sábado, 7 de abril de 2012

MÚSICA

Nação Zumbi celebra 20 anos de carreira

“Ao Vivo No Recife” traz show ao vivo com participações de Fred 04, Siba, Arnaldo Antunes e Paralamas do Sucesso


A banda recifense que ficou famosa com Chico Science e impulsionou o movimento manguetown para o Brasil, Nação Zumbi, está celebrando 20 anos em 2012 – e o registro do antológico show apresentado em dezembro de 2009, no Marco Zero, finalmente foi lançado pela DeckDisc. O vídeo abre com uma tomada mostrando trechos da avenida Boa Viagem (de um helicóptero), e logo vai aproximando-se do local do show.

Nação Zumbi no Recife é Beatles em Liverpool, Bob Marley em Kingston, Joy Division em Manchester e qualquer outra comparação
A velha praça treme sob os pés da multidão ensandecida. O DVD também foi lançado no formato vinil e CD. O show fechou a turnê do CD “Fome de tudo”, e o lançamento conta com as participações do Paralamas do Sucesso (em Manguetown, e A praieira), Arnaldo Antunes (Antene-se), Siba e a Fuloresta (Trincheira da fuloresta), e Fred Zeroquatro (Rios, pontes e overdrives), e de um público estimado em 60 mil pessoas, totalmente entregue à banda.

Mais do que um show, o DVD mostra a liga orgânica entre a cidade e a banda. Rios, pontes, overdrives e impressionantes coreografias da massa vistas por câmeras aéreas. Os “extras” completam essa lição geográfica da fome afetiva com um rolê por alguns pontos como o Mercado de São José e o bairro de Peixinhos, Olinda, de onde veio a “cozinha” percussiva do grupo.
O DVD é um documento digno da importância desta banda de Recife, formado por Jorge Du Peixe, Pupillo, Lúcio Maia, Dengue, Toca Ogan, Gilmar Bola 8, Da Lua e Marcos Matia, que desde os anos 90 tenta inovar a música brasileira e nordestina. ****













Keith Richards se desculpa por comentários sobre Mick Jagger


Keith Richards, 68, guitarrista dos Rolling Stones, pediu desculpas a Mick Jagger, 68, pelos comentários depreciativos que fez sobre ele em sua autobiografia, "Vida", lançada em 2010.

Em entrevista à revista "Rolling Stone" sobre o aniversário de 50 anos da banda, Richards e Jagger disseram que era hora de seguir em frente.

"Olhando para trás, em qualquer carreira você tem que lembrar dos altos e baixos", disse Jagger. "Nos anos 80, por exemplo, Keith e eu não estávamos nos comunicando muito bem".

"Eu me envolvi muito com o lado comercial dos Stones, principalmente por sentir que ninguém mais estava interessado nisso. Mas ficou claro a partir do livro que Keith se sentiu excluído, o que é uma pena. Hora de seguir em frente", explicou o líder da banda.

Richards concordou com o amigo: "Mick está certo. Eu e ele tivemos conversas no ano passado do tipo que não tivemos por muito tempo e que têm sindo incrivelmente importantes para mim."

"Quanto ao livro, é a minha história e é bem crua, como eu queria que fosse, mas sei que alguns trechos e a publicidade que foi feita realmente ofenderam Mick e eu lamento por isso", desculpou-se Richards.


TURNÊ E DOCUMENTÁRIO

Os Rolling Stones estão juntos novamente para celebrar os 50 anos de formação da banda, mas a eventual turnê com a qual comemorariam este aniversário aparentemente não acontecerá até 2013, de acordo com Richards.

O guitarrista afirmou que a razão do atraso é porque eles "simplesmente não estão prontos".

"Tenho a sensação que 2013 é uma data mais realista", acrescentou o músico, cujo delicado estado de saúde é mencionado por outras fontes citadas pela publicação como a razão principal deste reajuste no calendário.

Nessa linha, as dúvidas sobre sua capacidade para suportar uma longa viagem fizeram com que a banda optasse por uma turnê composta por menos shows em cidades estratégicas e em grandes salas de concerto.

Embora a banda ainda não esteja pronta para viajar, Richards informou em sua entrevista que até o final do ano estarão ocupados com novas sessões de gravação no estúdio, que poderiam começar já no próximo mês, e com a produção de um documentário que estreará no segundo semestre.

O filme, que terá imagens e músicas inéditas, repassará os 50 anos de carreira dos Stones, uma comemoração referente ao primeiro show que o grupo inglês fez em Londres, em 12 de julho de 1962.

Até agora, Mick Jagger parecia o mais reticente com a volta dos Stones aos palcos. Ocupado em projetos alternativos, como sua banda Superheavy, junto com Joss Stone Dave Stewart, o vocalista declarou em setembro que não sabia se a esperada reunião aconteceria e confirmou a existência de "tensões" entre seus membros.

