segunda-feira, 4 de maio de 2009

LITERATURA

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INSCRIÇÕES PARA O PRÊMIO JABUTI: ÚLTIMA SEMANA!

AUTORES, EDITORES, CAPISTAS, ILUSTRADORES E TRADUTORES PODEM FAZER DIRETAMENTE AS INSCRIÇÕES DE SUAS OBRAS.



No dia 29 de maio, chegam ao fim as inscrições para participar da 51ª edição do Prêmio Jabuti, uma realização da Câmara Brasileira do Livro.

Podem concorrer ao Prêmio Jabuti 2009 apenas obras inéditas, editadas no Brasil, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2008. As inscrições devem ser feitas pelo site da Câmara: http://www.cbl.org.br/jabuti/ .



“O Prêmio Jabuti é a mais importante chancela de excelência do mercado editoral brasileiro”, afirma Hubert Alquéres, presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Ele observa que, por ser a premiação mais tradicional do livro no Brasil, com meio século de história, o Prêmio Jabuti confere visibilidade e reconhecimento à qualidade e relevância das obras premiadas.



Na avaliação de Alquéres, “quando um livro alcança o status de vencedor do Prêmio Jabuti, é incontestável seu valor, agregando-se credibilidade e prestígio aos autores, editores e para o livro em si”.



Alquéres ressalta que as editoras que têm livros premiados em seus catálogos adotam como estratégia de marketing a identificação da obra vencedora, destacando o Prêmio Jabuti em seus catálogos e na capa dos livros premiados. “A mídia, por sua vez, invariavelmente cita o Jabuti quando se refere a um autor ou obra vencedora”, observa.



Além disso, ele vê um reflexo positivo nas vendas das obras agraciadas pelo Prêmio: “As vencedoras ganham exposição e destaque nas livrarias e nos catálogos das editoras. A mídia, de modo geral, reforça matérias e reportagens sobre o livro, e os distribuidores aumentam a solicitação de livros premiados”, constata.

"Para todos aqueles que têm no livro sua atividade diária, o Prêmio Jabuti traduz o reconhecimento de todo um trabalho realizado. O Jabuti destaca e valoriza o autor e o editor, atribuindo-lhes a excelência de qualidade da obra premiada".

Categorias:

01. Tradução: Textos exclusivamente literários (contos, crônicas, romance, poesia), traduzidos para a língua portuguesa falada e escrita no Brasil.

02. Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes: Pesquisas, ensaios ou tratados sobre temas em Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação, Cinema, Teatro, Artes Visuais, Artes Cênicas e Artes Plásticas.

03. Teoria/Crítica Literária: Obras de cunho conceitual que contenham substrato teórico fundamentado a respeito de língua e literatura. Incluem-se nessa categoria dicionários e gramáticas.

04. Projeto Gráfico: Concepções de projetos gráficos de livros avulsos ou pertencentes a coleções, produzidos originalmente no Brasil e que ressaltem o conceito gráfico da obra por intermédio do design e pela adequação dos materiais utilizados.

05. Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil: Ilustrações de obras destinadas a crianças, pré-adolescentes ou adolescentes.

06. Ciências Exatas, Tecnologia e Informática: Ensaios, tratados e textos acadêmicos que fundamentam ou descrevem conceitos a respeito dos temas em questão. Incluem-se nesta categoria obras de divulgação.

07. Educação, Psicologia e Psicanálise: Pesquisas, ensaios ou tratados sobre os temas em questão.

08. Reportagem: Textos, documentários ou analíticos, vistos sob a perspectiva jornalística.

09. Didático e Paradidático: Obras destinadas ao ensino de qualquer componente curricular e/ou área do conhecimento, publicadas em primeira edição, não sendo aceitas edições revistas ou atualizadas. São consideradas como:
a) didáticas: obras essencialmente pedagógicas;
b) paradidáticas: obras não-pedagógicas utilizada para esse fim.

10. Economia, Administração e Negócios: Tratados e textos acadêmicos que fundamentem ou descrevam conceitos a respeito dos temas em questão.

11. Direito: Tratados e textos acadêmicos que fundamentem ou descrevam conceitos a respeito do tema em questão.

12. Biografia: Textos, documentários ou analíticos, vistos sob a perspectiva biográfica.

13. Capa: Concepções e desenvolvimentos gráficos de capas ou sobrecapas de livros como elementos autônomos.

14. Poesia: Textos sintéticos com alto grau de poeticidade, caracterizando-se, fundamentalmente, por ritmo, sonoridade e outros recursos intrínsecos à criação literária que os diferenciem de textos em prosa.

15. Ciências Humanas: Pesquisas, ensaios ou tratados sobre a área em questão. Incluem-se nessa categoria temas relacionados a Sociologia, Antropologia, História, Filosofia, Política e Religião ou assuntos correlatos vistos sob a perspectiva das ciências humanas.

16. Ciências Naturais e Ciências da Saúde: Pesquisas, ensaios, tratados ou textos de divulgação científica sobre as áreas em questão. Incluem-se, nessa categoria, temas relacionados a Medicina, Enfermagem, Saneamento, Saúde Pública, terapias diversas e similares.

17. Contos e Crônicas: a) conto: narrativa curta, geralmente ficcional;
b) crônica: narrativa curta, baseada geralmente em assuntos do cotidiano ou de interesse geral, caracterizando-se pela transitoriedade dos temas abordados.

18. Infantil: Textos ficcionais ilustrados, que podem ou não mesclar elementos do “real”, destinados ao público infantil.

19. Juvenil: Textos ficcionais, que podem ou não mesclar elementos do “real”, destinados ao público adolescente.

20. Romance: Narrativas ficcionais, geralmente longas, que podem ou não mesclar elementos do “real”.

21. Tradução de obra literária Francês-Português: Textos exclusivamente literários (contos, crônicas, romances, poesias), traduzidos diretamente da língua francesa falada e escrita, na França, para a língua portuguesa falada e escrita no Brasil.






“Premiar é incentivar”


O curador do Prêmio Jabuti, José Luiz Goldfarb, destaca a importância de reconhecer a boa qualidade das obras e dos seus autores

Em 1959, a Câmara Brasileira do Livro deu início a uma tradição: premiar os melhores autores, ilustradores, editores e demais agentes envolvidos na produção literária nacional

Nascia assim o Prêmio Jabuti, que em 2009 chega à sua 51ª edição. Mais abrangente do que em seus primeiros tempos, a premiação atual contempla 21 categorias, que incluem tradução, reportagem, projeto gráfico, educação, psicologia e psicanálise, entre outras.

Até 29 de maio, a CBL receberá inscrições de editores, escritores, autores independentes, tradutores, ilustradores, produtores gráficos e designers interessados em participar.

A seguir, José Luiz Goldfarb, que atua como curador do Prêmio Jabuti há 19 anos, comenta a importância da premiação. Físico e mestre em Filosofia e História da Ciência, Goldfarb é coordenador dos Programas de incentivo à leitura "São Paulo: um Estado de Leitores", da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, "Letras de Luz", da Fundação Victor Civita/Energias do Brasil (Tocantins, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e São Paulo), "Rio: uma cidade de Leitores", da Secretaria de Educação da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. É assessor da Vice-Presidência Cultural e Social da Associação Brasileira 'A Hebraica' de São Paulo, conselheiro da Biblioteca Haroldo de Campos (Casa das Rosas - Secretaria de Estado da Cultura), presidente do conselho deliberativo da Associação Amigos do Museu Judaico de São Paulo, conselheiro da Associação Brasileira 'A Hebraica' de São Paulo, diretor de eventos da Sociedade Brasileira Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém, e coordenador do Corredor Literário na Paulista - Secretaria de Estado da Cultura.


Essa é a sua 19ª curadoria do prêmio Jabuti. Nesses anos, você notou alguma diferença significativa no nível das obras apresentadas?

Sim. O Jabuti é como um farol que indica a profunda mudança na produção editorial no Brasil: diversidade crescente nas editoras concorrentes, que apresentam obras de altíssima qualidade. Talvez no início destes meus 19 anos na coordenação, tivéssemos algumas editoras nacionais que monopolizavam as vitórias; hoje temos dezenas de editoras que dividem as glórias do Jabuti. Autores consagrados dividem o espaço com surpreendentes revelações, percebemos apresentações mais e mais sofisticadas das obras produzidas pelo nosso mercado, a ‘embalagem’ cada vez mais criativa e elaborada. O Jabuti teve a satisfação e a honra em refletir o quanto nosso mercado avançou nestas ultimas duas décadas. Em todas as áreas, ficção, científica e acadêmica, didática e principalmente a beleza da literatura infanto-juvenil brasileira.



Ao contrário de muitas previsões, o mercado editorial brasileiro está crescendo. As premiações ajudam a revitalizar o mercado, promovendo a obra e o autor vencedores?

Sim, premiações, feiras, salões, bienais, festas, festivais... A promoção do livro cresce também, e o Jabuti, que avançava solitário no passado, hoje divide os holofotes com tantas outras realizações a promover o livro, a leitura, escritores. Isto é excelente e mostra que o livro também vai se tornando no país um produto viável. Premiar é incentivar.


Uma das diferenças na edição deste ano é que haverá um prêmio para o melhor tradutor da língua francesa. Existem outras diferenças? Quais?

Sim, o ano da França no Brasil é um momento importante para aprofundarmos as relações entre as culturas de tanta interação no século XX. A organização do ano da França no Brasil une-se ao Jabuti para premiar no momento o melhor da tradução do francês ao português. A Categoria Tradução do Prêmio Jabuti já há algum tempo mostra a alta qualidade e criatividade da arte no Brasil. As traduções são impecáveis tecnicamente e revelam a qualidade de acadêmicos e especialistas que realizam uma verdadeira transcriação, repercutindo a poesia e a qualidade literária das obras trazidas ao português no Brasil.


“O Jabuti, antes pioneiro por cinco décadas, hoje divide com outras instituições momentos especialíssimos para a promoção do livro, da literatura, da produção editorial nacional. Esta talvez seja a grande diferença do momento que vivemos: o Jabuti insere-se numa gama de ações de altíssimo nível tendo o livro como foco. E a imprensa corresponde abrindo espaço valioso para que o livro conquiste definitivamente um amplo mercado consumidor à altura da qualidade e criatividade do autor nacional. O sonho do Jabuti criado a mais de cinco décadas pela CBL começa a tornar-se realidade com o despertar do público leitor. A CBL soube estar à altura do momento, levando o Jabuti à Sala São Paulo, com toda a sofisticação merecida.”

José Luiz Goldfarb






Primeira fase de inscrições para a Jornada de Literatura de Passo Fundo vai até 17 de maio



Evento acontece de 24 a 28 de agosto, em Passo Fundo (RS), e terá uma extensa programação cultural, com nomes consagrados da literatura brasileira e estrangeira. Após 17 de maio, valores das inscrições serão reajustados.

Uma das maiores movimentações culturais do país, a Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo chega a sua décima terceira edição em 2009 debatendo o tema "Arte e Tecnologia: novas interfaces". A Jornada, realizada pela Universidade de Passo Fundo (UPF) em parceria com a Prefeitura Municipal de Passo Fundo, acontece de 24 a 28 de agosto, no Circo da Cultura da UPF, Campus I. O primeiro período de inscrições vai até o dia 17 de maio e pode ser feito exclusivamente pela internet, no site www.jornadadeliteratura.upf.br.



O valor é de R$ 100 para inscrições individuais e, no caso de grupos de 10 pessoas, R$ 80 para cada participante. Nessa modalidade, o participante pode inscrever-se na 13ª Jornada Nacional de Literatura e escolher entre um dos cursos da programação; o 2º Encontro Estadual de Escritores Gaúchos; o 3º Encontro Nacional da Academia Brasileira de Letras; ou, ainda, o Seminário Internacional de Contadores de Histórias.



