Kara Ramos retorna à São Luiz e tem o seu diário roubado, colocando em risco o segredo milenar dos vampiros. Kara está em perigo e terá que usar seus novos poderes para lutar contra seus inimigos.
Para tanto, ela contará com a ajuda de Jan e do Rei Ariel Simon, retratado em memórias no primeiro volume, e que aparece agora para lutar pelo seu reino. Um triângulo amoroso surgirá entre eles, complicando ainda mais a trama e criando um cenário de incertezas, onde aliados podem tornar-se inimigos mortais.
O império dos vampiros expande a mitologia que arrebatou os fãs em O Despertar do Vampiro, adicionando um toque de magia e novos personagens ao universo dos vampiros. Mantendo a bem-sucedida receita de misturar ingredientes da literatura vampiresca mundial com cenários bem brasileiros, a autora produz uma narrativa repleta de mistérios e reviravolta. A saga continua em O Pacto dos Vampiros, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2010.
Nazarethe Fonseca nasceu em São Luís, Maranhão. Começou a escrever aos 15 anos, após um sonho que se tornaria seu primeiro livro, uma trama policial. É autora da saga Alma e Sangue, iniciada com O Despertar do Vampiro, continuada em O Império dos Vampiros e que prossegue em O Pacto dos Vampiros. Publicou contos nas coletâneas Necrópole: Histórias de Bruxaria e Anno Domini. Mora atualmente em Natal, Rio Grande do Norte.
VAMPIRATAS À VISTA...
Para deleite dos fãs, série de Justin Somper chega ao terceiro volume no Brasil.
Aventura não é mais algo desconhecido para os gêmeos Grace e Connor Tormenta. Desde o resgate após a tempestade que os deixou a mercê da força dos mares, um novo mundo os recebeu. A bordo do Diablo, Connor enfrenta seu maior desafio até agora. Depois que o insolente sobrinho do Capitão Wrathe, Luar, se junta à tripulação, o jovem Tormenta acredita ter chegado a hora de por sua coragem à prova. Mas quando ele finalmente supera seus limites, se vê num caminho sem volta e começa a questionar a vida de pirataria.
Grace está de volta ao navio Vampirata, ajudando Lorcan a recuperar a visão. Juntos, eles viajam para o Santuário, um lugar onde vampiros que fogem de sua própria sina se reúnem para controlar a sede por sangue. Neste lugar, vive o guru dos Vampiratas, Mosh Zu Kamal. Se alguém pode curar a cegueira de Lorcan, este alguém é Mosh Zu, mas ele parece estar mais interessado em Grace. A jovem, combatendo o perigo por todos os lados, não demorar a entender que seu destino está intrinsecamente ligado aos vampiratas...
Mas uma rebelião está se formando e o capitão do Noturno corre perigo. O que poderá acontecer, agora que uma turba de vampiros está solta nos mares? Terceiro volume da série Vampiratas, CAPITÃO DE SANGUE é mais uma aventura espetacular que reúne vampiros e pirataria numa trama intrigante, que conquistou milhares de leitores ao redor do mundo.
Justin Somper nasceu e foi criado em St. Albans, Hertfordshire, na Inglaterra. Trabalhou nos departamentos editoriais e de marketing de diversas editoras inglesas antes de criar uma empresa de consultoria dirigida ao mercado infantil e juvenil. O autor, que atualmente mora em Londres, teve aulas de esgrima antes de escrever as cenas de batalha da série Vampiratas.
O amor na terra de Ahmadinejad
Escritor iraniano revela como é viver, amar e ser artista em uma das culturas menos compreendidas do mundo
Um dos mais aclamados, talentosos e controvertidos autores contemporâneos, o iraniano Shahriar Mandanipour, premiado, mas também ameaçado e censurado em seu país por causa de sua literatura e atividades políticas, foi proibido de publicar seus livros entre 1992 e 1997, mudando-se para os Estados Unidos em 2006. Qualquer semelhança com seu novo romance não é mera coincidência: Em “Quando o Irã censura uma historia de amor”, o autor acompanha o empenho de um ambicioso escritor iraniano em escrever uma inédita história de amor que passe pelos censores. Um inventivo e sensível triunfo literário que abre uma janela reveladora acerca de como é viver, amar, e ser artista em uma das mais sedutoras, e menos compreendidas, culturas do mundo.
