segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

CINEMA



Surpresas do Oscar

Um espanhol, um francês e um brasileiro!


> Cena da animação francesa "The Illusionist"



>"Lixo Extraordinário", sobre o artista plástico brasileiro Vik Muniz, indicado a melhor documentário

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta terça-feira (25), por volta das 11h30, a lista dos indicados à 83ª edição do Oscar.

A produção britânica "O discurso do rei" lidera a competição, com indicações em 12 categorias, incluindo melhor filme, diretor e ator. Também saíram como favoritos "Bravura indômita", com dez indicações, "A rede social" e "A origem", ambos com oito indicações. Em seguida vêm "O vencedor", que disputa o prêmio em sete categorias, "127 horas", em seis, e "Cisne negro" e "Toy story 3", em cinco.

Na principal categoria do Oscar, melhor filme, competem “A rede social", “O discurso do rei”, “Cisne negro”, “O vencedor”, “A origem”, “Toy Story 3", “Bravura indômita”, “Minhas mães e meu pai”, “127 horas” e “Inverno da alma”.

Muita gente ficou chateada porque a Academia ignorou mais uma vez Christopher Nolan na categoria melhor direção. Já tinha acontecido com "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008) e agora com "A Origem", indicado a oito prêmios. Outros se surpreenderam com a força dos irmãos Coen, que arremataram 10 indicações ao Oscar pelo faroeste "Bravura Indômita", duas a mais do que "A Rede Social" e duas a menos do que o líder "O Discurso do Rei", filme inglês sobre a monarquia. Mas, para nós, que somos gringos na festa mais disputada do cinema, vale destacar outras três boas surpresas. O filme de animação francês "The Illusionist" conseguiu pegar uma das três vagas da categoria, deixando "Meu Malvado Favorito" de fora. Vai competir com "Toy Story 3" e com "Como Treinar Seu Dragão".
O mexicano "Biutiful" foi outro que surpreendeu. Surgiu na lista dos longas estrangeiros e também na de melhor ator, para o espanhol Javier Bardem. Ele já tem um Oscar, pelo papel de assassino em "Onde os Fracos Não Têm Vez", e ficou de fora dos indicados da premiação da associação dos atores, que costuma ser um bom parâmetro dos adivinhadores da Academia. Apenas cinco artistas já ganharam um Oscar por atuações em que usaram outras línguas que não o inglês: Sophia Loren, Robert De Niro, Roberto Benigni, Benicio Del Toro e Marion Cotillard.



E, por fim, o brasileiro. Na verdade, é um documentário inglês, "Lixo Extraordinário", mas que tem como estrela o artista plástico paulistano Vik Muniz (ainda que ele fale em inglês no filme) e seu trabalho feito com restos coletados no maior aterro sanitário da América Latina, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. "Lixo Extraordinário" tem concorrentes grandes pela frente, incluindo outro bastante elogiado que também fala de arte. É o "Exit Through the Gift Shop", dirigido pelo misterioso artista urbano Banksy, sobre os meandros do mercado.
Como Banksy não revela sua identidade, fica a pergunta de quem subiria ao palco para receber o Oscar em caso de vitória.


OUTRAS SURPRESAS
Apesar dos gringos, outras minorias não tiveram a mesma sorte. Ao contrário do ano passado, quando o Oscar de melhor direção foi para uma diretora pela primeira vez na história do prêmio (Kathryn Bigelow, por "Guerra ao Terror"), este ano não há mulheres entre os indicados da categoria. E, pela primeira vez desde 2001, nenhum negro foi selecionado para as 20 vagas das quatro categorias de atuação. Dois filmes pequenos, bem independentes, também trouxeram surpresas, boas e negativas: "Inverno da Alma", que teve míseros US$ 6 milhões arrecadados em menos de 150 cinemas, conseguiu quatro indicações, incluindo melhor filme e melhor atriz para a jovem Jennifer Lawrence, 20.
O filme, que estreia no Brasil na próxima sexta, narra a história de uma jovem que precisa cuidar dos irmãos mais novos e da mãe doente, enquanto sai em busca do pai desaparecido, numa região remota dos EUA.
Já o drama "Get Low" era esperado para ao menos dar uma indicação a Robert Duvall, mas ficou sem nada. Duvall, que completou 80 anos neste mês, foi indicado seis vezes e tem um Oscar.



Lista completa - INDICADOS AO OSCAR 2011

Melhor filme

Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Minhas Mães e meu Pai
Toy Story 3
127 Horas
Bravura Indômita
Inverno da Alma


Melhor diretor

Darren Aronovsky – Cisne Negro
David Fincher – A Rede Social
Tom Hooper – O Discurso do Rei
David O. Russell – O Vencedor
Joel e Ethan Coen – Bravura Indômita


Melhor ator

Jesse Eisenberg – A Rede Social
Colin Firth – O Discurso do Rei
James Franco – 127 Horas
Jeff Bridges – Bravura Indômita
Javier Bardem – Biutiful


Melhor atriz
Nicole Kidman – Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence – Inverno da Alma
Natalie Portman – Cisne Negro
Michelle Williams – Blue Valentine
Annette Bening – Minhas Mães e meu Pai


Melhor ator coadjuvante
Christian Bale – O Vencedor
Jeremy Renner – Atração Perigosa
Geoffrey Rush – O Discurso do Rei
John Hawkes – Inverno da Alma
Mark Ruffalo – Minhas Mães e meu Pai


Melhor atriz coadjuvante
Amy Adams – O Vencedor
Helena Bonham Carter – O Discurso do Rei
Jacki Weaver – Animal Kingdom
Melissa Leo – O Vencedor
Hailee Steinfeld – Bravura Indômita


Melhor longa animado
Como Treinar o Seu Dragão
O Mágico
Toy Story 3


Melhor filme em lingua estrangeira
Biutiful
Fora-da-Lei
Dente Canino
Incendies
Em um Mundo Melhor


Melhor direção de arte
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita


Melhor fotografia
Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita


Melhor figurino
Alice no País das Maravilhas
I am Love
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita


Melhor montagem
Cisne Negro
O Vencedor
O Discurso do Rei
A Rede Social
127 Horas


Melhor documentário
Lixo Extraordinário
Exit Through the Gift Shop
Trabalho Interno
Gasland
Restrepo


Melhor documentário em curta-metragem
Killing in the Name
Poster Girl
Strangers no More
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang


Melhor trilha sonora

Alexandre Desplat – O Discurso do Rei
John Powell – Como Treinar o seu Dragão
A.R. Rahman – 127 Horas
Trent Reznor e Atticus Ross – A Rede Social
Hans Zimmer – A Origem


Melhor canção original

“Coming Home” – Country Strong
“I See the Light” – Enrolados
“If I Rise” – 127 Horas
We Belong Together – Toy Story 3


Melhor Maquiagem
O Lobisomem
Caminho da Liberdade
Minha Versão para o Amor


Melhor Curta-metragem de animação
Day & Night
The Gruffalo
Let’s Pollute
The Lost Thing
Madagascar, Carnet de Voyage


Melhor Curta-metragem
The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143


Melhor Edição de som
A Origem
Toy Story 3
Tron – O Legado
Bravura Indômita
Incontrolável


Melhor Mixagem de som

A Origem
Bravura Indômita
O Discurso do Rei
A Rede Social
Salt


Melhor Efeitos especiais
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2


Melhor Roteiro adaptado

A Rede Social
127 Horas
Toy Story 3
Bravura Indômita
Inverno da Alma


Melhor Roteiro original

Minhas Mães e meu Pai
A Origem
O Discurso do Rei
O Vencedor
Another Year







Zac Efron conversa com espíritos em drama romântico

Embora seja baseado num bem-sucedido best-seller homônimo do escritor norte-americano Ben Sherwood, dirigido por Burr Steers (do ácido A Estranha Família de Igby) e roteirizado por Craig Pearce e Lewis Colick, A Morte e Vida de Charlie aposta todas as suas fichas no jovem ator Zac Efron.

Reverenciado por adolescentes desde os tempos em que protagonizava a franquia musical High School Musical, Efron, hoje com 22 anos, quer provar com esta produção que está preparado para enfrentar desafios dramáticos de adulto. Isto explica porque dispensou o papel do remake de "Footlose" para interpretar o tal Charlie.

Se o ator queria drama, a adaptação do romance de Steers o fornece em abundância. A trama concentra-se na amizade entre os irmãos Charlie (Efron) e o mais novo Sam (Charlie Tahan, de Noites de Tormenta), com cerca de oito anos. Como a mãe (participação especial de Kim Basinger, de Los Angeles - Cidade Proibida) é bastante ausente, os irmãos passam muito tempo juntos com um forte laço fraterno.

Logo no início, no entanto, ambos sofrem um acidente de carro, que vitima o pequeno Sam, deixando o irmão desamparado. Porém, devido a uma promessa, Sam volta todos os dias para encontrar-se com Charlie. Graças a esse vínculo com o lado de lá, o protagonista descobre que consegue falar com espíritos.

Antes um estudante brilhante, esportista vencedor, e objeto de desejo de suas colegas de classe, Charlie passa a viver recluso e trabalhar no cemitério, onde se encontra secretamente com o irmão morto. Mas, quando a jovem Tess Carroll (Amanda Crew, de Evocando Espíritos) aparece em cena, o personagem deverá decidir entre sua promessa e um novo amor.

