sábado, 7 de abril de 2012

LITERATURA

Evento multimídia, ABRIL PARA LEITURA traz uma série de atividades em torno da leitura e do livro

O mês de Abril é repleto de datas comemorativas relacionadas ao livro: dia 02 foi o dia internacional do livro infanto-juvenil, dia 18 comemora-se o dia nacional do livro infantil, e dia 23 é o dia mundial do livro.

Por isso, neste mês o Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) realiza o ABRIL PARA LEITURA, evento multimídia e gratuito que traz uma série de atividades em torno da leitura e do livro: palestras em seminário avançado com os escritores José Castello, Ronaldo Correia de Brito e Marisa Lajolo; Dia Manuel Bandeira (dia 19); gincana literária sobre vida e obra de Monteiro Lobato; peça de teatro de Federico Garcia Lorca; curso sobre a poesia erótica de Carlos Drummond de Andrade; debates; reuniões do Clube do Leitor; oficinas de fanzines e de cordel; exposição de fanzines; Tenda Poética; encontros de apreciação e difusão literária; e lançamento de livro. As atividades têm início na próxima terça-feira, 10, e prosseguem até 28 de Abril.

A programação começa com o curso de apreciação de arte intitulado “Poesia sem vergonha”, cujo objetivo é conhecer a poesia erótica de Carlos Drummond de Andrade, não revelada na mídia pedagógica, desconhecida do grande público admirador da produção artística do poeta. Os textos serão trabalhados de forma suave e plena como os relacionamentos íntimos, sem a conotação pornográfica como costuma ser retratada a intimidade dos seres humanos. O curso acontecerá no período de 10 a 13 de abril, de 14h às 17h, com o professor Francisco Feitosa Chaves, de Juazeiro do Norte (CE). 100 vagas estão disponíveis para o curso.

Também no dia 10, às 18 horas, será discutido, no âmbito do programa Troca de Ideias, o tema “Edição, arranjo, encontro: pensar o Livro no Século XXI”, apresentado pelo escritor e editor Sérgio Cohn. Ele nasceu em São Paulo, em 1974. Sérgio Cohn é editor da revista Azougue desde 1994, e em 2011 criou a Azougue Editorial. É autor de “Lábio dos afogados” (Nankin, 1999), “Horizonte de eventos” (Azougue, 2002) e “O sonhador insone” (Azougue, 2006). Mora atualmente no bairro do Horto, no Rio de Janeiro.

No decorrer de Abril, haverá quatro reuniões do Clube do Leitor – em duas terças-feiras, dias 10 e 24, de 12h às 13h; e em dois sábados, dias 14 e 28, de 16h às 17h. O Clube do Leitor é um programa onde as pessoas se encontram para participar de um grupo e compartilhar novas leituras e conhecimentos. As reuniões acontecem na biblioteca “Inspiração Nordestina”, do CCBNB-Fortaleza.

Outra edição do programa Troca de Ideias acontecerá no dia 11, quarta-feira, às 18h. O tema é o conteúdo do livro “Ensaios de literatura e cinema” e será apresentado pelo autor Régis Frota com mediação de Odilon Camargo. O livro (e respectivo debate) abordarão obras canônicas que vão desde “São Bernardo”, de Graciliano Ramos, a clássicos da literatura francesa, como “O amante”, de Marguerite Duras.

Imprimindo um olhar contemporâneo à releitura dessas obras – como aos filmes de Glauber Rocha e outros cineastas clássicos, e suas narrativas cinematográficas, o livro “Ensaios de literatura e cinema” aborda questões cruciais, como reflexividade, autoconsciência, poesia, vanguardismo etc., oferecendo um rico panorama histórico do cinema e da literatura, para todos os que apreciam esse tipo de produção cultural, destinando-se para aqueles que desejam conhecer as relações da literatura com o fenômeno cinematográfico.

Uma gincana literária destinada ao público infantil, tematizando a obra de Monteiro Lobato, acontecerá nos dias 11 e 12 (quarta e quinta-feiras), de 13h30 às 16h30. Serão duas tardes com atividades literárias voltadas para a temática do mês da Leitura: um Quiz sobre a obra e a vida de Monteiro Lobato, Tabuleiro Literário, Caixa Surpresa e muitos brindes para a criançada.

O teatro e a dança também se associam à programação do Abril para Leitura. É o espetáculo “Diwan de Lorca”, com texto do autor espanhol Federico Garcia Lorca e apresentação pela Cia. Palmas Produções Artísticas. Francinice Campos assina a adaptação, direção, figurino, adereços, maquiagem, coreografia, cenário, concepção de luz e sonoplastia. Amor, agonia e morte situam derradeiramente esta obra de Lorca, no ponto de confluência entre estas três linhas de força, assumindo uma forma cada vez mais contida e depurada, caracterizada por um acentuado sentido rítmico com a claridade crepuscular no seu horizonte poético, a assunção pessoal, modificada e onírica. Classificação indicativa: 14 anos.

