segunda-feira, 6 de agosto de 2012

LITERATURA


Nélida Piñon relembra fatos marcantes de sua vida em “Livro das horas”  

A premiada escritora foi a primeira mulher a ocupar um cargo de presidente da Academia Brasileira de Letras

 A Acadêmica Nélida Piñon, quinta ocupante da Cadeira nº 30 da Academia Brasileira de Letras, relembra fatos marcantes de sua vida no “Livro das horas” (Editora Record), que lança nesta quarta, 15 de agosto, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon (Rio de Janeiro). A escritora foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da ABL, em 1997, por ocasião do centenário da Academia. No livro, Nélida Piñon tece uma sensível biografia e fala de sua convivência com grandes escritores, no Brasil e no mundo. São memórias afetivas que emergem a partir de um turbilhão de lembranças e emoções, de acordo com os editores (Editora Record). Fica evidente, a cada página, que, independentemente da vivência ou da riqueza de suas lembranças, sua história de amor sempre foi uma só: com a palavra.
Nélida Piñon fala dos grandes escritores da época, com os quais partilhou ideias, projetos e confidências. Conta que privou da intimidade de Clarice Lispector, Gabriel García Marques, Carlos Fuentes e muitos outros. Autora de mais de 20 livros em cinco décadas, Nélida Piñon recebeu uma série de prêmios nacionais e internacionais. Além das impressões sobre amigos, retratados no livro com respeito, nessas memórias ela relembra sua participação na resistência dos intelectuais brasileiros à opressão da ditadura militar e comenta, pela primeira vez, seus sentimentos perante a volatilidade dos críticos.
Carioca, Nélida Piñon estreou em 1961 com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo. Ao longo de sua carreira, colaborou em publicações nacionais e estrangeiras, proferiu conferências em diversos países, onde foi igualmente traduzida. É catedrática da Universidade de Miami desde 1990, havendo sido escritor-visitante das universidades de Harvard, Columbia, Johns Hopkins e Georgetown.
Longe de ser um volume de memórias convencional, desses que o escritor costuma lançar quando a veia ficcional ou poética dá sinais de esgotamento, “Livro das horas” nos leva a percorrer caminhos nos quais a erudição, aliada à simplicidade sóbria e ao tom confessional, tem o poder de encantar. Logo no primeiro capítulo, com sinceridade desconcertante, Nélida avisa: “Não sou forte nem poderosa. Tampouco estou na flor dos 20 anos. Não faz falta enaltecer o meu retrato que a mãe Carmem outrora pendurou em seu quarto antes de morrer, com a intenção de eternizar a juventude da filha na sua retina... A cada dia aprendo a amar. A família, os amigos, as línguas, as instâncias da vida e da arte”.
Sem citar muitos nomes e se atendo sobretudo aos fatos, Nélida conta as viagens que fez nos anos 1970, em plena ditadura militar, para lançar livros e falar em universidades. Era uma forma de dizer não ao regime. “Levava mochila nas costas, dormia em pensão paga pelos estudantes”, escreve.  Também são narradas com carinho as viagens à Galícia, de onde veio a família de Nélida, e a Nova York, cidade da qual ela fala com grande intimidade.
 Se Nélida abre o coração para falar das viagens, fecha-se ao relembrar casos amorosos. “Não vim ao mundo para expor a natureza do meu amor e a quem amei. Sou zelosa guardando nomes e circunstâncias”.
Viagens e amores à parte, Nélida Piñon não é muito de falar dos outros escritores, talvez por conhecer segredos e estranhamentos dos colegas. No entanto, abriu duas exceções especiais: ao poeta Bruno Tolentino, “belo na juventude, brilhante e atrevido”, e a Clarice Lispector, de quem se tornou amiga para a vida toda. Às vezes, as duas iam a um subúrbio carioca consultar a cartomante Nadir, em quem Clarice Lispector acreditava muito.
Depois da morte de Clarice, a amiga se recusou, durante anos, a falar sobre ela, “embora constate os equívocos biográficos cometidos sobre essa genial escritora”. Com carinho, guarda o quadro Madeira feita cruz, que Clarice pintou em homenagem a seu romance publicado em 1963. “Tenho-o em minha casa e a pintura esmaeceu com os anos. Ao passar por ele no corredor, entristeço-me com sua morte. Clarice me faz falta, dói-me falar nela. Sua amizade me fez crescer”, confessa a autora de “Livro das horas”.
Entre as obras mais conhecidas e mais traduzidas de Nélida Piñon figuram "A casa da Paixão" (1972), "A Doce canção de Caetana" (1987) e "A República dos Sonhos" (1984). **** 4 ESTRELAS / Ótimo.
 