Com participação especial de Ray Liotta (de Território Restrito), como paramédico que salva a vida de Charlie e depois será importante para dar sentido a ela, a produção mostra um Efron mais maduro, mas ainda irregular nos momentos mais tensos e emocionantes do filme. Além disso, em muitas cenas de romance, o jovem ator mostra-se praticamente inexpressivo.

O filme traz ainda alguns enigmas provenientes da liberdade poética conferida aos roteiristas. Muitas se referem à relação de Charlie e Tess, que não podem ser discutidas aqui para não estragar o prazer dos espectadores, principalmente sobre o desfecho. Outro questionamento é a relação do protagonista com o "outro lado" - ele consegue apenas se comunicar com as pessoas que amava no mundo real?




No fim, A Morte e Vida de Charlie é um drama juvenil com fundo fantástico, que a presença de Zac Efron transforma mais num projeto pessoal do ator - de mudar sua imagem - do que numa produção que reflita o talento de sua competente equipe técnica.









Em novo filme, 'Viagens de Gulliver' é comédia infantil

Em sua concepção original, As Viagens de Gulliver é um romance satírico que faz comédia a partir da política. A versão que chega aos cinemas, no entanto, é apenas uma releitura infanto-juvenil da obra clássica do século 18 de Jonathan Swift, cuja nova tradução acaba de ser lançada no país.

Estreando em circuito nacional, em cópias normais e 3D - todas em versões dubladas e legendadas -, o filme As Viagens de Gulliver deixa de lado o que há de mais sagaz no original, transformando-se numa sucessão de incidentes e caretas de Jack Black, que interpreta Lemuel Gulliver, um sujeito que trabalha no setor de correspondências de um jornal e sonha namorar a editora de viagem, Darcy (Amanda Peet).

Quando ele finge ser um excelente jornalista, plagiando trechos de diversas fontes, ela lhe encomenda uma reportagem no Triângulo das Bermudas, onde ele e seu barco são tragados por um redemoinho, indo parar em Liliput, terra habitada por criaturas minúsculas. Se primeiramente ele é visto com um grande perigo - é chamado de "a besta gigantesca" - depois acaba se transformando em salvador e conquista a amizade do rei (Billy Connolly) e sua família, além de um lugar de destaque no Exército, para desespero do general Edward (Chris O''Dowd), namorado da princesa (Emily Blunt).

Dirigido por Rob Letterman (Monstros vs Alienígenas), As Viagens de Gulliver padece dos males que rondam a maioria dos filmes voltados para crianças e jovens: a vontade excessiva de ser descolado.

Das várias referências pop - especialmente aquelas que remetem aos filmes do estúdio Fox, que também produziu este - à presença de Black, o longa não é capaz de gerar muitos risos, porque já nasce com cara de dèjà vu.

O Gulliver do século 21 é um nerd assumido e covarde por natureza. Em Liliput, onde não é conhecido, inventa que é presidente dos Estados Unidos e usa partes do enredo de filmes, como Avatar, Titanic e Star Wars, para encenações que lembrariam aventuras reais de sua própria vida.



A imagem mais conhecida do livro - Gulliver náufrago numa praia amarrado por cordas, enquanto homenzinhos minúsculos andam sobre ele - permanece, mas apenas esse detalhe parece ter sido fonte de inspiração para o diretor. O efeito de terceira dimensão, por sua vez, parece quase inexistente na maioria das cenas.

As imagens não apresentam textura ou profundidade que justifiquem que o espectador pague o ingresso mais caro.






Com boas tiradas e fios quilométricos, novo desenho da Disney 'Enrolados' diverte


A Rapunzel de Enrolados, versão dos estúdios Disney para o conto, carrega alguns dos traços de princesinhas protótipos que tanto foram parodiadas na série de filmes Shrek, da concorrente DreamWorks.

Rapunzel é sonhadora, bondosa, fala com animais e cantarola sempre que pode. Mas, felizmente, a garota de cabelos quilométricos foge um pouco da obviedade caricata, com um jeito atrapalhado e um comicamente construído conflito interno por sua rebeldia adolescente. Uma hidratação e um bom corte de cabelo também a separam da imagem de mocinha ideal.

Diferente do conto dos Irmãos Grimm, a história de Enrolados começa com uma flor nascida de um raio de sol que caiu na Terra com o poder mágico de curar quando se canta uma canção. Ao descobrir sua mágica, uma bruxa a esconde e passa a usá-la exclusivamente para manter sua juventude. Quando a Rainha tem complicações na gravidez, um chá é feito com a flor cobiçada, e assim nasce Rapunzel, de cabelos dourados e mágicos. Ao serem cortados, no entanto, escurecem e perdem o encanto.

Perspicaz, a Bruxa resolve então roubar a princesinha e a tranca numa torre, sem nunca cortar suas madeixas. Cria a menina com algumas ironias e uma postura de madrasta típica da Disney. Mas não deixa de pentear os cabelos da mocinha diariamente, cantarolando a fim de espantar sua velhice. É chamada carinhosamente de "mamãe" pela menina, que não desconfia de nada.
Até que, ao completar 18 anos, a espevitada Rapunzel decide que quer conhecer o mundo lá fora, opção vetada por sua mãe. Por acaso do destino, encontra em seu caminho o ladrão Flynn Rider, bonitão e narigudo, dublado por Luciano Huck na versão nacional, que a incentiva a sair da torre. Os dois enfrentam perseguições e aventuras a dois, ele fugindo por ser procurado por roubar a coroa da princesa perdida, ela tentando experimentar a vida sem sentir culpa por fugir da mãe superproterora.



Entre cantorias e sacadas engraças, é claro, Flynn e Rapunzel acabam por se apaixonar. Tão evidente quanto o fato iminente de que serão capturados, seja por guardas ou por uma furiosa Bruxa-Mãe traída. Se conseguem se desenrolar dos problemas, somente assistindo ao longa para saber. Destaque para o camaleãozinho Pascal e o cavalo Maximus, espertamente criados sem o poder da fala, hábito em filmes do gênero, conseguindo esbanjar carisma sem precisar lançar frases engraçadinhas na telona.






No terceiro 'Entrando numa Fria', Robert De Niro busca sucessor


O primeiro grande sucesso do cinema norte-americano de 2011 chega ao Brasil nesta sexta-feira. O terceiro filme da série Entrando numa Fria, Entrando numa Fria Maior Ainda com a Família é dirigido por Paul Weitz (Um Grande Garoto) e traz novamente Ben Stiller e Robert de Niro nos papeis centrais, como genro e sogro que não se suportam.

Apesar de ter se transformando em sucesso de bilheteria no seu país, a continuação foi mal recebida pela crítica norte-americana, o que explica em parte a opção da distribuidora do filme no Brasil, a Paramount, de não exibi-lo para a imprensa nacional antes de sua estreia.

A crítica do jornal The New York Times, Manohla Dargis, abre seu texto dizendo que "todas as boas piadas foram usadas nos dois primeiros filmes. Os espertinhos por trás desta sequência de uma trilogia desnecessária decidiram trazer um pouco de vômito, expelido pela boca de uma criança pequena como se fosse um hidrante".

E termina afirmando que "De Niro parece não se importar mais em satirizar seu próprio legado... E Stiller já não está mais a fim de rir".

No novo filme, De Niro, o patriarca Jack, ex-agente da CIA, procura um sucessor para o seu posto familiar. Ele não acredita que seu genro, Greg (Stiller), que é enfermeiro, seja uma opção. Outro problema é a chegada de Andi Garcia (Jessica Alba, de Machete), uma garota que dá em cima de Greg e coloca seu casamento em perigo.



Barbra Streisand e Dustin Hoffman aparecem novamente como os pais de Greg, dois hippies que não estão nem aí para a vida e só querem curtir. Assim como Teri Polo, que interpreta Pam, filha de Jack, mulher de Greg. Na série dos filmes, a personagem é tão descartável que serve apenas como desculpa para o encontro e embate entre os dois homens.






Fox Film divulga cartaz de "Cisne Negro"


Já estão disponíveis nos cinemas o cartaz nacional do filme Cisne Negro, longa dirigido por Darren Aronofsky que recebeu, nesta terça-feira, 14 de dezembro, 4 indicações para o Globo de Ouro: Melhor Filme (Drama), Melhor Diretor, Melhor Atriz (Drama) para Natalie Portman, Melhor Atriz Coadjuvante para Mila Kunis. Líder das indicações do Critics' Choice com 12 indicações, Cisne Negro foi exibido pela primeira vez na abertura do festival de Veneza e depois participou da seleção oficial do festival de Toronto e de Londres. O filme estreia no Brasil em 11 de fevereiro.

Ambientado em Nova York, dentro da companhia de balé da cidade, Cisne Negro é uma viagem emocional, e às vezes assustadora, pela psique de uma jovem bailarina, cujo papel principal como Rainha dos Cisnes mostra-se assustadoramente perfeito.

