Lançamento: análise esportiva
Livro une Psicologia e as Ciências do Esporte
Vivemos um momento em que o esporte e a atividade física ocupam cada vez mais espaço na vida das pessoas. Os estudos na área têm aumentado significativamente no início do século XXI, impulsionados pelas mais recentes descobertas científicas. A Psicologia do Esporte é uma das áreas em evidência e que mais se desenvolvem na atualidade em consonância com as Ciências do Esporte. “Psicologia e Ciências do Esporte”, do autor Gilberto Gaertner (Juruá Editora), apresenta artigos de autores reconhecidos em suas respectivas áreas de atuação e aproxima a Psicologia com as Ciências do Esporte. Os assuntos abordados estão imersos no campo esportivo e tratam da sociologia, psicologia, overtraining, liderança, agressividade, auto-eficácia, fluxo, inteligência emocional, concentração, meditação, treinamento desportivo, indicadores fisiológicos, powerlifting, metaexperiências no esporte, conhecimento dos treinadores, entre outros.
“O objetivo do livro é integrar o conhecimento da Psicologia do Esporte com as Ciências do Esporte, visando a interdisciplinariedade como foco de análise”, explica o psicólogo Gaertner, que é doutorando em atividade física, esporte e lazer. Um dos diferenciais do livro é a visão multiprofissional, que interessa tanto a psicólogos do esporte e educadores físicos, como a treinadores e atletas. Outro destaque é que tanto o organizador como os colaboradores têm uma sólida formação acadêmica conjugada com larga experiência aplicada. Todos os temas são bem atuais e um dos destaques é a aplicação da meditação dentro do campo esportivo.*** 3 ESTRELAS / BOM
Luiz Carlos Lacerda lança no Festival For Rainbow o livro “Cinema e Prazer”
O livro “Prazer e Cinema” sobre o cineasta Luiz Carlos Lacerda lançou no Cine São Luiz, logo antes de uma das sessões da Mostra Autoral, com a presença de Lacerda. O livro “Prazer & Cinema” foi escrito por Alfredo Sternheim, um dos diretores da chamada “Boca do Lixo”, em São Paulo. Em sua carreira, dirigiu 24 longas e 14 curtas. Dentre seus filmes, estão "Paixão na Praia" (1971), "Anjo Loiro" (1973), "Lucíola, o Anjo Pecador" (1975), "Corpo Devasso" (1980), "Violência na Carne" (1980), "Brisas do Amor" (1982), e "Tensão e Desejo" (1983). Sternheim é também jornalista e publicou, em 2005, "Cinema da Boca - Dicionário de Diretores".
Até amanhã, no Sesc Iracema, a partir das 16h30 o público pode conhecer as produções deste cineasta que, desde a década de 50 ajudava a financiar filmes. Lacerda começou na carreira como assistente de direção no filme “Onde a Terra Começava” de Ruy Santos. De lá para cá, já foi diretor, roteirista e dirigiru filmes publicitários, seriados e novelas para a TV. Atualmente Lacerda é professor do curso de cinema da Universidade Estácio de Sá e colaborador de novelas na TV Record.
A última direção de Luiz Carlos Lacerda foi em 1997 com o filme "For All – O Trampolim da Vitória". A história, em estilo chanchada, aborda a presença do exército americano na cidade de Natal durante a Segunda Guerra Mundial.
As palavras e a vontade de Deus segundo os judeus, cristãos e muçulmanos
De que forma as escrituras influenciam a vida de cristão, judeus e muçulmanos? Como esses povos compreendem e praticam a palavra de Deus? A moral dos homens é, de fato, elaborada a partir da palavra divina? E como cada religião lida com questões complexas como a vida após a morte?
As três maiores religiões monoteístas – judaica, cristã e islâmica – estão intimamente ligadas. Porém, embora partilhem um vasto leque de história, tradições e ideologia, não conseguem se entender em pontos essenciais. Livro denso e revelador, escrito de forma clara, Os monoteístas: as palavras e a vontade de Deus, lançado no Brasil pela Editora Contexto, é uma obra recheada de preciosas análises. O autor, um dos maiores especialistas em fés monoteístas do mundo, o historiador F. E. Peters, detalha a vida interna destas três comunidades que cultuam um único Deus, o espírito que as anima e as regula.
