segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MÚSICA

Clique abaixo e confira os 10 CDs mais vendidos no Brasil


Nos EUA, ingressos para pré-estreia do filme de Michael Jackson esgotaram em duas horas

Michael Jackson ainda atrai o público de massa. No domingo, os ingressos para a pré-estreia do documentário musical "This Is It" em Los Angeles esgotaram assim que as bilheterias abriram. Os fãs que formavam fila havia três dias compraram os três mil ingressos disponíveis em apenas duas horas.

O filme estreia oficialmente no dia 28 de outubro, mas os fãs norte-americanos poderão assisti-lo uma noite antes em sessões de pré-estreia no novo Regal Cinemas Stadium 14. Para a abertura do novo complexo de cinemas, as 14 salas exibirão "This Is It".

Dirigido por Kenny Ortega, o filme mostrará aos fãs de Jackson um raro olhar sobre o artista criando e ensaiando para os shows que seriam realizados na O2 Arena, em Londres. O filme foi montado a partir de mais de cem horas de cenas de bastidores, com Jackson ensaiando várias músicas para o show. Ficará em cartaz por duas semanas no mundo todo, a partir de 28 de outubro


Noel Gallagher já tem novo projeto

Após deixar o Oasis, o guitarrista Noel Gallagher, já tem um novo projeto engatilhado. Ele irá tocar com seus amigos do Kasabian.

A banda “Kasabian” abriu os shows do Oasis na turnê que o grupo fez recentemente na Grã-Bretanha, antes de se separar. Segundo nossa fonte a banda vai ajudar Noel, a não ficar parado.

“Ele é uma máquina de shows, e adora tocar ao vivo, então ele se agarra a oportunidade sempre que pode se juntar a nós“, disse Tom Meighan, líder do Kassabian. Ainda divulgou que farão um turnê pela Inglaterra em novembro, nesta que Noel poderia fazer parte.

Meighan, ainda disse: “Adoraríamos fazer uma música com ele. Nunca diga nunca. Mas no momento Noel está concentrado em sua carreira solo e nós, mais ocupados do que nunca“.

Pelo jeito, Noel Gallagher não vai ficar parado. Mas é uma pena que o Oasis tenha realmente acabado, quem sabe eles podem voltar no futuro?




'Caras & Bocas Internacional' traz hit sertanejo

Por conta do núcleo judeu da trama de Caras & Bocas, a trilha nacional da novela incluiu versão em hebraico de Amor Perfeito - hit do álbum de 1986 de Roberto Carlos - em gravação da dupla e Lilaz. Repetindo a dose, a (boa) trilha internacional da história - editada esta semana em CD pela gravadora Som Livre - traz a mesma dupla numa versão em hebraico de É o Amor, primeiro sucesso da dupla Zezé Di Camargo & Luciano. Assinada por Cardoso com Dênis Porto, a versão de É o Amor é intitulada Ahava. Eis as 16 faixas do disco Caras & Bocas Internacional:
1. Lucky - Jason Mraz & Colbie Caillat
2. Already Gone - Kelly Clarkson
3. Don't Wanna Miss - Lia Weller
4. The Fear - Lily Allen
5. Stand by me - Seal
6. No Other Love - John Legend & Estelle
7. Funky Bahia - Sérgio Mendes (com will.i.am e Siedah Garrett)
8. Fell in Love - Alain Clark
9. Invece No - Laura Pausini
10. If - Daniel Boaventura
11. Ahava - & Lilaz
12. I'll Be There - Av Project (com Itauana Ciribelli e Dan Torres)
13. Your Heart Is as Black as Night - Melody Gardot
14. Lovin' You - Rosanah Fiengo
15. Bewitched - Ronaldo Canto e Mello
16. All About our Love - João Pinheiro (com Marjorie Philibert)



Ana Carolina grava DVD com Gadú, Zizi, Roberta e Bethânia

A foto registra instante de descontração no encontro de Ana Carolina com Maria Gadú para a gravação do inédito blues Mais que a mim, parceria de Ana com a cantora e compositora italiana Chiara Civello. O dueto vai poder ser conferido no quinto DVD da artista mineira. O blues chegou a ser gravado para o CD N9ve, mas acabou excluído do disco na mixagem. O novo DVD de Ana Carolina vai apresentar duetos da cantora com nomes como Gilberto Gil (que já gravou sua participação no samba Torpedo, gravado por Ana em N9ve com letra de Gil), Maria Bethânia, Roberta Sá, Seu Jorge, Zizi Possi, John Legend, Chiara Civello (na faixa Resta), Esperanza Spalding e Antonio Villeroy, entre outros. Gringo Cardia assina o cenário. Monique Gardenberg dirige o DVD.