O “Ciclo do livro: da criação à edição” será o assunto conversado pelos escritores e editores Nilto Maciel, Jorge Pieiro e Kelsen Bravos, com mediação de Paula Izabela, no próximo dia 14 (sábado), às 17h. Cada passo, cada degrau, cada momento que configura o ciclo do livro será amplamente debatido por esses três escritores que transitam com desenvoltura no mercado editorial. Após o debate, será lançado o livro “O outro dono do fim do mundo”, do escritor Jorge Pieiro.

A programação infantil de Abril também compreende duas atividades sobre a leitura: uma peça teatral e uma contação de histórias. A peça é “Os brinquedos no Reino da Gramática”, em cujo enredo o reino da gramática está de pernas para o ar! Um rei louco, um cowboy inteligente, um porco faminto por palavras, estão envolvidos nesta fantástica e atraente história vivida por brinquedos que lutam contra o analfabetismo. Conseguirá o povo libertar as palavras que estão em posse de um rei analfabeto? A gramática será um país onde novamente o prazer da leitura se tornará um hábito saudável para todos? Neste espetáculo, os brinquedos têm vida e o maior tesouro é o saber. Com texto de Fernando Lira, a peça será apresentada aos domingos, nos dias 15, 22 e 29, em duas sessões: 14h e 16h.

Por sua vez, a contação de histórias se intitula “Zip Zap contos e canções”, com José Jacinto de Matos Medeiros, também nos dias 15, 22 e 29, às 17 horas. Histórias contadas para fazer sonhar, encantar, voar nas asas da imaginação; de vez em quando ser uma borboleta ou uma gaivota, mas na volta pisar firme num solo qualquer.

A oficina “Produção de cordel: origem, identidade e importância na cultura nordestina” visa despertar o interesse do público em desenvolver seu potencial para a arte de fazer cordel, preservando a Literatura de Cordel. A literatura de cordel é um indispensável caminho de incentivo à leitura, por contar nossa história de forma geral, e descrever religiosidade, costumes e folclore. A oficina contará com carga horária de 16 horas-aula, e será realizada no período de 17 a 20 de abril (terça a sexta-feira), de 14h às 18h. O instrutor da oficina será Raul Poeta, de Juazeiro do Norte (CE).

Uma exposição e uma oficina de fanzines também integram a programação do Abril para Leitura, nos dias 17 e 18. A exposição Zineteca contará com a presença da Zineteca Móvel. O objetivo é apresentar o fanzine (ou zine) como veículo de comunicação, seu contexto histórico e diferentes modos de criação. A exposição acontecerá de 10h às 17h, nos dois dias. Já a oficina de fanzine produzirá coletivamente um Fanzine sobre temas ligados ao cotidiano de leitura e escrita dos participantes (livros preferidos, relatos de cenas vividas em bibliotecas etc.). Acontecerá de 14h às 18h, nos dois dias. São 20 vagas.

Também no dia 17, às 18h30, o programa Troca de Ideias aborda o tema “A educação por vir: fabulações a partir do cinema”, com o professor Júlio Groppa. Ele é livre-docente da faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, com mestrado e doutorado em Psicologia Escolar pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, bem como pós-doutorado pela Universidade de Barcelona. Pesquisador do CNPq, Júlio Groppa vem desenvolvendo trabalhos de pesquisa voltados à apropriação do pensamento foucaultiano na pesquisa educacional brasileira, bem como à problematização dos processos de governamentalização educacional em curso na atualidade, especialmente aqueles em torno das práticas de escrita.

Com produção da professora Fernanda Coutinho, o “Dia Manuel Bandeira: um poeta da vida inteira”, no dia 19, de 10h às 19h, será a data em que o CCBNB-Fortaleza homenageará um dos principais criadores do Modernismo brasileiro, o poeta Manuel Bandeira (Recife, 1886-1968), que participou da Semana de Arte Moderna de 1922, tendo seu poema “Os sapos”, lido no Teatro Municipal de São Paulo. Bandeira contribuiu também para a revista Klaxon, um das revistas baseadas em ideias revolucionárias perante a situação política que dominava o País naquela época, colaborando para vários jornais e traduzindo peças teatrais propagadoras dos ideais modernistas em voga. Esta primeira fase do Modernismo, que completa 90 anos, se caracteriza pela radicalidade das propostas de rompimento de todas as estruturas do passado.

O seminário avançado “Abril Literário” traz como palestrantes os escritores José Castello (RJ), Ronaldo Correia de Brito (CE/PE) e Marisa Lajolo (SP), com mediação das professoras Sarah Diva Ipiranga (UECE) e Andreia Turolo (UFC), e da jornalista Regina Ribeiro. O seminário acontecerá no período de 24 a 26 de Abril (terça a quinta-feira), de 14h às 18h.

