Grandes escritores brasileiros em quadrinhos
O projeto Domínio público - literatura em quadrinhos, idealizado pelos pernambucanos João Lin e Mascaro (editor de arte do Diario e do Aqui PE), colocou um desafio instigante diante de um grupo de jornalistas e quadrinistas: adaptar para o universo dos comics uma série de narrativas de autores brasileiros canônicos como Machado de Assis, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac e Lima Barreto. Lançado de forma independente em 2006, o primeiro volume retorna às prateleiras pela editora DCL, com outro formato gráfico, que reforça a riqueza narrativa e visual das histórias selecionadas.
João Lin e Mascaro aproveitam no novo projeto a experiência adquirida com a revista Ragú, produzida por eles, que já está na sétima edição - um feito e tanto em um mercado rarefeito para os quadrinhos como o nordestino. O título da nova empreitada dá uma pista dos objetivos da dupla: driblar as restrições cada vez mais contestadas das leis de direito autoral e divulgar a obra de autores muito citados, mas, às vezes, pouco lidos. "Sempre acreditamos no potencial desse produto para sair do gueto underground. O acordo firmado com a DCL nos dá uma distribuição nacional mais eficiente", afirma Mascaro.
A entrada em cena da editora paulista tem uma explicação: o governo federal incorporou os quadrinhos ao Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), um projeto instituído em 1997 para facilitar o acesso de professores e alunos aos bens culturais. Esse mercado estatal, cobiçado por toda a indústria do livro brasileira, possibilita que uma obra como Domínio público alcance uma tiragem inicial em torno dos 15 mil exemplares. Agora, a estudantada - mas não só eles, claro - pode conhecer com mais facilidade as adaptações para quadrinhos de contos como O homem que sabia javanês (Lima Barreto), A cartomante (Machado de Assis) e O soldado Jacob (Medeiros e Albuquerque).
"Trabalhar com material desses nomes canônicos foi uma maneira de contornar a escassez de bons roteiros dos quadrinhos nacionais", afirma Mascaro. Para escolher as duplas de adaptadores e ilustradores, ele e João Lin levaram em conta a compatibilidade dos potenciais convidados com o estilo dos contos originais. "Em alguns casos, a adaptação foi feita antes da quadrinização. Em outros, se deu exatamente o contrário. As duplas tiveram autonomia para decidir sua maneira de funcionar", conta Mascaro. Vários jornalistas pernambucanos - ou radicados no Estado - estão entre os escolhidos pelos idealizadores, como Júlio Cavani e André Dib, ambos repórteres do Viver, e de Lydia Barros,ex-editora do Viver.
O segundo volume da série Domínio público, reunindo autores estrangeiros como Bram Stoker e Esopo, também foi publicado de forma independente e pode ser encontrado nas livrarias. Por enquanto, a DCL ainda não confirma seu relançamento nacional. Mas Lin e Mascaro não perdem tempo: eles planejam, agora, um terceiro volume, dedicado ao realismo fantástico.
Lançamentos da Panini em setembro incluem reformulação da linha DC
Começam as mudanças na linha DC Comics da editora Panini, com a estréia de novos títulos e a substituição de outros. A mudança é marcada por uma cor especial em todas as capas. Uma das novidades é Prelúdio para a Crise Final, que prepara o terreno para a Crise derradeira. A revista vem com histórias dos Quatro Cavaleiros e Adão Negro, que prepara sua volta após perder a família e o país pelas mãos da Intergangue e dos Quatro Cavaleiros. A outra estréia é Dimensão DC: Lanterna Verde #1, nova revista mensal na qual Hal Jordan e seus companheiros da Tropa dos Lanternas Verdes enfrentam a Guerra dos Anéis. Superman #70 marca a estréia de novos arcos. Superman e Batman saem em busca de um misterioso kryptoniano, enquanto a Supergirl enfrenta um grande dilema e o passado do jornalista Jimmy Olsen é esclarecido. O Bravo e o Audaz passa para a revista Superman & Batman, que republica a primeira história da série e traz a continuação de Os Donos da Sorte. Na mesma edição, o Homem de Aço descobre como seria enfrentar os Novos Titãs. E ainda, para celebrar os 70 anos da DC Comics, todas as revistas dessa linha trarão de brinde um chaveiro de metal, com o símbolo de um herói. Superman e Batman trazem um chaveiro com o emblema do kryptoniano e do vigilante, Liga da Justiça vem com um chaveiro da Mulher-Maravilha, Novos Titãs do Robin, Superman & Batman traz um chaveiro com o logotipo da revista Batman, Dimensão DC: Lanterna Verde vem com um chaveiro do Lanterna Verde e Prelúdio para a Crise Final e Contagem Regressiva trazem, respectivamente, chaveiros da Família Marvel e do Flash.
A linha DC 70 Anos continua com As Maiores Histórias da Liga da Justiça. É indispensável também conferir Batman #70, que dá início à melhor história de Grant Morrison com o personagem na fase atual - uma trama detetivesca com desenhos do ótimo J.H. Williams III (Promethea).
Batman 70
Batman: os Homens-Morcego de diversas nações se reúnem para um encontro nostálgico, mas um inesperado visitante tem outros planos. Mulher-Gato: com supervilões e a polícia caçando Selina e Holly, medidas drásticas são necessárias! Asa Noturna: o passado cobra seu preço.
Liga da Justiça 70
Um dia na vida dos membros da Liga da Justiça durante o plantão no monitor! SJA: enquanto Liberty Belle tenta impedir que Detonador cometa o maior erro de sua vida, Starman ajuda Poderosa a fazer uma grande descoberta! Flash: a nova jornada do velocista! E ainda: Mulher-Maravilha!