Bela voz não floresce no CD 'Primavera'

Prestes a ser avô, Belo lança novo trabalho

Belo vai ser avô. E continua apaixonado. Ele aproveitou o lançamento do novo CD “Primavera”, que já está nas lojas, para se declarar à sua noiva Gracyanne, a qual dedicou o encarte do disco e várias músicas do novo projeto. “No fundo todo homem é muito frágil e tem medo de perder a mulher que ama. Comigo não é diferente”, contou Belo.

O pagodeiro também confessou que anda cuidando da aparência:

“Com dinheiro é fácil ser bonito. Agora faço limpeza de pele de 15 em 15 dias, só uso produtos de primeira linha no cabelo, tiro os excessos da sobrancelha e depilo o peito. Mas nunca fiz plástica nem coloquei botox”, garantiu.

Belo disse, ainda, que quer aproveitar o sucesso do novo disco para dar uma vida melhor ao filho e neto:

“Ele engravidou a namorada, mas quem sou eu para falar alguma coisa? Quando ele nasceu eu tinha apenas 16 anos. Agora vou é aproveitar para curtir meu neto, que já nasce no fim de novembro”, disse o cantor, de 35 anos, que tem outras três filhas.

No texto em que apresenta o chato oitavo CD solo de Belo, Primavera, o maestro Rildo Hora - um gaitista e produtor bastante requisitado no universo do samba - elogia, com razão, o timbre e a afinação do cantor, projetado na década de 90 como vocalista do grupo paulista Soweto.

Sim, somente quem fecha os ouvidos para os ídolos populares - e Belo, a despeito de todo seu conturbado histórico pessoal, continua a ser um deles - pode ignorar que, como cantor, ele realmente está acima da média. Por isso mesmo, é pena que, neste CD Primavera, sua voz seja tão desperdiçada. Mais uma vez. O fiel Prateado produz o disco - com direito a arranjos de cordas de Jota Moreas e a arranjos de metais urdidos com o toque de Serginho Trombone - com total devoção à fórmula insossa do pagode romântico que infestou o mercado fonográfico e as rádios a partir dos anos 90. Mudam os nomes das músicas (Choro, Tudo no Lugar e Invencível, entre outras), mas permanece a qualidade ruim que norteia o repertório. Até um samba de Arlindo Cruz e Sombrinha - Onde Está? - não consegue florescer com o colorido habitual da dupla por conta desse padrão que rege Primavera. Poucas faixas escapam do tom choroso do tal pagode romântico. Em Dona do Pedaço, parceria de Picolé e Prateado, Belo esboça investida pelo suingue do samba-rock. Já a balada Tudo Mudou é versão de tema oriundo do cancioneiro de Jose Ortega, compositor da Costa Rica. Porém, no todo, há pouca variação no CD Primavera. E quem se apaga é a bela voz de Belo.


CD mostra os caminhos incidentais das Índias

Quando saiu do ar, no próximo sábado, 12 de setembro de 2009, a novela Caminho das Índias já tinha nada menos do que cinco trilhas sonoras editadas em CD. No embalo da excelente audiência conquistada pela trama na reta final, a gravadora Som Livre colocou nas lojas o disco com a trilha sonora incidental composta por Alexandre de Faria para realçar os climas dos vários núcleos da história bem como as emoções das cenas. Entre os temas originais, há Os Portais do Taj Mahal, Maxixe Chorado, Habanera para Tarso, Tango da Ausência e Meditação & Karma



