Mostra internacional “De Picasso a Gary Hill” está aberta para vistação no Dragão do Mar
A esperada exposição internacional “De Picasso a Gary Hill”, foi aberta dia 12, no Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar.
A mostra é uma rara oportunidade para o público conhecer trabalhos de artistas referenciais do século XX.
Com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, a mostra reflete sobre o modernismo, retirando do foco as produções de influência Dada e os artistas do movimento Pop.
“Creditamos a eles a posição de precursores das manifestações envoltas na denominação genérica e não definitiva de ‘arte contemporânea’, embora tenhamos consciência que estas manifestações surgem no próprio bojo da modernidade”, explicam.
Segundo os curadores, a exposição abarca desde o marcante movimento que inicia a relativização do olhar e da percepção que foi o cubismo picassiano, surgido no início do século XX, até a absorção pelo mundo das artes das linguagens eletrônicas tão bem representadas pela obra de Gary Hill. “Estabelecidos os pólos, o resto foi determinar os meridianos dessa cartografia imaginária que era construir um “mapa” da arte ocidental moderna”, completam.
A partir daí a curadoria recorreu à formação de grupos de tendências sem, contudo, seguir as categorias tradicionais da história da arte.
Para completar a mostra ainda foram incluídos quatro artistas latino-americanos: o uruguaio Arden Quin, artista criador do movimento MADI: os brasileiros Aldemir Martins, Antonio Bandeira e Letícia Parente, esta última precursora da videoarte no Brasil.
A mostra está dividida em sete grupos sem limites de fronteira e preocupação cronológica, desta forma definidos pela curadoria:
“Pablo Picasso, Henri Matisse, Torres-Garcia, Antonio Saura, Paul Klee, Julio Gonzales, Cristina Iglesias e Aldemir Martins foram reunidos pelo expressivo figurativismo das suas obras; Marc Chagal, Salvador Dali e Joan Miró, embora também figurativos suas obras enveredam pelos universos de influência fantástica; Jean Arp, Antonio Bandeira, Alexander Calder, José Sanleón e Juan Uslé estão reunidos pelo lirismo de certo modo lúdico de suas composições; Arden Quin, Adolph Gottlieb, Alberto Bañuelos e Tony Smith estão num campo de convergência de idéias construtivas; Cristina Iglesias, Miguel Navarro, Richard Serra e Antoni Tápies têm as suas obras marcadas pela matéria com que são realizadas.
Os artistas destes grupos, mesmo situando-se num horizonte que vai da figuração à abstração radical, contêm em suas produções sinais que permitem a compreensão das diversas faces adquiridas pelo modernismo no século XX, em sua plena maturidade. Mas o modernismo do século XX também trás em seu bojo o vírus do seu próprio fim. E isso é possível perceber nas produções de Magdalena Abakanowicz, Christian Boltanski e Allan McCollum, que têm a sua carga poética mais ligada ao conceito que a forma e rompendo a configuração das obras em si, expandem-se e incorporando a plenitude do espaço expositivo; e em Peter Fischli/ David Weiss, Bruce Nauman, Letícia Parente, Antoni Muntadas, Robert Smithson e Garry Hill, pelo uso dos meios tecnológicos em suas linguagens expressivas volatizam e virtualizam as obras”.
Serviço:
De Picasso a Garry Hill
Visitação do público, de 13 de julho a 29 de agosto.
Em julho, das 14h às 21h (acesso até 20h30)
Em agosto, das 9h às 19h (acesso até 18h30)
TV DIVIRTA-CE
Faça uma visita ao Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar, na exposição "De Picasso a Gary Hill", através da TV DIVIRTA-CE. Clique nos vídeos abaixo:
Exposição sobre Mestre Graciano até 29 de agosto
A exposição reúne obras de um dos mais prestigiados escultores vivos do Ceará
O Memorial da Cultura Cearense (MCC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura abriu a exposição “Mestre Graciano & Família”, que fica em cartaz até o dia 29 de agosto nas salas 01 e 02 do MCC.
A exposição reúne obras do Mestre Manoel Graciano, um dos mais prestigiados escultores vivos no Estado do Ceará e reconhecido como uma das maiores expressões artísticas de sua região, o Cariri, além de peças de duas gerações posteriores de artistas da família, como é o caso de seu filho Francisco Graciano e de seu neto Giovani, de apenas 15 anos.