Nina (Natalie Portman) é bailarina em uma companhia de balé da cidade de Nova York cuja vida, como a de todos em sua profissão, é completamente consumida pela dança. Ela mora com a mãe, a bailarina aposentada Érica (Barbara Hershey), que apóia de forma zelosa a ambição profissional da filha. Quando o diretor artístico Thomas Leroy (Vicent Cassel) decide substituir a primeira bailarina Beth Macintyre (Winona Ryder) para a produção de abertura de sua nova temporada, “O Lago dos Cines”, Nina é sua primeira escolha.



Porém, Nina tem concorrência: uma nova bailarina, Lily (Mila Kunis), que também impressiona Leroy. O Lago dos Cines exige uma bailarina que possa interpretar o Cisne Branco com inocência e graça, e o Cisne Negro, que representa perfídia e sensualidade. Nina se adequa ao papel do Cisne Branco perfeitamente, porém Lily é a personificação do Cisne Negro. À medida que as duas jovens bailarinas transformam sua rivalidade em uma amizade conflituosa, Nina começa a ter mais contato com seu lado sombrio com uma inconseqüência que ameaça destruí-la.







Filme espírita de Hollywood

“Além da vida
”, novo filme de Clint Eastwood, se afoga no melodrama


A se tomar as surpreendentes bilheterias de Chico Xavier e Nosso Lar no Brasil, Além da Vida, novo filme de Clint Eastwood, tem tudo para ganhar uma orgânica propaganda boca a boca do público interessado no tema espiritismo. Tendo isso posto, Além da Vida, com o perdão do trocadilho, não vai além de absolutamente nada que Clint Eastwood tenha feito antes. Certamente o filme, por ser de quem é, se preocupa com as preocupações de seus personagens de uma forma legítima (mérito raro) e, sim, uma das três histórias alinhavadas no longa é digna de lágrimas dificilmente contidas. No entanto, em linhas gerais, o filme peca por seu ritmo lento, por soluções fáceis no roteiro e por uma trilha sonora um tanto brega.
Na tentativa de dar profundidade e singularidade aos personagens de Cécile de France e Matt Damon, ela uma jornalista francesa que sobrevive ao Tsunami da Indonésia e ele um médium que é fã de Charles Dickens, Eastwood repousa sua câmera em lentas sequências de reflexão que deveriam ser profundas, mas se tornam cansativas.



Quando centra sua atenção na personagem da jornalista Marie LeLay (De France), ele recai em clichês do que entendemos como o "ser francês": cerebral e elegante, a moça decide escrever um livro (nunca antes escrito) sobre a experiência de ter visto algo além em sua quase morte por afogamento. Nesse ínterim, ela é aconselhada pelo namorado a dar um tempo de seu atual trabalho que consiste em ser a charmosa apresentadora de um programa de jornalismo crítico. Num jantar de comidas minimalistas e voz baixa, descobre que seu isolamento literário-terapêutico a afastou também de seu - engole seco - amor. Déjà vu em alta voltagem.
Matt Damon, famoso por uma infinidade de filmes de ação, desacelera drasticamente para viver um médium que não parece exatamente ter um dom, mas sim um poder. Porque sua habilidade de falar com os mortos é descrita exatamente como a de um super-herói que nasceu com um gene mutante. George Lonegan, seu personagem, oscila entre alguém que poderia ter saído de uma história em quadrinhos e um homem que genuinamente precisa do consolo dos folhetins de Charles Dickens para conseguir dormir. E você não sabe para qual dessas duas identidades dar a mão.
O terceiro personagem que fecha o arco é uma criança, se chama Marcus e é vivido ora por Frankie McLaren, ora por George McLaren, irmãos gêmeos. Nele sim, conseguimos nos sentir à vontade o suficiente para ceder ao afeto. Até porque, convenhamos, é humanamente impossível não se apegar à história do menino que, logo cedo, perde o irmão gêmeo e, a partir daí, procura silenciosamente obstinado, a resposta para aquilo que a muitos perturba: o que vem depois? Aí é quando Eastwood vira Clint e a gente redescobre o quão extraordinárias são as perguntas mais óbvias.
Comovente em alguns poucos momentos, sonolento em todos os outros, Além da Vida se torna um filme irregular que dificilmente vai se espalhar em muitas categorias no Oscar que se aproxima. A este propósito: aos que apostam na indicação de Bryce Dallas Howard como Melhor Atriz Coadjuvante pelo papel da moça que tem uma revelação inesperada do personagem de Matt Damon e cai em prantos logo em seguida, uma observação: sim, a cena é bem-feita e Bryce toma a tela de uma maneira bem adulta, mas trata-se uma muito rápida intervenção no todo do filme. Se houvesse uma indicação para Melhor Participação Especial de 10 Minutos...











'Incontrolável' injeta adrenalina numa viagem de trem

Denzel Washington protagoniza mais um filme do diretor britânico Tony Scott


O diretor britânico Tony Scott (Chamas da Vingança) põe para funcionar o melhor de sua experiência para dirigir "Incontrolável", uma atraente aventura de ação sobre um trem fora de controle, que atravessa o estado da Pensilvânia e coloca a vida de milhares de pessoas em risco pelo caminho. O roteiro de Mark Bomback (Duro de Matar 4.0) tira partido dos contrastes. Lado a lado, estão dois protagonistas, um veterano, negro e prudente, Frank (Denzel Washington), outro, jovem, branco, inexperiente e impulsivo, Will (Chris Pine). Tudo gira em torno desses opostos, o novo e o velho, o ultramoderno e o antigo, o mundo globalizado e a camaradagem, a família estável e a família em crise. Novidade? Claro que não. Mas a segurança de Scott no manejo do material resulta eficiente.
Frank e Will, na verdade, não estão no trem que disparou, sem condutor, quando a dupla responsável por ele cometeu uma incrível imprudência - o trem está por sua conta, em aceleração máxima. Frank e Will estão em outra composição, que cada vez mais se torna importante para deter o trem acelerado, que carrega elementos químicos perigosos e se dirige a uma região altamente povoada. E, por incrível que pareça, a história baseia-se em eventos reais, ocorridos em Ohio, em 2001.



No escritório da companhia ferroviária, quem está prestes a arrancar os cabelos é a gerente Connie (Rosario Dawson, de À Prova de Morte), que estuda os mapas da linha e traça estratégias para impedir a ameaça um desastre de imprevisíveis proporções, com risco de mortes e indenizações milionárias. Seu chefe, o executivo Galvin (Kevin Dunn), por sua vez, parece mais preocupado em evitar o prejuízo com a perda do trem e atrapalha bastante com suas ordens disparatadas. Outro conflito que alimenta a adrenalina do filme.
A parceria entre Frank e Will também começa atravessada. Frank é um veterano engenheiro ferroviário com 28 anos de casa que já recebeu aviso de demissão. Will é o condutor novato no primeiro dia de trabalho, com a cabeça cheia, porque está impedido de ver o filho pequeno depois de uma briga com a mulher. Toda essa carga emocional, que rende muitas discussões, se encaminha para ficar em segundo plano, quando se torna claro que deter o trem perdido depende desses dois - e de suas idéias, muitas vezes, descartadas pelo executivo.
Scott cria genuína tensão com uma montagem nervosa (de Robert Duffy e Chris Lebenzon), que tira partido de tudo o que a fotografia contrastada de Ben Seresin soube fazer. O diretor também acelera os batimentos do espectador ao criar suspense sobre a sobrevivência dos dois candidatos a herois, que se torna duvidosa em vários momentos da trama, levando a expectativa até o fim.

Sem dúvida, Incontrolável prende a atenção, diverte e tem humor sempre que possível. Denzel Washington e Tony Scott repetem a parceria iniciada em outra aventura cheia de adrenalina, aquela envolvendo um metrô sequestrado por um maluco (John Travolta), o remake O Sequestro do Metrô 123 (2009).







Previsões de estreias nas telonas em 2011

DIVIRTA-CE lista os filmes mais aguardados esse ano

Continuando a fazer um “preview” da cultura esse ano, DIVIRTA-CE destaca alguns dos filmes mais aguardados de 2011. Uma das produções mais cotadas para levar o Oscar, “Cisne Negro”, drama do diretor Darren Aronofsky, com Natalie Portman, tem data prevista de estréia no dia 2 de fevereiro. O filme fala de uma bailarina veterana que fica obcecada com a chegada de uma rival mais jovem.

Os fãs dos vampiros bonitinhos de “Crepúsculo” também tem um encontro marcado no cinema, mês que vem. É que estreia dia 26 de fevereiro “Amanhecer”, começo do fim da saga de Edward (Robert Pattinson), Bella (Kristen Stewart) e Jacob (Taylor Lutner). A primeira cena de sexo do vampiro com a humana acontece no Rio de Janeiro, onde a equipe filmou em novembro. No mesmo dia chega às telonas o novo filme de Hugh Jackman, o Wolverine dos X-Men. Em “Real Steel” o ator faz um lutador de boxe que começa a ficar ultrapassado quando robôs viram as estrelas do ringue.
Matt Damon, Emily Blunt e Terence Stamp protagonizam “Os Agentes do Destino”, filme baseado em conto de Philip K. Dick, com estreia prevista para o dia 4 de março. O suspense é sobre uim político que, prestes a ganhar uma vaga no senado, tem um vislumbre de seu futuro e descobre que para ser bem sucedido, depende do amor que sente por uma bailarina – mas uma estranha corporação tenta impedir essa união.