Canções famosas na voz do Rei, em novas versões por Eduardo Lages


Novo álbum do maestro reúne canções consagradas na voz de Roberto Carlos

Uma seleção de temas marcantes do repertório de Roberto Carlos, na interpretação de seu maestro e arranjador, estão reunidas no CD Nossas Canções, de Eduardo Lages. O romantismo dá o tom do álbum, inteiramente instrumental e com o toque inconfundível do artista, que acompanha o Rei há mais de 30 anos.
Do total de 12 músicas, quatro são de autoria da dupla Roberto e Erasmo Carlos: “Além do horizonte”, “O portão”, “Não quero ver você triste” e “Não se esqueça de mim”. Clássicos de outros compositores que já embalaram vários casais e ficaram conhecidos na voz de Roberto Carlos, como “Outra Vez” (Isolda), “Nossa Canção (Preste Atenção)” (Luiz Ayrão), “Custe O Que Custar” (Hélio Justo / Edson Ribeiro) e “Falando Sério” (Maurício Duboc / Carlos Colla), também estão no repertório. Getúlio Côrtes assina duas faixas: “Negro Gato” e “O Tempo Vai Apagar”, com Paulo César Barros.
O CD Nossas Canções traz ainda “Canzone Per Te” (Sergio Endrigo / Sergio Bardotti / Luis Enrique Bacalov), música que rendeu ao rei o prêmio do Festival de San Remo, em 1968. O lado compositor de Eduardo Lages aparece em “Confissão”, feita em parceria com Paulo Sergio Valle.


Chiaroscuro”, o novo CD da Pitty

Chiaroscuro” é um dos lançamentos mais aguardados de 2009. Não só pelos 4 anos de intervalo entre seu antecessor “Anacrônico”, mas também pela expectativa gerada através do blog oficial da Pitty, junto a ações virais inéditas em terras brasilis aplicadas pela gravadora Deckdisc. Resultado da carreira bem cuidada de uma artista que já provou que não tem prazo de validade.

O que você tem nas mãos é um álbum de rock. Nasceu da necessidade de expressão e foi, de fato, gerado durante vários meses nos quais muitos detalhes foram pensados e outros tantos foram fluindo naturalmente. A primeira decisão fundamental, que influenciou não só todo o processo como o resultado do disco, foi gravar em casa.

Pitty, Duda, Joe e Martin costumavam ensaiar num estúdio na casa de Duda. Resolveram equipá-lo para poder gravar lá mesmo, com qualidade. “A princípio foi uma loucura. Com o tempo, a melhor ideia que podíamos ter tido. O processo foi longo: Compramos equipamentos, reformulamos o espaço físico da sala, Rafael e André T. trouxeram microfones, compressores, pré-amps e tudo mais que a gente fosse precisar.” – conta Pitty.

O estúdio, agora já batizado de Madeira, virou um QG do grupo e foi naturalmente transformado numa espécie de “fábrica artística”, abrigando não só os envolvidos na gravação do disco, mas também outras mentes criativas, abrindo novas frentes para o desenvolvimento de conteúdos diversos. Enquanto os músicos gravavam, o diretor Ricardo Spencer filmava e editava os videos, os fotógrafos Otavio Souza e Caroline Bitencourt registravam o making of e a artista plástica Catarina Gushiken pintava telas que deram origem a capa do álbum. Também era de lá que Pitty alimentava seus canais virtuais, mantendo a relação direta que sempre teve com seu público, levando até todo e qualquer fã interessado um pouco da mágica que foi gravar seu terceiro disco de inéditas.

A tranquilidade de trabalhar em casa uniu os músicos. “Jamais estivemos tão entrosados como banda, como amigos, como parceiros. Fazíamos jam sessions de quarenta minutos sem se falar, sem combinar acordes e as músicas surgiam daí. Comecei a levar meus escritos e outras canções que havia feito na intimidade do meu quarto, e logo já tínhamos um punhado delas prontas. Fazíamos testes de gravação para checar a sonoridade do espaço e o conceito do disco começou a aparecer.” – continua.

Chiaroscuro” define todo esse conceito. Palavra italiana para “claro e escuro”, chiaroscuro é também uma das técnicas de pintura de Leonardo Da Vinci. O álbum traz esse constraste na sonoridade; músicas pesadas e leves, vicerais e sutis. Ainda que o rock seja predominante, há diversas influências como soul, tango, bolero e até música erudita. “A ideia era mesmo caminhar por outros terrenos” – diz a cantora.

“Água Contida”, por exemplo, é inspirada numa ária de Carmen, de Bizet, e tem uma pegada de tango com sonoridade a la Tom Waits, explodindo em um refrão rock. Hique Gomez, do grupo Tangos e Tragédias, participa tocando violino.

