domingo, 6 de dezembro de 2009

EXPOSIÇÕES

"Estrelas do Norte" entra em cartaz no dia 17 de dezembro em Sobral

Os moradores da Região Norte tem a oportunidade de conferir a retrospectiva de trabalhos de 37 artistas da região na mostra “Estrelas do Norte”, a partir do dia 17 de dezembro. A mostra do Sobrado Dr. José Lourenço, equipamento vinculado a Secretaria de Cultura do Estado (Secult), entrará em cartaz do dia 17 de dezembro de 2009 a 15 de janeiro de 2010 na Casa da Cultura de Sobral (Avenida Dom José, 881, Centro - Sobral). A visitação pode ser feita de terça-feira à domingo, pela manhã (8h às 12h) ou a tarde (14h às 21h).

Estrelas do Norte - A exposição coletiva tem curadoria de Dodora Guimarães centra-se na participação de novos artistas, não esquecendo de destacar artistas seminais como Raimundo Cela e Zenon Barreto, ambos nascidos em Sobral, que tem uma grande contribuição à história da arte cearense e brasileira. Assim, em “Estrelas do Norte” acontece um diálogo entre jovens promissores e inventores como o escultor Ivan que, nos anos 70 em Ubajara, foi capaz de provocar o surgimento de outras gerações de artífices, a exemplo de Frank Castro e Matias. Diálogo que visa quebrar o isolamento em que vivem Chico Marçal e Acélio Alves, de Sobral, e outros artistas igualmente instigantes, como Guido Darezzo, de Crateús, e os irmãos pintores Edsim e Zezim, da Meruoca.

Entre os expositores estão pintores e desenhistas com trajetórias também históricas: Cleoman Fontenele, de Viçosa, Tarcísio Félix, de Granja, Audifax Rios, de Santana do Acaraú, e o gravador Francisco de Almeida, de Crateús. Todos tem atividade ativa e animam a cena cultural da terra. A citar das novas gerações a presença de Wilson Neto, iniciado em Sobral, e Rian Fontenele, de Ubajara.

Além disso, a exposição reúne os trabalhos dos Tesouros da Cultura, reconhecidos e titulados pelo Governo do Estado, como mestre Joviniano e as ceramistas dona Branca, de Ipu, e dona Francisca, de Viçosa. Em homenagem a seus fazeres outras contribuições da tradição do barro e do talhe na madeira estão incluídas na Mostra as peças miniaturizadas de barro e ex-votos em madeira.

Serviço:
Exposição Estrelas do Norte
Local: Casa da Cultura de Sobral (Avenida Dom José, 881, Centro, Sobral)
Em cartaz de terça a domingo
Visitação: Manhã - 8h às 12h / Tarde - 14h às 21h
Informações: (88) 3611.2956

Expositores:

Sobral:
ACÉLIO ALVES, ANDERSON MORAES, CHICO MARÇAL, MARIZA VIANA AUTO, RAIMUNDO CELA, ZENON BARRETO

Irauçuba:
ALBANY BARBOSA AZEVEDO, JOÃO PAULO

Santana do Acaraú:
AUDIFAX RIOS

Ipu:
ANTONIO FRANCISCO PAIVA RIBEIRO (JOTA), LUIS BARBOSA DE SENA, DONA BRANCA (MARIA ALVES DE PAIVA)

Camocim:
BATISTA SENA, DIM (ANTONIO JADER PEREIRA DOS SANTOS)

Crateús:
FRANCISCO DE ALMEIDA, GUIDO D'AREZZO (ANTONIO GUIDO BRITO DA SILVA, MESTRE JOVINIANO ( JOVINIANO ALVES FEITOSA), STENIO BURGOS

Belo Jardim (PE):
CAMPELO COSTA (Vive e trabalha em Sobral)

Canindé:
CARMÉLIO CRUZ, FRANCISCO AURICELIO ALMEIDA ROCHA, MESTRE BIBI (Deoclecio Soares Diniz)

Meruoca:
EDSIM (Francisco Edson Lúcio Soares), ZEZIM (José Wellington Lúcio Soares)