Para o curador da exposição, Titus Riedl, o percurso dessa semente criativa através das gerações, do legado desse mestre entre seus familiares, é um dos pontos a se destacar entre as propostas da exposição, visto que em muitos casos a arte desses mestres se perde com o término de sua produção material.
Em uma das salas, obras clássicas, peças nunca expostas e parte da produção recente de Manoel Graciano, que atualmente se vê obrigado a não mais criar por questões de saúde. Na outra sala, uma espécie de “confronto” com a obra de seus familiares e descendentes, entre esculturas em madeira, em cabaça e pinturas em lona em tamanho grande, que, segundo Titus Riedl, são uma das novidades da exposição.
“Mestre Graciano & Família” trabalha ainda a questão da acessibilidade para pessoas com deficiência visual, através de obras que podem ser tocadas e de materiais de cabaça, matéria-prima de algumas das peças. Para pessoas com deficiência auditiva, um vídeo com informações sobre a exposição servirá de conteúdo complementar à visualização das obras.
A montagem da exposição conta com obras de Manoel Graciano que compõem parte do acervo do Memorial da Cultura Cearense (MCC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e de coleções particulares, entre peças pertencentes a Violeta Arraes, Dodora Guimarães e Germana Vitoriano. Para Titus Riedl, a exposição também visa a ressaltar dois pontos: tanto a importância de se criar, manter e divulgar um acervo de obras de artistas da nossa cultura em instituições como o MCC, quanto a importância de incentivar a figura do colecionador local, que volta os olhares para sua própria cultura e valoriza sua arte popular.
Serviço:
Abertura da exposição “Mestre Graciano & Família”, sexta-feira, 02 de julho, às 19h30, nas salas 01 e 02 do Memorial da Cultura Cearense (MCC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A exposição fica em cartaz até o dia 29 de agosto.
Vando Figueiredo celebra Portugal
“Vando Mostra Portugal” marca os 14 anos que o artista cearense fez sua primeira exposição na Europa
O artista plástico Vando Figueiredo abre seu atelier, nesta quarta feira, 7, para uma homenagem a Portugal.
A exposição, intitulada Vando Mostra Portugal, marca os 14 anos da primeira exibição das obras do artista naquele país - em Cascais, com a curadoria do marchand José Castelo Branco -, que lhe abriu as portas para o mercado português e para outros grandes centros da arte contemporânea. Os quadros mostram as cores de paisagens urbanas e de cenas cotidianas de cidades como Lisboa, Porto, Cascais, Sagres, Estoril,
Fátima e do casario dos vilarejos da região do Algarve. Todas as paredes do atelier estão tomadas de quadros. São 18 acrílicos sobre tela e 12 aquarelas, esboçados em Portugal e pintados no Brasil, nos últimos dois anos.
Um espaço está reservado para as obras que contam os 22 anos da carreira de Vando Figueiredo. A mostra, do tipo open house, oferece obras a preços mais acessíveis que nas exposições convencionais.
Será a última exposição do artista, antes de embarcar para Brande, na Dinamarca, onde participará do 18º Workshop for Visual Artist, como representante do Brasil no evento.
O Workshop é um dos mais tradicionais e respeitados eventos de arte da Dinamarca. Reúne artistas de técnica e temática ousadas, como é o caso de Vando Figueiredo, que foi revelado àquele país nórdico pelas suas pinturas da série “rupestre”, desenvolvida a partir de 1995.
“Vou mostrar como faço meu trabalho, que é simples na forma, como eram nossos ancestrais, e profundo no conteúdo, como manda a contemporaneidade”, afirma o artista. “Vou colocar lá a bandeira do Brasil, para marcar o espaço que vamos dividir com artistas da Dinamarca, Alemanha, Polônia, China e Japão”, finaliza.
“Vando Mostra Portugal” tem abertura quarta, às 20 horas, no atelier do artista, na rua Nunes Valente, 1248-A –Aldeota. Visitação de 8 a 14 de julho, de 14 às 21 horas. Informações 3224.7578.
GENTIL BARREIRA, FUTEBOL E ARTE
Em clima de Copa do Mundo, o Moana Gastronomia & Arte recebe a exposição de fotografias do cearense Gentil Barreira, com curadoria de Cacau Brasil. Intitulada “Jabulani”, que no idioma africano sirizulu quer dizer "celebração", a mostra contará com 18 fotos, mesclando trabalhos já conhecidos e inéditos, com técnicas e abordagens diferenciadas, do clássico ao contemporâneo, seguindo a temática do futebol.