Pitty está cantando como nunca. Além da força e precisão que já conhecemos, ela mostra e prova seu amadurecimento, técnico e musical, esbanjando bom gosto nos milhares de canais utilizados para as camas de voz que dominam o disco com excelência. Das Ronettes aos Beach Boys, do TV on The Radio ao Queen, todas essas influências são ouvidas em primeiro plano, através de idéias atuais e eficientes. “Me Adora”, a primeira música a ser trabalhada nas rádios e TVs, retrata perfeitamente o que aqui foi dito, e que se ouve durante os 44 minutos do disco.

As letras de “Chiaroscuro” merecem atenção especial. Pitty adora observar o ser-humano e é sobre isso que ela escreve: fatos do cotidiano e sentimentos íntimos das pessoas vistos por outros ângulos. Tudo apresentado em um discurso direto, mostrando uma compositora confortável em seu papel de se comunicar. “Me dou bem com os inocentes /mas com os culpados me divirto mais”, um cheque-mate no refrão da faixa de abertura, “8 ou 80”. O dia-a-dia da mulher de 30, responsável e elegante, na instiganteDesconstruindo Amélia”. Poesia de bar: “Não vê que o futuro é você quem faz/porque o fracasso lhe subiu à cabeça”, dentro da pegajosa melodia do refrão de “Fracasso”. Ela canta o que escreve de forma tão íntima, que parece uma amiga confidenciando seu último porre no sofá da sua casa.

Produzido por Rafael Ramos, o disco foi gravado no Estúdio Madeira, mixado no estúdio Tambor e masterizado pelo gênio Bernie Grundman (Neil Young, Michael Jackson, Dead Kennedys, Beck e outros) em Los Angeles. O som é rústico, puro e genuíno. “É mais real, tem som de madeira… todos os instrumentos, todas as idéias são ouvidas com clareza.” – fala Rafael Ramos.

Chiaroscuro” é um disco feito a mão. Em todos os sentidos. ****




João Carlos Martins lança CD duplo autobiográfico

Com 20 faixas e trechos narrados pelo próprio pianista, Páginas de uma História celebra a carreira musical de um dos maiores intérpretes de Bach

João Carlos Martins lança o álbum Páginas de uma História, que faz uma retrospectiva de sua carreira como pianista e maestro. O CD duplo é composto por 20 obras gravadas pelo músico entre os 10 anos e os 68 anos, além de trechos em que João Carlos descreve e contextualiza suas interpretações.

A trajetória de João Carlos ao piano é apresentada por meio de interpretações gravadas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil – algumas delas de grande sucesso no mercado internacional, cujos direitos foram gentilmente cedidos pelas gravadoras originais.

Ney Marques, diretor artístico do CD e da gravadora Flautin 55, conta que esse era um desejo de longa data. "Sempre pensei em produzir um disco no qual o artista contaria sua história – desde que houvesse registros de sua trajetória musical. Não é fácil, mas no caso do João Carlos essa possibilidade apareceu", diz Marques.

O diretor artístico destaca duas gravações – "Sonhos de Amor" e "Dança dos Anões", de Franz Liszt – , que registram o início da carreira de João Carlos, ainda criança. "Essas gravações têm um valor histórico muito grande pois foram feitas pelo pai do João Carlos, (José), num gravador de fio de aço. Esses gravadores precedem os famosos gravadores de fita que foram usados durante muitos anos e registraram tudo o que temos até a década de 1980 , quando começaram a aparecer os primeiros sistemas digitais de gravação", explica Marques, acrescentando que o álbum será lançado no segundo semestre deste ano no mercado norte-americano.

SERVIÇO
Páginas de uma História
João Carlos Martins
Flautin 55
R$ 40,00
****


LATINO LANÇA DVD "JUNTO E MISTURADO" AO VIVO

Com todo o respeito pelos outros cantores (e as cantoras) da nossa Música Pra-Pular Brasileira: quem entende mesmo de festa é Roberto de Souza Rocha, o popular Latino. Ano após ano, ele nos dá provas cabais de que o negócio não está apenas em escolher um apê maneiro, fazer uma boa seleção musical e encher a geladeira de quitutes e – claro! – de birita. Bem mais do que isso, a alma da boa festa está simplesmente em saber quem convidar. E, olha, não faltou ninguém nesse Junto e Misturado, DVD que o cantor gravou em grande estilo, nos dias 18 e 19 de novembro do ano passado, no Taiwan Centro de Eventos em Ribeirão Preto (SP).

Com direção de Santiago Ferraz (responsável por DVDs de nomes de responsa da música, como RBD, Victor e Léo, Edson e Hudson, César Menotti & Fabiano e Padre Marcelo Rossi), a celebração dos 16 anos de carreira do Latino contou com uma lista VIP pra matar muito promoter de inveja: Double You, D’Black, Perlla, Pimpolho (do Art Popular), André e Adriano (do hit “Beber, Cair, Levantar”), Daddy Kall e Dolls – isso, além dos velhos amigos Buchecha, Joelma e Chimbinha (da Banda Calypso) e Mister Jam. Como bom anfitrião, o cantor não deixa nem a bebida esquentar, nem a animação esfriar: traz sua banda, suas dançarinas de fé – as Lati Girls – e vai zoando até o amanhecer, numa festa em que ninguém é de ninguém e o único compromisso é com a diversão.

junto e misturado_latino_capa cd_rParece que foi ontem que Latino surgiu no cenário, inaugurando no país uma onda funk melody com a música “Me Leva”. Pois de 1993 para cá, sempre se renovando (e se misturando), o garoto do subúrbio carioca de Maria da Graça nunca mais deixou mais de frequentar as paradas de sucessos. O segredo do seu êxito? Uma série de cuidadosas pesquisas, em busca do som ideal e da história certa a contar – daí surgiram os hits que contagiam o país inteiro. Aliás, muitos foram os hits do cantor nesses 16 anos. Quem está por fora ou simplesmente não lembra deve então botar logo o DVD para rolar, porque o Lalá vai mostrar com quantos refrãos irresistíveis se faz a carreira de um verdadeiro popstar.

Como uma espécie de Sidney Magal dos novos tempos, ele chega em Junto e Misturado metendo logo o pé na porta com “Festinha Prive”, canção que é a receita de como fazer uma balada inesquecível para todo mundo. E, no pique da farra, emenda com “Vagalume”, o retrato nítido de certos seres que se encontra com facilidade pela night (“sou torto, tarado, maluco / estilo predador / quando tô com birita na idéia / até choro por amor”). A chapa, que já está quente a essa altura, derrete logo em seguida com “Papo de Jacaré”, sucesso de rádio dos anos 90, do grupo P.O. Box, que Latino resgatou para o seu repertório e praticamente a transformou em uma música sua.

De repente, olha lá: é o Latino ao piano! Tudo para dar o toque de drama a “Renata”, mais um daqueles seus hits infalíveis (“Renata / ingrata / quem planta sacanagem colhe solidão”). Outro de seus personagens femininos surge logo na seqüência: é a “Cátia Cachaça”, que vem acompanhada da “Garota Nacional”, do Skank – que dupla para se azarar numa festa! Bom, aí chega a hora de receber os primeiros convidados VIP de Junto e Misturado: são André e Adriano, que dividem com Latino o “Pancadão ou Sertanejo”, histórico encontro entre o funk carioca e o pop do interior do Brasil (“o sertanejo faz o povo levantar / o pancadão faz a galera balançar”).

As parcerias continuam com Daddy Kall (velho amigo do grupo You Can Dance, com quem ele encena a angustiante história do “Amigo Fura-Olho”), D’Black (na balada “Ponto Final”), Pimpolho (no bem-humorado samba “Me Divirto com as Erradas”) e a Perlla (no reggaeton “Selinho na Boca”). Latino segue a festa com mais um pancadão de sucesso (“Sem Noção”) e aí baixa um pouco a temperatura, que é para o povo curtir um amasso: em versões acústicas, ele revisita algumas de suas músicas mais populares, como “Só Você”, “Me Leva” e “Vitrine”. É a hora de beijar – e beijar muito.

Mas quem não agüenta a pressão é melhor ir para casa. Por que, depois do momento love, Junto e Misturado recomeça ainda mais bombado com “Meu Gol de Placa”, uma divertida coleção de metáforas futebolísticas aplicadas à pegação, e com “Shining Star”, encontro de Latino com o mestre internacional da dance music Double You. Já com as meninas do Dolls, o cantor relembra “Infernizar Você” e “Tô Nem Aí”, hit da cantora Luka que ele ajudou a compor.

Fosse numa festa normal, nesse momento da noite já teria vizinhos reclamando e o síndico ameaçando chamar a polícia. Mas essa a casa é do Lalá – e o ápice da celebração não pode ser diferente: com a “Festa no Apê”, um bundalelê que se desdobra na citação de “Dancin Days” e desemboca num verdadeiro baile de carnaval movido a sucessos do pop infantil dos anos 80, como “Superfantástico”, “Ilariê” e “Tindolelê”. Se o cara se segurar em pé depois dessa, ainda tem Tim Maia (“Não Quero Dinheiro”) e Mamonas Assassinas (“Pelados em Santos”, “Vira-Vira”) para a saideira. Porque o bailão do Latino é assim: só acaba com o último casal dançando na pista.

Opa! Mas não é que teve um monte de gente que não conseguiu chegar a tempo à festa? Por isso, não dá para perder os extras de Junto e Misturado. Lá estão os encontros como Mister Jam (em “Isabel”, um reggaeton que fala do cara escravizado pela mulher), Buchecha (“Caça-Fantasma”) e Joelma e Chimbinha (“Propostas Indecentes”), além de repetecos com Perlla (“Se Vira”) e Daddy Kall (“Altos e Baixos”) e a já clássica “Arregaçando a Chopeira”, versão do reggaeton “La Botella”, dos panamenhos Mach y Daddy, em que Latino conta a história de um cara apaixonado por uma mulher infiel que rompe o romance maldito e vai comemorar enchendo a cara. Junto e misturado com sua galera, o cantor garante com seu novo DVD o que pouca gente por aí sequer tem a audácia de oferecer: duas horas da mais pura farra. É isso aí, pode aparecer: no apê do Latino, a festa nunca termina.



O místico "N9ve" de Ana Carolina

No universo místico, o número 9 representa o coroamento dos esforços, o término de uma criação, o fim e o recomeço. Para Ana Carolina, a ligação vem de berço: ela nasceu no dia 9 do nono mês e completa, em 2009, uma década de sucesso desde o lançamento de seu primeiro CD (em 1999!). Nada mais justo, portanto, que a mineira de Juiz de Fora pegue emprestado o número e batize seu novo trabalho, “Nove”.

São nove faixas, com parcerias inéditas e participações internacionais. A italiana Chiara Civello assina com Ana “Traição”, “8 estórias”, “10 minutos” e “Resta”, sendo que nesta última também toca piano e canta. Dos Estados Unidos, vieram John Legend, que faz dueto em dose dupla – compõe a letra e solta a voz – na suingada “Entreolhares”, primeira música de trabalho do CD, já lançada em single, e Esperanza Spalding, emprestando sua pegada jazzística à “Traição”. Os brasileiros não ficaram de fora: Gilberto Gil presenteou a mineira com a letra de “Torpedo”, um samba delicioso, e o amigo e parceiro de longa data Antônio Villeroy marca presença na elegância de “Entreolhares” e na divertida “Tá rindo, é?”.
O romantismo dá a tônica de “Nove”, em versos como “Eu já não sei respirar / Quando estou ao lado seu / Juro que me falta o ar” (“Resta”) e “Pela rua penso em ti / Volto em casa, penso em ti” (“Dentro”). A ideia de fim e recomeço que o número 9 representa aparece na letra de “Era”: “Hoje em dia não me importo com o que fiz do meu passado / Quero amigos, sorte e muita gente boa do meu lado / E não rebato se disserem por aí que eu tô errado”.
Ana Carolina mostra que é mesmo uma pessoa apaixonada, que gosta de amar, ser amada e falar de amor.

A ficha técnica de “Nove” revela a presença de três dos mais renomados produtores da atualidade: Mário Caldato, Kassin e Alê Siqueira e grandes músicos e amigos como João Parahyba, Davi Moraes, Pedro Bernardes, Daniel Jobim, Arthur Verocai, Donatinho, Carlos Trilha e Jussara, entre outros.
A sonoridade dos arranjos de cordas e metais e a mistura de instrumentos que puxam para o clássico, como cello, violino e harpa, com a pegada mais dançante de guitarra e bateria, conferem ao CD riqueza musical e embalam, na medida certa, as canções que não saem da cabeça desde a primeira audição. **** 4 ESTRELAS / Ótimo



Cidadão Instigado convida Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra para participar de “UHUUU!”

“UHUUU!” é o aguardado novo álbum do Cidadão Instigado. Produzido pela própria banda, “UHUUU!” traz um som orgânico e mais parecido com o tocado nos shows e marca o primeiro registro em disco com a formação pós-“Método Túfo de Experiências”.

