segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

LITERATURA

SEXO & INTERNET

Revelações de anônimos traçam perfil sexual do brasileiro

Regina Navarro Lins, uma das mais prestigiadas especialistas em sexo e relacionamentos, lança dois livros: “A cama na rede” e “Se eu fosse você”

Protegidas pelo anonimato da internet, as respostas para mais de 50 perguntas provocantes e polêmicas sobre relacionamentos amorosos e sexualidade são resultado de um dos livros lançados este mês pela Editora Best Seller, da escritora Regina Navarro Lins, uma das mais prestigiadas especialistas em sexo e relacionamentos. Muito além de abalar o conservadorismo da sociedade brasileira, as opiniões expressas nesta instigante pesquisa expõem verdades difíceis de serem assumidas publicamente.

Em “A cama na rede - o que os brasileiros pensam sobre amor e sexo”, a psicanalista Regina Navarro Lins seleciona os comentários de internautas postados em seu site Cama na Rede, que esteve no ar de 2000 a 2009. A ampla variedade de temas apresentados pela autora garantem uma leitura prazerosa e extremamente informativa. Relações extraconjugais, falta de desejo sexual no casamento, ciúme, fantasias sexuais, homossexualidade são tratados com naturalidade e sabedoria. Ao fim de cada conjunto de respostas, Regina analisa os resultados e propõe reflexões para que homens e mulheres revejam posturas ou confirmem suas atitudes.

Nesta pesquisa inédita sobre assuntos difíceis de lidar, Regina Navarro Lins, uma das mais prestigiadas especialistas em sexo e relacionamentos, esclarece dúvidas sobre sexualidade e oferece exemplos de casos reais que podem ajudar na tomada de decisões importantes nos relacionamentos.


Colocar-se no lugar do outro é uma ótima maneira de compreender suas atitudes e decisões. Este pequeno exercício de imaginação pode revelar uma nova perspectiva sobre o problema, ajudando qualquer pessoa a resolver suas dúvidas. Igualmente importante é a posição de quem expõe a própria situação, a fim de obter opiniões variadas e ideias inovadoras sobre comportamento.

Compartilhar histórias de vida é o objetivo de “Se eu fosse você..”. Neste livro, a psicanalista Regina Navarro Lins, uma das mais prestigiadas especialistas em sexo e relacionamentos, mostra as respostas mais interessantes para as questões "Se eu fosse você ..." postadas em Cama na Rede, site da autora que esteve no ar de 2000 a 2009. O dilema pessoal dos internautas gera uma discussão verdadeira e aberta a todas as opiniões, sem qualquer tipo de censura, e o anonimato proporcionado pela internet resulta em textos e confissões excitantes e emocionantes.

Na segunda parte do livro, Regina apresenta 12 artigos polêmicos sobre relacionamento amoroso e sexual. O feedback de seus leitores revela que ainda há muito o que se discutir sobre amor, casamento, ciúme, fidelidade, separação e sexo. Muitas pessoas se identificarão rapidamente com os relatos de Se eu fosse você... Afinal, paixões, desejos e, sobretudo, dúvidas e inseguranças, são comuns a todos.
Regina Navarro Lins é carioca. Psicanalista, oferece terapia individual e de casais em seu consultório particular. Foi professora de Psicologia da PUC-Rio, apresentou um programa diário sobre relacionamento amoroso e sexual na Rádio Cidade, do Rio de Janeiro, e colaborou para o Jornal do Brasil e o Jornal da Tarde. Atualmente, apresenta crônicas semanais na Rádio Metrópole, de Salvador, e é colunista do jornal O Dia e do portal IG. Em sua carreira, Regina realizou mais de duzentas palestras e workshops sobre amor, casamento e sexo. É autora de dez livros, entre eles A Cama na Varanda, publicado pela Editora BestSeller.







Entrevista

Não é fácil ser fiel

Para Regina Navarro Lins, autora de “A cama na rede” e “Se eu fosse você”, lançamentos Ed. BestSeller, a ideia de que um parceiro deve se tornar coisa do passado

Os dois livros que agora estão sendo lançados surgiram da interação com internautas em seu site. Você diria que esse público é representativo dos brasileiros médios?
Penso que sim, embora alguns placares sejam surpreendentes, como por exemplo o da pergunta: “Vc gostaria de fazer sexo a três?”. Imaginei que muitas pessoas responderiam Sim, mas nunca pensei que o percentual chegasse a 77%. Estamos no meio do processo de uma profunda mudança das mentalidades, e o anonimato facilita dizer o que se deseja e não se tem coragem de revelar aos outros.