Para homenagear este sentimento brasileiro pelo futebol, Gentil vai levar ao Moana imagens de crianças jogando na praia, obtidas a partir de uma interferência ao fotografar, que se assemelha a imagem de uma pintura a óleo. A regionalidade do sanfoneiro e sua relação de devoção aos antigos craques da bola também aparece em “Jabulani”, bem como o olhar do artista sobre a África do Sul, país sede da Copa do Mundo de 2010.
Pioneiro na fotografia digital profissional publicitária em Fortaleza, Gentil Barreira é conhecido por desenvolver estudos com luz e movimento, que permitem que o público interaja com a fotografia. O artista atua em diversos segmentos fotográficos como moda, arquitetura, portraits, e ainda retrata a patrimônio natural e a cultura brasileira. Suas obras estão registradas livros, exposições e museus em diversas cidades do Brasil e do mundo.
O Moana Gastronomia & Arte oferece também uma escalação de saborosas opções gastronômicas, além de uma carta de vinhos e espumantes com mais de 97 rótulos, de diversos países. Aberto diariamente das 6 horas até 1 hora da manhã, a casa conta com horários especiais de visitação sem consumo. Além do almoço e jantar (a la carte), o Moana ainda oferece café da manhã, em serviço de bufê.
Serviço
Moana Gastronomia & Arte
Avenida Beira Mar, 4260 – no Golden Flat Fortaleza
Mais informações: (85) 3263.4887
* Restaurante (buffet de café da manhã, além de almoço e jantar a la carte). Funciona das 6h às 1h.
* Galeria (visitação sem consumo). Funciona das 9h às 11h e das 14h às 19h. Entrada grátis.
Abertura da mostra internacional “De Picasso a Gary Hill" é adiada
O Governo do Estado do Ceará, por meio Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, informa que a abertura da exposição “De Picasso a Gary Hill” foi adiada para o dia 12 de julho, em consequência do atraso na chegada de algumas obras. A exposição “De Picasso a Gary Hill” exige uma logística especial, onde algumas obras saem da Europa e precisam passar primeiro por São Paulo para depois serem transportadas para o Ceará.
O encerramento da exposição, previsto inicialmente para 15 de agosto, também sofre alteração. Os visitantes poderão ter acesso gratuito a obras de artistas como Picasso, Matisse, Klee, Chagall, Tapies, Saura, Calder, Antônio Bandeira e Aldemir Martins até 29 de agosto.
Gerada e produzida no Ceará, com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, “De Picasso a Gary Hill” é uma ação estratégica em apoio ao desenvolvimento da cultura e do turismo, fortalecendo Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar (MAC Dragão do Mar) como um centro gerador de grandes eventos.
Serviço – Abertura da mostra “De Picasso a Gary Hill”, dia 12 de julho, às 20h, no Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar (Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema). Informações no (85) 3488.8625
Vik Muniz até agosto na Unifor
O artista plástico brasileiro, sucesso internacional, revela a sua singularidade em 141 obras que traçam uma retrospectiva do seu trabalho
A Universidade de Fortaleza oferece ao público cearense a Exposição do artista plástico e fotógrafo Vik Muniz, que estará em cartaz no Espaço Cultural Unifor a partir do dia 16 de abril, que contará com 141 obras do artista. Há 25 anos radicado em Nova Iorque, o paulistano ganhou projeção no cenário artístico internacional com fotografias de trabalhos realizados a partir de técnicas variadas e materiais quase sempre inusitados.
Marca Registrada- Vik Muniz imprime sua marca ao lidar com a memória, a ilusão e, sobretudo, o humor, apoiado no uso de materiais pouco convencionais. “Sempre levei o humor muito a sério.” Ele não apenas registra a sua versão do mundo, como o recria. Antes de seu olhar como fotógrafo captar o que se tornará o produto final de sua obra, cria um verdadeiro teatro, com cenas, retratos, objetos e imagens, alguns em escala gigantesca, usando elementos tão diversos como papel picado, sucata, molhos e algodão, em processos de construção que podem levar semanas ou até meses. Dessa forma surgiram algumas das obras como a Mona Lisa de geléia e pasta de amendoim; o soldado composto por inúmeros soldadinhos de brinquedo; a Medusa de macarrão e molho marinara; o Saturno devorando um de seus filhos, de Goya, refeito com sucata; e retratos das atrizes Elizabeth Taylor e Monica Vitti compostos por centenas de pequenos diamantes, todos presentes na mostra.
