domingo, 11 de agosto de 2013

ARTES PLÁSTICAS, ARQUITETURA, DESIGN, DECORAÇÃO


 64º Salão de Abril abre a Mostra Nacional de Arte Contemporânea 


Exposição permanece em cartaz no Sobrado Dr. José Lourenço até o dia 23 de novembro

Comissão de Premiação foi composta por Ricardo Resende, Eder Chiodetto e Diego Matos divulga os vencedores
A programação da 64ª edição do Salão de Abril continua em agosto. Após a Mostra Comemorativa “70x7 – Setenta obras, sete artistas”, o Sobrado Dr. José Lourenço recebe a Mostra Nacional de Arte Contemporânea do Salão de Abril 2013.  A Secretaria de Cultura de Fortaleza tornou público os artistas premiados na Mostra - devido à elevada qualidade e diversidade poética dos trabalhos apresentados, a Comissão de Premiação decidiu dividir o prêmio de R$ 70 mil, previsto no Edital de seleção da Mostra, entre três artistas. Sendo um grande prêmio no valor de R$ 50 mil, para o primeiro lugar, e dois prêmios no valor de R$ 10 mil.
José Tarcísio Ramos (CE) ficou com o grande prêmio de R$ 50 mil, pela contundência e atualidade das questões levantadas na instalação apresentada na Mostra. João Teixeira Castilho (MG), com um dos prêmios de R$ 10 mil e José Bruno de Faria Neto (PE) também com o prêmio de R$ 10 mil.
A escolha dos vencedores foi realizada pela Comissão de Premiação, composta por Ricardo Resende, Eder Chiodetto e Diego Matos, que estiveram reunidos em Fortaleza no dia 24 de agosto, no Sobrado Dr. José Lourenço.
De caráter competitivo, a Mostra Nacional de Arte Contemporânea do Salão de Abril 2013 conta com obras de 30 artistas de 10 estados do País (São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraná, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambucano e Mato Grosso do Sul), que permanecerão expostas até 23 de novembro no Sobrado Dr. José Lourenço, com horário de visitação de terça à sexta-feira de 9h às 18h, e sábado de 10h às 18h. A seleção dos artistas foi realizada via Edital, que previu um montante de R$ 160 mil. Para além dos R$ 70 mil divido entre os três premiados, todos os 30 selecionados recebem o prêmio R$ 3 mil.
Todas as obras abordam temas e questões que referenciam a contemporaneidade, aspecto este que caracteriza o Salão de Abril como um espaço de reflexão e estímulo à produção e ao circuito da arte contemporânea.



Artistas selecionados para a Mostra Nacional de Arte Contemporânea do Salão de Abril 2013


Amanda Melo da Mota Silveira - SP
André Luiz Rodrigues Bezerra - RN
André Terayama Haguiuda - SP
Arthur Vicentini Tuoto - PR
Camila Soato - DF
Carolina Panchoni - PR
Daniel Siedi Murgel - SP
Dirnei Freire Prates - RS
Fernanda Figueiredo e Eduardo Matos - SP
Fernanda Valadares de Sampaio Bastos - RS
Genival Pereira Mendes - BA
Gordana Manic – Sérvia SP
Gustavo Salvadori Ferro - SP
Henrique de França Souza - SP

James Seiji Kudo - SP
João Bosco Lisboa de Morais - CE
João Teixeira Castilho - MG
José Bruno de Faria Neto - PE
José Raimundo Magalhães Rocha - BA
José Tarcísio Ramos - CE
Kátia Fernanda Fiera - SP
Leonardo Bushtsky Mathias - SP
Márcio Bezerra de Melo Távora - CE
Coletivo O Cão dos Infernos - SP
Pedro David de Oliveira Castello Branco - MG
Priscilla de Paula Pessoa – MS
Rian Fontenele Cunha - CE
Sidnei Carlos do Amaral - SP
Vírgilio de Barros Abreu Neto - DF
Vitor Mizael Rubinatti Dias - SP


















Espaço Cultural Correios abre mostra de Waldomiro de Deus
 

A exposição comemora os 50 anos de pintura do mais importante artista naïf brasileiro vivo
 