Ubajara:
FRANK CASTRO, IVAN CUNHA, MATIAS (JOSE OLIVEIRA ALVES), RIAN FONTENELE, WILDHY (VILDAMAR FERNANDES PEREIRA)

Granja:
TARCÍSIO FÉLIX

Viçosa do Ceará:
MESTRA FRANCISCA (Francisca Rodrigues Ramos do Nascimento), HILDA CALAIS, ISABEL PEREIRA DOS SANTOS, KLEOMAN FONTENELE, MARIA CECI DA SILVA

Fortaleza:
WILSON NETO

Parnaíba:
GERSON CASTELO BRANCO (Vive e trabalha em Fortaleza e Viçosa)








Centro Dragão do Mar recebe Fragmentos de Viagem, mostra do fotógrafo cearense Rodrigo Frota

A exposição reúne 29 fotografias em cor, que revelam traços culturais através de detalhes arquitetônicos, paisagem e vida local.
As imagens de Rodrigo Frota ocupam, de 03 de dezembro a 10 de janeiro de 2009, a Sala Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. São 29 fotografias reunidas de tantas outras tiradas em viagens feitas mundo, entre 2008 e 2009. Tendo como foco Portugal, Croácia, Índia e Havaí, as obras revelam espiritualidade, misticismo e cores vibrantes, e traçam diversos contextos culturais através de detalhes arquitetônicos, paisagens e vida local.

Rodrigo Frota começou a fotografar aos 15 anos de idade quando foi morar em Rolle, na Suíça. Lá estudou fotografia e artes enquanto cursava o 2o grau. É formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Fortaleza e, atualmente, aos 24 anos de idade, Rodrigo é um dos nomes da nova geração de fotógrafos brasileiros. Expôs no Museu da Independência, em Lisboa; em Portugal, com a mostra coletiva Paralelo Vertical; na XV Unifor Plástica; além de trabalhos publicados em jornais e revistas como O Globo, Diário do Nordeste e Bravo!.

Serviço: Fragmentos de Viagem - abertura dia 03 de dezembro de 2009, às 19h, na Sala Multiuso (em frente aos cinemas). A mostra fica em cartaz até dia 10 de janeiro de 2009. Visitas: De terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até 20h30). Entrada franca. Outras informações: 85.3488.8600







A poética da fotografia e da foto-pintura da artista cearense Telma Saraiva

A exposição “Busca” apresentará um recorte da produção comercial em fotografia e foto-pintura da renomada fotógrafa cearense Telma Saraiva, natural do Cariri (região sul do Estado), produzida nas décadas de 1960, 70 e 80, revelando a poética dessa artista que não economizou esforços na tentativa de embelezar os retratos dos seus clientes, aproximá-los da pintura e transformá-los em arte.

Com curadoria de Franklin Lacerda, a mostra individual de Telma Saraiva acontecerá no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – 2º andar – Centro – fone: (85) 3464.3108). A abertura da exposição será amanhã (quinta-feira, 3), às 19 horas, com a presença da artista, hoje com cerca de 80 anos de idade. Gratuita ao público, a mostra ficará em cartaz até 30 de dezembro (dias e horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; aos domingos, de 10h às 18h).







Exposição de Ascal no Moana Gastronomia & Arte

O restaurante Moana Gastronomia & Arte conta com a exposição do premiado artista cearense Ascal, presente no cenário das artes há mais de 40 anos. A combinação de 16 trabalhos, entre consagrados e obras mais recentes – incluindo uma inédita -, consegue exprimir várias fases da vasta produção do artista. Ascal é responsável por trabalhos expostos em diversos pontos de Fortaleza e em países como Japão, Estados Unidos, França, Alemanha, Portugal e Espanha.

O Moana Gastronomia & Arte está localizado na Avenida Beira Mar, 4260 – no Golden Flat Fortaleza. Funciona diariamente das 6 horas até 1 hora da manhã e conta com horários especiais de visitação sem consumo.


Serviço
* Restaurante (buffet de café da manhã, almoço e jantar a la carte). Funciona das 6h às 1h.
* Galeria (visitação sem consumo). Funciona das 9h às 11h e das 14h às 19h. Entrada grátis.
Mais informações: (85) 3263.4887







Jovem artista plástico Alexandre Chaves expõe na Galeria Antonio Bandeira

O jovem artista Alexandre Chaves, apresenta até o dia 11 de dezembro de 2009, na Galeria Antônio Bandeira, no Centro de Referencia do Professor, Antigo Mercado Central de Fortaleza, sua primeira exposição individual de pinturas.