Peters se ocupa em mostrar a evolução daquelas que são consideradas as verdades religiosas, desde a confecção até a cristalização das Escrituras, suas interpretações oficiais ou tradicionais, assim como eventuais ramificações e desvios de rumo, como as heresias. Nessa linha, o livro dá a palavra aos grandes “explicadores”, como Maimônides, Agostinho e Ibn Khaldun, assim como revela as formas encontradas pelas pessoas para seguir as palavras divinas e ensiná-las.
Nesse segundo volume sobre as três religiões monoteístas, o autor compara noções e conceitos como: pecado, paraíso/céu/inferno/purgatório, anjos, demônios, messias, santos ou outros intermediários, possibilidades e limites da ação humana, o Fim dos Tempos, os castigos e as recompensas. Os monoteístas fala ainda dos cultos e das principais festas religiosas, das liturgias, dos ídolos e das representações, de algumas devoções “oficiais” e de crenças populares. E também das diferenças.
A luta entre os monoteístas, lembra o autor, é uma briga pela herança, cada um deles se declarando o mais fiel herdeiro. Mas, no final das contas, judeus, cristãos e muçulmanos são parentes, todos descendentes de Abraão. Livro denso e revelador, mas claro e de leitura agradável, Os monoteístas: as palavras e a vontade de Deus é uma obra recheada de preciosas análises. Já nasce como leitura essencial a todos os interessados no tema, desde religiosos e historiadores a estudiosos das relações internacionais e sociólogos.
Conheça também – Os monoteístas – volume 1: os povos de Deus conta a origem e o desenvolvimento dos três sistemas religiosos, descreve a sua organização sociopolítica e analisa a relação entre Igreja e Estado. É interessante observar as formas com que cada religião apresenta sua filosofia, solicita rituais de seus praticantes e se relaciona com o poder, com o qual, por vezes, se identifica.
F. E. Peters é professor de História, Estudos Religiosos e Oriente Médio na New York University. É considerado um dos maiores especialistas nas fés monoteístas. Em 2003 o livro Os monoteístas – volume 1: os povos de Deus, publicado pela Editora Contexto, foi escolhido como o melhor na categoria Profissional, Educacional e Religião, pela Associação Americana de Editores.
Serviço
Livro: Os monoteístas – volume 2: as palavras e a vontade de Deus
Autor: F. E. Peters
472 páginas
Preço: R$ 59,00
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Colombo, a Inquisição e a derrota dos mouros
"Os cães do senhor" foi um dos livros de não-ficção mais bem-sucedidos nos Estados Unidos na primeira metade desta década, tendo permanecido quase um ano na lista de best sellers do New York Times
“Cativante e muito acessível.” - The Washington Post
“Em uma prosa vigorosa, livre de jargões acadêmicos, Reston dá vida ao conflito entre católicos e muçulmanos e mostra como esse embate ainda ressoa nos dias de hoje.” - USA Today
“Um retrato muito interessante da Espanha no século XV. Poucas vezes a história medieval pareceu tão indispensável.” - Kirkus Reviews
“Interessante, cuidadoso e complexo, analisa uma era muito mal compreendida.” - Publishers Weekly
OS CÃES DO SENHOR, de James Reston, foi um dos livros de não-ficção mais bem-sucedidos nos Estados Unidos na primeira metade desta década, tendo permanecido quase um ano na lista de best sellers do New York Times. Uma obra referencial para a compreensão dos terríveis métodos e objetivos da Inquisição na Espanha e para entender os ecos desse conflito no mundo de hoje (os islâmicos que fizeram a atrocidade em Madri procuraram justificar seus assassinatos em massa, pelo menos em parte, ao invocar a derrota dos ancestrais mouros, por exemplo).
Na tentativa de consolidar o poder na península Ibérica e se libertar da influência do Vaticano, o rei Fernando e a rainha Isabel recorrem ao padre Tomás de Torquemada, membro da ordem dos dominicanos. Torquemada propõe a criação de uma Inquisição para aumentar a autoridade dos monarcas na Espanha e fortalecê-los para a iminente guerra contra os mouros em Granada. Quando Granada é conquistada, milhares de muçulmanos recebem a opção de se converter ao cristianismo para evitar a morte ou o exílio. Torquemada, em seguida, direciona sua fúria aos judeus espanhóis, dando-lhes a mesma escolha cruel. No final, mais de 120 mil judeus deixam sua terra de origem.