Dono de inteligência maliciosa, Shahriar Mandanipour, o alter ego ficcional do autor, há anos luta contra o Ministério da Cultura e Orientação Islâmica para publicar um livro. Agora, beirando os 50 anos, cansado de suas histórias sombrias e amargas, percebeu que “o mundo real a sua volta tem morte, destruição e tristeza o bastante.” E então resolve escrever uma encantadora história de amor no Irã contemporâneo. Mas em uma sociedade na qual é crime uma mulher caminhar nas ruas ao lado de um homem que não seja seu parente, e na qual os censores do governo inspecionam cada linha digitada, esse será seu maior desafio. Sob os olhos do Sr. Petrovich, o todo-poderoso e onisciente censor do Ministério, ele terá de costurar a trama dos jovens Sara e Dara.
A bela amante de livros e o orgulhoso estudante de cinema apaixonam-se entre as empoeiradas estantes da biblioteca da universidade, onde trocam mensagens codificadas nas páginas de seus livros favoritos. Desafiando o Estado e as próprias famílias, eles se encontram em ruas tumultuadas, cibercafés e viçosos jardins particulares de Teerã.
Escrever livremente sobre os encontros e desejos de Sara e Dara poderia colocar Shahriar em perigo ainda maior do que aquele enfrentado por seus amantes. Vigorosamente, ele rabisca linhas, abandona cenas inteiras e traz à tona os contrastes entre a sensual e gloriosa tradição poética persa e a puritana tirania do Irã atual. Com a escrita repleta de ironia e indignação, Mandanipour lança luz aos paradoxos que envolvem os perseguidos políticos, e celebra o poder libertador da literatura e do amor.
A mulher Papa: um segredo que o Vaticano esconde há séculos
Geração Editorial lança no Brasil “Papisa Joana”, o romance da escritora Donna Woolfolk Cross que conta a história da mulher que se disfarçou de homem e chegou a governar a Cristandade por dois anos
Há muitos anos a Igreja Católica tenta negar sua existência, mas as evidências não deixam dúvidas: existiu uma mulher que ocupou o trono papal. Esse mistério do passado e a veracidade sobre a Papisa Joana foram desenterrados pela escritora Donna Woolfolk Cross e transformados num grande romance histórico, que põe por terra a argumentação da Igreja de que essa mulher enigmática seria apenas uma lenda. A pesquisa, que durou mais de sete anos, reuniu todos os fatos conhecidos da vida de Joana, extraídos de documentos raros em inglês, espanhol, francês, italiano e latim. Além disso, num brilhante esforço de reconstituição de época, a autora retrata em “Papisa Joana” como era o século IX, o estilo de vida das pessoas, o preconceito contra as mulheres e a forma de funcionamento do clero.
Joana nasceu em 814, na aldeia de Ingelheim, no mesmo dia da morte do lendário Carlos Magno. O período era conhecido como Idade das Trevas, uma época brutal, de ignorância, miséria e superstição sem precedentes. Não existiam ainda os países europeus modernos, nem seus idiomas, apenas dialetos locais, sendo a língua culta o latim.
Com a morte do imperador Carlos, o Sacro Império Romano degenerou num caos de economia falida, pestes, guerras civis e invasões por parte de viquingues e sarracenos. A vida nesses tempos conturbados era particularmente difícil para as mulheres, que não tinham quaisquer direitos legais ou de propriedade.
A lei permitia que seus maridos batessem nelas, o estupro era encarado como uma forma menor de roubo. A educação das mulheres era desencorajada, pois uma mulher letrada era considerada não apenas uma aberração, mas também um perigo. Não havia para as mulheres outra alternativa a não ser se conformar com as limitações impostas ao seu sexo.
Foi nesse “meio” que Joana cresceu, aprendendo que apenas os homens poderiam conquistar um espaço na sociedade. Decidida, ela corajosamente se disfarça de rapaz quando adolescente, e ingressa num mosteiro beneditino, sob o nome de “irmão” João Ânglico. Graças à sua inteligência e determinação, ela rapidamente se destaca como erudita e médica, até que, sob a ameaça de ter seu disfarce revelado, parte para Roma, onde se torna médico do próprio papa.