No livro A Cama na Rede, você faz 50 perguntas e as pessoas respondem Sim ou Não, além de dizerem o que pensam. No final você comenta as respostas. No comentário sobre a questão da fidelidade, você diz: “Alguns não concordam com a ideia de posse, que é a tônica da maioria das relações estáveis. Para eles a fidelidade está no sentimento recíproco que nutrem e nas razões que sustentam a própria vida a dois. Mas isso não tem nada a ver com ter ou não relações sexuais com outra pessoa.” É difícil ser fiel?
Sim. Não é nada fácil. Apesar de todos os ensinamentos que recebemos desde que nascemos – família, escola, amigos, religião – nos estimulam a investir nossa energia sexual em uma única pessoa, a prática é bem diferente. Nessa questão, 72% disseram que já foram infieis. Desde as décadas de 60/70, o comportamento amoroso está se transformando. O amor que conhecemos começa a sair de cena, levando com ele a idealização do par romântico, com a ideia de os dois se transformarem num só. A exigência de exclusividade, que daí se origina, começa a perder a importância. Acredito que num futuro próximo seremos mais livres para dar vazão aos nossos desejos e teremos plenas possibilidades de viver sem culpas. Acredito que será possível ter relações estáveis com várias pessoas ao mesmo tempo, escolhendo-as pelas afinidades. Talvez uma para ir ao cinema e teatro, outra para conversar, outra para viajar, uma parceria especial para o sexo, e assim por diante. A ideia de que um parceiro único deva satisfazer todos os aspectos da vida tem grandes chances de se tornar coisa do passado.


Muita gente afirma que o ciúme faz parte do amor, mas 44% dos pesquisados por você não concordam com isso. No livro há relatos de quem não consegue se controlar e também de quem acredita que ciúme em pequenas doses faz bem. O que você acha?
Eu também não concordo que o ciúme faz parte do amor. Independente da forma como o ciúme se apresente — discreto ou exagerado —, ele é sempre tirano e limitador. Não só para quem ele é dirigido, mas também para quem o sente. O desrespeito que se observa numa cena de ciúme não se limita às agressões físicas. Até uma cara emburrada durante um passeio, por exemplo, pode impedir que se viva com prazer. Geralmente o ciumento possui duas características básicas: baixa autoestima e incapacidade de ficar bem sozinho. Quem é inseguro, não se acha possuidor de qualidades e tem uma imagem desvalorizada de si próprio, teme ser trocado por outro a qualquer momento. Para evitar isso, restringe a liberdade do parceiro e tenta controlar suas atitudes. Só quem acredita ser uma pessoa importante não sente ciúme. Sabe que ninguém vai dispensá-lo com tanta facilidade. E se tiver desenvolvido a capacidade de ficar bem sozinho, sem depender de uma relação amorosa, melhor ainda. Pode até sofrer em caso de separação, mas tem certeza de que vai continuar vivendo sem desmoronar.

Quando você pergunta se com o tempo o tesão pelo parceiro (a) diminui, 72% respondem que sim. No seu comentário você diz: “Para se sentirem seguras, as pessoas exigem fidelidade, o que sem dúvida é limitador e também responsável pela falta de tesão no casamento. A certeza de posse e exclusividade leva ao desinteresse, por eliminar a sedução e a conquista.” O que fazer então quando o tesão acaba?
Essa é uma questão séria, principalmente para os que acreditam ser importante manter o casamento. As soluções são variadas, mas até as pessoas decidirem se separar há muito sofrimento. Alguns fazem sexo sem vontade, só para manter a relação. Outros optam por continuar juntos, vivendo como irmãos, como se sexo não existisse. E ainda existem aqueles que passam anos se torturando por não aceitar se separar nem viver sem sexo. Penso que a única forma de mudar essa situação que atinge a tantos casais é reformular as expectativas que são criadas a respeito da vida a dois, como as ideias de que os dois vão se transformar num só, que quem ama não faz sexo com mais ninguém, e outras tantas mentiras criadas para aprisionar as pessoas e tornar a vida delas bastante insastisfatória.

No livro há relatos bem interessantes de pessoas que foram trocadas por outro (a). O percentual dos que viveram essa experiência chega a 72%. É muito difícil se recuperar depois disso?
Quando alguém é trocado por outro numa relação amorosa, o sofrimento é intenso e é difícil elaborar essa perda. A falta da pessoa amada provoca uma sensação de vazio e desamparo. Se o parceiro prefere outra pessoa para viver ao seu lado, quem é excluído se sente profundamente desvalorizado, com a autoestima bastante abalada. É comum numa situação de rejeição serem reeditadas inconscientemente todas as rejeições sofridas desde a infância, exacerbando a dor do momento. Sem que se perceba, se chora naquela perda todas as outras anteriores. Mas ser trocado por outro não significa que se é inferior. Em muitos casos, a troca ocorre porque a pessoa objeto da nova paixão possui algum aspecto que satisfaz inconscientemente uma exigência momentânea do outro, sem haver uma vinculação necessária com o parceiro rejeitado.