Dia 8 de abril estreia a nova animação do diretor brasileiro Carlos Saldanha, de “A Era do Gelo”. O desenho se chama “Rio”, fala de uma arara, domesticada no interior dos EUA, mas acaba se apaixonando e se mandando para o Rio de Janeiro.
A diretora de “Crepúsculo”, Catherine Hardwicke, reinventa a clássica história de Chapeuzinho Vermelho em “A Garota da Capa Vermelha” – mas o filme, que chega nas salas de exibição no dia 21 de abril, não tem nada de infantil. Amanda Seyfried faz uma garota apaixonada por um jovem camponês, mas prometida para um nobre. Os dois resolvem fugir, mas precisam passar por uma floresta habitada por uma estranha e violenta criatura, interpretada por Gary Oldman.

No dia 29 de abril é a vez de outra produção de Hollywood filmada no Brasil chegar aos cinemas: trata-se de “Velozes e Furiosos 5”, com Vin Diesel, Paul Walker e The Rock. Filmes de ação e heróis não vão faltar em 2011. “Thor” chega com nova adaptação dos quadrinhos da Marvel feita pelo ator e diretor Kenneth Branagh. O filme tem Chris Hemsworth, Natalie Portman e Anthony Hopkins no elenco e estréia dia 6 de maio.

“Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”, de Rob Marshall, com Johnny Depp, Penelope Cruz e Geoffrey Rush é outro blockbuster que tem previsão de estrear no dia 20 de maio.

Dia 27 de maio é a vez de outra sequência: “Se beber não case 2”. “Lanterna Verde”, com Ryan Reynolds encarnando o herói de quadrinhos e desenhos animados, chega aos cinemas dia 17 de junho.

Nas férias de julho, Brad Pitt está de volta, com a estréia no dia 1º de “A Árvore da Vida”, filme que conta ainda com Sean Penn. O filme é do excêntrico Terrence Malick, diretor que às vezes passa anos finalizando seus filmes, discute o nascimento e o fim do universo, e conta, em uma misteriosa trama, a história de várias gerações de uma família. Dia 15 de julho finalmente termina a saga do bruxinho Harry Potter, com a estréia de “As relíquias da morte parte 2”. No dia 22 de julho chega outro herói aos cinemas: “Capitão América”, com Chris Evans e Samuel L. Jackson. Em 3 de agosto a versão 3D do desenho “Os Smurfs” chega nas salas. Dezembro também reserva grandes estréias como “Sherlock Holmes 2”, de Guy Ritchie, com Robert Downey Jr e Jude Law, no dia 16, e “Tintin e o segredo do unicórnio”, novo filme de Steven Spielberg, feito com tecnologia de captura de performance, com os atores interpretando e os computadores “traduzindo” para a animação.







CINEMA DE ARTE

Roman Polanski ganha mostra na Vila das Artes

A Vila das Artes inaugura janeiro de 2011 com exibições de filmes de Roman Polanski nas quintas e sextas, a partir do dia 6 até dia 28, sempre às 18h30. A mostra “Roman Polanski – Amado e Procurado”, revive filmes que vão desde 1965, primeiros anos do início de sua carreira como diretor, até 1999. São oito produções consagradas desse cineasta polêmico que já conquistou várias premiações, como o Oscar de Melhor diretor e foi nomeado ao European Film Awards de melhor diretor pelo filme. “O escritor fantasma” ( The Ghost Writer), entregue em dezembro do ano passado.

Polanski nasceu em Paris, mas foi criado na Polônia. Começou como ator aos 14 anos num programa de rádio. Freqüentou a escola de arte em Cracóvia e a National Film School, em Lodz, onde dirigiu vários curtas-metragens. Sua estréia como diretor foi com o longa "A Faca na Água" (1962), que ganhou o Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Veneza e foi indicado para o Oscar como melhor filme estrangeiro.

Sua vida passa por grandes polêmicas. Ele foi condenado por "relação sexual ilícita com uma menor de 13 anos"- em 1978, e considerado fugitivo da justiça. Em 2009, a convite do Festival de Cinema de Zurique, viajou à Suíça para receber um prêmio pela sua carreira cinematográfica, e acabou sendo preso.

A mostra faz um passeio pelas grandes obras desse cineasta. As sessões são gratuitas e acontecem no auditório da Vila das Artes (Rua 24 de Maio, 1221, Centro). A Vila das Artes é um equipamento da Prefeitura de Fortaleza, voltado para a formação em artes, apoio a produção, incentivo a pesquisa e difusão cultural. Informações pelo 3252-1444.

Programação

Dia 13
Chinatown (1974)

O filme se passa em Los Angeles, 1937. Um detetive particular (Jack Nicholson) se envolve num estranho caso de investigação e acaba sendo atacado. Ele descobre que a trama, cercada de corrupção, traições e até incesto, é muito mais complicada do que ele imaginava.

Dia 14
O Inquilino (1976)

Roman Polanski interpreta Trelkovsky, um polonês que vive na França em um estranho e antigo edifício residencial. Seus vizinhos, que na sua maioria são velhos reclusos, o observam com um misto de desprezo e suspeita. Ao descobrir que a última inquilina do apartamento, era uma mulher jovem e bela que cometera suicídio, Trelkovsky fica obcecado pela garota morta.

Dia 20
Busca Frenética (1988)

Um pacato médico norte-americano (Harrison Ford), visitando Paris pela segunda vez e sem saber uma única palavra de francês, precisa lidar com o misterioso desaparecimento de sua esposa (Betty Buckley). A polícia francesa e a Embaixada dos EUA no país não lhe dão muita atenção, e ele se vê sozinho na desesperada tentativa de encontrar a esposa. A atmosfera de tensão e desespero, que envolve com firmeza a narrativa, é uma das maiores virtudes de “Busca Frenética”.

Dia 21
Lua de Fel (1992)

Num cruzeiro pelo Mediterrâneo, Oscar (Peter Coyote), um decadente novelista americano paralítico, conta a Nigel, um tímido inglês (Hugh Grant) a história do seu relacionamento com a esposa Mimi (Emmanuelle Seigner): a paixão que já existiu, o erotismo e a perversidade, o rancor e a provocação. Ao ouvir a história da relação entre Oscar e Mimi, Nigel acaba despertando seu lado livre e ousado.

Dia 27
A Morte e a Donzela (1994)

O filme é uma adaptação da peça teatral do chileno Ariel Dorfman. Em um país sul-americano, após a queda da ditadura, Paulina Escobar (Sigourney Weaver), a mulher de um famoso advogado, fica sabendo no rádio que ele deverá chefiar as investigações das mortes ocorridas no regime militar. Pauline que fora torturada reconhece a voz de seu carrasco. Este é o estopim de um intenso jogo psicológico, que aflora a partir do momento em que Pauline deseja fazer justiça com as próprias mãos.

Dia 28
O Último Portal (1999)

Dean Corso (Johnny Depp), um especialista em livros raros. Ele é contratado por Boris Balkan (Frank Langella), um estudioso sobre demônios. O novo cliente quer que Corso viaje à Europa e encontre outros exemplares de um livro raro que segunda a lenda teria sido escrito pelo diabo. De Nova York a Toledo, de Portugal à Paris, Corso submerge num labirinto cheio de armadilhas e tentações, lidando com violência e mortes misteriosas. O filme foi adaptado do livro El Club Dumas, de Arturo Perez-Reverte.

Serviço: Mostra Especial Roman Polanski todas as quintas e sextas de janeiro de 2011, às 18h30, na Vila das Artes, Rua 24 de Maio, 1221, Centro. Informações 3252-1444. Grátis.











'De Pernas Pro Ar' tenta falar de sexo com "toda a família"

Camuflado pela auto-definição de "fábula realista sobre a vida da mulher moderna", De Pernas Pro Ar estreou em todo o Brasil com uma segunda intenção implícita no roteiro: fazer do sexo um tema discutível por "toda a família".

Com Ingrid Guimarães e Maria Paula no elenco, o filme refugia-se na comédia quando, invariavelmente, o sexo vira tema central da trama. Para Mariza Leão, produtora e uma das argumentistas, De Pernas Pro Ar é, sobretudo, um "family movie, que a filha adolescente pode ver com o pai, acender discussões". Mesmo misturando, intencionalmente, brinquedos infantis com objetos eróticos, como vibradores, o filme, dirigido por Roberto Santucci, conseguiu chegar aos cinemas com faixa etária de 14 anos.

A história gira em torno de Alice (Ingrid Guimarães), uma mulher workaholic que tenta se equilibrar entre a rotina do trabalho e a família. Depois de perder o emprego e o marido (Bruno Garcia), Alice vai descobrir, com a ajuda da vizinha Marcela (Maria Paula), dona de um sex shop, que é possível ser uma profissional de sucesso sem deixar os prazeres da vida de lado.

Por querer trazer para a discussão sexual pessoas que, até então, não tinham livre acesso ao tema no cinema, o filme acaba utilizando um humor que pode desagradar o público mais maduro. Com isso, a ambição de querer conquistar "toda a família" pode se perder nas entrelinhas da comédia, que, coincidentemente, por contar com Ingrid Guimarães e Maria Paula, muitas vezes parece não fugir do humor restrito, enraizado em programas como Zorra Total e Casseta e Planeta.

Deixando a "pornocomédia" de lado, é pertinente, e bem conduzida por Ingrid Guimarães, a representação da mulher que tem a vida cada vez mais atribulada e fica sem tempo para a família. Por fim, Alice percebe que a verdadeira independência feminina só é conquistada quando se consegue compatibilizar a vida profissional com a amorosa, afetiva, familiar e social.



Em um patamar ainda além do de Ingrid, Bruno Garcia foi feliz em seu papel de "homem que se adapta à mulher e cuida dos filhos" e Maria Paula se saiu bem como a "vizinha gostosona". No entanto, talvez só pudessem agradar a família inteira, como a direção do filme previa, se atuassem com mais humor e menos sexo, a partir de um roteiro que não estivesse, necessariamente, "de pernas pro ar".










Com boas atuações, 'Desenrola' trata de sexualidade sem apelação

Sexo deixou de ser tabu em discussões nas escolas. Não há muito tempo, se uma menina contasse para as amigas que não era mais virgem, ela poderia ser taxada de vários adjetivos preconceituosos. Hoje, a realidade é oposta. E foi pensando em como discutir o assunto com adolescentes que a diretora Rosane Svartman, de Mais uma vez amor, criou o roteiro de Desenrola, baseado em documentário e websérie.

O filme, que estreou nesta sexta-feira (14), conta a história da romântica Priscila (Olívia Torres), uma menina de 16 anos que adora ouvir músicas como Dont' you forget about me, do Simple Minds. Priscila não vê a hora de ter sua primeira vez e sonha que ela seja com Rafa (Kaky Brito), o surfista mais gato da turma e irmão de Iize (Juliana Paiva), a garota mais popular da escola. Priscila aproveita a oportunidade que sua mãe (Claudia Ohana) foi viajar e tenta realizar o seu desejo, mesmo que tenha que passar por diversas primeiras vezes. E aprende que nem sempre o cara popular é a melhor escolha.

Rosane e a produtora Clélia Bessa aproveitaram a popularidade de filmes adolescentes nacionais e adaptaram em Desenrola um roteiro e uma linguagem sem qualquer apelação, até porque elas queriam uma classificação maior (12 anos). Palavrões quase não existem e, portanto, não há constrangimentos. Olívia, apesar da pouca idade (na época das filmagens ela tinha 15 anos) convenceu em sua atuação e fez de Priscila uma garota que tem problemas e que, no entanto, não tem nada de problemática.

Kayky Brito, que exibe ótima forma, também teve uma atuação correta, sobretudo quando dispensa delicadamente a mocinha apaixonada. Mas quem realmente rouba as cenas é o ator Lucas Salles, que dá vida ao divertido Boca. Ele e o amigo Amaral, interpretado por Vítor Thiré, são os responsáveis pelas risadas do filme. Boca é um garoto irônico que sonha em perder a virgindade, seja com quem for. O que ele não esperava é se apaixonar por Priscila, sentimento que desperta nele a forma mais delicada de amar. Esse amor proporciona uma cena inspiradora: enquanto caminha desiludida pela rua, Priscila ganha flores oferecidas por estranhos ao som de Linda Rosa, cantada pela banda Playmobil.



Rosane teve o cuidado em conduzir as cenas com foco em seu público alvo e idealizou as reações que ele teria na abordagem de cada assunto, como gravidez precose e homossexualidade.

Desenrola tem os ingredientes para agradar. Apresenta, de maneira sutil, que virgindade, sexo e amor necessitam estar entrelaçados, independentemente da idade.












Filmes brasileiros baseados em fatos reais que estreiam em 2011


“Assalto ao Banco Central”, com filmagens em Fortaleza, e “Vips”, com Wagner Moura fazendo o garoto que enganou a todos dizendo ser filho do dono da Gol: aguardadas produções nacionais para este ano

Com o sucesso do cinema nacional em 2010, não podemos deixar de destacar pelo menos duas aguardadas produções, baseadas em fatos reais, sendo uma delas com filmagens e ação ocorridos em Fortaleza.

Dia 25 de março chega as salas de cinema o filme “Vips”, de Toniko Melo, com Wagner Moura e Gisele Fróes, baseado na história real do homem que fingiu ser filho do dono da Gol para passar o carnaval com celebridades e milionários. Depois de fazer o durão e mais velho Coronel Nascimento no sucesso “Tropa de Elite 2”, Wagner aparece jovial, com outro trabalho de caracterização – o longa investiga um garoto em busca de identidade e especialista em roubar a dos outros.

Outra produção nacional esperada para 2011 é “Assalto ao Banco Central”, com Milhem Cortaz, Lima Duarte, Giulia Gam, estreia de Marcos Paulo em direção cinematográfica. O filme, com previsão de ser lançado em julho, filmado na capital cearense ano passado, é sobre o roubo de 164 milhões do Banco Central de Fortaleza.




TV DIVIRTA-CE

Confira Making Of feito pelo canal Telecine das filmagens do "Assalto ao Banco Central" em Fortaleza e trailer do filme "Vips"












Ana Paula Arósio sai da Globo e vive lésbica no filme "Como Esquecer"

Afastada da novela "Insensato Coração" por faltar às gravações, a atriz decidiu romper seu contrato com a TV Globo e diz não estar negociando com nenhuma outra emissora

Ana Paula Arósio protagoniza o filme “Como Esquecer”, que estreia sexta no Espaço Unibanco Dragão do Mar

A atriz Ana Paula Arósio deixou a TV Globo. A emissora anunciou o desligamento da atriz em comunicado divulgado no início da tarde desta quarta-feira. "No último dia 20 de dezembro, a atriz Ana Paula Arósio solicitou formalmente o seu desligamento da TV Globo. A emissora aceitou o pedido e, cumpridas as formalidades legais, considera encerrado o contrato", diz o comunicado.

A atriz se desentendeu com a direção da emissora depois de deixar a novela "Insensato Coração" nos primeiros dias de filmagens, em outubro do ano passado. Ela iria interpretar a protagonista da novela, próxima trama das 21h, e foi substituída por Paola Oliveira. Na festa de lançamento da novela, realizada esta semana, o diretor Dennis Carvalho afirmou não ter perdoado a atriz. "Não me faz bem falar dessa pessoa", disse.

A atriz tinha contrato com a emissora e estava na "geladeira" por ter desistido de um papel em "Insensato Coração", a próxima novela das 21h, que estreia na segunda-feira que vem. "Ela está fechando um ciclo", disse Paulo Marra, assessor da atriz "Ela não pretende negociar. Emissoras tentaram fazer convite, mas nem com a demissão ela pretende rever isso."
Segundo Marra, a carreira dela continua. Em abril, Ana Paula vai rodar o filme de Philippe Barcinski "Vales e Montanhas". "Ela quer trabalhos que encantem, que mexam com ela. A exemplo do [filme] 'Como Esquecer', um papel que para ela fez diferença", disse o assessor.

O novo filme da atriz estreou sexta em Fortaleza: em “Como Esquecer”, Ana Paula é Júlia, uma professora universitária de 36 anos que perde o grande amor da sua vida depois de mais de dez anos de relacionamento.

Acostumada a viver numa espécie de “torre de marfim”, Júlia se vê obrigada a voltar a interagir com as pessoas, o que havia deixado de praticar por ter um temperamento autocentrado e por ter acreditado, nos anos de relacionamento, que sua vida se resumia ao casamento com a parceira, Antonia. Sem o suporte financeiro do ex-amor, Júlia recebe apoio do melhor amigo, Hugo. Juntos, eles partem para uma nova empreitada
“Como Esquecer” aborda o tema da superação da perda de uma pessoa amada e da conseqüente busca de caminhos para superação da dor e prosseguimento da vida. Da adversidade, nasce a esperança e a constatação de como os sentimentos são mutáveis e de como o instinto de defesa do ser humano possui mecanismos, por vezes desconhecidos, que são transformadores, renovadores e podem indicar caminhos diferentes para se encontrar a felicidade.

Duas mulheres formam o par amoroso central que se desfaz deixando todo um deserto de lembranças e sofrimento. “A história mostra conflitos e sentimentos que são comuns à maioria das pessoas. Por tratar de temas universais, como amor, morte, solidão, sexo e amizade a história ganha a imediata identificação e cumplicidade do espectador, independentemente de sua orientação sexual”, comenta a diretora Malu De Martino.
“Levar um filme de temática homossexual às telas é estar em total sintonia com o crescente foco de interesse das artes contemporâneas, dando sua contribuição, sem preconceitos, para a construção de uma sociedade mais igualitária”, afirma Elisa Tolomelli, produtora do filme.



Estrelado por Ana Paula Arósio, Murilo Rosa, Natália Lage e Arieta Correa, o longa é uma adaptação do livro “Como Esquecer – Anotações Quase Inglesas”, de Myriam Campello, e estreia sexta, no Espaço Unibanco Dragão do Mar.









Decreto de Lula determina que cinemas exibam mais títulos nacionais


O ano de “Tropa de Elite 2″, dono da maior bilheteria da história no Brasil, terminou com um decreto presidencial que fará com que, em 2011, os cinemas coloquem um maior número de filmes brasileiros em cartaz.