Vik Muniz- O artista nasceu no centro de São Paulo, em 1961. Filho único de um garçom e uma telefonista, passou parte de sua infância morando na periferia da cidade. Trabalhou em vários empregos, entre eles uma agencia de anúncios que despertou nele o poder de persuasão e a possibilidade de manipulação. Na década de 80 um acidente foi decisivo para a mudança de sua vida. Vik Muniz acabou sendo baleado na perna quando presenciou um briga entre dois homens. Para evitar uma queixa policial o atirador o ofereceu uma razoável quantia em dinheiro, fato que possibilitou sua ida para os Estados Unidos. Vik passou dois anos em Chicago com os familiares e em 1986 mudou-se para Nova York, lugar onde acabou naturalizando-se norte - americano. Em 1989 realizou a sua primeira mostra, onde expôs esculturas denominadas Relíquias – Objets Trouvés fabricados ou falsas descobertas arqueológicas, como a Máquina de Café Pré- colombiana. Os trabalhos do artista já evidenciavam a sua arte bem humorada que marca sua trajetória.
Fotógrafo por acaso - O artista começou a sua carreira como escultor e tornou-se fotógrafo à medida que fotografava suas peças para documentá-las. Através da fotografia, Vik Muniz conseguia encontrar o ângulo perfeito, a iluminação perfeita e a exposição perfeita para capturar o efeito que havia imaginado quando começou a produzir a escultura. A partir desse momento a fotografia se torna mais interessante do que a escultura propriamente dita.
Reconhecimento - Vik Muniz foi descoberto pelo crítico de arte do jornal The New York Times, Charles Haggan, nos anos 90. em 2001, foi escolhido como representante do Brasil na Bienal de Veneza. Já em 2005, escreveu o livro Reflex: A Vik Muniz Primer. Recentemente Vik foi convidado para ser o primeiro brasileiro a participar como curador na nona versão Artist´s Choice (2008- 2009), um projeto criado pelo museu de Arte Moderna de Nova York. Atualmente, a originalidade da sua obra o estabeleceu como um dos criadores mais respeitados da arte contemporânea, presente em acervos dos principais museus do mundo.
Exposição Vik Muniz
Abertura: 15 de abril
Visitação: 16 de abril a 8 de agosto
Local: Espaço Cultural Unifor
A visitação ao Espaço Cultural Unifor é gratuita. De terça a sexta, das 10h às 20h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h.
Sobrado abre exposição do projeto Residências em Fluxo
A artista pernambucana reflete sobre a cidade como um lar.
Os fortalezenses moram em casas, apartamentos, barracos ou em Fortaleza? Após a porta ainda é casa? As praças são os quintais? O olhar de Katalina Leão se veste de forasteiro com Residência e imprime sobre a cidade uma percepção particular e pretende, por meio da arte contemporânea, refletir parte da cidade como um lar.
Katalina é recifense há 27 anos e esteve na Alemanha por dois anos, onde frequentou a Escola de Belas Artes e aprimorou o idioma, mas ela fala mesmo é o português agudo dos pernambucanos e, claro, de arte. Selecionada em um programa de residência artística, a artista visual passa um mês inteiro (julho) na capital cearense e no fim da trajetória, uma exposição ficará aberta ao público no Sobrado Dr. José Lourenço, no Centro.
A ideia é transformar a própria cidade em residência. Em apenas alguns dias na cidade, Katalina optou pelo formato de performance e também pela videoarte. O conceito principal do trabalho Residência ela faz questão de enfatizar: "vivenciar a cidade a partir de uma relação sensível com o lugar".
A performance única, selecionada entre cinco propostas pensadas pela artista, consiste em oferecer um banquete ao público fortalezense na tradicional e histórica Praça do Ferreira, palco dos passos cotidianos de muitos habitantes. No vídeo, uma bailarina desenvolve movimentos corporais, encantada com uma cena cotidiana num banheiro.
Na exposição, que será lançada no dia 24, no Sobrado Dr. José Lourenço, quinze fotos ampliadas de registro da performance ocuparão o mesmo espaço da projeção do vídeo, que se repete infinitamente.
O programa Residências em Fluxo é realizado pelo recifense Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) em parceria com a Usina Cultural Energisa (João Pessoa) e o Sobrado Dr. José Lourenço (Fortaleza) e é financiado pelo Banco do Nordeste, através do Programa BNB de Cultura 2010.
A esperada exposição internacional “De Picasso a Gary Hill”, foi aberta dia 12, no Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar.
A mostra é uma rara oportunidade para o público conhecer trabalhos de artistas referenciais do século XX.
Com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, a mostra reflete sobre o modernismo, retirando do foco as produções de influência Dada e os artistas do movimento Pop.
“Creditamos a eles a posição de precursores das manifestações envoltas na denominação genérica e não definitiva de ‘arte contemporânea’, embora tenhamos consciência que estas manifestações surgem no próprio bojo da modernidade”, explicam.
Segundo os curadores, a exposição abarca desde o marcante movimento que inicia a relativização do olhar e da percepção que foi o cubismo picassiano, surgido no início do século XX, até a absorção pelo mundo das artes das linguagens eletrônicas tão bem representadas pela obra de Gary Hill. “Estabelecidos os pólos, o resto foi determinar os meridianos dessa cartografia imaginária que era construir um “mapa” da arte ocidental moderna”, completam.
A partir daí a curadoria recorreu à formação de grupos de tendências sem, contudo, seguir as categorias tradicionais da história da arte.
Para completar a mostra ainda foram incluídos quatro artistas latino-americanos: o uruguaio Arden Quin, artista criador do movimento MADI: os brasileiros Aldemir Martins, Antonio Bandeira e Letícia Parente, esta última precursora da videoarte no Brasil.
A mostra está dividida em sete grupos sem limites de fronteira e preocupação cronológica, desta forma definidos pela curadoria:
“Pablo Picasso, Henri Matisse, Torres-Garcia, Antonio Saura, Paul Klee, Julio Gonzales, Cristina Iglesias e Aldemir Martins foram reunidos pelo expressivo figurativismo das suas obras; Marc Chagal, Salvador Dali e Joan Miró, embora também figurativos suas obras enveredam pelos universos de influência fantástica; Jean Arp, Antonio Bandeira, Alexander Calder, José Sanleón e Juan Uslé estão reunidos pelo lirismo de certo modo lúdico de suas composições; Arden Quin, Adolph Gottlieb, Alberto Bañuelos e Tony Smith estão num campo de convergência de idéias construtivas; Cristina Iglesias, Miguel Navarro, Richard Serra e Antoni Tápies têm as suas obras marcadas pela matéria com que são realizadas.
Os artistas destes grupos, mesmo situando-se num horizonte que vai da figuração à abstração radical, contêm em suas produções sinais que permitem a compreensão das diversas faces adquiridas pelo modernismo no século XX, em sua plena maturidade. Mas o modernismo do século XX também trás em seu bojo o vírus do seu próprio fim. E isso é possível perceber nas produções de Magdalena Abakanowicz, Christian Boltanski e Allan McCollum, que têm a sua carga poética mais ligada ao conceito que a forma e rompendo a configuração das obras em si, expandem-se e incorporando a plenitude do espaço expositivo; e em Peter Fischli/ David Weiss, Bruce Nauman, Letícia Parente, Antoni Muntadas, Robert Smithson e Garry Hill, pelo uso dos meios tecnológicos em suas linguagens expressivas volatizam e virtualizam as obras”.
Serviço:
De Picasso a Garry Hill
Visitação do público, de 13 de julho a 29 de agosto.
Em julho, das 14h às 21h (acesso até 20h30)
Em agosto, das 9h às 19h (acesso até 18h30)
TV DIVIRTA-CE
Faça uma visita ao Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar, na exposição "De Picasso a Gary Hill", através da TV DIVIRTA-CE. Clique nos vídeos abaixo:
Confira fotos da vernissage na seção DIVIRTA-CE COBERTURAS
Exposição sobre Mestre Graciano até 29 de agosto
A exposição reúne obras de um dos mais prestigiados escultores vivos do Ceará
O Memorial da Cultura Cearense (MCC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura abriu a exposição “Mestre Graciano & Família”, que fica em cartaz até o dia 29 de agosto nas salas 01 e 02 do MCC.
A exposição reúne obras do Mestre Manoel Graciano, um dos mais prestigiados escultores vivos no Estado do Ceará e reconhecido como uma das maiores expressões artísticas de sua região, o Cariri, além de peças de duas gerações posteriores de artistas da família, como é o caso de seu filho Francisco Graciano e de seu neto Giovani, de apenas 15 anos.