Prorrogada as inscrições das Bolsas de Criação e Circulação Literária da FBN/Funarte
 

Até o dia 10/8 os interessados podem encaminhar seus projetos. Valendo a data da postagem. São 30 Bolsas de Criação e 20 de Circulação, com investimento total de R$ 1,25 milhão
 

FUNARTE DE CRIAÇÃO LITERÁRIA
A Fundação Biblioteca Nacional e a Funarte conjuntamente informam a prorrogação do edital para seleção de projetos para a Bolsa FBN / Funarte de Criação Literária até o dia 10 de agosto de 2012 (data de postagem nos Correios). Serão 30 bolsas, em âmbito nacional, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) cada, para o desenvolvimento de projetos de criação de romances, contos, crônicas, novelas e poemas.
O edital é voltado a pessoas físicas maiores de 18 (dezoito) anos, brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residentes no país há mais de 3 (três) anos, que tenham no máximo dois livros de sua autoria publicados com ISBN. Os projetos têm 6 meses de prazo para serem desenvolvidos, e entre as 30 bolsas concedidas, serão selecionados até 03 (três) produtos finais para publicação pela Fundação Biblioteca Nacional.
 

 FUNARTE DE CIRCULAÇÃO LITERÁRIA
A Fundação Biblioteca Nacional e a Funarte conjuntamente informam a prorrogação do edital para seleção de projetos para a Bolsa FBN / Funarte de Circulação Literária até o dia 10 de agosto de 2012 (data de postagem nos Correios). Serão 20 Bolsas, no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), para o desenvolvimento de projetos voltados à promoção e difusão da literatura em âmbito nacional, por meio de: oficinas, cursos, contação de histórias e/ou palestras.
O edital é voltado a pessoas físicas maiores de 18 (dezoito) anos, brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residentes no país há mais de 3 (três) anos, e os projetos deverão ser desenvolvidos no prazo de 6 meses, exclusivamente nos Territórios da Cidadania, e preferencialmente nas regiões apontadas pelo III Relatório Retratos da Leitura no Brasil, a saber, Centro-oeste, Norte e Nordeste.

Release – As prorrogações  foram publicadas nesta sexta-feira, dia 3 de agosto, no Diário Oficial da União e disponíveis no portal da Biblioteca Nacional: www.bn.br. Acesse o link do edital das Bolsas de Criação e de Circulação: http://www.bn.br/portal/index.jsp?nu_padrao_apresentacao=25&nu_item_conteudo=2230&nu_pagina=1

Ao todo serão oferecidas 30 bolsas para a criação literária na categoria iniciante, em âmbito nacional, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) cada. O objetivo é promover o desenvolvimento de projetos de criação de romances, contos, crônicas, novelas e poemas. Já para a circulação literária serão destinadas 20 bolsas no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), com o intuito de concretizar projetos voltados à promoção e difusão da literatura por meio de oficinas, cursos, contação de histórias e/ou palestras. O projeto tem investimento total de R$ 1,25 milhão.
A Bolsa de Criação Literária foi oferecida anualmente de 2007 a 2010 e é um dos mais importantes programas de fomento à criação literária no Brasil. Prova disso é o crescente número de inscrições registradas a cada edição. O número de bolsas concedidas também aumentou conforme a demanda: das 20 bolsas iniciais, para as atuais 30. O investimento nestas bolsas será de R$ 450 mil.
De acordo com o presidente da Funarte, a grande novidade desta edição da Bolsa de Criação Literária é o incentivo a novos escritores. “Pela primeira vez, este edital será voltado exclusivamente para autores iniciantes. Com esta iniciativa, pretendemos estimular e democratizar o acesso ao fomento na área da literatura”, destaca.
Importante veículo de promoção da leitura e da literatura em regiões com menor acesso ao livro, a Bolsa de Circulação Literária, criada em 2010, terá em 2012 sua segunda edição. O investimento nas bolsas de circulação será de R$ 800 mil
O projeto, segundo o presidente da FBN, Galeno Amorim, é vital para alavancar os índices de leitura nas regiões apontadas como as mais frágeis pela pesquisa Retratos da Leitura. “Somente com o lançamento de ações afirmativas e focadas como a Bolsa de Circulação é que a Biblioteca Nacional, a Funarte e o Ministério da Cultura contribuirão de forma efetiva para a popularização da literatura de forma nacional”. , avalia Galeno.

Quem pode concorrer
Estão habilitados a concorrer ao edital de Criação Literária pessoas físicas maiores de 18 anos, brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residentes no país há mais de três anos e que tenham no máximo dois livros de sua autoria publicados com ISBN. Os projetos têm seis meses de prazo para serem realizados, e entre as 30 bolsas concedidas serão selecionadas até três obras para publicação via editora FBN.
Já para o edital de Circulação Literária, podem concorrer pessoas físicas maiores de dezoito anos, brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residentes no país há mais de três anos. Os projetos deverão ser desenvolvidos no prazo de 06 meses, exclusivamente nos Territórios da Cidadania, e preferencialmente nas regiões Centro-oeste, Norte e Nordeste, apontadas pelo 3º Relatório Retratos da Leitura no Brasil como as de maior necessidade de investimento no fomento à leitura.
 



Inscrições para o Festival Literatura em Vídeo 2012 continuam abertas

Parceria com a produtora Buriti Filmes é a grande novidade deste ano. Vídeos-aula e oficinas virtuais com grandes nomes do cinema nacional já estão online

O Festival Literatura em Vídeo 2012, realizado pelas editoras Ática e Scipione, com apoio da MTV , da produtora Buriti Filmes e do portal Tela Brasil, está com inscrições abertas até dia 30 de setembro. Voltado para educadores e alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio das redes pública e privada de todo o país, o concurso tem como objetivo incentivar o hábito pela leitura e estimular a criatividade.

Para edição de 2012, foram criadas novas categoria de premiação. Além das tradicionais Júri Técnico, Júri Popular e Destaques Regionais, o Festival conta agora com Melhor direção de arte, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia e Melhor Som.

Outro diferencial da edição deste ano é a parceria com a Buriti Filmes, uma das maiores produtoras de audiovisual do país. O site oficial do evento http://www.literaturaemvideo.com.br apresenta uma série de vídeos-aula e oficinas, que tem como objetivo dar apoio técnico para professores e alunos produzirem suas adaptações de até 5 minutos baseados em uma das obras dos catálogos de literatura juvenil das Editoras. Esses vídeos, que trazem como protagonistas profissionais renomados como Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi e Walter Carvalho, fazem parte do acervo do Tela Brasil – projeto da Buriti Filmes que estimula produção de curtas metragens  –  e agora estão à disposição também no site do Festival Literatura em Vídeo.

Todos os vídeos enviados até 30 de setembro serão avaliados por uma equipe técnica, formada por assessores pedagógicos das Editoras Ática e Scipione, pela equipe da MTV e pela Buriti Filmes. Os vencedores do Festival serão escolhidos pelo Júri Técnico e os vídeos vencedores do concurso serão veiculados na grade da programação da MTV. Mais Informações no site http://www.literaturaemvideo.com.br

Veja o cronograma do Evento: 

Inscrições
Até 30 de setembro

Divulgação dos Destaques Regionais, Destaques das Categorias e Finalistas e divulgação dos destaques regionais, destaques das categorias e finalistas / Início das votações online
15 de outubro

Fim das votações online
28 de outubro

Divulgação dos vencedores no evento de premiação
08 de novembro

Divulgação dos vencedores no site
09 de novembro

Vídeos-aulas no site
Luiz Bolognesi fala sobre roteiro
Daniel Rezende fala sobre montagem cinematografica
Bráulio Mantovani fala sobre roteiro
Walter Carvalho fala sobre direção de fotografia
Geraldo Ribeiro fala sobre som direto
Antonio Pinto fala sobre trilha sonora

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