OS CÃES DO SENHOR discorre sobre este que é um dos períodos mais brutais da história. Com caracterizações ricas dos personagens centrais e descrições impressionantes da bela península Ibérica, a vigorosa narrativa de James Reston, Jr. nos traz em detalhes todos os horrores da Inquisição. O livro também retrata uma época em que as ambições políticas e religiosas abriram caminho para a construção da Europa moderna. Fernando e Isabel, ao solidificar o controle sobre a península Ibérica, previram a criação do Estado moderno, com um poder centralizado e o senso coletivo de identidade.
Reston, no entanto, vai além dos feitos catastróficos de 1492, captando todo o arrebatamento das explorações e a promessa para os tempos futuros, nascida no mesmo ano. Depois de garantir o controle das questões políticas na Espanha, o casal real volta-se ao Novo Mundo e à criação de um império - com a ajuda de um jovem navegador chamado Cristóvão Colombo.
James Reston, Jr. é autor de vários livros, incluindo Warriors of God, The Last Apocalypse e Galileo: A Life. Escreve ainda com freqüência para as revistas The New Yorker, Esquire, Vanity Fair, Time e Rolling Stone, entre outras. Vive em Chevy Chase, Maryland.
OS CÃES DO SENHOR
Colombo, a Inquisição e a derrota dos mouros
James Reston, Jr.
(Dogs of god)
Tradução de Marcelo Ferroni
Revisão técnica de Paloma Roriz Espínola
Editora Record
364 páginas
Preço: R$ 48,00
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Um guia pelos muitos enigmas apresentados no Novo Testamento
Em Quem é quem na época de Jesus, Geza Vermes organiza uma coleção de biografias indispensáveis à compreensão do período
Um dos mais respeitados estudiosos de Jesus e dos Evangelhos, Geza Vermes apresenta um verdadeiro “quem é quem” dos contemporâneos do Messias. Com verbetes claros e concisos, QUEM É QUEM NA ÈPOCA DE JESUS traz a biografia de personagens bíblicos. Por meio desses retratos, Vermes recria um mundo povoado por grupos antagônicos - gregos, judeus e romanos - e explica o surgimento de um novo judaísmo e, por fim, do próprio cristianismo.
Especialista nos Manuscritos do Mar Morto e história do cristianismo, Vermes é o guia perfeito para conduzir o leitor pelos muitos enigmas apresentados no Novo Testamento. Essa abordagem multifacetada da época de Jesus consegue criar uma nova e inesperada perspectiva. Aqui, o autor trata personalidades do Novo Testamento, das obras de autores judaicos, do século I, da literatura rabínica e de fontes da história greco-romana.
Em entradas claras e concisas, QUEM É QUEM NA ÈPOCA DE JESUS lista imperadores e estadistas romanos, soberanos judeus/herodianos, governadores romanos da Judéia, governadores romanos da Síria, sumos sacerdotes judeus, mulheres de destaque, rabinos, carismáticos e ascetas judeus, revolucionários judeus, escritores e personalidades do Novo Testamento. O livro traz, ainda, mapas, árvores genealógicas e é ilustrado por sóbrios artefatos antigos: estátuas, moedas, construções e inscrições. Mais próximos da realidade do que os belos mosaicos medievais.
Ao apresentar retratos convincentes de figuras como Jesus, João Batista, Pôncio Pilatos, Herodes e também de líderes helenísticos e judaicos em geral ignorados pela Bíblia, Geza Vermes reexamina uma história repleta de mitos, fabricações e mal-entendidos, aproximando-se tanto quanto é possível do verdadeiro contexto da Jerusalém de dois milênios atrás.
Geza Vermes nasceu na Hungria, em 1924, numa família judaica, mas foi criado como cristão, retornando depois a suas raízes. Formou-se nas universidades de Louvain e Budapeste. Professor emérito da Universidade de Oxford, onde leciona estudos judaicos, é considerado um dos maiores especialistas acadêmicos sobre Manuscritos do Mar Morto e história do cristianismo. Membro da British Academy e da European Academy of Arts, Sciences and Humanities, publicou, entre outras obras, As várias faces de Jesus, O autêntico evangelho de Jesus, A Paixão e Natividade.