O coquetel de abertura da exposição aconteceu no dia 13 de novembro e reuniu nomes de peso das artes plásticas como José Guedes e Mauricio Coutinho e pessoas da sociedade de Fortaleza, como Roberto Smith e Schubert Machado que foram prestigiar o jovem talento.

O pintor de apenas 16 anos, apresentado a Roberto Galvão pelo poeta Augusto Pontes, em 2007, expõe 42 pinturas em tinta acrílica sobre tela em estilo predominantemente abstrato. Segundo o curador, as pinturas de Alexandre “remetem a mapas imaginários que traem as convenções, possibilitando jogos interpretativos vários. Fazem o observador mentalmente transitar por complexos labirintos de sinuosas curvas e por estruturas geométricas retas. Alexandre consegue nas imagens que propõe oferecer percepções antagônicas: complexidade e ingenuidade; placidez e saturação; ruído e silêncio”.

Para o produtor cultural Francisco Lara, que participou da organização de mais de 100 exposições em Madri, Barcelona e outras cidades da Espanha, as figuras e símbolos pintados pelo jovem artista “reclamam nossa atenção sobre a vinculação entre o mundo do pensamento, a experiência e a expressão estética, sendo sugestiva a vinculação da obra de Alexandre com a cultura popular e o mundo do desenho gráfico”. Lara, que teve a oportunidade de ver as obras que serão expostas, ainda no ateliê do artista, observa que mesmo sabendo ser Alexandre “um autêntico autodidata, não posso evitar o encontro de coincidências estilísticas entre as suas pinturas e as do artista espanhol Luis Gordilho (Sevilha, 1934), Prêmio Nacional de Artes Plásticas e, recentemente, o Prêmio Velazques”.


A mostra é promovida pelo Instituto Olhar Aprendiz com apoio da Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secultfor. A realização é da Officina Arte Produções, com curadoria de Roberto Galvão, montagem de Josimar Nascimento e assessoria de imprensa de Marisa Quixadá.

Serviço
Exposição Alexandre Chaves
Visitação gratuita : segunda à sexta, das 14h às 20h e sábado, das 10h às 15h
Galeria Antonio Bandeira, Rua Conde D´Eu, 560 - Centro (antigo Mercado Central de Fortaleza)
Informações : (85) 9987-6435















Vando Figueiredo lança "
Recortes de Portugal"

O artista plástico Vando Figueiredo lança nesta terça, 17, no D´Abelle Bistrô, a exposição inédita “Recortes de Portugal”, onde ele mostra 11 trabalhos com alguns “recortes” de bairros de Lisboa, como o Odivelas, Graça, Entrecampos, e de cidades como Fátima, Caldas da Rainha, Sagres, Lagos e Porto.

A exposição é resultado de viagens a Portugal e Espanha que o artista fez nos anos de 2007 e 2008.

Em 2008 ele realizou quatro exposições: uma na Espanha e três em Portugal. “Criei os quadros em cima de alguns rabiscos que fiz quando estive em Portugal, tirando “recortes” peculiares de cada bairro ou cidade”, diz ele.

Vando Figueiredo embarcou mês passado para Espanha, para receber o prêmio Menção Honrosa Arte no Morazzo em Cangas, na região da Galícia. Em seguida, segue para Portugal, onde participa da Feira de Arte Internacional na Loulé, região do Algarve, onde apresenta alguns dos seus principais trabalhos.

“Quis deixar essa exposição no D´Abelle porque ela retrata um momento de euforia pré-viagem e também por ser uma forma de estar presente em Fortaleza enquanto estou em Portugal”, explica Vando. O artista completa dizendo que a exposição é uma homenagem a lugares de Portugal que ele conheceu, gostou muito e onde pretende voltar.