Para o curador da exposição, Titus Riedl, o percurso dessa semente criativa através das gerações, do legado desse mestre entre seus familiares, é um dos pontos a se destacar entre as propostas da exposição, visto que em muitos casos a arte desses mestres se perde com o término de sua produção material.
Em uma das salas, obras clássicas, peças nunca expostas e parte da produção recente de Manoel Graciano, que atualmente se vê obrigado a não mais criar por questões de saúde. Na outra sala, uma espécie de “confronto” com a obra de seus familiares e descendentes, entre esculturas em madeira, em cabaça e pinturas em lona em tamanho grande, que, segundo Titus Riedl, são uma das novidades da exposição.
“Mestre Graciano & Família” trabalha ainda a questão da acessibilidade para pessoas com deficiência visual, através de obras que podem ser tocadas e de materiais de cabaça, matéria-prima de algumas das peças. Para pessoas com deficiência auditiva, um vídeo com informações sobre a exposição servirá de conteúdo complementar à visualização das obras.
A montagem da exposição conta com obras de Manoel Graciano que compõem parte do acervo do Memorial da Cultura Cearense (MCC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e de coleções particulares, entre peças pertencentes a Violeta Arraes, Dodora Guimarães e Germana Vitoriano. Para Titus Riedl, a exposição também visa a ressaltar dois pontos: tanto a importância de se criar, manter e divulgar um acervo de obras de artistas da nossa cultura em instituições como o MCC, quanto a importância de incentivar a figura do colecionador local, que volta os olhares para sua própria cultura e valoriza sua arte popular.
Serviço:
Abertura da exposição “Mestre Graciano & Família”, sexta-feira, 02 de julho, às 19h30, nas salas 01 e 02 do Memorial da Cultura Cearense (MCC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A exposição fica em cartaz até o dia 29 de agosto.
Vando Figueiredo celebra Portugal
“Vando Mostra Portugal” marca os 14 anos que o artista cearense fez sua primeira exposição na Europa
O artista plástico Vando Figueiredo abre seu atelier, nesta quarta feira, 7, para uma homenagem a Portugal.
A exposição, intitulada Vando Mostra Portugal, marca os 14 anos da primeira exibição das obras do artista naquele país - em Cascais, com a curadoria do marchand José Castelo Branco -, que lhe abriu as portas para o mercado português e para outros grandes centros da arte contemporânea. Os quadros mostram as cores de paisagens urbanas e de cenas cotidianas de cidades como Lisboa, Porto, Cascais, Sagres, Estoril,
Fátima e do casario dos vilarejos da região do Algarve. Todas as paredes do atelier estão tomadas de quadros. São 18 acrílicos sobre tela e 12 aquarelas, esboçados em Portugal e pintados no Brasil, nos últimos dois anos.
Um espaço está reservado para as obras que contam os 22 anos da carreira de Vando Figueiredo. A mostra, do tipo open house, oferece obras a preços mais acessíveis que nas exposições convencionais.
Será a última exposição do artista, antes de embarcar para Brande, na Dinamarca, onde participará do 18º Workshop for Visual Artist, como representante do Brasil no evento.
O Workshop é um dos mais tradicionais e respeitados eventos de arte da Dinamarca. Reúne artistas de técnica e temática ousadas, como é o caso de Vando Figueiredo, que foi revelado àquele país nórdico pelas suas pinturas da série “rupestre”, desenvolvida a partir de 1995.
“Vou mostrar como faço meu trabalho, que é simples na forma, como eram nossos ancestrais, e profundo no conteúdo, como manda a contemporaneidade”, afirma o artista. “Vou colocar lá a bandeira do Brasil, para marcar o espaço que vamos dividir com artistas da Dinamarca, Alemanha, Polônia, China e Japão”, finaliza.
“Vando Mostra Portugal” tem abertura quarta, às 20 horas, no atelier do artista, na rua Nunes Valente, 1248-A –Aldeota. Visitação de 8 a 14 de julho, de 14 às 21 horas. Informações 3224.7578.
GENTIL BARREIRA, FUTEBOL E ARTE
Em clima de Copa do Mundo, o Moana Gastronomia & Arte recebe a exposição de fotografias do cearense Gentil Barreira, com curadoria de Cacau Brasil. Intitulada “Jabulani”, que no idioma africano sirizulu quer dizer "celebração", a mostra contará com 18 fotos, mesclando trabalhos já conhecidos e inéditos, com técnicas e abordagens diferenciadas, do clássico ao contemporâneo, seguindo a temática do futebol.
