Uso de piercing na língua merece cuidados redobrados com a higiene bucal
Especialista afirma que qualquer jóia ou acessório instalado na cavidade bucal pode causar diversos malefícios à saúde
O interesse pela boa aparência vai muito além de vestir roupas da moda ou inovar no penteado dos cabelos, o uso de acessórios na cavidade bucal, principalmente o piercing lingual, tem se tornado bastante comum dentre os jovens nos últimos anos. Muitos usuários, entretanto, não sabem que deve haver cuidados especiais com a higiene oral para evitar que a vaidade vire um problema de saúde bucal, uma vez que a mucosa dessa região é bastante sensível, ao contrário da pele.
A cavidade bucal é um ambiente habitado por centenas de espécies de bactérias e que, por este motivo, qualquer peça ou acessório que possa reter alimentos e proporcionar um nicho desses seres, pode agravar ou proporcionar o surgimento de feridas, dentre outras consequências. O Profº e Odontopediatra da TopDent, Dr. José Eduardo de Oliveira Lima, comenta que não é contra ao uso do acessório, desde que o usuário redobre os cuidados, sobretudo, com a higienização.
De acordo com o especialista, em primeiro lugar, o interessado deve procurar um local adequado para instalar a peça, quer dizer, um profissional experiente que respeite todas as normas sanitárias. “O uso de instrumentos e materiais esterilizados ou descartáveis, um local apropriado e o uso de luvas associados ao conhecimento do profissional são algumas dicas que podem garantir a segurança e qualidade do procedimento”, diz Dr. Lima. Mas esse é só o primeiro passo, pois os cuidados diários com a higienização vão ser fundamentais para evitar complicações posteriores.
Pesquisas demonstram que boa parte dos usuários apresenta alterações teciduais que vão desde um simples processo inflamatório crônico até casos de lesões consideradas cancerígenas como a leucoplasia e displasia epitelial, por exemplo. Além das alterações teciduais, o piercing pode causar ainda: fratura dental, retração gengival, úlcera traumática, dor e inchaço, mau hálito etc. Por esta razão, os cuidados com a higienização devem ser redobrados para evitar esses problemas, de preferência com a supervisão do dentista.
“Ninguém precisa deixar de usar o piercing. Mas, para todos os tipos de peças na língua ou em qualquer outra área da cavidade bucal é aconselhável removê-lá pelo menos três vezes ao dia para higiene, com solução de clorexidina a 0,12%. Trata-se de uma substância bactericida que age na diminuição do risco de infestação de bactérias nocivas, diminuindo, conseqüentemente, o risco de infecções causadas pelo uso de piercing”, ensina o especialista.
Dr. Lima ainda reforça que o ideal, independente do uso de piercing ou não, é que todas as pessoas participem de uma odontologia de acompanhamento, assim como faz a TopDent, pioneira no setor. Ou seja, método que consiste em acompanhar o paciente desde os primeiros anos de idade e priorizar o equilíbrio biológico bucal, o que garante 99,8% de resultado na prevenção das cáries e outras doenças em qualquer idade. “Dessa forma é possível detectar qualquer alteração nos dentes e tecidos o mais breve possível evitando maiores conseqüências na saúde bucal e geral do indivíduo”, finaliza.
III Congresso Brasileiro de Saúde Mental ocupa o Centro de Convenções em Fortaleza
Trazendo o tema “Aperreios e Doidices: saúde mental como diversidade, subjetividade e luta política”
Nos dias 7, 8 e 9 de junho Fortaleza sedia a terceira edição do Congresso de Saúde Mental com realização da Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME-Nacional). Voltado principalmente para profissionais, estudantes, usuários e familiares, militantes de movimentos sociais e de defesa dos direitos humanos, o congresso atingiu cinco mil inscrições e superou a marca estipulada pela organização.
Divididas em doze eixos, as rodas de conversa e mesas redondas do Congresso ocupam os espaços do Centro de Convenções do Ceará e da Universidade de Fortaleza (Unifor). A conferência que marca a abertura oficial, no dia 7, fala sobre “Epistemologia de ‘aperreios e doidices’: saúde mental como diversidade, subjetividade e luta política”, tendo à frente José Jackson Coelho Sampaio, médico especializado em Psiquiatria Clínica e professor titular em Saúde Pública na UECE, às 18h30.
Estão programadas para a abertura oficinas culturais, palestras, feira, exposição, apresentações de dança, musicais, teatrais e outras atividades. Entre essas está o show da banda Harmonia Enlouquece, que faz o lançamento de seu terceiro disco, “Mudânica Superativa”. O grupo nasceu do projeto “Convivendo com a Música”, realizado no Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro em 2001, e se constituía de um espaço onde pacientes e funcionários pudessem vivenciar diversas atividades sonoras musicais, dando lugar à expressão, à criatividade e à comunicação. A banda tem participação na trilha sonora da novela “Caminho das Índias”.
Dez livros que abordam a psicologia e a psiquiatria serão lançados no dia 7. As obras “Linha do Pó: A cultura Bororo entre tradução, mutação e autorrepresentação”, de Massimo Canevacci, e “O fim da guerra a maconha e a criação de um novo sistema para lidar com as drogas”, de Denis Russo Burgierman, são alguns dos destaques apresentados no espaço dedicado aos lançamentos.