A Tenda Poética e o CCBNB-Fortaleza realizam juntos uma programação intitulada “Poesia desse chão”, repleta de poesia, rodas de leitura, oficinas de criação literária, performances, videopoemas, contação de histórias e a mostra de Poesia Falada. Para apresentar um poema na mostra, basta se inscrever no Centro Cultural Banco do Nordeste ou no site do grupo Templo da Poesia (www.templodapoesia.org). A Tenda Poética será armada nos dias 26 e 27 (quinta e sexta-feira), de 14h às 18h.

Já no sábado, dia 28, às 18 horas, o grupo Templo da Poesia apresentará o tema “Poesia para mudar o mundo”, dentro do programa Literatura em Revista. Os artistas do Templo da Poesia – coletivo de poetas e literatos que organizam e movimentam um espaço cultural há quase três anos em Fortaleza – utilizam o gênero poético em performances para trabalhar a arte em torno de duas de suas principais funções: deleitar e instruir.

Portanto, baseados no tema de Ítalo Rovere (“o amor de todo mundo para mudar o mundo”), Talles Azygon, Reginaldo Figueiredo, Gervana Nobre, Carlos Arruda e Carlos Amaro utilizam a força e a expressividade da palavra no universo da poesia, para tentar modificar o mundo. Assim, em toda essa perspectiva, eles misturam vários elementos como brinquedos, instrumentos musicais e utensílios em geral para encantar públicos de todas as idades, e também para falar de cidadania e direitos humanos.











Editora Globo lançará novo livro de Laurentino Gomes

1889 trata da queda do Império e da Proclamação da República no Brasil. O livro será lançado no segundo semestre de 2013

A Globo Livros anunciou esta semana a assinatura de contrato para o lançamento de 1889, o próximo livro do escritor paranaense Laurentino Gomes, previsto para chegar ao mercado no segundo semestre de 2013. A obra vai tratar da queda do Império e da Proclamação da República no Brasil. Com ela, o escritor pretende concluir uma trilogia sobre a história da construção do estado brasileiro durante o século 19. No primeiro livro, 1808, lançado em 2007, Laurentino escreveu sobre a chegada da família real portuguesa de D. João ao Rio de Janeiro, fugindo das tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte. Na segunda obra, 1822, publicada em 2010, dedicou-se ao Grito do Ipiranga e ao processo de Independência, resultado direto da fuga da corte portuguesa para o Brasil. “Agora, no terceiro e último volume da série, vou explicar porque o país permaneceu como a única monarquia das Américas por mais de 67 anos e mostrar como foi a Proclamação da República, em 1889”, explica o autor.

“Para nós, é uma grande honra ter em nosso catálogo um dos mais reconhecidos autores nacionais”, afirma Mauro Palermo, diretor geral da Globo Livros. Segundo ele, a assinatura do contrato faz parte do processo de expansão, diversificação e consolidação da Globo no mercado editorial de livros. O lançamento 1889 prevê um ambicioso plano de marketing, com uma tiragem inicial de 200.000 exemplares, número recorde no Brasil na área de História. Inclui também a participação do escritor em diversos eventos literários em todo o Brasil após a chegada da obra às livrarias. “Queremos atingir rapidamente os milhões de leitores que já tiveram acesso aos livros anteriores de Laurentino e chamar a atenção de todos demais que ainda não leram, mas que se interessam por História do Brasil bem escrita e bem pesquisada”, assevera Marcos Strecker, diretor editorial da Globo Livros.

O autor
Paranaense de Maringá, Laurentino Gomes, 56 anos, é atualmente o mais bem sucedido autor brasileiro na área de literatura de não-ficção. Suas duas obras anteriores venderam mais de 1,5 milhão de exemplares no Brasil e em Portugal e permanecem há quatro anos e meio consecutivos na lista dos livros mais vendidos nesses dois países. Quatro vezes vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura, sendo duas na categoria Melhor Livro de Não-Ficção, Laurentino também teve sua obra 1808 eleita o Melhor Ensaio de 2008 pela Academia Brasileira de Letras. Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Paraná com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo, é membro título da Academia de Letras do Paraná e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

A Globo Livros
Fundada na década de 1930, em Porto Alegre, e adquirida pelas Organizações Globo na década de 1980, a Globo Livros é uma das mais tradicionais e respeitadas editoras nacionais. Seu catálogo inclui autores clássicos nacionais como Monteiro Lobato, Hilda Hilst e Oswald de Andrade e internacionais como Herta Müller, Javier Cercas, Honoré de Balzac, Marcel Proust e Samuel Beckett. Entre seus sucessos recentes está o livro Ágape, do padre Marcelo Rossi, obra recordista em todos os tempos e todas as categorias do mercado brasileiro, com mais de sete milhões e meio de exemplares vendidos até agora. “A chegada de Laurentino só vem reforçar essa longa história de sucesso de uma editora que tanto tem contribuído para a difusão da leitura e a melhoria da educação no Brasil”, afirma Mauro Palermo.

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