O decreto que estabelece a cota de tela, mecanismo de proteção aos títulos nacionais, foi publicado ontem no “Diário Oficial” da União.

Tal como nos três últimos anos, cada cinema deverá exibir produções brasileiras durante, pelo menos, 28 dias por ano. O período varia conforme o número de salas do complexo, podendo chegar, no caso de um multiplex com sete telas, a 63 dias.

A diferença, a partir deste ano, é que, nesse mesmo espaço de tempo, os cinemas serão obrigados a ofertar mais títulos. Até 2010, uma sala de rua tinha de exibir dois filmes diferentes; agora, serão três. No caso dos cinemas com mais de 10 salas, a cota salta de 11 longas-metragens por ano para 14.

“É uma prevenção contra mega-sucessos”, diz Adhemar Oliveira, sócio da rede Arteplex de cinemas.
A mudança, não por acaso, acontece no ano em que “Tropa de Elite 2″, que ficou várias semanas em cartaz, facilitando o cumprimento da lei federal.

“Apesar da exigência de um maior número de títulos, não vejo com maus olhos essa mudança”, diz Oliveira. “Com isso, o público acaba tendo uma maior diversidade à disposição.”

A cota de tela, estabelecida no Brasil na década de 30, já foi alvo de duras críticas por parte dos donos de cinemas. Mas como estabilizou-se nos últimos três anos, foram amainadas, também, as disputas envolvendo cineastas, empresários e governo.

O novo aumento acontece no ano em que, pela primeira vez em duas décadas, três filmes nacionais superaram a marca dos três milhões de ingressos vendidos.







HOLLYWOOD


"O Besouro Verde" lidera bilheterias nos EUA

Seth Rogen e Jay Chou interpretam os heróis em cena do filme

O longa-metragem"O Besouro Verde" liderou as bilheterias nos cinemas na América do Norte no fim de semana, apesar das críticas negativas para a adaptação cinematográfica em 3D.

A película vendeu cerca de US$ 34 milhões em ingressos nos três dias a partir de sexta-feira, dia 14, disse sua distribuidora, a Columbia Pictures.

A estreia do filme ficou em linha com as expectativas e ele agora é o terceiro melhor lançamento de janeiro, de acordo com a Columbia, uma unidade da Sony.

O ator Seth Rogen é o protagonista do filme, dirigido pelo francês Michel Gondry. A maioria da crítica foi negativa para o filme, com o Wall Street Journal chamando a obra de uma "sandice".

Mas a Columbia disse que pesquisas na saída das salas de exibição indicaram que o filme agradou a audiência, em sua maioria composta por homens.

"Eu acredito que a audiência é absolutamente a melhor crítica", disse o presidente de distribuição mundial da Columbia, Rory Bruer.



A nova comédia-drama da Universal Pictures "O Dilema", com Vince Vaughn e Kevin James, ficou em segundo nas bilheterias, arrecadando US$ 17,1 milhões, também dentro do esperado.

O campeão da semana passada, o remake dos irmãos Coen "Bravura indômita", caiu para terceiro com US$11,2 milhões. Com quatro semanas passadas desde o lançamento, o filme da Paramount Pictures acumula 126,4 milhões de dólares.







Warner Bros. é campeã do mercado de estúdios em 2010

A Warner Bros. ficou em primeiro lugar no ranking dos estúdios de cinema de Hollywood em participação de mercado pelo terceiro ano seguido em 2010, apesar da queda de bilheteria e da estagnação do mercado em geral.

O estúdio conquistou a primeira posição na América do Norte com ganhos líquidos de 1,89 bilhão de dólares, ou 18,3 por cento do total da receita.

Os filmes mais bem-sucedidos foram “A Origem” (292,5 milhões de dólares) e “Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1″ (283 milhões de dólares). Em 2009, o estúdio ficou com uma fatia de 19,8 por cento e uma receita total de 2,1 bilhões de dólares.

A receita total de bilheterias em 2010 ficou um pouco abaixo do 10,57 bilhões de dólares, uma queda de menos de 1 por cento em relação ao recorde de 10,6 bilhões de dólares de 2009.

Foi a segunda vez na história que a receita no mercado dos EUA ultrapassou os 10 bilhões de dólares. Entretanto, houve uma redução de público de mais de 5,2 por cento em 2010 em relação ao ano anterior — a maior queda em uma década.

A discrepância é atribuída ao aumento de preço dos ingressos, alimentado pelos lançamentos em 3D, de uma média de 7,46 dólares para 7,85 dólares em 2010 (no meio do ano, o preço médio saltou para 7,95 dólares, depois caiu novamente para 7,85 dólares).

A Paramount ficou em segundo lugar em 2010, com 16,1 por cento do mercado, com receita de 1,67 bilhão de dólares. Seus maiores sucessos foram filmes distribuídos para outros estúdios, “Homem de Ferro 2″, da Marvel (312 milhões de dólares), e a animação da DreamWorks “Shrek para Sempre” (238 milhões de dólares).

Graças a “Avatar”, a 20th Century Fox ficou na terceira posição, com 1,45 bilhão de dólares e 14 por cento do mercado. A Disney ficou em quarto lugar, com 1,4 bilhão de dólares e 13,6 por cento do mercado, enquanto a Sony ficou em quinto, com 1,26 bilhão de dólares e 12,3 por cento.

A Universal teve um ano difícil, mantendo-se na sexta posição, com 8,2 por cento do mercado e uma receita de 842,2 milhões de dólares.







"MINHAS MÃES E MEU PAI" E "A VIDA DURANTE A GUERRA" SÃO INDICADOS AO SPIRIT AWARDS 2011


Cerimônia de premiação acontece em Los Angeles, na véspera do Oscar, em 26 de fevereiro.


A maior premiação do cinema independente americano, The Film Independent Spirit Awards, anunciou seus indicados no início desta semana, e duas produções da Imagem Filmes, foram selecionadas. Destaque para Minhas Mães e Meu Pai (The Kids are All Right) com cinco indicações, e mais duas indicações para A Vida Durante A Guerra (Life During Wartime), veja abaixo quais foram as categorias indicadas das duas produções:


Minhas Mães e Meu Pai

* Melhor Filme
* Melhor Direção (Lisa Cholodenko)
* Melhor Roteiro (Stuart Blumberg e Lisa Cholodenko)
* Melhor Atriz (Annette Bening)
* Melhor Ator Coadjuvante (Mark Ruffalo)





A Vida Durante a Guerra

* Melhor Roteiro (Todd Solondz)
* Melhor Atriz Coadjuvante (Allison Janney)








Arrecadação e público da Broadway crescem em 2010


Grandes musicais voltados para famílias e turistas, como “Wicked”, “O Rei Leão” e “A Família Addams”, ajudaram a Broadway a aumentar sua receita bruta em 2010.

Os 40 maiores teatros atingiram um total de 1,037 bilhão de dólares, em comparação com 1,004 bilhão de dólares em 2009, segundo dados divulgados na terça-feira pelo The Broadway League, que representa produtores e donos de teatro.

Mesmo que vários espetáculos tenham encerrado temporadas no fim do ano com algumas dificuldades para vender ingressos, os assentos mais caros, que saem por até 300 dólares, ajudaram a aumentar a receita da Broadway nos últimos anos.

O número dos expectadores também aumentou em 2010, para 12,11 milhões, em relação aos 11,88 milhões em 2009, disse o grupo.

A semana do Natal e Ano-Novo, tradicionalmente uma das semanas mais movimentadas e mais rentáveis da Broadway, ajudou a impulsionar as vendas, apesar da neve intensa em Manhattan.

“Wicked”, por exemplo, quebrou o recorde de espetáculo de maior bilheteria numa única semana na história da Broadway, arrecadando 2,22 milhões de dólares para oito apresentações.

Outros espetáculos também se destacaram. “O Rei Leão” arrecadou 1,9 milhão de dólares e “A Família Addams” continuou a desafiar a reação negativa da crítica, arrecadando 1,4 milhão de dólares.

O musical “Homem-Aranha”, que por conta de ferimentos de seu elenco sofreu atrasos de estreia, arrecadou 1,88 milhão de dólares durante a semana








Quentin Tarantino revela seus vinte filmes preferidos de 2010

A gente sabe que as listas de melhores/piores de 2010 já encheram a paciência, mas a gente não dava para deixar passar esta aqui feita pelo diretor Quentin Tarantino. Afinal de contas, o cara já deu ao mundo longas como Pulp Fiction, Kill Bill, Bastardos Inglórios, entre outros. Veja aí os favoritos do homem no ano que passou e veja algumas escolhas inesperadas:

1. Toy Story 3
2. A Rede Social
3. Animal Kingdom
4. I Am Love
5. Enrolados
6. Bravura Indômita
7. Atração Perigosa
8. Greenberg
9. Cyrus
10. Enter The Void
11. Kick-Ass – Quebrando Tudo
12. Encontro Explosivo
13. O Pior Trabalho do Mundo
14. The Fighter
15. The Kings Speech
16. Minhas Mães e meu Pai
17. Como Treinar seu Dragão
18. Robin Hood
19. Amer
20. Jackass 3-D

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DIVIRTA-CE COBERTURAS


Cinema: "A Rede Social" leva quatro Globos de Ouro


Confira a lista completa dos premiados e veja fotos das estrelas no tapete vermelho do Golden Globe Awards 2011


O canal a cabo TNT exibiu ontem o 68º Globo de Ouro, Golden Globe Awards, uma prévia da maior premiação do cinema americano, o Oscar - um show de TV repleto de caras e bocas, com astros e estrelas do cinema e da TV americanos reunidos em mesas, muita descontração e irreverência, o que torna a premiação algo imprevisível, repleta de gafes.

