PROGRAMAÇÃO DO 3o FESTIVAL MEL, CHORINHO E CACHAÇA
A organização do festival apresenta a programação oficial da 3a edição do festival Mel, Chorinho e Cachaça, que acontece de 18 a 20 de abril, em Viçosa do Ceará, na Serra da Ibiapaba.
O homenageado deste ano é o grupo de Choro mais antigo em atividade no País, o Época de Ouro/RJ, fundado pelo músico Jacob do Bandolim no final da década de 60. No primeiro dia, o público ainda pode conferir o premiado Choro das 3/SP, que recebeu o prêmio de Melhor Grupo de Música Popular do ano. A indicação é da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), entidade que reconhece e premia os talentos que se destacaram no mundo das artes.
No segundo dia, será a vez do cearense Jorge Cardoso apresentar seu talento com um grande show do clássico do choro. Para os que ainda não foram apresentados ao instrumentista, Jorge participou de vários shows de vários artistas da Música Popular Brasileira como Hermeto Pascoal, Raimundo Fagner, Beth Carvalho, Orquestra Eleazar de Carvalho (concerto de Radamés Gnattalli), Fausto Nilo, Altamiro Carrilho (flautista), José Menezes (musicista cearense) e tantos outros músicos da cultura brasileira, sem contar que foi professor na renomada escola do Clube do Choro de Brasília. Ainda no dia 19, sobe ao palco da Igreja do Céu o grupo Arabiando/PE, inovando o choro com ritmos como maxixe, frevo, samba e valsa.
No último dia de festival, é a vez do grupo Choro Cearense apresentando o show de Callado a Dominguinhos. O grupo é formado por Marcelo Leite (flauta), Ribamar Freire (violão 7 cordas), Rossano Cavalcante (percussão), Nonato Cordeiro (Acordeom) e Luiz José (cavaquinho). Fechando o festival, sobe ao palco o pernambucano Dominguinhos, com um show que apresenta o melhor do choro instrumental da primeira metade do século XX, quando o sanfoneiro se apresentou no Rio de Janeiro com regionais integrados por feras como Altamiro Carrilho, Canhoto, Orlando Silveira e o flautista Dante Santoro.
Exposição “Cabaré” gera expectativa e curiosidade
Mostra retrata a memória da antiga zona de Prostituição do Crato conhecida como “Cabaré do Gesso”
Depois de várias etapas incluindo oficinas, intervenções urbanas, rodas de conversas, produção de cartões postais, livreto e de um documentário será aberta nesta sexta-feira, dia 13, a partir das 18 horas no Centro Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, a Exposição “Cabaré Memórias de Uma Vida” proposta pelo Coletivo Camaradas.A exposição retrata a memória da antiga zona de Prostituição do Crato conhecida como “Cabaré do Gesso”. O intuito do trabalho consiste no resgate e na denúncia do processo de exclusão e degradação social que teve inicio em 1952, numa decisão arbitraria do Poder Judiciário de sitiar as profissionais do sexo. Mas que uma zona de prostituição o Cabaré do Gesso, foi espaço de sobrevivência de famílias, de sonhos e de exclusão social durante todo esse período o isolamento e a falta de políticas publicas impostos pelas elites locais macularam a história de trabalhadores e trabalhadoras que residiam no Gesso. A exposição ficará aberta ao público no período de 13 de março a 15 de abril, das 13 horas às 21 horas, no Centro Cultural do Banco do Nordeste.Foram produzidos 8.000 cartões postais que servirão como uma exposição itinerante que circulará de mão em mão, 1000 livretos contando um pouco da história do local e um documentário que deverá ser exibidos em diversos espaços e será disponibilizado para ser “baixado” pela Internet. A exposição tem um caráter processual e toda a concepção e montagem é uma realização conjunta com a comunidade. A exposição possibilita uma discussão em torno da ausência de políticas públicas e das relações de sobrevivência. Cabaré visa garantir a dignidade humana no processo, incluindo os excluídos sociais no pensar e fazer artístico.A gerência do Centro Cultural do Banco do Nordeste disponibilizou um ônibus para possibilitar que a comunidade pudesse participar do processo de abertura da exposição.