QUEM É QUEM NA ÉPOCA DE JESUS
(Who’s who in the age of Jesus)
Geza Vermes
Tradução de Alexandre Martins
Revisão técnica de Marcos de Castro
Editora Record
308 páginas
Preço: R$ 48,00
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Versalhes tropical
Império, Monarquia e a corte real portuguesa no Rio de Janeiro, 1808-1821
A edição brasileira de VERSALHES TROPICAL era bastante aguardada. Antes mesmo de ser lançado aqui, o livro já havia despertado o interesse da imprensa brasileira, ganhando um ótimo espaço na mídia neste ano em que comemoram-se os 100 anos da chegada da corte portuguesa ao país.
O livro da historiadora americana Kirsten Schultz, PHD em história latino-americana pela Universidade de Nova York, é uma obra arrebatadora, que reúne análises clássicas sobre um dos mais extraordinários momentos da história brasileira. Uma visão original sobre a vinda da família real que reúne o que de melhor tem sido produzido pela historiografia sobre esse período.
Em novembro de 1807, o príncipe regente português Dom João e milhares de cortesãos e funcionários deixaram para trás Portugal. Nos treze anos seguintes, o Rio de Janeiro substituiu Lisboa como centro do mundo português. Tais acontecimentos não tinham precedentes na história dos impérios europeus. Nunca antes um governante europeu visitara uma colônia, e menos ainda lá estabelecera residência. As transformações na vida cotidiana da cidade foram imensas. De 10 a 15 mil nobres e oficiais régios acompanharam a família real na travessia do Atlântico.
Kirsten examina as maneiras como os contemporâneos na nova corte real do Rio de Janeiro definiram no discurso e na prática política o significado desses acontecimentos e responderam aos desafios por eles impostos. “VERSALHES TROPICAL expões de modo radicalmente novo esse contexto de transformações, ao analisá-lo aos olhos das pessoas que o vivenciaram”, elogia Maria de Fátima Gouvêa na orelha . Um estudo pioneiro da corte portuguesa nos trópicos.
“Instigante, com alentada pesquisa, grande erudição e bom texto, o livro de Kirsten Schultz, sem dúvida, é a análise mais original das atuais publicações dedicadas à vinda da família real para o Brasil.” - Francisca Azevedo, historiadora, professora da UFRJ e autora de Carlota Joaquina, princesa do Brasil
VERSALHES TROPICAL
Império, monarquia e a corte real portuguesa no Rio de Janeiro, 1808-1821
Kirsten Schultz
(Tropical Versailles: empire, monarchy, and the Portuguese Royal Court in Rio de Janeiro, 1808-1821)
Tradução de Renato Aguiar
Editora Civilização Brasileira
448 páginas + encarte
Preço: R$ 50,00
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A Editora Objetiva lança Dura na Queda, a biografia da deputada federal Marina Maggessi
Dura na Queda narra a trajetória quase improvável de Marina Maggessi, que se tornou a primeira mulher a chefiar o departamento de inteligência da Polícia Civil do Rio. Conta ainda os bastidores das principais prisões realizadas por ela e vai além, revelando episódios dramáticos da vida pessoal da autora, como os episódios de abuso sexual que sofreu na infância.
“Sei que me exponho neste livro, mas prefiro as pessoas que se expõem. Gostaria que as mulheres que passaram por traumas parecidos tomassem a minha história como exemplo e pensassem que se eu tive força para enfrentar isso e me transformar na mulher que sou, elas também podem”, explica a autora, que narra também a experiência de ter feito um aborto.
Escrita com ajuda dos jornalistas Ana Maria Bahiana e Fábio Gusmão, a biografia traz ainda capítulos em que a ex-chefe de polícia faz um prognóstico implacável da violência no Rio de Janeiro e defende-se das acusações de que estaria envolvida no esquema de corrupção de alguns de seus ex-subordinados da Polícia Civil liderado pelo polêmico delegado Álvaro Lins.
“O futuro do Rio já chegou: são o crack e o ecstasy”, afirma Marina na página 253, em Violência, corrupção e tráfico: um prognóstico. “Eu nunca matei, nem seria capaz de mandar matar alguém. Até a tarde daquela quinta-feira de abril de 2007, não passava pela minha cabeça que um dia seria necessário convencer alguém disso”, escreve ela no capítulo 28, De heroína a vilã.