> A atriz Halle Berry era uma das mais bonitas no red carpet

É esta a graça dos prêmios entregues pelo pequeno grupo de correspondentes de Hollywood- difícil de prever e cheio de surpresas.

A cerimônia é o evento de cinema mais visto na TV depois do Oscar, apesar de ser um termômetro desregulado para o principal prêmio da indústria. Enquanto o Globo de Ouro é escolhido por menos de cem jornalistas estrangeiros, o Oscar conta com 6.000 votantes de várias áreas, de maquiagem a efeitos especiais e música.


"Somos poucos, somos todos jornalistas e viemos de 55 países diferentes. Isso já explica por que as escolhas podem ser tão idiossincráticas", disse Ana Maria Bahiana, uma das duas únicas brasileiras da associação.

Na categoria melhor filme de drama, os trabalhos indicados são praticamente os mesmos que vêm se repetindo em outras premiações: "A Origem", "A Rede Social", "Cisne Negro", "O Vencedor" e "O Discurso do Rei", longa de época britânico que liderou a indicação dos Globos de Ouro mas não levou nenhuma estatueta.

"A Rede Social", do diretor David Fincher, foi o grande vencedor do Globo de Ouro.

O filme saiu da premiação com quatro prêmios, incluindo o de melhor filme dramático.

Nessa categoria, a última da noite, ele concorreu com "Cisne Negro", "O Vencedor", "A Origem" e "O Discurso do Rei".

"A Rede Social" também venceu nas categorias trilha sonora, roteiro e direção.

O filme conta a história da criação do Facebook. Participam da produção astros como Jesse Eisenberg, Andrew Garfield e Justin Timberlake.

O prêmio foi entregue por Michael Douglas, em sua primeira aparição pública após vencer o câncer na garganta.

O Globo de Ouro começou dando prêmio a Christian Bale. O comediante Ricky Gervais entrou no palco pontualmente às 23h.

Após fazer algumas piadas no palco, inclusive com filmes que não foram indicados, como "Sex & the City 2", ele anunciou que o primeiro filme seria anunciado.

No caso, o prêmio de melhor ator coadjuvante em filme. Para isso, chamou a atriz Scarlett Johansson.

O prêmio foi para Christian Bale, pelo filme "O Vencedor", que ainda não estreou no Brasil.

Ele venceu os atores Michael Douglas ("Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme"), Andrew Garfield ("A Rede Social"), Jeremy Renner ("Atração Perigosa") e Geoffrey Rush ("O Discurso do Rei").

O ator britânico Colin Firth venceu o Globo de Ouro de melhor ator dramático.

O prêmio foi pelo papel de George 6º no filme "O Discurso do Rei".

Firth agradeceu aos colegas de elenco pelo prêmio, aos produtores do filme e à mulher dele.

Também estavam no páreo Jesse Eisenberg ("A Rede Social"), James Franco ("127 Horas"), Ryan Gosling ("Blue Valentine") e Mark Wahlberg ("O Vencedor").

O prêmio foi apresentado por Sandra Bullock.

O filme "Minhas Mães e Meu Pai", da diretora Lisa Cholodenko, venceu o Globo de Ouro de melhor comédia.

A trama trata de um casal de lésbicas que se vê às voltas quando os filhos, gerados por inseminação artificial, resolvem procurar o homem que doou esperma para que eles fossem gerados.

O filme é protagonizado por Annette Bening e Julianne Moore e tem no elenco Mark Ruffalo e Mia Wasikowska, entre outros.

Também concorriam ao prêmio "Alice no País das Maravilhas", "Burlesque", "Minhas Mães e Meus Pais", "Red - Aposentados e Perigosos" e "O Turista"

Os atores Tom Hanks e Tim Allen apresentaram o prêmio.

A atriz Natalie Portman venceu o prêmio de melhor atriz dramática no Globo de Ouro.

Ela venceu pelo papel da bailarina Nina Sayers, do filme "Cisne Negro".

Grávida, a atriz subiu ao palco e agradeceu ao marido, que é coreógrafo.

Portman bateu as atrizes Halle Berry ("Frankie and Alice"), Nicole Kidman ("Reencontrando a Felicidade"), Jennifer Lawrence ("Inverno da Alma") e Michelle Williams ("Blue Valentine").

O prêmio foi entregue por Jeff Bridges.

O seriado "Glee" ganhou o Globo de Ouro de melhor seriado cômico ou musical.

Esta é a segunda vez que a série conquistou o prêmio, já vencido no ano passado.

Além do criador da série, Ryan Murphy, todo o elenco da série subiu ao palco para receber o prêmio.

Murphy dedicou o prêmio aos professores de escolas públicas.

Também concorriam ao prêmio "30 Rock", "The Big Bang Theory", "The Big C", "Modern Family" e "Nurse Jackie".

O prêmio foi apresentado por Jimmy Fallon e January Jones.

O ator Robert De Niro ganhou o prêmio Cecil B. Demille, no Globo de Ouro, pela carreira no cinema.

Um vídeo com alguns dos momentos mais importantes de sua carreira foram exibidos em um vídeo.

Foram lembrados filmes como "O Poderoso Chefão", "O Rei da Comédia" e "Touro Indomável".

Ao subir ao palco, o ator foi aplaudido de pé pelos colegas que estavam na plateia.

"Obrigado por esta extraordinária honra. Claro que me avisaram isso dois meses antes de estrear 'Entrando numa Fria Maior Ainda com a Família'", brincou. "Tudo bem, temos que sobreviver."

Ele também brincou com a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, que promove o Globo de Ouro.

"É uma pena que muitos membros não estejam aqui porque foram deportados junto com os garçons", disse.

O prêmio foi entregue pelo ator Matt Damon.

O ator Jim Parsons, que interpreta o papel do nerd Sheldon Cooper em "The Big Bang Theory", venceu o Globo de Ouro de melhor ator cômico em série de TV.

A atriz Kaley Cuoco, que interpreta a Penny do seriado, foi quem entregou o prêmio.

Parsons bateu os atores Alec Baldwin ("30 Rock"), Steve Carell ("The Office"), Thomas Jane ("Hung") e Matthew Morrison ("Glee").

Já a atriz Melissa Leo venceu o prêmio de melhor atriz coadjuvante por "O Vencedor".

Ela faz o papel de Alice Ward, a mãe do personagem de Mark Wahlberg no filme.

Também concorriam Amy Adams ("O Vencedor"), Helena Bonham Carter ("O Discurso do Rei"), Mila Kunis ("Cisne Negro") e Jacki Weaver ("Reino Animal").

A atriz Laura Linney venceu o Globo de Ouro na categoria melhor atriz de seriado cômico ou musical.

Ela faz o papel de Cathy Jamison no seriado "The Big C", uma comédia em que interpreta uma mulher com câncer.

Linney não compareceu à premiação, mas aceitou o prêmio, segundo os apresentadores.

Concorriam também Toni Collette ("United States of Tara"), Edie Falco ("Nurse Jackie"), Tina Fey ("30 Rock") e Lea Michele ("Glee").

Antes, foi entregue o prêmio de melhor filme estrangeiro.

O apresentador Ricky Gervais brincou dizendo que era um prêmio sem importância para os americanos.

Venceu o filme dinamarquês "Em um Mundo Melhor", de Susanne Bier.

Concorriam também "Biutiful" (México/Espanha), "O Concerto" (França), "The Edge" (Rússia) e "I Am Love" (Itália).

O prêmio foi entregue por Robert Pattinson e Olivia Wilde.

A atriz Jane Lynch venceu o prêmio de melhor atriz coadjuvante em série ou minissérie no Globo de Ouro.

Lynch é a intérprete da treinadora Sue Sylvester no seriado "Glee".

Ela já havia vencido o Emmy pelo mesmo papel.

Concorriam com ela Hope Davis ("The Special Relationship"), Kelly Macdonald ("Boardwalk Empire"), Julia Stiles ("Dexter") e Sofia Vergara ("Modern Family").

Este foi o segundo prêmio para a série, que ganhou também o prêmio de melhor ator coadjuvante.

Antes, foi apresentado o filme de melhor roteiro de cinema.

O vencedor foi Aaron Sorkin, pelo texto de "A Rede Social".

Este foi o segundo prêmio do filme, que também venceu como melhor trilha sonora.

Concorriam também os roteiros de "127 Horas", "Minhas Mães e Meu Pai", "A Origem" e "O Discurso do Rei".

O prêmio foi apresentado por Tina Fey e Steve Carrel.

Os atores Al Pacino e Claire Danes, mais conhecidos pelos papeis no cinema, venceram o Globo de Ouro por suas atuações na televisão.

Al Pacino ganhou o prêmio de melhor ator em minissérie ou telefilme por "You Don't Know Jack".

Também estavam indicados Idris Elba ("Luther"), Ian Mcshane ("Pillars of the Earth"), Dennis Quaid ("The Special Relationship") e Edgar Ramirez ("Carlos").