A última turnê desta formação histórica da banda, completada pelo guitarrista e baixista Ronnie Wood e pelo baterista Charlie Watts, foi "A Bigger Bang Tour", entre 2005 e 2007.







PRÊMIO DA MÚSICA BRASILEIRA HOMENAGEIA JOÃO BOSCO


Cerimônia acontece no dia 13 de junho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

A 23ª segunda edição do Prêmio da Música Brasileira homenageará João Bosco, que está celebrando 40 anos de carreira. Idealizado por José Maurício Machline, o Prêmio mantém a parceria com a Vale, patrocinadora do evento pelo terceiro ano consecutivo. “Estamos muito felizes com essa união. A Vale reconhece a importância do Prêmio e está escrevendo um novo capítulo dessa história, valorizando nosso maior patrimônio, o artista brasileiro e a sua música”, enaltece Machline.

A cerimônia de entrega acontecerá no dia 13 de junho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O próprio João Bosco interpretará alguns de seus sucessos, colecionados ao longo de quatro décadas.

Criado em 1988, o prêmio de maior prestígio da música brasileira tem como finalidade resgatar e celebrar grandes nomes do cenário nacional, além de avalizar carreiras de artistas iniciantes ou com expressão de alcance regional. O Prêmio da Música Brasileira valoriza a nossa música no que ela tem de melhor: a sua capacidade de se reinventar e manter o nível de excelência que a fez reconhecida mundialmente. O Prêmio enaltece o esforço e o talento dos cantores, músicos, arranjadores e produtores do Brasil e reúne, no mesmo dia e no mesmo palco, as mais variadas manifestações musicais do país.

A cada ano, o Prêmio celebra um artista brasileiro, cujo repertório é a base do show da cerimônia de entrega. A primeira edição foi dedicada a Vinicius de Moraes. De lá para cá, foram homenageados, pela ordem, Dorival Caymmi, Maysa, Elizeth Cardoso, Luiz Gonzaga, Ângela Maria & Cauby Peixoto, Gilberto Gil, Elis Regina, Milton Nascimento, Rita Lee, Jackson do Pandeiro, Maria Bethânia, Gal Costa, Ary Barroso, Lulu Santos, Baden Powell, Jair Rodrigues, Zé Ketti, Dominguinhos, Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Noel Rosa.

João Bosco

Em 2012, João Bosco está celebrando 40 anos de carreira, mas a ligação com a música vem de muito antes, ainda em Ponte Nova, cidade onde nasceu no dia 13 de julho de 1946. Aprendeu a tocar violão aos 12 anos, influenciado por sua família, repleta de músicos. Ainda em 58, formou seu primeiro conjunto de rock, o X_GARE. Em 1972, formou-se engenheiro civil pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto). Apesar de não deixar de lado os estudos, dedicava-se à carreira musical, influenciado principalmente por gêneros como jazz e bossa nova.

O ano de 1972 marca também o início da carreira profissional de João Bosco, quando grava ‘Agnus Sei’, para o disco de bolso do jornal O Pasquim. Neste mesmo ano, João conhece Elis Regina, que se tornaria uma de suas principais intérpretes. A pimentinha gravou ‘Bala com bala’, de João e Aldir Blanc, uma das parcerias mais importantes da MPB. No ano seguinte, mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro e assinou contrato com a gravadora RCA, lançando o primeiro disco, que levava apenas seu nome.

Em 1974, intensifica a parceria com Aldir Blanc e Elis Regina registra três novas canções da dupla: ‘O mestre sala dos mares’, ‘Dois pra lá e dois pra cá’ e ‘Caça à raposa’, título do segundo disco de João. Ao lado de Aldir, compôs mais de uma centena de canções, entre clássicos como ‘O bêbado e a equilibrista’, ‘Kid cavaquinho’, ‘Falso brilhante’, ‘O rancho da goiabada’, ‘Corsário’, ‘De frente pro crime’, ‘Bodas de prata’, ‘O ronco da cuíca’, entre muitas outras. E a parceria continua a todo vapor. Acabaram de escrever ‘Aura de Glória’, para a trilha da nova versão de ‘Gabriela’, da TV Globo. João tem ainda célebres parcerias com poetas como Waly Salomão, Antonio Cícero e, mais recentemente, seu filho, Francisco Bosco.

São 40 anos de uma carreira desde o início orientada por um imperativo estritamente artístico, passando ao largo de oportunismos, modismos e afins. A ética musical de João Bosco sempre teve uma única lei, parágrafo único: a invenção. Seu compromisso com a canção popular é marcado pela firmeza de uma obra que atravessa as décadas preocupando-se fundamentalmente com o próprio fazer da canção: melodia, ritmo, harmonia, letra, canto - a grande tradição da canção popular brasileira. João é ainda um dos maiores instrumentistas do país, uma escola do violão brasileiro, como João Gilberto, Baden Powell e Gilberto Gil.

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