“UHUUU!” conta com várias participações especiais. Arnaldo Antunes, que teve seu mais recente álbum (a ser lançado), produzido por Catatau, canta em “Doido” e “O Cabeção”. Edgard Scandurra faz vocais em “Dói”. Tiquinho (trombone), Hugo Hori (saxofone alto) e Reginaldo (trompete) tocam os metais, bastante presentes no álbum. Marco Axé, que assim como Catatau é integrante da banda de Otto há oito anos, é responsável pelas congas em “Homem Velho” e “O Cabeção”. Karina Buhr (Comadre Fulozinha) toca pandeirola em “Como as Luzes”.

O projeto “UHUUU!” foi um dos vencedores do Prêmio Pixinguinha e conta com o patrocínio da Funarte e realização da LP Produções. O álbum será lançado em setembro. *** 3 ESTRELAS / Bom



O melhor do gospel brasileiro

Álbum reúne alguns dos mais importantes nomes da música cristã no Brasil, como Soraya Moraes, Aline Barros, Régis Danese e Irmão Lázaro

Coletânea que reúne alguns dos maiores sucessos da música gospel brasileira, o CD Promessas é lançado pela Som Livre este mês. No repertório do álbum, nomes como o das vencedoras de Grammy Latino, Soraya Moraes e Aline Barros, além de Régis Danese, Irmão Lázaro, André Valadão e Ana Paula Valadão.

Cantora com 15 anos de carreira e dez CDs lançados, Soraya Moraes é um dos maiores destaques da música gospel no Brasil. Vencedora do Grammy Latino de 2005 na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa (“Deixa o Teu Rio Me Levar – Ao Vivo”), Soraya levou para casa mais três Grammy, em 2008: Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Espanhola (“Tengo Sed de Ti”), Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa (“Som da Chuva”) e Melhor Canção Brasileira, com “Som da Chuva” (Soraya Moraes/Marco Moraes). No CD Promessas, a cantora surge com a faixa “Cada Promessa” (Soraya Moraes / Marco Moraes / Leo Oliver / Marcus Gregorio). Também consagrada pelo Grammy Latino, Aline Barros – Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa nos anos de 2004 (“Fruto de Amor”), 2006 (“Aline Barros & Cia”) e 2007 (“Caminho de Milagres”) – participa da coletânea com “Recomeçar” (Marcelo Manhãs), canção que fez parte da trilha sonora da novela Duas Caras.

Promessas também traz cantores reconhecidos pelo maior prêmio da música cristã no Brasil, o Troféu Talento. Entre eles, Régis Danese, Irmão Lázaro, André Valadão e Robinson Monteiro. Quando integrava o grupo Só Pra Contrariar, nos anos 90, Régis Danese não imaginava que um dia seria um dos mais importantes nomes na cena da música gospel nacional. Hoje, é dono dos troféus Intérprete Masculino, Destaque 2008, Cantor do Ano e Música do Ano, no Troféu Talento 2009. O mineiro contribui para a coletânea com as canções “Compromisso” e a premiada “Faz Um Milagre em Mim”, compostas por Joselito e Kelly Danese, esposa de Régis. Irmão Lázaro e André Valadão não ficam atrás e também emplacam duas músicas cada. Reconhecido como Revelação Masculina, na última edição do Talento, e ainda consagrado nas categorias Álbum do Ano, Álbum Ao Vivo, Álbum Independente e Álbum Alternativo, pelo CD “Testemunho e Louvor”, Irmão Lázaro entra na coletânea com duas composições próprias: “Eu Te Amo Tanto” e “Eu Sou de Jesus”. Já André Valadão – cantor e pastor voluntário da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte -, participa com “Livre Sou” e “Pela Fé”, música que rendeu o prêmio de Melhor Vídeo Clipe para o mineiro, enquanto o vencedor na categoria Melhor Álbum Pentecostal deste ano, Robinson Monteiro, por “Em Todo Tempo Louve”, contribui com “Aliança com Deus” (Solange de César / Beno Cesar), do CD “Uma Nova História”.

Líder do Ministério de Louvor Diante do Trono, Ana Paula Valadão não podia ficar de fora do CD Promessas e entra para o repertório com a canção “Vitória da Cruz”. A coletânea ainda traz canções de Elaine Martins e do grupo Trazendo a Arca, entre outros.




WWW – CD GER@L.COM

Grupo estreia programa na TV Globo e álbum de rock com composições próprias e músicas de Armandinho, Luka e Henrique Rato, do Virgulóides

As garotas vão suspirar e dizer que são uns fofos. E os garotos vão morrer de inveja da vida que eles levam. Formada por surfistas e roqueiros entre 13 e 17 anos, a banda WWW estreia, de uma só tacada, programa na TV Globo e sua trilha sonora, o CD Ger@l.com, pela Som Livre. Da família Werneck, daí o nome WWW, os irmãos Xande (vocalista, 15 anos) e Luke (percussionista, 13 anos) formaram com os primos, os irmãos João (guitarrista, 17 anos), Mateus (baixista, 13 anos) e Pedro (baterista, 15 anos), um grupo para tocar no aniversário de Xande em 2006 - quando alguns dos integrantes ainda tinham apenas 10 anos - e não pararam mais.

Como na minissérie Ger@l.com, a banda começou a fazer sucesso no condomínio onde moram. Logo, estendeu a agenda para casas de shows no Rio, incluindo a Melt e a São Nunca, até uma turnê (durante as férias escolares) no Rio Grande do Norte e Ceará. Surfando e tocando, também já se apresentaram em Florianópolis, Guarda do Embaú e Maresias, no melhor esquema livre “chegar e marcar”.

Nesses três anos de estrada, esbarraram com o produtor Max Pierre (Zeca Pagodinho, Rita Lee, Xuxa), que os contratou para seu selo, Música Fabril, e o inglês Paul Ralphes (Skank, Kid Abelha, Lulu Santos). Os dois se interessaram pela energia e juventude dos adolescentes e assinam a trilha de Ger@l.com. A música “Som Na Caixa” (Luke Werneck / Pedro Werneck / Rick Werneck) abre todos os shows da banda e foi feita por eles para se apresentarem. Cheios da atitude que levam para o palco, contam um pouco a história da banda: “Som na caixa/ aumenta o volume, não abaixa/ vamos fazer barulho/ bate coração!/WWW/chegando na pressão”.

O álbum passeia pelo reggae com “Mahalo”, música de saudação à natureza e às ondas, composta pelo surfista e fotógrafo Rick Werneck, pai de Xande e Luke - o maior incentivador do grupo e parceiro em várias composições - e com a faixa “Vou te esperar”. A música é de autoria de Leo Hinke, do Papas na Língua, e é uma balada reggae sobre saudade.

Outras canções românticas como: “Quero dizer” (Paul Ralphes / Caio Fonseca / Xande Werneck / Luke Werneck / Rick Werneck) e “Porque eu sei” (Paul Ralphes / Rosana Ferrão / Caio Fonseca) também estão no repertório, mas o estilo predominante é o rock´n´roll, paixão dos WWW. O que eles ouvem: Ramones, The Who, Red Hot, Raimundos, Beatles, Legião Urbana, Charlie Brown, Marcelo D2 e samba rock. Luke também gosta de funk.

Por causa desse tal de rock, eles já brigaram com uma vizinha pagodeira, o que gerou a música “Eu toco rock”, nona faixa do álbum. O cotidiano adolescente é temática principal do CD. A maioria das histórias contadas nas letras aconteceram com alguns deles, como “Tô bolado” (Xande Werneck / Rick Werneck) e “Quero te ver” (Luke Werneck / Rick Werneck). A primeira é de Xande. Fala de um namoro escondido que rolava no condomínio. A mãe da menina descobriu os dois (viu do 17º andar) e obrigou a filha a terminar. Já “Quero te ver”, Luke fez para uma namorada que se mudou para São Paulo, dando fim ao relacionamento.

No álbum Ger@l.com, a banda WWW apresenta músicas inéditas de outros autores, como a cantora e compositora Luka, Henrique Rato, do Virgulóides, e Armandinho. Luka ofereceu ao grupo a música que compôs aos 16 anos. A temática adolescente, sobre alguém apaixonado querendo atenção, agradou a todos e entrou no disco. Henrique Rato, do Virgulóides, compôs a faixa bem-humorada e bem pop, com os versos: “Mas não tenho grana / eu não tenho nada / só tenho uma prancha / uma caranga e uma namorada / é disso que eu gosto/ e é disso que ela gosta também”. Amigo de Rick, Armandinho fez especialmente para a banda a “I can´t say” (Armandinho / Regis Leal).

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