Para homenagear este sentimento brasileiro pelo futebol, Gentil vai levar ao Moana imagens de crianças jogando na praia, obtidas a partir de uma interferência ao fotografar, que se assemelha a imagem de uma pintura a óleo. A regionalidade do sanfoneiro e sua relação de devoção aos antigos craques da bola também aparece em “Jabulani”, bem como o olhar do artista sobre a África do Sul, país sede da Copa do Mundo de 2010.
Pioneiro na fotografia digital profissional publicitária em Fortaleza, Gentil Barreira é conhecido por desenvolver estudos com luz e movimento, que permitem que o público interaja com a fotografia. O artista atua em diversos segmentos fotográficos como moda, arquitetura, portraits, e ainda retrata a patrimônio natural e a cultura brasileira. Suas obras estão registradas livros, exposições e museus em diversas cidades do Brasil e do mundo.
O Moana Gastronomia & Arte oferece também uma escalação de saborosas opções gastronômicas, além de uma carta de vinhos e espumantes com mais de 97 rótulos, de diversos países. Aberto diariamente das 6 horas até 1 hora da manhã, a casa conta com horários especiais de visitação sem consumo. Além do almoço e jantar (a la carte), o Moana ainda oferece café da manhã, em serviço de bufê.
Serviço
Moana Gastronomia & Arte
Avenida Beira Mar, 4260 – no Golden Flat Fortaleza
Mais informações: (85) 3263.4887
* Restaurante (buffet de café da manhã, além de almoço e jantar a la carte). Funciona das 6h às 1h.
* Galeria (visitação sem consumo). Funciona das 9h às 11h e das 14h às 19h. Entrada grátis.
Abertura da mostra internacional “De Picasso a Gary Hill" é adiada
O Governo do Estado do Ceará, por meio Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, informa que a abertura da exposição “De Picasso a Gary Hill” foi adiada para o dia 12 de julho, em consequência do atraso na chegada de algumas obras. A exposição “De Picasso a Gary Hill” exige uma logística especial, onde algumas obras saem da Europa e precisam passar primeiro por São Paulo para depois serem transportadas para o Ceará.
O encerramento da exposição, previsto inicialmente para 15 de agosto, também sofre alteração. Os visitantes poderão ter acesso gratuito a obras de artistas como Picasso, Matisse, Klee, Chagall, Tapies, Saura, Calder, Antônio Bandeira e Aldemir Martins até 29 de agosto.
Gerada e produzida no Ceará, com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, “De Picasso a Gary Hill” é uma ação estratégica em apoio ao desenvolvimento da cultura e do turismo, fortalecendo Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar (MAC Dragão do Mar) como um centro gerador de grandes eventos.
Serviço – Abertura da mostra “De Picasso a Gary Hill”, dia 12 de julho, às 20h, no Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar (Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema). Informações no (85) 3488.8625
Vik Muniz até agosto na Unifor
O artista plástico brasileiro, sucesso internacional, revela a sua singularidade em 141 obras que traçam uma retrospectiva do seu trabalho
A Universidade de Fortaleza oferece ao público cearense a Exposição do artista plástico e fotógrafo Vik Muniz, que estará em cartaz no Espaço Cultural Unifor a partir do dia 16 de abril, que contará com 141 obras do artista. Há 25 anos radicado em Nova Iorque, o paulistano ganhou projeção no cenário artístico internacional com fotografias de trabalhos realizados a partir de técnicas variadas e materiais quase sempre inusitados.
Marca Registrada- Vik Muniz imprime sua marca ao lidar com a memória, a ilusão e, sobretudo, o humor, apoiado no uso de materiais pouco convencionais. “Sempre levei o humor muito a sério.” Ele não apenas registra a sua versão do mundo, como o recria. Antes de seu olhar como fotógrafo captar o que se tornará o produto final de sua obra, cria um verdadeiro teatro, com cenas, retratos, objetos e imagens, alguns em escala gigantesca, usando elementos tão diversos como papel picado, sucata, molhos e algodão, em processos de construção que podem levar semanas ou até meses. Dessa forma surgiram algumas das obras como a Mona Lisa de geléia e pasta de amendoim; o soldado composto por inúmeros soldadinhos de brinquedo; a Medusa de macarrão e molho marinara; o Saturno devorando um de seus filhos, de Goya, refeito com sucata; e retratos das atrizes Elizabeth Taylor e Monica Vitti compostos por centenas de pequenos diamantes, todos presentes na mostra.