Instituto José Xavier abre inscrições para Concurso de Redação em Granja (CE)
Estão abertas a partir desta quarta-feira, dia 18, as inscrições para a quinta edição do Concurso de Redação promovido pelo Instituto José Xavier (IJX) em Granja, município da região Norte do Estado, a aproximadamente 320 quilômetros de Fortaleza. A seleção é voltada para estudantes matriculados entre a 5ª serie do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio da rede pública de ensino de Granja. Além de estimular os alunos a mergulhar no mundo da Literatura, o concurso presta este ano uma homenagem ao escritor e poeta granjense Lívio Barreto. A redação a ser produzida pelos alunos tem com tema principal a vida e a obra de Lívio Barreto. As inscrições seguem até o próximo dia 18 de março e os interessados devem procurar a sede do Instituto José Xavier, localizado à Rua Pessoa Anta, 564, no Centro de Granja. Os vencedores receberão premiação em dinheiro e a entrega dos prêmios será em julho, durante cerimônia na sede da entidade. Criado em 2004, o IJX atua com o desenvolvimento e a difusão da cultura no município de Granja, onde promove atividades educacionais na comunidade.
Entre os objetivos do Concurso de Redação promovido pelo IJX está o de proporcionar às crianças e aos adolescentes de Granja a oportunidade de conhecer a história e as principais personalidades da cidade onde vivem. Lívio Barreto nasceu na fazenda dos Angicos, na comarca da Granja, em 29 de setembro de 1895. Hoje patrono da cadeira nº 24 da Academia Cearense de Letras, é autor do livro Dolentes. Na cidade natal, o poeta deu asas à sua produção literária, publicando no ano de 1891 vários sonetos e crônicas humorísticas no jornal granjense A Luz. Um ano depois, em 1892, o autor parte para Fortaleza, onde, com o pseudônimo de Lucas Bizarro, integrou a equipe de fundadores da Padaria Espiritual, uma das principais associações literárias do Ceará no final do século XIX responsável pela produção do jornal O Pão. Lívio Barreto faleceu aos 25 anos em 1895, tornando-se, de acordo com o professor e poeta Padre Osvaldo Chaves, “o Casimiro de Abreu da Granja”.
Serviço:
Inscrições para V Concurso de Redação
Período: 18 de fevereiro a 18 de março de 2009
Local: Instituto José Xavier (r. Pessoa Anta, 564; Centro – Granja)
Informações: (88) 9924.6900
Centenario de Patativa
O centenário do maior poeta popular no Ceará é comemorado no dia 05 de março em programação festiva em sua cidade natal, no Cariri cearense. Na ocasião, a Secretaria da Cultura do Estado assim a ordem de serviço para as reformas do memorial Patativa do Assaré que incluem a ampliação do auditório e reformas estruturais na casa, que guarda a memória do poeta. Além disso, a Secult também faz a entrega de 3.500 livros à biblioteca municipal de Assaré.
Motivada pelo tema central do centenário do poeta, a programação do evento que segue desde o dia 1º de março comprometida com a integração de grupos populares, exposições, feiras, apresentações de teatros e cinema, roda de discussão sobre Patativa, oficinas,dentre diversos shows e lançamentos inspirados no centenário do mestre. Essa parceria entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura-Secult e a prefeitura de Assaré, busca resgatar e homenagear um grande símbolo da cultura cearense que foi Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré.
Programação especial do dia 05 de março-Centenário de Patativa do Assaré
No dia de seu centenário o Cariri acordará com uma alvorada festiva pelas ruas da cidade e com a queima de fogos e a banda de música Manoel da Benta, a partir das 9h será reinaugurada a casa onde nasceu o poeta do Assaré, com a presença da família de Patativa, do Prefeito Municipal, Evanderto Almeida, do Secretário da Cultura do Ceará , Auto Filho, e do Vice- Governador do Estado do Ceará, Francisco Pinheiro. Para o encerramento do evento a praça recebe os shows de artistas como Fagner, Waldonys, Dominguinhos e Forró Sacode.
