Em "Amor à Vida", médico muçulmano vai negar atendimento e paciente morrerá
Os próximos capítulos de "Amor à Vida" (Globo) prometem levantar uma polêmica sobre a ética médica e os princípios religiosos. O médico Pérsio (Mouhamed Harfouch) será o pivô da discussão. Muçulmano, ele se recusará a atender uma paciente, que morre em decorrência de um aborto mal feito. "É uma cena que me chocou no início. Não sei como o público irá reagir. Estou como espectador neste momento", disse o ator.
Na cena, uma mulher é internada no hospital San Magno e começa a ser atendida por Pérsio, mas, ao descobrir que ela provocou o aborto, o médico se afasta e a deixa sob os cuidados de Lutero (Ary Fontoura) e Rebeca (Paula Braun). Após a morte da paciente, Lutero vai tirar satisfações com Pérsio para descobrir o motivo de ele ter parado de atendê-la. O médico dirá que ela contrariou as leis divinas ao cometer um pecado mortal.
Por causa de sua atitude, Pérsio será demitido do hospital, mas logo em seguida sua a mãe, Priscila (Cristina Mutarelli), irá interceder para que ele seja readmitido. O rapaz prometerá atender a todo e qualquer paciente. "Minha palavra é uma só", dirá.
"[O Pérsio] tem valores muito fortes na cabeça dele", afirmou Mouhamed. Para o ator, o comportamento do residente mostra que a trama das 21h brinca com a dicotomia dos personagens. "Acho interessante que o Walcyr [Carrasco, autor] mostra na novela que todos temos um lado bom e um lado ruim. Há momentos em que você pode cometer erros. Quando o Félix [Mateus Solano] assume a homossexualidade, você vê o pai [César] vindo de maneira muito preconceituosa. A cena mostra o lado vilão [de César] e como Félix sofreu."
A diferença entre o médico e os outros vilões da novela está na defesa dos valores em que acredita, mesmo que de forma exagerada, segundo acredita o ator. A ética é uma das principais qualidades do personagem. "Ele é rico e poderia tranquilamente viver com tudo de bom e de melhor, além de usar a medicina para si próprio, buscando um alto cargo no hospital, como o faz Jacques [Júlio Rocha]. Mas a ambição dele é ser um bom cirurgião."
Para Mouhamed, o problema de Pérsio é a forma com que encara a religião e este sim é um obstáculo a ser superado para que possa ser feliz. Um romance com a médica Rebeca pode ser sua salvação. O ator disse torcer para que Rebeca e Pérsio fiquem juntos e superem as diferenças, mas não acredita que um possa se converter a religião do outro para se casarem. "Tudo é possível, mas o mais bacana é que não se convertam. O convívio da diferença é o genial. Cada um com a fé que acredita, mas podendo dialogar com isto de maneira harmoniosa."
Em "Amor à Vida" Mouhamed interpreta seu terceiro personagem étnico na TV. O mais conhecido do público foi Farid, de "Cordel Encantado". "Estreei com um personagem popular em "Pé Na Jaca" [Hussein], que era um argelino engraçado louco, bem infantil. Depois teve um promotor e aí veio [o Almeidinha] em "Cama De Gato", que não tinha [nada e étnico]. Então surgiu "Cordel Encantado", que deu uma promoção muito grande ao Farid. Foi um personagem forte de origem libanesa. Isto acaba chamando a atenção do público. Se você for olhar, a princípio parece que é a mesma coisa, mas são totalmente diferentes."
Apesar de atuar há mais de 20 anos, Mouhamed também se formou em direito e tem a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). "Já fazia teatro, mas sempre achei difícil a profissão. Não estava conseguindo trabalho e tive esse plano B. Mas não tenho talento como advogado, minha paixão é essa [atuar] e procuro me aperfeiçoar." O ator afirmou que a mulher, Clarissa Eyer, lhe dá o maior apoio na profissão. "Não tem igual, ela me dá força total. Ela diz: 'É o que você ama, tem que continuar, não desista'. O casal tem uma menina de 1 ano de idade chamada Ana Clara.
Os próximos capítulos de "Amor à Vida" (Globo) prometem levantar uma polêmica sobre a ética médica e os princípios religiosos. O médico Pérsio (Mouhamed Harfouch) será o pivô da discussão. Muçulmano, ele se recusará a atender uma paciente, que morre em decorrência de um aborto mal feito. "É uma cena que me chocou no início. Não sei como o público irá reagir. Estou como espectador neste momento", disse o ator.
Na cena, uma mulher é internada no hospital San Magno e começa a ser atendida por Pérsio, mas, ao descobrir que ela provocou o aborto, o médico se afasta e a deixa sob os cuidados de Lutero (Ary Fontoura) e Rebeca (Paula Braun). Após a morte da paciente, Lutero vai tirar satisfações com Pérsio para descobrir o motivo de ele ter parado de atendê-la. O médico dirá que ela contrariou as leis divinas ao cometer um pecado mortal.
Por causa de sua atitude, Pérsio será demitido do hospital, mas logo em seguida sua a mãe, Priscila (Cristina Mutarelli), irá interceder para que ele seja readmitido. O rapaz prometerá atender a todo e qualquer paciente. "Minha palavra é uma só", dirá.
"[O Pérsio] tem valores muito fortes na cabeça dele", afirmou Mouhamed. Para o ator, o comportamento do residente mostra que a trama das 21h brinca com a dicotomia dos personagens. "Acho interessante que o Walcyr [Carrasco, autor] mostra na novela que todos temos um lado bom e um lado ruim. Há momentos em que você pode cometer erros. Quando o Félix [Mateus Solano] assume a homossexualidade, você vê o pai [César] vindo de maneira muito preconceituosa. A cena mostra o lado vilão [de César] e como Félix sofreu."
A diferença entre o médico e os outros vilões da novela está na defesa dos valores em que acredita, mesmo que de forma exagerada, segundo acredita o ator. A ética é uma das principais qualidades do personagem. "Ele é rico e poderia tranquilamente viver com tudo de bom e de melhor, além de usar a medicina para si próprio, buscando um alto cargo no hospital, como o faz Jacques [Júlio Rocha]. Mas a ambição dele é ser um bom cirurgião."
Para Mouhamed, o problema de Pérsio é a forma com que encara a religião e este sim é um obstáculo a ser superado para que possa ser feliz. Um romance com a médica Rebeca pode ser sua salvação. O ator disse torcer para que Rebeca e Pérsio fiquem juntos e superem as diferenças, mas não acredita que um possa se converter a religião do outro para se casarem. "Tudo é possível, mas o mais bacana é que não se convertam. O convívio da diferença é o genial. Cada um com a fé que acredita, mas podendo dialogar com isto de maneira harmoniosa."
Em "Amor à Vida" Mouhamed interpreta seu terceiro personagem étnico na TV. O mais conhecido do público foi Farid, de "Cordel Encantado". "Estreei com um personagem popular em "Pé Na Jaca" [Hussein], que era um argelino engraçado louco, bem infantil. Depois teve um promotor e aí veio [o Almeidinha] em "Cama De Gato", que não tinha [nada e étnico]. Então surgiu "Cordel Encantado", que deu uma promoção muito grande ao Farid. Foi um personagem forte de origem libanesa. Isto acaba chamando a atenção do público. Se você for olhar, a princípio parece que é a mesma coisa, mas são totalmente diferentes."
Apesar de atuar há mais de 20 anos, Mouhamed também se formou em direito e tem a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). "Já fazia teatro, mas sempre achei difícil a profissão. Não estava conseguindo trabalho e tive esse plano B. Mas não tenho talento como advogado, minha paixão é essa [atuar] e procuro me aperfeiçoar." O ator afirmou que a mulher, Clarissa Eyer, lhe dá o maior apoio na profissão. "Não tem igual, ela me dá força total. Ela diz: 'É o que você ama, tem que continuar, não desista'. O casal tem uma menina de 1 ano de idade chamada Ana Clara.
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