Antes, porém, de cumprir seu destino e ocupar ela mesma o mais glorioso trono do Ocidente, Joana precisa superar obstáculos tremendos, como o seu amor pelo conde franco Gerold e as armadilhas do maquiavélico cardeal Anastácio, seu arquirrival.
O livro “Papisa Joana” foi transformado em filme pelo cineasta alemão Sönke Wortmann
Constantin Film, a mesma produtora que fez “O Nome da Rosa”, terminou de filmar “Papisa Joana” em janeiro. O roteiro é baseado no livro “Papisa Joana” da escritora Donna Woolfolk Cross, que vai figurar nos créditos do filme como “consultora criativa”. Donna também assistiu às gravações, que ocorreram na Alemanha e no Marrocos. “Eles precisavam me tirar à força do set no final de cada dia de filmagem. Foi extraordinário observar tanta gente — atores, operadores de câmera, maquiadores, extras, até animais — reconstituindo cenas e diálogos que eu havia escrito na solidão do meu pequeno escritório”, declara entusiasmada à espera do lançamento. A estreia do filme será em outubro deste ano na Europa, e nas telas brasileiras a partir de dezembro. Confira o trailer abaixo, na TV Divirta-CE.
Personagem fascinante
A papisa Joana é um dos personagens mais formidáveis de todos os tempos, e um dos menos conhecidos. Embora hoje negue a existência dela e de seu papado, a Igreja Católica reconheceu ambos como verdadeiros durante a Idade Média e a Renascença. Foi apenas a partir do século XVII, sob crescente ataque do protestantismo incipiente, que o Vaticano deu início a um esforço orquestrado para destruir os embaraçosos registros históricos sobre a mulher papa. O desaparecimento quase absoluto de Joana na consciência moderna atesta a eficácia de tais medidas.
Os segredos do faraó Tutancâmon
Christian Jacq, autor da série Ramsés, mistura história real e ficção em nova obra eletrizante
Cairo, 1951. Faruk, um tirano cruel e corrupto, reina num Egito pós-guerra conturbado e alvo dos desejos de França e Inglaterra. É nesta época que Mark Wilder desembarca no país após convocação por carta anônima. O mais recente romance de Christian Jacq é uma união de história real com ficção, e apresenta ao leitor uma trama inteligente, com um pano de fundo inovador para os romances de suspense: o Egito e suas tradições faraônicas. Depois de muitos thrillers ambientados em Roma, Vaticano, EUA, dentre outros, “Tutancâmon – O último segredo” (Editora Bertrand) se desenrola quase que totalmente num país ainda misterioso para todos nós.
Após ser chamado ao Egito, Mark Wilder toma conhecimento de importante vínculo entre ele e o tesouro encontrado na tumba de Tutancâmon, descoberta em 1922 pelo arqueólogo inglês Howard Carter. Sua missão: encontrar o último segredo de Tutancâmon, um tesouro cuidadosamente escondido pelo próprio faraó, e que vem sendo procurado por séculos. E essa possível revelação poderá mudar a história e as tradições dos povos mais antigos da humanidade.
Auxiliado por Ateya, uma jovem copta por quem se apaixona loucamente, Mark se infiltra num Egito tumultuado, onde a magia benéfica dos faraós está ameaçada de desaparecer, deixando os tempos modernos desamparados diante da influência do Mal.
Christian Jacq é autor das séries Ramsés, A Pedra da Luz, A Rainha Liberdade e Mozart, dentre outros livros, traduzidos para mais de 30 idiomas e presentes nas principais listas de mais vendidos do planeta - o maior bestseller da língua francesa da atualidade. No Brasil, todos os livros do autor foram lançados pela Bertrand. ***
"O Gerente", de Carlos Drummond de Andrade, ganha nova edição pela Editora Record e chega aos cinemas em 2010, com Ney Latorraca no elenco
A primeira edição de O Gerente, publicada em 1945, tinha formato de cordel e, em 1951, foi inserido no livro Contos de Aprendiz, da Editora José Olympio. Agora, uma segunda edição com ilustrações de Alfredo Benavidez Bedoya chega ao mercado pela Editora Record. E em 2010, será lançado o filme homônimo, dirigido por Paulo César Saraceni, responsável pelo premiado curta “Arraial do Cabo”, precursor do cinema novo.
Em O Gerente, Carlos Drummond de Andrade conta a história de Samuel Cardoso, um homem simples, educado e elegante, nascido em Sergipe e morador de Laranjeiras. Todos admiram sua cortesia, especialmente as senhoras.
Ao ser promovido a gerente de banco, viu a quantidade de convites para festas, recepções e outros encontros sociais aumentar. Conversava com todos e tinha uma maneira peculiar de cumprimentar as senhoras e senhoritas que encontrava: beijar-lhes delicadamente uma das mãos. Durante uma recepção, logo após o cumprimento, a mão da anfitriã começa a sangrar. Samuel e um garçom são as pessoas mais próximas e acalmam a senhora. Depois sabe-se que parte de seu dedo fora decepado.
Outro acidente, com as mesmas características do primeiro, coloca Samuel como principal suspeito. Tudo igual: o cumprimento, um contido gemido de dor e sangue, muito sangue. As pessoas se afastam. As senhoras temem encontrá-lo. Mas será que Samuel, um homem normal, seria capaz de fazer isso? Carlos Drummond de Andrade surpreende nessa novela, principalmente pelo mistério e pela fantasia.
Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902 em Minas Gerais. Lançou seu primeiro livro, Alguma Poesia, em 1930. Entrou para o serviço público e se transferiu para o Rio de Janeiro em 1934. Colaborou para os jornais Diário de Minas, A Tribuna, Correio da Manhã, Folha Carioca e Jornal do Brasil, onde encerrou sua carreira de jornalista. Várias de suas obras foram traduzidas para outras línguas, como alemão, inglês, espanhol e francês. Morreu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, deixando cinco obras inéditas.
Alfredo Benavidez Bedoya nasceu em 1951, em Buenos Aires. Seu trabalho com gravuras em relevo lhe rendeu reconhecimento e diversos prêmios. Em 1999, recebeu a bolsa Guggenheim de Artes Gráficas. Sua obra artística, sempre elogiada pela crítica especializada, já foi exposta em galerias, museus e centros culturais e se encontra em coleções, condensada em quatro livros e acompanhada por textos literários e críticos. ****
Aventura emocionante por um continente de histórias
No aclamado romance “Os amantes de minha mãe”, Christopher Hope apresenta uma reflexão sobre a história da África do Sul no século XX
Em um romance comovente e lírico, o premiado escritor sul-africano Christopher Hope – finalista do Man Booker Prize e ganhador do Whitbread Award – traça um panorama da história da África do Sul no século XX, pelos olhos de uma autêntica e corajosa personagem feminina e de seu filho único.
Mulher de hábitos peculiares, Kathleen Healey imaginava que a África era deserta e que pertencia a ela. Africana, descendente de ingleses e irlandeses, Kathleen era amante de tricô, caçava búfalos, pilotava aviões e certa vez lutou três rounds de boxe com Ernest Hemingway em um ginásio em Mombasa. Pousava seu avião onde e quando quisesse e transportava para o exílio militantes do CNA, o Congresso Nacional Africano, que fazia oposição ao regime de apartheid. Distribuía favores livremente e tinha amantes de diversos locais do mundo. Os homens que amou representam a história da África do Sul, desde a Guerra dos Bôeres, passando pelas guerras mundiais, até o fim do apartheid.
Em Os amantes de minha mãe, Christopher Hope esculpiu uma personagem feminina tão excitante e aterradora quanto a própria África. Kathleen Healey é impetuosa, divertida e, por vezes, cruel. Destemida, atravessa o continente, do Cabo ao Cairo. Sem a mãe, o menino Alexander mantém os olhos fixos no céu para se aproximar dela, a mulher sempre distante, inalcançável. Nascido em 1944, o garoto mantém uma relação tensa com a mãe e com seu país, cujas mudanças acompanham seu crescimento.
Quando ela morre, Alex retorna a uma Johanesburgo pós-apartheid, que ele não reconhece mais, para cumprir seus últimos desejos. A herança, que ele tem de entregar pessoalmente, inclui um conjunto de armas para um antigo membro do regime; uma peruca que tinha pertencido a um menino soldado liberiano; e suas agulhas de tricô, que devem ser entregues a Bamadodi, a Rainha da Chuva. Alexander herda a casa e o jardineiro que, como ele, também é um exilado. Mas quando conhece Cindy September e ela se muda para a sua casa, ele é obrigado a se confrontar com o último legado da mãe: a capacidade de amar.