Vik Muniz- O artista nasceu no centro de São Paulo, em 1961. Filho único de um garçom e uma telefonista, passou parte de sua infância morando na periferia da cidade. Trabalhou em vários empregos, entre eles uma agencia de anúncios que despertou nele o poder de persuasão e a possibilidade de manipulação. Na década de 80 um acidente foi decisivo para a mudança de sua vida. Vik Muniz acabou sendo baleado na perna quando presenciou um briga entre dois homens. Para evitar uma queixa policial o atirador o ofereceu uma razoável quantia em dinheiro, fato que possibilitou sua ida para os Estados Unidos. Vik passou dois anos em Chicago com os familiares e em 1986 mudou-se para Nova York, lugar onde acabou naturalizando-se norte - americano. Em 1989 realizou a sua primeira mostra, onde expôs esculturas denominadas Relíquias – Objets Trouvés fabricados ou falsas descobertas arqueológicas, como a Máquina de Café Pré- colombiana. Os trabalhos do artista já evidenciavam a sua arte bem humorada que marca sua trajetória.
Fotógrafo por acaso - O artista começou a sua carreira como escultor e tornou-se fotógrafo à medida que fotografava suas peças para documentá-las. Através da fotografia, Vik Muniz conseguia encontrar o ângulo perfeito, a iluminação perfeita e a exposição perfeita para capturar o efeito que havia imaginado quando começou a produzir a escultura. A partir desse momento a fotografia se torna mais interessante do que a escultura propriamente dita.
Reconhecimento - Vik Muniz foi descoberto pelo crítico de arte do jornal The New York Times, Charles Haggan, nos anos 90. em 2001, foi escolhido como representante do Brasil na Bienal de Veneza. Já em 2005, escreveu o livro Reflex: A Vik Muniz Primer. Recentemente Vik foi convidado para ser o primeiro brasileiro a participar como curador na nona versão Artist´s Choice (2008- 2009), um projeto criado pelo museu de Arte Moderna de Nova York. Atualmente, a originalidade da sua obra o estabeleceu como um dos criadores mais respeitados da arte contemporânea, presente em acervos dos principais museus do mundo.
Exposição Vik Muniz
Abertura: 15 de abril
Visitação: 16 de abril a 8 de agosto
Local: Espaço Cultural Unifor
A visitação ao Espaço Cultural Unifor é gratuita. De terça a sexta, das 10h às 20h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h.
Sobrado abre exposição do projeto Residências em Fluxo
A artista pernambucana reflete sobre a cidade como um lar.
Os fortalezenses moram em casas, apartamentos, barracos ou em Fortaleza? Após a porta ainda é casa? As praças são os quintais? O olhar de Katalina Leão se veste de forasteiro com Residência e imprime sobre a cidade uma percepção particular e pretende, por meio da arte contemporânea, refletir parte da cidade como um lar.
Katalina é recifense há 27 anos e esteve na Alemanha por dois anos, onde frequentou a Escola de Belas Artes e aprimorou o idioma, mas ela fala mesmo é o português agudo dos pernambucanos e, claro, de arte. Selecionada em um programa de residência artística, a artista visual passa um mês inteiro (julho) na capital cearense e no fim da trajetória, uma exposição ficará aberta ao público no Sobrado Dr. José Lourenço, no Centro.
A ideia é transformar a própria cidade em residência. Em apenas alguns dias na cidade, Katalina optou pelo formato de performance e também pela videoarte. O conceito principal do trabalho Residência ela faz questão de enfatizar: "vivenciar a cidade a partir de uma relação sensível com o lugar".
A performance única, selecionada entre cinco propostas pensadas pela artista, consiste em oferecer um banquete ao público fortalezense na tradicional e histórica Praça do Ferreira, palco dos passos cotidianos de muitos habitantes. No vídeo, uma bailarina desenvolve movimentos corporais, encantada com uma cena cotidiana num banheiro.
Na exposição, que será lançada no dia 24, no Sobrado Dr. José Lourenço, quinze fotos ampliadas de registro da performance ocuparão o mesmo espaço da projeção do vídeo, que se repete infinitamente.
O programa Residências em Fluxo é realizado pelo recifense Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) em parceria com a Usina Cultural Energisa (João Pessoa) e o Sobrado Dr. José Lourenço (Fortaleza) e é financiado pelo Banco do Nordeste, através do Programa BNB de Cultura 2010.
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