Sobre Marina
Marina Maggessi, carioca criada no Alto da Boa Vista, é deputada federal e inspetora de polícia. Formada em jornalismo (área na qual nunca chegou a atuar), ela chefiou durante quatro anos a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Estado do Rio de Janeiro e, em seguida, o departamento de inteligência da Polícia Civil fluminense. Quando não está discutindo políticas públicas de segurança, meio ambiente e desenvolvimento sustentável em Brasília ou dando palestras ao lado de integrantes da Central Única das Favelas (Cufa) e do AfroReggae, Marina gosta de ir à igreja, passear pelo Jardim Botânico e torcer pelo Botafogo, seu time de coração. ***
"Napoleão e seus colaboradores" revela comparsas do chefe de estado francês
A saga napoleônica não é apenas a história individual de um homem. Por todo o seu caminho, antes que o golpe do 18 Brumário o elevasse à condição de chefe de Estado francês, Napoleão naturalmente dependeu de uma sucessão de patrocinadores e, no devido tempo, do talento militar de seus subordinados. Mesmo depois que pôs a coroa imperial sobre a própria cabeça em 1804, seu regime continuou ligado aos seus antigos associados, bem como a outros que logo foram cooptados.
Isser Woloch trata dessa aliança e suas conseqüências, o relacionamento de Napoleão com seus principais colaboradores civis em NAPOLEÃO E SEUS COLABORADORES. A maior parte deles foi de baluartes da Revolução Francesa que se aproximaram do general Bonaparte, quando ele se preparava para tomar o poder em 18 Brumário, para apoiá-lo e cujos destinos continuaram intimamente ligados ao seu. Mas, à exceção de Talleyrand e Fouché - de talento diplomático e policial legendário -, os principais colaboradores de Napoleão permanecem nas sombras.
Conhecidos somente em certos círculos políticos restritos, eles não eram nomes famosos nacionalmente, naquele momento ou agora. Dotados de talento comprovado em legislação, jurisprudência, ciência e administração, a maioria não tinha maior ambição do que servir o Estado, com suas compensações materiais e psicológicas: status e segurança financeira, sem dúvida, mas também satisfação pessoal e um sentido de honra. A maioria trabalhou com afinco, embora os mais velhos e menos competentes tenham sido recompensados com sinecuras.
NAPOLEÃO E SEUS COLABORADORES constitui um notável esforço de ampliação do registro histórico. Ao oferecer retratos de homens tais como os legisladores Boulay de la Meurthe e Théophile Berlier e o conselheiro de Estado J.-G. Lacuée, que trabalhou pelo alinhamento à causa de Napoleão de antigos oponentes, Woloch lança luz sobre a formação da burocracia estatal francesa, que em muitos aspectos ainda hoje perdura, e cuja tendência ao longo dos tempos foi a de manter uma posição moderada, tanto sob regimes de esquerda quanto de direita. Os notáveis feitos de Napoleão, como demonstra o autor, foram possíveis não apenas porque ele dispôs de um exército disciplinado, mas também porque contou com operadores comprometidos e politicamente habilidosos, alguns dos quais acabaram por se opor à sua transformação de libertador a tirano.
Em um relato cheio de detalhes fascinantes, Isser Woloch mostra como se deu a tomada do poder por Napoleão e a conseqüente corrupção dos ideais revolucionários. Assim, expõe o sério dilema moral que enfrentaram os seus colaboradores, mais devotados a seu líder que à própria nação.
Isser Woloch é professor de história na Universidade de Columbia e autor de várias obras sobre história moderna francesa e européia. Seu livro The New Regime recebeu o prêmio Leo Gershoy da American History Association.
Críticas:
“Sensato e erudito.” - The New York Times
“Woloch é um dos maiores especialistas em Revolução Francesa dos Estados Unidos, e apresenta aqui o mesmo brilho e erudição de seus livros anteriores.” - History
“Uma crônica provocante de manipulação política e intriga, traz à luz aspectos críticos e sombrios da história européia.” - Booklist
“Interessante e informativo, cheio de detalhes fascinantes.” - Publishers Weekly
NAPOLEÃO E SEUS COLABORADORES
A construção de uma ditadura
Isser Woloch
(Napoleon and his collaborators)
Tradução de Carlos Araújo
Revisão técnica de Maurício Parada
Editora Record
336 páginas
Preço: R$ 49,00
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