Um dos eixos temáticos mais representativos do Congresso, “Drogas e Cultura: um Enfoque Socioantropológico”, ganha dezesseis rodas de conversa que tratam de assuntos relacionados a falta de investimentos nos serviços de atenção psicossocial, redução de danos, laços sociais e culturais das drogas com a humanidade, ações mais resolutivas de prevenção e tratamento, entre outros.
Estão confirmadas as presenças de profissionais internacionais e nacionais. Especialistas em Psicologia e Psiquiatria como Ernesto Venturini (médico psiquiatra da cidade de Bolonha, na Itália, e ex-assessor da Organização Pan-Americana da Saúde - Opas - para a América Latina), Angel Hernaez Martinez (pesquisador de Barcelona, Espanha), Massimo Canevacci (docente de antropologia cultural e arte e cultura digital junto à Facoltà di Scienze della Comunicazione dell’Università degli Studi di Roma “La Sapienza”), Gregorio Kazi (psicólogo e professor da Universidad Popular Madres de Plaza de Mayo, Argentina), Horacio Foladori (psicanalista e professor da Universidade do Chile) e Roberto Mezzina (coordenador de saúde mental de Trieste, Itália, onde começou a primeira experiência mundial de extinção dos hospitais psiquiátricos).
Do Brasil, Ana Costa (Presidente do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde do Distrito Federal), Luiz Augusto Facchini (Presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - Abrasco/RS), Sonia Fleury (professora e pesquisadora da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas – Ebape - da Fundação Getúlio Vargas/RJ) e Odorico Monteiro (secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde) participarão do congresso.
O III Congresso Brasileiro de Saúde Mental é realizado pela ABRASME- NACIONAL com o apoio da Universidade Estadual do Ceará e do Grupo de Pesquisa Saúde Mental, Família, Práticas de Saúde e Enfermagem (GRUPSFE - UECE). Entre os parceiros estão o Governo do Estado do Ceará, a Prefeitura Municipal de Fortaleza, a Fundação Oswaldo Cruz, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Universidade Federal de Santa Catarina (GPPS), o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e o GT Saúde Mental da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). A presidência do Congresso é da professora Maria Salete Bessa.
Pediatra Geneticista Revela as causas da insuficiência reprodutiva
A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que, em média, 60 a 80 milhões de casais no mundo são inférteis
Esses dados levam a crer que engravidar não é uma tarefa tão fácil como se imagina, mesmo para pessoas que não possuem problemas de infertilidade.
Denominado insuficiência reprodutiva, o termo é utilizado para designar todas as condições que representam um obstáculo ao sucesso da reprodução. O geneticista, Dr. Roberto Muller explica que hoje, existem dois níveis de infertilidade: a primária, que é considerada quando uma mulher nunca engravidou, e está na tentativa há pelo menos um ano, porém, sem sucesso; e a secundária, que se refere aos casos de gravidez comprovada, mas que correm o risco de aborto de repetição, malformação, doenças fetoneonatais, ou restrição do crescimento intrauterino.
Engajado na luta a favor da maternidade, com atuação ativa na descoberta das mais complexas causas que são desencadeadoras da insuficiência reprodutiva, Dr. Roberto Muller disponibiliza tratamento diferenciado para identificar eventuais possibilidades. “Em casos como este, é necessário procurar o acompanhamento de um especialista, principalmente quando a mulher tem mais de 30 anos e deseja ter filhos, já que a fertilidade e a idade estão intrinsecamente ligadas”, revela Muller.
Ao longo dos anos, as mulheres adotaram a postura de adiar a maternidade, mas após os 30, a fertilidade feminina começa a declinar rapidamente, ou seja, a idade dos óvulos é a mesma da mulher. “Além da idade, outros fatores podem interferir no bom funcionamento do aparelho reprodutivo, como a ovulação irregular, a diminuição da frequência das relações sexuais, ou a fase lútea deficiente, causada pela falha na produção de progesterona”, explica o especialista.
Vale frisar, que alguns fatores externos podem causar a insuficiência reprodutiva, entre eles destacam-se: consumo abusivo de álcool, fumo, excesso de peso, drogas, ou doenças sexualmente transmissíveis. Dessa forma, importante aderir bons hábitos antes mesmo de pensar em ter filhos, pois a alimentação equilibrada faz toda a diferença para quem quer manter a qualidade de vida durante a gravidez.
Além disso, Dr. Roberto Muller orienta mulheres a consumir alimentos ricos em nutrientes e ácido fólico, que podem ser encontrados em hortaliças verdes, como o agrião, brócolis, espinafre, couve, ricota, iogurte, pães integrais, leguminosas e frutas cítricas.
“O consumo de ácido fólico é essencial por toda a vida do casal, mas principalmente durante o período de gestação da mulher, uma vez que atua na prevenção das complicações da própria gestação, tais como a Restrição do Crescimento Intrauterino (CIUR), Descolamento Prematuro da Placenta (DPP), Parto Prematuro (PT), entre outras”, conclui o médico.
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