Arte visual da carioca Brígida Baltar

Olarias pulares do Cariri cearense são a inspiração

Artista visual brasileira de renome internacional, a carioca Brígida Baltar já expôs em 15 países de três continentes – Ásia (Japão), Europa (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Portugal e Suíça) e América (Argentina, Colômbia, Cuba, EUA, México, Uruguai e Venezuela).
Atualmente em temporada de trabalho em Fortaleza, Brígida Baltar apresenta à cidade a exposição individual “E agora toda terra é barro”, com curadoria do também carioca Marcelo Campos, professor-doutor em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A abertura da exposição acontecerá na próxima terça-feira, 24, às 19 horas, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – Térreo – fone: (85) 3464.3108). Gratuita ao público, a mostra fica em cartaz até 30 de dezembro deste ano (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 10h às 18h).
Brígida Baltar quando diz “pó” quer dizer, “minha casa”. Retirados inicialmente das paredes de sua própria moradia, o pó de tijolo da casa de Baltar percorreu outras terras, se transformou em minitijolos unindo as frestas do chão de galerias londrinas, espalhou-se em padronagens de ladrilhos hidráulicos de espaços na Argentina, criou cantos, florestas e parquets nos museus de São Paulo e Rio de Janeiro. Nos projetos de terra da artista, há aproximações com a produção de Michael Heizer, Walter de Maria, Robert Smithson. A terra foi usada na arte dos anos 1960 e 1970 para quebrar a primazia da razão.

Agora, Brígida Baltar se mistura ao Brasil das olarias populares de Juazeiro do Norte (CE). Realiza ações com os oleiros, misturando o pó de casa ao solo do Cariri. Constroi tijolos, interessando-se tanto pela paisagem das olarias nas clareiras das matas, quanto pelo processo low tech.
Porém “um mundo frágil e fraturado cerca o artista”. Assim, Brígida poetiza a terra, a imensidão, sempre atenta ao detalhe, ao que está ao alcance das mãos. Manipula “ferramentas estúpidas”, como nos termos de Heizer, seja por se inserirem em processos arcaicos (fôrmas de madeira para tijolos), seja por se destinarem a objetivos impossíveis (coletar orvalhos e neblinas). Ela busca uma certa invisibilidade, aproximando objetos e espaços ao seu próprio corpo, tal qual vemos nas imagens de Francesca Woodman.

Aceitam-se os contrários, o paradoxal. Na viagem para Juazeiro, a artista queria a terra seca e rachada do sertão e encontrou um ambiente lamacento. Resolveu então nos fazer conscientes da instabilidade dos objetos e da natureza, ativando nossa observação para estados de transformação.
A vontade pelos projetos de terra criou uma troca imediata com a região sertaneja. E essa troca aconteceu efetivamente quando Brígida, numa manhã de janeiro, encontrou o ofício dos oleiros na estrada de Taquari. À primeira vista, as olarias de Juazeiro se assemelhavam a cidades inacabadas ou construções míticas. Havia uma “grandeza primordial” naquelas imagens que nos colocava diante de miragens. Pareciam concomitantemente castelos e ruínas. Um aspecto “singularmente selvagem” desenhava as olarias do Cariri.

Novamente, Brígida se colocava diante de paredes, cercas, limites (afinal, a neblina também é parede na paisagem). O interesse se renovava em ações simples. Brígida Baltar faz dela mesma linha de encontro e simbiose, na casa, nas margens dos lagos sertanejos, nos limites das estradas serranas, nas copas das árvores, à beira-mar.
“O deserto é menos natureza do que conceito, um lugar que engole as fronteiras”.
Na imaginação sobre o sertão desértico, as fronteiras perdem seu significado. Em Juazeiro, Baltar operou uma “consciência de deserto”. Menos destruição e abrasamento e mais construção, possibilidade de convivência com a natureza local, açudes, lagos. Como projeto de terra, Brígida trabalhou com a observação direta, atenta, cuidadosa sobre um ambiente natural e culturalmente complexo.
O encontro com Juazeiro do Norte coloca Brígida Baltar na frequência espaço-temporal de um Brasil interiorano, mas não menos dinâmico, vivo, pulsante. Chegar em Juazeiro e encontrar a construção de tijolos toscos, é vivenciar lugares quase utópicos. Estamos em terras brasileiras.

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