Programação Cante Lá, Que Eu Canto Cá
05/03/2009. Quinta – feira.
07h30 – Café literário de artistas
06h – Alvorada festiva pelas ruas da cidade com queima de fogos e Banda de Música Manoel de Benta., professores com a família.
9h – Inauguração da Casa que nasceu o Poeta Patativa do Assaré, com a presença da família do poeta, o prefeito municipal , Evanderto Almeida, do Vice – Governador do Estado do Ceará, Prof. Francisco Pinheiro, o Secretário da Cultura do Estado, Prof. Dr. Auto Filho, o secretario municipal de cultura, Marcos Salmo, artistas e comunidade . Entrega de 3.500 livros a Biblioteca Pública Municipal João Bantim de Souza.
Local: Sítio Serra de Santana. – Assaré. (Zona Rural).
9h30 – Cantoria festiva em homenagem a Patativa do Assaré na casa onde ele nasceu.
Local: Serra de Santana.
12h – Programa de Rádio Patativa Cem Anos de Poesia.
Local: Rádio Patativa FM 103,9.
17h30 – Missa em ação de graças do nascimento do poeta Patativa do Assaré, com a participação dos penitentes do Genezaré.
Local: Igreja Matiz de Nossa Senhora das Dores.
19h – Inauguração da Sala de Exibição Inspiração Nordestina.
Local: Centro Social Maria de Jesus Oliveira.
20h – Assinatura da Ordem de Serviço de reforma do Memorial Patativa do Assaré.
Lançamento do site do Memorial do Patativa do Assaré.
Entrega da Comenda Patativa do Assaré, Cem Anos.
Lançamento da revista enredo, especial Patativa do Assaré
21h – Fagner.
Local: Praça Patativa do Assaré.
22h30 – Waldonys.
Local: Praça Patativa do Assaré.
0h30 - Dominguinhos.
Local: Praça Patativa do Assaré.
2h30 – Forró Sacode.
Local: Praça Patativa do Assaré.
Ceará recebe os organizadores do Festival Sete Sóis Sete Luas para traçar os rumos da edição 2009
O Estado do Ceará será palco, no período de 06 a 08 de março, do encontro de cerca de 40 organizadores, gestores culturais e emissários de diversos países integrantes do Festival Sete Sóis Sete Luas (FSSSL). Durante o final de semana os organizadores estarão reunidos no Porto das Dunas para definir o calendário de atrações e cidades da XVII edição do Festival. Já em novembro, o Centro Cultural Tapera das Artes, com o seu teatro em plena atividade, será o local das apresentações do evento, marcando a estréia do Brasil no evento.
O Festival Sete Sóis Sete Luas, criado em 1993, é promovido por uma rede cultural de vários países europeus e mediterrâneos, que envolve 30 cidades de nove diferentes países: Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos e Portugal. O evento vincula atrações de música popular, teatro de rua e artes plásticas, cuja relevância se revela em seus Presidentes Honorários, os Prêmio Nobel de Literatura José Saramago e Dario Fo.
Esta é a primeira vez que o Brasil participa do Sete Sóis Sete Luas e será o primeiro país do continente americano a compor este importante projeto de intercâmbio cultural, que abre inúmeras portas para a exportação da cultura popular, além de inserir dois artistas nacionais neste circuito cultural internacional. A temporada 2009 do Festival começa a partir de abril, mas o auge das apresentações é no meio do ano, no período do verão europeu. O Ceará terá sua primeira edição do Festival em novembro, logo após o evento de Cabo Verde.
A oportunidade do Ceará ser a sede dessa reunião e um dos pontos de realização do evento surgiu a partir de contatos com os organizadores do Festival durante as turnês do cantor e compositor Cacau Brasil na Europa. Nos últimos anos, o artista vem se apresentando em Festivais e eventos no exterior, difundindo a cultura nacional, e agora tem a oportunidade de atrair e participar deste evento internacional, no Brasil.
Para recepcionar os gestores culturais, Cacau preparou um show acústico criado especialmente para os convidados, cujo convite será estendido também a artistas, produtores culturais, imprensa e autoridades locais. Antes do show, todos assistirão a uma explanação acerca do Festival bem como terão oportunidade de dialogarem com seus membros, compostos por importantes personalidades que detêm o poder decisório sobre os acontecimentos culturais em suas respectivas cidades.
A formalização do Encontro no Ceará, que tem apoio do Governo do Estado, e a inclusão do Brasil no calendário do Festival Sete Sóis Sete Luas, aconteceu em janeiro deste ano. A convite do diretor da Rede Cultural FSSSL, Marco Abbondanza, a empresária de Cacau Brasil, Ritelza Cabral, participou da reunião no Parlamento Europeu, em Bruxelas, que possibilitou inserir o Ceará na rede internacional do Festival.
PROGRAMAÇÃO DOS PARTICIPANTES DO ENCONTRO NO CEARÁ
Dia 6 (sexta)
- Jantar de recepção.
Dia 7 (sábado)
- 10h - reunião da conferência.
- 16h visita ao Centro Cultural Tapera das Artes, com apresentação dos grupos artísticos musicais e de teatro.
- 20h Show acústico de Cacau Brasil, no salão do Sesc Iracema. Repertório do CD Acordes Pro Mundo.
Dia 8 (domingo)
- Passeios turísticos.
Exposição Ninho expõe trabalhos de detentos no Fórum do Crato
No período de 16 a 20 de fevereiro será realizado no Fórum Hermes Parayba, na cidade do Crato a Exposição Ninho, a qual se trata de trabalhos produzidos por detentos e detentas das cadeias públicas das cidades do Crato e de Várzea Alegre. Os trabalhos de arte e artesanato foram confeccionados durantes oficinas de Percepção de Imagem, Marmorização, Pintura em Cerâmica Quebrada, Peças de Papel Jornal, Crochê, Corte e Costura. Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, Subsecção Crato, Hermano José de Sousa, o intuito é provocar a discussão sobre o papel da reeducação e resocialização dos detentos e detentas com vista a reinserção social. A concepção da exposição foi realizada pelo Coletivo Camaradas que faz um questionamento e colocar o discurso do encarcerado como parte integrante do repensar sobre o sistema prisional.
Exposição Ninho
A exposição Ninho é o resultado e crença na viabilidade de conceber o sistema prisional como instrumento de reinserção social. É fruto do trabalho de tomada de posição, que em condições adversas e com recursos escassos, voluntários vestem a camisa da fraternidade e do compromisso com as camadas populares.
O que seria um ninho? Pode ser um emaranhado de galhos...como pode ser o afeto. Ninho é um buraco no chão ou não. Lugar aconchegante, local de proteção. Ninho é um local determinado para se deixar filhotes, recém nascidos que precisam de conforto e carinho para sobreviverem, lugar de repouso, de abrigo, habitação. Espaço de convívio, de aprendizagem, de conflito.
O que seria uma cadeia então? Uma reclusão? Seria o fim de uma reta? Ausência de vida? Tortura? Prisão? Ambiente fechado? Um grupo de animais? Cárcere? Servidão? Local aonde se coloca os presos? Elementos unidos?
Qual a analogia possível entre ninho e cadeia? Qual o papel do sistema prisional? ser ninho ou ser cadeia? Ou nenhum dos dois?
"Tenho muito para reconquistar quando sair daqui...." "tenho muita esperança que um dia irei reconstruir tudo que perdi na minha vida". "A destruição também mora neste lugar". "O clima é de tensão maldade e inveja". "É difícil ter mente sã". "Eu quero o bem". "Mudar de vida e sair do crime". Esses são fragmentos recolhidos de vários detentos durante as oficinas realizadas na Cadeia Pública do Crato que demonstram o caráter conflitante dessas pessoas que tem na sua maioria um traço peculiar, uma trajetória de vida marcada pela exclusão social.
Um texto construído de fragmentos, assim como são estilhaçadas as biografias dos detentos e detentas. Um texto brechiano* para apropriação de uma dada realidade.
O tempo do Ninho é para aprender a voar.
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