À pergunta “Existe algo no sexo que você gostaria de experimentar? O quê?” o placar chama a atenção, pois 95% responderam Sim. Ainda há muita repressão sexual?
Existe sim. Durante muitos séculos o sexo foi considerado abominável. A descoberta da pílula anticoncepcional mudou muito as mentalidades. Pela primeira vez na história o sexo se dissociou da procriação, podendo se aliar ao prazer. E as pessoas passaram a desenvolver cada vez mais o prazer sexual. Entretanto, encontramos ainda muita gente com inibições, censuras e tabus. As pessoas gastam um tempo enorme da vida com seus desejos, fantasias, culpas, medos, vergonha... Quantos desejos e fantasias são reprimidos por fugirem do padrão estabelecido?
No outro livro, Se eu fosse você..., há relatos de problemas amorosos vividos pelos internautas e diversas sugestões de pessoas que se colocam no lugar do outro. Chama a atenção o relato de uma mulher de 32 anos, que foi deixada pelo marido. Após dois anos encontrou começou a se relacionar com um homem. Ela diz: “Com ele, tenho o melhor e mais gostoso sexo que já conheci e sei que isso também acontece com ele!”. Mas ela se culpa muito e quer terminar o relacionamento porque ele é casado.

Há mulheres que se relacionam sem problemas com um homem casado?
As relações extraconjugais se tornam cada vez mais comuns para os dois sexos, e cresce o número de mulheres solteiras, separadas ou mesmo casadas, que se relacionam com homens casados. Hoje, as mentalidades estão mudando bastante e já é possível encontrar mulheres que não desejam manter relações amorosas estáveis com uma única pessoa. Preferem ter encontros eventuais com o homem que amam, desde que haja muita emoção, sem correr o risco de cair na rotina. Assim, a relação com o homem casado não é problema algum para elas, ao contrário, pode até ser desejável por permitir uma vida livre, com vários outros interesses. Sem contar muitos homens casados, por viver uma relação morna com a esposa, chegam para o encontro com muito desejo e amor para dar.

Você está escrevendo o seu 11º livro, “O Livro do Amor”, há quatro anos, e será lançado, pela Best Seller, no final de 2011. Como ele aborda o amor?

O amor e o sexo estão entre as principais causas do sofrimento humano, obviamente excluindo a miséria e a doença. Todos os outros livros que escrevi tratam de relacionamento amoroso, mas senti necessidade de aprofundar o tema. Em O Livro do Amor faço uma grande viagem. Começo na pré-história e sigo por Grécia, Roma, Antiguidade Tardia, Idade Média, Renascença, Iluminismo, Século XIX, Século XX e atualidade. Aponto também as tendências para o futuro. Fiz uma grande pesquisa. O amor é uma construção social, e em cada época o amor se apresenta de uma forma. Isso significa que pode mudar completamente daqui em diante também. Neste momento, os padrões tradicionais de comportamento não estão dando mais respostas. Não tendo mais modelos para se apoiar, abre-se a possibilidade de cada um escolher sua forma de viver. Penso que a leitura do livro contribuirá para a mudança das mentalidades, para que as pessoas possam viver com mais prazer.


Algumas respostas da pesquisa de Regina Navarro sobre sexualidade com brasileiros


Você já foi infiel?
Sim: 72%
Não: 28%

A mulher deve dividir a conta do motel com o homem?
Sim: 68%
Não: 32%

É possível ser feliz sem ter um par amoroso?
Sim: 75%
Não: 25%

Existe algo no sexo que você gostaria de experimentar?
Sim: 95%
Não: 5%

Você gostaria de fazer sexo a três?
Sim: 77%
Não: 23%








Livro sobre mestre da fotopintura será lançado nesta quarta-feira (17)


A publicação retrata o trabalho do fotopintor Júlio Santos e foi selecionada pelo Edital de Fotografia 2010

Contemplado pelo Edital de Fotografia 2010 da Prefeitura de Fortaleza, o livro “Júlio Santos, mestre da fotopintura” será lançado nesta quarta-feira (17), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, às 19h30. O lançamento contará com a presença da curadora Rosely Nakagawa que apresentará o livro em uma conversa com o mestre Júlio Santos.