De humor sarcástico, extremamente criativo e povoado com um elenco fantástico de personagens, OS Os amantes de minha mãe prova que o desejo de ser amado e de pertencer afeta a todos nós. Um romance belo, psicológico, mas também uma reflexão sobre as relações entre as raças e os impasses e limitações da política moderna na África do Sul.
Christopher Hope nasceu em Johanesburgo, em 1944. É autor de sete romances, dentre eles: Separate Development, com o qual ganhou o David Higham Prize; Kruger´s Alp, vencedor do Whitbread Prize; e Serenity House, que foi indicado para o Man Booker Prize. Atualmente mora na França. ***
Um romance noir moderno
"Piloto de fuga", de Andrew Vachss, mistura elementos clássicos com muita adrenalina
“Todo assalto precisa de um piloto de fuga. Não importa quão tranqüilo seja o serviço. Se você não fugir com o dinheiro não adianta nada. Aprendi isso ainda criança, quando fui preso pela primeira vez. Quando você é preso uma vez, este se torna seu destino.”
Mundialmente aclamado por trazer nova vida ao gênero policial, Andrew Vachss faz sua estréia na Coleção Negra com um noir clássico situado em tempos modernos. Em PILOTO DE FUGA, o autor faz uso de sua experiência como investigador federal, assistente social, diretor de uma instituição para jovens delinqüentes e advogado para contar a história de um jovem tão fascinado por carros que acaba assumindo a função de motorista em roubos apenas para pilotá-los.
Eddie é um garoto solitário e não exatamente brilhante cuja paixão é dirigir. Começou a roubar carros muito antes de ter idade para tirar carteira de motorista; movido por uma força que nunca questionava, apenas obedecia. Após uma série de passos em falso, entremeados por temporadas em instituições para jovens delinqüentes, Eddie une-se a dois irmãos, criminosos profissionais, que o aceitam como um dos seus. Mas, mesmo quando seu último negócio se transforma em um inferno — alarmes e sirenes de polícia tocando — Eddie continua firme...
Na prisão, as habilidades ao volante e a lealdade obstinada de Eddie chamam a atenção de J.C., um conhecido e respeitado ladrão. Quando é libertado, Eddie se torna o motorista de sua quadrilha. J.C. planeja seu grande golpe: o assalto que garantirá a aposentadoria de todos eles. Durante meses eles estudam cada passo do plano e o caminho parece livre, até que Vonda, a voluptuosa namorada de J.C., se interessa por Eddie e não esconde dele suas verdadeiras intenções. Mas alguns caminhos têm guinadas que nem um piloto profissional pode prever.
Um romance policial com todos os ingredientes do gênero – homens de confiança, damas manipuladoras, parceiros traiçoeiros e muita ação. Eddie não está no jogo pelo dinheiro fácil ou pela adrenalina, ele só quer dirigir – nem que para isso tenha que se tornar um criminoso. Em PILOTO DE FUGA, Vachss expõe e disseca incansavelmente não a culpa, mas a inocência.
Andrew Vachss foi investigador federal, assistente social, sindicalista e dirigiu uma instituição para jovens delinquentes. Atualmente é um dos advogados mais respeitados dos Estados Unidos em defesas de jovens e crianças. É também autor de contos, letras de músicas, poesias, quadrinhos e romances. Entre estes, Flood (1985), que será publicado pela Editora Record em breve, Strega (1987), Choice of Evil (1999), and Dead and Gone (2000). Seus contos foram publicados em veículos de imprensa como Playboy, The New York Times, Esquire entre outros. Atualmente, Vachss mora e trabalha em Nova York.
No centenário da morte de Euclides da Cunha, “Os Sertões” ganha edição ilustrada
Para marcar os cem anos da morte de Euclides da Cunha (15/08/1909), a Ediouro relançou Os Sertões, numa versão ricamente ilustrada e com introdução da professora Walnice Nogueira Galvão, especialista na obra e no universo euclidiano. Nesta edição histórica, a obra-prima de Euclides da Cunha é acompanhada de uma seleção de desenhos de Aldemir Martins (edição de 1968), de Alfredo Aquino (edição de 1975) e de J.B. Andersen (edição em língua alemã). Traz, também, reproduções de pinturas de Debret, Benedito Calixto, Vítor Meirelles, Trípoli Gaudenzi e Otoniel Fernandes Nieto, entre outras, além de uma série de fotos da época e do conflito retratados em Os Sertões.
A primeira edição de Os Sertões chegou às livrarias em dezembro de 1902. O livro é o resultado do intenso envolvimento de Euclides da Cunha com a Guerra de Canudos. Declaradamente republicano, em 1897 ele escreveu diversos artigos sobre a comunidade independente de Canudos, no interior da Bahia, e sobre o líder do movimento, Antônio Conselheiro, tido como monarquista. Em setembro daquele ano, Euclides da Cunha acompanhou como correspondente de guerra para o jornal A Província de S. Paulo, a quarta e derradeira expedição militar contra Conselheiro e seus seguidores.
Além dos artigos escritos diretamente do front, Euclides da Cunha também fez intensa pesquisa sobre o sertão baiano, a política local e sobre a vida de Antônio Conselheiro. De posse desse material, levou três anos para finalizar Os Sertões. Para muitos, o livro é a gênese da brasilidade.
Os Sertões é dividido em três grandes tópicos: “A Terra”, “O Homem” e “A Luta”. No primeiro tópico, Euclides da Cunha revela seus conhecimentos científicos para identificar as características climáticas e de solo do semi-árido. Em “O Homem”, faz uma investigação antropológica e cultural dos sertanejos seguidores de Conselheiro. Em “A Luta”, Euclides da Cunha descreve a sequência de expedições levadas a cabo pelos governos da Bahia e do Brasil contra Canudos, até aquela que arrasou o povoado e dizimou os moradores.
Euclydes Rodrigues Pimenta da Cunha (1866-1909) – Professor, engenheiro militar, jornalista, escritor, explorador e cartógrafo. Iniciou a atividade literária escrevendo artigos para o jornal A Província de S. Paulo (atual O Estado de S. Paulo). Além de Os Sertões, teve publicado Contrastes e Confrontos, Peru versus Bolívia e À Margem da História. Imortal da Academia Brasileira de Letras, Euclides da Cunha assumiu a cadeira que pertenceu a Castro Alves.
SERVIÇO
Livro: Os Sertões
Autor: Euclides da Cunha (apresentação de Walnice Nogueira Galvão)
Nº de páginas: 544
Preço sugerido: R$ 59,90
Crime e mistério no Caminho de Santiago
Autor brasileiro supera Dan Brown e lança romance no qual afirma desvendar segredos que o Cristianismo ocultou por mais de mil anos
Num dos livros mais surpreendentes lançados este ano, um autor brasileiro – A. J. Barros, que divide seu tempo no Brasil e em viagens por recantos inexplorados do planeta, em busca de enredos para os romances que pretende escrever – envereda pelo lendário Caminho de Santiago de Compostela e cria uma trama envolvente. Lançado há 15 dias, com uma grande campanha publicitária, O Enigma de Compostela (Geração Editorial, 464 páginas, R$ 49,00) teve sua primeira edição, de 15.000 exemplares, vendida imediatamente. Outros 15.000 livros sairão da gráfica esta semana para abastecer as livrarias.
O sucesso já era esperado, segundo o editor Luiz Fernando Emediato, que investiu uma quantia considerável – não revelada – em anúncios nos jornais, revistas, estações de metrô e parcerias com as maiores redes livreiras. Esta semana entrarão anúncios na rede Cinemark de cinemas.
– O autor – explica Emediato – pesquisou 10 anos para fazer este livro, misturou fatos históricos conhecidos – como as Cruzadas, o drama dos cavaleiros templários e o massacre dos cátaros, uma seita cristã dos primeiros tempos – e, fato inédito, percorreu o Caminho de Santiago quatro vezes, duas de carro e duas a pé, para construir uma trama muito envolvente. Eu nunca havia visto tanta determinação. O resultado foi um romance que mescla conhecimento e drama histórico-religioso com entretenimento e vai agradar tanto aos leitores do Código Da Vinci quanto aos críticos mais exigentes.
Um suspense épico
A trama de O Enigma de Compostela é realmente intrigante. Mauricio, um investigador – o mesmo de O Conceito Zero, romance anterior de Barros que vendeu 10.000 exemplares – trilha o Caminho de Santiago, na Espanha, onde ocorre uma série de assassinatos contra freiras, frades, peregrinos e até agentes da CIA. Os crimes têm uma lógica e os assassinos vão deixando atrás de si um rastro de mistério com base em charadas que precisam ser desvendadas. As ações estão sendo investigadas pela CIA e pela polícia espanhola e suspeita-se que grupos terroristas e seitas religiosas podem estar envolvidos nelas.
As ações no presente entrelaçam-se com outras, ocorridas nos primórdios no Cristianismo. Barros quer demonstrar que, em nome do milenar Caminho, crimes inominaveis foram cometidos. E consegue.
Com flash backs cinematográficos, A. J. Barros volta ao Império Romano, aos estratagemas de Constantino para propagar o Cristianismo, passa pelo surgimento, ascensão e queda da seita dos cátaros, investiga como surgiu e foi ferrenhamente combatida a dinastia merovíngia, que se considerava descendente de Jesus Cristo, incursiona pelo surgimento das Cruzadas e suas campanhas sangrentas em busca de riqueza e poder, bem mais do que de fé, e envolve o leitor numa dúvida excruciante: o Cristianismo dos papas é o verdadeiro Cristianismo ou apenas a seita dominante que venceu as demais que surgiram?
Para contar sua história, – A. J. Barros fez realmente uma pesquisa extraordinária. Enfiou-se pela Bíblia, pelos textos canônicos e não canônicos, pelos livros de História, pelos arquivos de monastérios e igrejas. Fez questão de visitar, o que durou anos, os locais em que os fatos aconteceram, para neles colocar seus personagens reais e imaginários. Trilhou a pé e duas vezes de carro o famoso Caminho de Santiago. Não satisfeito, romance escrito, andou a pé pelo Caminho uma quarta vez, com seu notebook, checando tudo: locais, igrejas, pousadas, desfiladeiros. Quase mil quilômetros em 30 dias de caminhada dura. Só então deu por terminada sua pesquisa. O romance estava pronto.
Mais um diário de bordo sobre a caminhada até Compostela? Nada disso. O resultado foi mesmo um livro de mistério conjugado com um épico sobre a história do Cristianismo. Mauricio, sempre ele, está trilhando o Caminho. Ao longo da peregrinação, assassinatos brutais desafiam sua inteligência em enigmas que são postos para decifração imediata. Por que o corpo de César Bórgia, enterrado à margem do Caminho, ajudaria a explicar os crimes? O que um professor da Universidade de Roma e sua bela aluna e amante teriam a ver com tudo isso? Qual a ligação da dinastia merovíngia com os tempos da Internet? Por que padres e freiras estariam sendo brutalmente assassinados? Em quem confiar? Na bela Patrícia, a peregrina americana? No inspetor espanhol, que aparece e desaparece, depois de muitas perguntas? Qual o interesse da CIA neste mistério? Por que tantas charadas?
Passado e presente se misturam, para desvelar progressivamente o véu que cobre segredos escondidos há séculos. Será que Maurício conseguirá resolver o enigma?
Mesclando suspense e História, imaginação e fantasia, mas sem jamais tornar os fatos inverossímeis, com respeito total à inteligência do leitor e à lógica, A. J. Barros constrói um romance em que vai montando um quebra-cabeça e decifrando um enigma enquanto mantém o suspense. O leitor vai se ver entre paredes de castelos que transpiram fantasmas de reis, cortesãs, papas e guerreiros; em cavernas, monastérios, colinas e igrejas em cujo solo sepultaram-se santos falsos que queimaram supostas bruxas e hereges.
Uma construção surpreendentemente original, com material capaz de conquistar o leitor mais exigente: o texto é pontilhado de sólidos dados históricos, um verdadeiro passeio pelo qual nos deixamos levar, não raras vezes respirando o clima medieval que permeia um cenário atual. De amores e traição. De dúvidas e missão fanática. A perversidade dos assassinatos dá pistas de uma missão a ser cumprida. Só no final, surpreendente, decifra-se o último enigma: os autores dos crimes, sedentos de vingança, querem algo bem mais terrível do que reviver o passado e encher o presente de horror.
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