“É realmente de Deus esse Waldomiro que reinventa a vida com a pureza de sua ingênua sabedoria. Um poeta do povo, um mágico”. A afirmação é do escritor Jorge Amado e se refere à obra do pintor naïf baiano Waldomiro de Deus, 69 anos, que comemora meio século de pintura com mostra individual no Espaço Cultural Correios Fortaleza. A exposição em Fortaleza será aberta em vernissage no dia 21 de agosto às 17 horas, com a presença do artista, que também estará no brunch do dia 22/08 às 10h, fazendo ainda visita guiada ao público às 11h e pintando quadro ao vivo. A exposição “Waldomiro de Deus - 50 Anos de Pintura - arte naif brasileira” inclui 24 obras, sendo  21 pinturas e três desenhos, emoldurados juntos, criadas nas décadas de 60, 70, 80, 90 e nos primeiros anos no novo milênio. A mostra revela um universo pictórico rico que inclui desde recriações da natureza e da vida cotidiana do povo brasileiro até grandes tragédias nacionais e internacionais tais como o ataque às torres gêmeas de Nova York, ocorrida há 12 anos, e o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que aconteceu em janeiro desse ano, vitimando 242 pessoas.
A exposição tem curadoria do crítico de arte Enock Sacramento, que acompanha a carreira do artista há mais de três décadas, que está escrevendo sua biografia e que considera suas pinturas “projeções de um Brasil profundo e como manifestação cultural digna de ser vista e refletida". Segundo o curador, “a obra plástica de Waldomiro tem um espectro temático muito amplo e, além de se referenciar em acontecimentos de grande repercussão, também se volta para a natureza, a celebração do amor, da solidariedade e a elevação espiritual”.

Nascido em Itajibá, no interior da Bahia, a primeira coisa que impactou o artista foi a paisagem, a flora, a fauna, a natureza. A obra mais antiga da mostra é uma paisagem, realizada com  guache sobre cartolina. Utilizou esses materiais porque foram os que ele encontrou  na casa de um antiquário de São Paulo para o qual trabalhou como jardineiro. Pintando até altas horas da noite, Waldomiro sentia sono durante o dia e por isso foi demitido do emprego. Levou seus primeiros guaches para o Viaduto do Chá e com o produto da venda sobreviveu modestamente. Sua primeira exposição individual ocorreria em 1962,  no Parque Água Branca, em São Paulo. Nesta exposição, Waldomiro conheceu o decorador Terry Della Stuffa, que se tornou seu mecenas. Apresentou-o ao mundo artístico e social de São Paulo. Waldomiro aprendeu rápido a se virar e, em 1966, participava da I Bienal Nacional de Artes Plásticas, realizada em Salvador, Bahia e de coletivas no exterior. No ano seguinte suas obras foram expostas na IX Bienal Internacional de São Paulo. A partir de então sua participação em mostras nacionais e internacionais se intensificou.
De 1969 a 1973, Waldomiro realizou uma série de viagens internacionais que incluíram a Europa, a Ásia e a America Latina.  Em Israel morou num convento. Místico, afirma que  foi lá que sentiu, “num raio de luz azul que veio do céu, a presença de Deus”. Retornando ao Brasil, casa-se, em Osasco, com Maria de Lourdes da Hora, hoje Lourdes de Deus, pintora, com quem tem seis filhos, todos com nomes bíblicos: Rebeca, Amomm, Edomm, Edemm, Naara-Tov e Sara.
 

Estudando sua obra e sua religiosidade, Maria Filomena Gonçalves Gouvêa apresentou, em 2002,  dissertação de mestrado no Departamento de Filosofia e Teologia da Universidade Católica de Goiás com o título de “O profeta da pintura entre Deus e o outro – Um estudo dos aspectos sócio-cultural e religioso na obra artística de Waldomiro de Deus”.  O pintor foi ainda tema de  outra dissertação de mestrado, por Oscar D’Ambrósio na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, da qual resultou o livro “Os pincéis de Deus”, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora UNESP.  Waldomiro foi ainda tema do cordel “Vida, Amor e Glória de Waldomiro de Deus”, escrito por Brahama Boulitreau, editado pelo Colégio Anglo de Osasco, em 1983, e de trabalhos acadêmicos na Universidade de São Paulo.
Entre os críticos que demonstraram maior apreço por sua obra figuram Mário Schenberg, que o apoiou vigorosamente e que o artista considera o seu “segundo anjo”; o primeiro teria sido o decorador Terry Della Stuffa.  Entre os críticos que o  defenderam figuram Theon Spanudis, que o julgava “um valioso e originalíssimo artista”, Olney Krüse, que o proclamava mestre, “um exemplo da melhor e mais autêntica e sincera arte brasileira”; Walmyr Ayala, que se referiu a ele como “um verdadeiro fenômeno que a pintura brasileira tem que rever e assimilar”; Lélia Coelho Frota, para quem Waldomiro “é um dos grandes pintores vivos do Brasil”.
A obra de Waldomiro de Deus está presente em numerosas coleções particulares e oficiais de vários países. No Brasil, integra os acervos  da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu de Arte Brasileira da FAAP, do Museu de Arte Contemporânea da USP, do Museu Edson Carneiro, do Rio de Janeiro,  e de muitas outras instituições culturais. É um dos pintores brasileiros mais conhecidos na atualidade. Alunos de centenas de escolas do ensino fundamental, no Brasil, fazem com frequência releitura de suas obras.
Segundo o curador Enock Sacramento, “Waldomiro de Deus é um valor emblemático no contexto da arte brasileira e sua obra faz jus à sua grande popularidade”. Para o critico Walmir Ayala, que militou muitos anos na imprensa do Rio de Janeiro, “sem ela, qualquer panorama da arte brasileira será incompleto”.

 SERVIÇO
Waldomiro de Deus - 50 Anos de Pintura - arte naif brasileira
Curador: Enock Sacramento
Local: Espaço Cultural Correios (Rua Senador Alencar, 38 – Centro – Fortaleza – CE - Telefone: (85) 3255-7262/E-mail: espacoculturalce@correios.com.br
Abertura: 21 de agosto de 2013, às 17 horas
Dia 22 de agosto: brunch às 10 horas, seguido por visita guiada pelo artista, às 11h
Visitação: De 22 de agosto a 11 de outubro. Waldomiro pinta ao vivo no dia 22
Horário: de segunda a sexta, das 8 às 17 horas. Sábados, das 8 às 12 horas. Entrada Franca. Visitas monitoradas: (85) 3255-7262






TV DIVIRTA-CE

Veja entrevista com artista plástico Waldomiro de Deus





















Banco do Nordeste realiza em Recife exposição de artista cearense

Com quase dez anos de produção, Júnior Pimenta realiza exposição na sala Nordeste da Funarte, apresentando seis trabalhos inéditos
 


Resultado de um processo de imersão em residência artística na Colômbia, iniciado em junho do ano passado, a exposição Âmago entrou em cartaz na quinta-feira, 15 de agosto, em Recife (PE). A abertura ocorreu às 19h, na Sala Nordeste da Funarte (Rua do Bom Jesus, 237, Bairro do Recife) – espaço utilizado pelo Centro Cultural Banco do Nordeste nessa cidade para realização de suas programações culturais.
A exposição é composta por seis trabalhos inéditos. Em três fotos em grande dimensão (Homem-estaca, Escora e Homem-bambu), o artista Júnior Pimenta funde seu corpo a outros objetos para refletir sobre questões referentes à demarcação e à proteção da propriedade privada, à fragilidade do ser e aos processos de transmutação e camuflagem com o ambiente.
O vídeo “Do pó ao pó” traça reflexões acerca de uma tradição que acontece em várias culturas, inclusive em Antióquia na Colômbia. Trata-se do ritual de renascimento chamado “El intierro del guerrero”. Pimenta busca ressignificar essa prática como uma forma de transformação pessoal.
Há, também, duas séries de fotografias, Móvel e Parábola. A primeira enfatiza o fenômeno das dunas móveis frequentes nas praias do Ceará. Na segunda, o artista constrói uma linha imaginária como uma espécie de percurso. Além de pensar questões como trajetória, fluxo contínuo e circular.
Júnior Pimenta e a crítica de arte e curadora Ana Cecília Soares participaram de uma residência artística na Colômbia, no espaço Residência en la Tierra, na zona rural da cidade de Montenegro. Após seu retorno ao Brasil, além dos trabalhos desenvolvidos durante a vivência com o lugar, as experimentações seguiram em Fortaleza, culminando em novas produções que, também, estarão expostas. 
As obras apresentam um diálogo entre corpo e paisagem, deslocamentos territoriais e afetivos que atravessam o artista. Marcas latentes de errâncias realizadas entre os lugares. Registro de uma subjetividade contaminada pelo campo e pela cidade.
A mostra fica em cartaz até 15 de setembro de 2013. Durante esse período, haverá uma fala do artista e da curadora, sobre o processo de construção da exposição e lançamento do catálogo. Acontecerá em data a ser divulgada posteriormente.
A exposição é realizada pelo Centro Cultural Banco do Nordeste. A residência que Júnior Pimenta e a crítica de arte e curadora Ana Cecília Soares participaram, contou com apoio do Ministério da Cultura, através do edital de intercâmbio e difusão. Visitação: segunda a sexta, das 10h às 18h, e domingos, das 14h às 18h. Informações: (81) 3117-8442







OS RISCOS DO BORDADO

Exposição de obras de Stênio Burgos e Nice Firmeza no Museu do Ceará


O Museu do Ceará, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado (Secult), abriu a exposição “Os riscos do bordado”, com vinte óleos do artista plástico cearense Stênio Burgos, que dialoga com os bordados da também artista plástica Nice Firmeza (1921/ 2013).
A comercialização das telas, de 20 cm de base por 35cm, será revertida integralmente, para o Mini-Museu Firmeza, que Nice criou com o artista, crítico e historiador da arte Nilo Firmeza, Estrigas, no sítio do Mondubim e  cada uma será vendida por R$ 1.500, 00 (mil e quinhentos reais).

SERVIÇO:
Exposição “Os riscos do bordado”
Local: Museu do Ceará – Rua São Paulo, 51, Centro, Fortaleza
Telefone: (85) 3101-2610.
A exposição ficará em cartaz até o dia 31 de agosto, das terças aos sábados, das 9 da manhã às 17 horas.

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