Mestre Júlio Santos, fotopintor de retratos, atua há mais de 40 anos em Fortaleza. Foi formado no estúdio do seu pai, o Pai Didi, pelo artista plástico Medeiros – contemporâneo de Estrigas, Aldemir Martins e Mário Barata, todos da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), onde Júlio Santos trabalhou desde os 12 anos de idade. Atualmente, em seu próprio estúdio, o Áureo Studio, atende a todos os pedidos de retrato, restauro e "transformação" do Ceará e outras capitais de norte a sul do país.

Mestre Júlio acredita na transformação pelo trabalho artístico do fotopintor e investe na construção da memória e recuperação da história do cliente que encomenda um restauro ou um retrato. Ao mesmo tempo, já teve seu trabalho registrado em diversos documentários produzidos pela historiadora e diretora do Memorial da Cultura Cearense, Valéria Laena, pelo fotógrafo Tiago Santana e pelo cineasta Joe Pimentel. Participou dos Encontros de Fotografia Popular, no Memorial da Cultura Cearense do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, e do Encontro DeVERcidade, ambos em Fortaleza. Participou também da mostra Retratos Populares, na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, em 2006, ao lado de Telma Saraiva, outra artista do Crato (CE).

Desde 2009 trabalha com o fotógrafo Luiz Santos, de Recife, no projeto Fotopintura Contemporânea, na Tamarineira, nome popular do Hospital Psiquiátrico Ulisses Pernambucano, que fica no bairro homônimo.

O livro foi selecionado pelo Edital Conexão Artes Visuais MinC / Funarte / Petrobras e pelo III Edital de Fotografia da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), e foi publicado pela Editora Tempo d’Imagem. A obra traz texto de apresentação da curadora Rosely Nakagawa e entrevista inédita com Mestre Júlio Santos, realizada por Isabel Santana Terron, Rosely Nakagawa e Tiago Santana no Áureo Studio, em Fortaleza. Nessa entrevista, Mestre Júlio fala sobre sua carreira desde os primeiros retratos, feitos com recursos de pintura sobre papel de sais de prata, até os retratos feitos hoje com recursos digitais, quando teve que aprender a utilizar o photoshop.

Serviço:
Lançamento do livro “Júlio Santos, mestre da fotopintura” – Dia 17/11, às 19h30, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza.

Mais informações: http://www.conexaoartesvisuais2010.com.br/projetos/2010/






Colégio Lourenço Filho promove Bazar do Livro

Iniciativa pode gerar economia de mais de 50% na aquisição das obras

Para amenizar os gastos de pais de alunos com material escolar, o Colégio Lourenço Filho promove o Bazar do Livro, na manhã do próximo sábado, 15 de janeiro, a partir das 8h, na sua sede Osório de Paiva (Av. Gal. Osório de Paiva, 395 Parangaba). Os pais participarão na compra e venda de livros usados, o que pode gerar uma economia de mais de 50% na aquisição das obras.

"Nosso principal objetivo é facilitar a vida dos pais, que podem comprar e vender os livros didáticos em um só lugar e a preços muito inferiores aos praticados no mercado, diminuindo consideravelmente o peso do material escolar no orçamento doméstico, já bastante comprometido nesta época do ano", afirma o diretor pedagógico, Filgueiras Neto.

Ele informa que o Bazar do Livro é realizado anualmente pela escola, nas suas duas sedes, e costuma ter grande participação dos pais. "No último sábado, 8 de janeiro, por exemplo, mais de 500 pais de alunos participaram do Bazar na sede Centro", complementa Filgueiras. Foi o caso de Cláudia Santiago, mãe de três alunas. Ela conseguiu adquirir quase todo o material da filha mais nova, somente com o dinheiro arrecadado com a venda dos livros das outras filhas. "É uma iniciativa louvável da escola, da qual eu venho participando há vários anos", afirma.

Segundo Filgueiras Neto, o Bazar do Livro também disponibilizou estande de uma livraria, que ofereceu livros novos com descontos. Ele ressalta que pesquisas recentes indicam grande gasto médio por estudante de todas as classes sociais e grande variação de preços nos produtos vendidos no mercado de Fortaleza.

O Colégio Lourenço Filho é uma tradicional instituição de ensino cearense, que oferece turmas da educação infantil ao pré-vestibular, em duas sedes (Osório de Paiva e Centro). Fundada em 1938 pelos educadores Filgueiras Lima e Paulo Sarasate, a escola possui proposta pedagógica voltada para a construção e exercício da cidadania e para uma educação democrática.

Nenhum comentário: