segunda-feira, 5 de agosto de 2013

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"G. I. Joe: Retaliação" é homenagem ao Exército dos EUA, diz The Rock
Dwayne Johnson, o lutador-que-virou-ator, com 1,94 m e 117 kg, não consegue segurar a emoção em entrevista. "Eu sou daquele tipo que gosta de analisar a vida de vez em quando", ele diz. "Nunca vou esquecer de quando tinha meus 14 anos, lá no Havaí. Matava as aulas da manhã, saía de fininho e ia ver 'Rocky III' (1982); fiz isso nem sei quantas vezes. Eu e meus amigos saíamos e deixávamos de assistir às aulas quase um mês, o que não era a coisa mais esperta do mundo de se fazer." E lá está ela, a lágrima, brilhando no olho dele à lembrança de um filme considerado um clássico por muito poucos. Johnson foi criado em Honolulu, onde abandonou os estudos, começou a andar com as pessoas erradas e, é claro, acabou encrencado. "Acabei preso", confessa. "A sorte é que tive meus pais, gente fina, superpacientes, que acreditaram no meu potencial quando ninguém mais botava fé. Mesmo quando estava tirando as algemas, eles me disseram: 'Você continua sendo um garoto e tanto, com um potencial enorme'." A princípio, ele achava que o sucesso viria dos campos, pois jogava pela Universidade de Miami e sonhava com a glória da NFL; porém, não recebeu nenhuma oferta e acabou indo jogar na liga canadense – da qual foi cortado na metade da temporada de 1995. A luta livre é uma escolha pouco comum dos jogadores de futebol que não deram certo, mas para Johnson representou a volta ao "negócio de família": seu avô, Peter Maivia, e o pai, Rocky Johnson, foram lutadores profissionais. Ao entrar para a WWF, Johnson assumiu o apelido "The Rock" e descobriu o estrelato que buscou nos campos de futebol. Acabou se tornando um dos maiores nomes da modalidade, de onde foi "pescado" para filmar "O Retorno da Múmia" e "O Escorpião Rei" (2002); na última década, foi visto em produções como "Bem-Vindo À Selva" (2003), "Com as Próprias Mãos" (2004), "A Gangue Está em Campo" (2006), "Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio" (2011) e "Viagem 2: A Ilha Misteriosa" (2012). E acabou se arriscando na comédia com "Treinando o Papai" (2007), "Agente 86" (2008) e "A Fada Do Dente" (2010).
Apesar disso, garante que os erros que cometeu foram tão importantes quando os acertos. "Com a idade aprendi que quando as coisas começam a cair ao seu redor, é bom ter as costas apoiadas na parede", filosofa ele.

Aos 40 anos, Johnson não apenas faz filmes; na verdade, é um dos astros mais disputados do cinema, com três longas de ação que estão sendo lançados agora nas locadoras: "G.I. Joe 2: Retaliação" é um deles - Johnson trabalha ao lado de Channing Tatum e Bruce Willis na sequência de "G.I. Joe: A Origem da Cobra" (2009). O ator garante que os fãs vão ver uma grande diferença do original. "O primeiro fez bastante sucesso, mas todo mundo sabia que tinha bastante espaço para ser aprimorado", admite. "Então, agarramos a oportunidade à unha."
Ele descreve a continuação, para a qual passou por um treinamento rigoroso, como "mais árida, mais estéril". "Presta uma verdadeira homenagem ao nosso Exército", ele explica. "Eu me matei de treinar, afinal é uma franquia visada. É muito popular e os fãs adoram e levam a sério, então caprichei um pouco mais. Eu mesmo exigi mais de mim porque cresci brincando com os G.I. Joes."
"Tendo a chance de representar um militar de novo, não podia me permitir decepcionar ninguém." A grande novidade da sequência é a presença um tanto surpreendente do "novato" Willis, ícone do cinema de ação que também está em cartaz com "Um Bom Dia Para Morrer", o quinto filme de sua série mais memorável. "O Bruce foi gente finíssima há doze anos, quando eu estava começando", conta ele. "Bom, todo mundo foi legal, até os mais boçais, mas o Bruce não foi só legal, ele foi sincero em seu apoio e receptividade."


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