Claire Danes venceu por "Temple Grandin", no qual faz o papel de uma autista que virou professora universitária.

A verdadeira Temple Grandin estava na plateia e recebeu os agradecimentos de Danes.

Ela concorreu com Hayley Atwell ("Pillars of the Earth"), Judi Dench ("Return to Cranford"), Romola Garai ("Emma") e Jennifer Love Hewitt ("The Client List").


A atriz Annette Bening, 52, foi escolhida a melhor atriz em filme cômico pelos votantes do Globo de Ouro.

Ela concorreu pelo papel da lésbica Nic no filme "Minhas Mães e Meu Pai".

Ela agradeceu, entre outras pessoas, à colega Julianne Moore, que concorreu ao mesmo prêmio pelo filme.

Bening recebeu o prêmio das mãos do ator Robert Downey Jr.

Concorreram também Anne Hathaway ("O Amor e Outras Drogas"), Angelina Jolie ("O Turista") e Emma Stone ("A Mentira").

Antes, o filme "Toy Story 3" confirmou o favoritismo e ganhou como melhor animação.

Concorriam também "Meu Malvado Favorito", "Como Treinar o Seu Dragão", "O Mágico" e "Enrolados".

O prêmio foi apresentado pelo cantor adolescente Justin Bieber.


"Burlesque", com Cher e Christina Aguilera, teve "You Haven't Seen the Last of Me" escolhida como a melhor música original.

A canção foi escrita por Diane Warren e é cantada no filme por Cher, que não estava presente.

Outra música do filme, "Bound to You", de Christina Aguilera e Sia Furler, também concorria.

As outras indicadas eram "Coming Home", de "Country Strong"; "I See the Light", de "Enrolados"; e "There's a Place for Us", de "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada".

Já "A Rede Social" venceu a categoria de melhor trilha sonora, batendo os filmes "O Discurso do Rei", "Alice no País das Maravilhas", "127 Horas" e "A Origem".

Os prêmios foram apresentados por Alec Baldwin e Jennifer Lopez.

O seriado de gângsters "Boardwalk Empire" foi considerada a melhor série dramática do ano pelos votantes do Globo de Ouro.

No Brasil, a série é exibida pela HBO.

Concorriam também "The Walking Dead", "Dexter", "The Good Wife" e "Mad Men".

Este último venceu essa categoria nas três últimas edições do Globo de Ouro.

O ator Chris Colfer, 20, que interpreta o personagem gay Kurt Hummel no seriado "Glee", venceu a categoria de melhor ator coadjuvante em série de TV, minissérie ou filme feito para televisão.

Ele dedicou o prêmio a todos os que sofreram bullying na escola.

Colfer derrotou Scott Caan ("Hawaii Five-O"), Chris Noth ("The Good Wife"), Eric Stonestreet ("Modern Family") e David Strathairn ("Temple Grandin").

Antes desse prêmio, foi anunciado que o telefilme francês "Carlos", sobre a vida de Carlos Chacal, venceu na categoria melhor telefilme ou minissérie.

Concorreram também "The Pacific", "Pillars of the Earth", "Temple Grandin" e "You Don't Know Jack".

O prêmio foi anunciado por Julianne Moore e Kevin Spacey.

A atriz Katey Sagal, de "Sons of Anarchy", foi o primeiro azarão da 68ª edição do Globo de Ouro.

Ela bateu Julianna Margulies ("The Good Wife"), Elisabeth Moss ("Mad Men"), Piper Perabo ("Covert Affairs") e Kyra Sedgwick ("The Closer") e se tornou a vencedora da categoria melhor atriz de seriado dramático.

Sagal é mais conhecida pelo papel de Peggy Bundy, no seriado "Um Amor de Família", também conhecido como "Married with Children".

Em "Sons of Anarchy", ela faz o papel de Gemma Teller Morrow.


> Ator que faz os gêmeos de "A Rede Social"






Confira a seguir a relação dos indicados e vencedores da 68ª edição do Globo de Ouro (Os nomes grifados de vermelho são os premiados):

Melhor Filme (Drama)
Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social

Melhor Filme (Musical ou Comédia)
Alice no País das Maravilhas
Burlesque
Minhas Mães e Meu Pai
RED - Aposentados e Perigosos
O Turista

Melhor Ator (Drama)
Jesse Eisenberg (A Rede Social)
Colin Firth (O Discurso do Rei)
James Franco (127 Horas)
Ryan Goslyng (Blue Valentine)
Mark Wahlberg (O Vencedor)

Melhor Atriz (Drama)
Halle Berry (Frank & Alice)
Nicole Kidman (Rabbit Hole)
Jennifer Lawrence (Inverno da Alma)
Natalie Portman (Cisne Negro, foto acima)
Michelle Williams (Blue Valentine)


Melhor Ator (Musical ou Comédia)
Johnny Depp (Alice no País das Maravilhas)
Johnny Dep (O Turista)
Paul Giamatti (Minha Versão para o Amor)
Jake Gyllenhaal (Amor e Outras Drogas)
Kevin Spacey (Casino Jack)

Melhor Atriz (Musical ou Comédia)
Anette Benning (Minhas Mães e Meu Pai)
Anne Hathaway (Amor e Outras Drogas)
Angelina Jolie (O Turista)
Julianne Moore (Minhas Mães e Meu Pai)
Emma Stone (A Mentira)

Melhor Ator Coadjuvante
Christian Bale (O Vencedor)
Michael Douglas (Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme)
Andrew Garfield (A Rede Social)
Jeremy Renner (Atração Perigosa)
Geoffrey Rush (O Discurso do Rei)

> Justin Bieber apresentou prêmio no Globo de Ouro e fará aventura 3D "Never say never"

Melhor Atriz Coadjuvante

Amy Adams (O Vencedor)
Helena Bonham Carter (O Discurso do Rei)
Mila Kunis (Cisne Negro)
Melissa Leo (O Vencedor)
Jacki Weaver (Reino Animal)

Melhor Diretor
Darren Aronofsky (Cisne Negro)
David Fincher (A Rede Social)
Tom Hooper (O Discurso do Rei)
Christopher Nolan (A Origem)
David O. Russell (O Vencedor)

Melhor Roteiro
A Origem
Minhas Mães e Meu Pai
A Rede Social
O Discurso do Rei
127 Horas

Melhor Canção Original
Bound to You (Burlesque)
Coming Home (Country Strong)
I See The Light (Enrolados)
There's A Place For Us (As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada)
You Haven't Seen the Last of Me (Burlesque)

> O cantor britânico Robbie Willians, sendo beijado no tapete vermelho

Melhor Trilha Sonora

O Discurso de Rei
Alice no País das Maravilhas
127 Horas
A Rede Social
A Origem

Melhor Filme Falado em Língua Estrangeira
Biutiful
O Concerto
The Edge
I Am Love
Em Um Mundo Melhor

Melhor Animação
Meu Malvado Favorito
Como Treinar Seu Dragão
Toy Story 3
Enrolados
O Mágico

Melhor Série de TV (Drama)
Boardwalk Empire
Dexter
The Good Wife
Madman
The Walking Dead

Melhor Série de TV (Musical ou Comédia)
The Big Bang Theory
30 Rock
Glee
Modern Family
Nurse Jackie

Melhor Minissérie ou Filme Produzido Para a TV
Carlos
The Pacific
Os Pilares da Terra
Temple Grandin
You Don't Know Jack

Melhor Atriz em série de TV (Comédia)
Toni Collette (The United States of Tara)
Edie Falco (Nurse Jackie)
Tina Fey (30 Rock)
Laura Linney (The Big C)
Lea Michele (Glee)


Melhor Ator em série de TV (Comédia)
Alec Baldwin (30 Rock)
Steve Carell (The Office)
Thomas Jane (Hung)
Matthew Morrison (Glee)
Jim Parsons (The Big Bang Theory)

Melhor Ator de Série - Drama
Steve Buscemi - "Boardwalk Empire"
Bryan Cranston - "Breaking Bad"
Michael C. Hall - "Dexter"
Jon Hamm - "Mad Men"
Hugh Laurie - "House"


Melhor Ator Coadjuvante em série, minissérie ou filme de TV
Scott Caan (Hawaii Five-0)
Chris Colfer (Glee)
Chris Noth (The Good Wife)
Eric Stonestreet (Modern Family)
David Strathairn (Temple Grandin)

Melhor Atriz Coadjuvante em série de TV, minissérie ou filme feito para a televisão
Hope Davis (The Special Relationship)
Jane Lynch (Glee)
Kelly MacDonald (Boardwalk Empire)
Julia Stiles (Dexter)
Sofia Vergara (Modern Family)

Melhor Atriz em uma minissérie ou filme feito para a televisão
Hayley Atwell (Pillars of the Earth)
Claire Danes (Temple Grandin)
Judi Dench (Return to Cranford)
Romola Garai (Emma)
Jennifer Love Hewitt (The Client List)

Melhor Ator em uma minissérie ou filme feito para a televisão
Idris Elba (Luther)
Ian McShane (Pillars of the Earth)
Al Pacino (You Don't Know Jack)
Dennis Quaid (The Special Relationship)
Edgar Ramirez (Carlos)

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