Novos Titãs 51
Novos Titãs: o grupo ganha novos membros e surge uma ameaça vinda do futuro Robin: Tim só quer entregar o presente de Dia dos Pais para Bruce, mas um bando de vigilantes pode mudar seus planos! Renegados: o início de Os 5 Desafios, onde a equipe passará por profundas transformações!
Dimensão DC: Lanterna Verde 1
Ele é conhecido como o maior Lanterna Verde de todos os tempos! Agora, Hal Jordan e seus companheiros da Tropa vão encarar o maior desafio de suas vidas... Começa a Guerra dos Anéis! Acompanhe esta incrível batalha na nova revista mensal Dimensão DC: Lanterna Verde, a partir de setembro!
Superman 70
Edição especial comemorativa com o início de novos arcos! Superman e Batman saem em busca de um misterioso kryptoniano! Supergirl enfrenta um grande dilema em O Ataque das Amazonas! E mais: Conheça o passado do mais novo grande herói da DC: o jornalista Jimmy Olsen!
Prelúdio para a Crise Final 1
A prévia do maior evento da DC começa aqui, trazendo as minisséries abrem caminho para a derradeira Crise! Adão Negro perdeu sua família e seu país nas mãos da Intergangue e dos Quatro Caveleiros... e teve seus poderes retirados por Billy Batson. É hora de conquistar tudo de volta! E por falar nos Quatro Cavaleiros, você não achou que eles ficariam sumidos por tanto tempo, achou?
Wizzmania
Na Wizmania deste mês, uma matéria analisa a Invasão Secreta, a próxima grande saga da Marvel; Alan Moore fala sobre a terceira encarnação da Liga Extraordinária nos quadrinhos e sobre seus projetos futuros; um especial sobre Tex, o ranger mais destemido dos quadrinhos, que completa 60 anos este mês; e uma matéria falando sobre as batalhas travadas entre o diretor Richard Donner e os produtores de Superman – O Filme (de 1978) para que o longa-metragem pudesse ser concluído e exibido nas telas. Além disso, a revista presta homenagem a Eugênio Colonnese, ilustre quadrinista falecido recentemente, mostrando breve retrospectiva de sua carreira e comentários de diversas pessoas ligadas à área a respeito do autor.
Calvin e Haroldo de volta em "Yukon Ho!"
A Conrad Editora acaba de lançar Yukon Ho!, mais um volume das "obras completas" de Calvin e Haroldo. Este é o quarto título nacional dedicado à criação mais famosa do cartunista Bill Waterson.
Desde os anos 80 suas tirinhas freqüentam jornais de todo o mundo.
Muitas vezes, uma tira em quadrinhos é algo descartável, que vai pro lixo junto com seu suporte, o jornal. Em alguns casos, no entanto, o material é tão bom que chega a doer vê-lo como papel pra embrulhar peixe.
É o caso do trabalho de Waterson, que agora ganha o tratamento que merece.
Calvin é um menino irriquieto, o típico "pestinha" que inferniza a vida dos pais. Filho único de um casal classe média norte-americano, ele tem em seu tigre de pelúcia, Haroldo (em inglês, Hobbes, em homenagem ao filósofo), um cúmplice sutil e sensível com o qual vivencia uma realidade paralela própria das crianças.
Ao contrário do que parece, Calvin e Haroldo dialoga mais com adultos do que crianças. Seu universo representa um paraíso perdido para os crescidos, e aí reside o carisma poético e por vezes melancólico de sua leitura.
A trabalhos assim costuma-se atribuir um nome: clássico.
Na Wizmania deste mês, uma matéria analisa a Invasão Secreta, a próxima grande saga da Marvel; Alan Moore fala sobre a terceira encarnação da Liga Extraordinária nos quadrinhos e sobre seus projetos futuros; um especial sobre Tex, o ranger mais destemido dos quadrinhos, que completa 60 anos este mês; e uma matéria falando sobre as batalhas travadas entre o diretor Richard Donner e os produtores de Superman – O Filme (de 1978) para que o longa-metragem pudesse ser concluído e exibido nas telas. Além disso, a revista presta homenagem a Eugênio Colonnese, ilustre quadrinista falecido recentemente, mostrando breve retrospectiva de sua carreira e comentários de diversas pessoas ligadas à área a respeito do autor.
Calvin e Haroldo de volta em "Yukon Ho!"
A Conrad Editora acaba de lançar Yukon Ho!, mais um volume das "obras completas" de Calvin e Haroldo. Este é o quarto título nacional dedicado à criação mais famosa do cartunista Bill Waterson.
Desde os anos 80 suas tirinhas freqüentam jornais de todo o mundo.
Muitas vezes, uma tira em quadrinhos é algo descartável, que vai pro lixo junto com seu suporte, o jornal. Em alguns casos, no entanto, o material é tão bom que chega a doer vê-lo como papel pra embrulhar peixe.
É o caso do trabalho de Waterson, que agora ganha o tratamento que merece.
Calvin é um menino irriquieto, o típico "pestinha" que inferniza a vida dos pais. Filho único de um casal classe média norte-americano, ele tem em seu tigre de pelúcia, Haroldo (em inglês, Hobbes, em homenagem ao filósofo), um cúmplice sutil e sensível com o qual vivencia uma realidade paralela própria das crianças.
Ao contrário do que parece, Calvin e Haroldo dialoga mais com adultos do que crianças. Seu universo representa um paraíso perdido para os crescidos, e aí reside o carisma poético e por vezes melancólico de sua leitura.
A trabalhos assim costuma-se atribuir um nome: clássico.
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