Outra modalidade de inscrição inclui a participação na 13ª Jornada Nacional de Literatura e no 8º Seminário Internacional de Pesquisa em Leitura e Patrimônio Cultural. Neste caso, as inscrições individuais custam R$ 110 até 17 de maio, e para grupos de 10 pessoas, R$ 100 cada. Após o dia 17 maio, o valor das inscrições será reajustado.



Para a edição deste ano, já estão confirmadas as presenças de autores consagrados nacional e internacionalmente, entre eles Pierre Lévy, Teresa Colomer, Guilherme Arriaga, Fernando Molica, Clarah Averbuck, Dorota Maslowska, Nélida Piñon, Beatriz Sarlo, Fernando Bonassi, Lúcia Santaella, Diana Domingues e Zuenir Ventura, Evanildo Bechara, Cícero Sandroni e outros. A programação completa e outras informações podem ser obtidas no site www.jornadadeliteratura.upf.br, pelo e-mail jornada@upf.br ou telefone (54) 3316-8368.


Mães são as grandes responsáveis pela formação dos leitores no Brasil

Nem tudo na vida precisa necessariamente ser verbalizado para ser ensinado. Ensina-se pelo exemplo, agindo, sentindo, mostrando amor ao que faz. Com a chegada do dia das mães, o Instituto Pró-Livro responsável pela segunda edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil achou por bem homenagear aquela que verdadeiramente vive fazendo a diferença na vida das pessoas. Segundo os resultados da pesquisa, um em cada três leitores tem lembranças da mãe lendo algum livro e 51% dos leitores tem na mãe sua grande incentivadora no processo de ler por prazer. O papel dos pais mostra-se mais relevante ainda quando são feitas comparações entre leitores e não-leitores. Entre as crianças de 5 a 10 anos, 73% delas citam as mães como quem mais as estimularam a ler. A importância feminina é ainda maior no Norte (59%) e no Nordeste (56%) do país, muito acima dos professores.



O melhor é que para estas mulheres guerreiras está claro que ler não é só aprender a decodificar os códigos e símbolos da escrita. A leitura torna a viagem acessível, libera sentimentos, paixões, amplia a visão e mostra que os sonhos auxiliam na formação da realidade. Segundo comentário do célebre escritor Moacyr Scliar “a própria palavra símbolo é muito significativa. Vem do grego symbolon, em que syn quer dizer juntos, e bolon é arremessar. Unidos por símbolos nós, humanos, nos arremessamos juntos nesta aventura que é a vida. Juntos, não separados; este caráter de união que o símbolo proporciona é uma coisa importante.”



Moacyr Scliar ainda comenta em seu artigo que faz parte do livro Retratos da Leitura no Brasil o quanto sua mãe teve participação em sua formação como leitor e depois na decisão de ser escritor. “Minha mãe era imigrante; foi à escola, terminou o curso normal (era professora primária, como se dizia na época) e uma grande leitora – tão fã de José de Alencar que deu ao filho o nome de um dos personagens criados pelo grande escritor. Ela fazia questão de que os filhos lessem, e uma vez por ano levava-me à Livraria do Globo, no centro de Porto Alegre, onde havia uma espécie de feira do livro. Eu ficava absolutamente deslumbrado naquela enorme livraria, e a vontade que tinha era de comprar todos os livros alí existentes. Mas eu sabia que livro custa dinheiro, sabia que na nossa casa a grana era escassa, de modo que lhe perguntava quanto eu estava autorizado a gastar. E a resposta dela era uma só: na nossa casa não pode faltar livros, compra quantos quiseres.”



Assim como fez a mãe de Scliar, muitas outras mulheres têm iniciado seus filhos e sua família no mundo da leitura, mostrado seus encantos apesar de tantos outros estímulos que os jovens têm hoje com o advento da internet, dos jogos de videogame e muito mais. A todas elas o IPL deseja muitas felicidades e parodia o que foi dito por Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros” e, com suas ações e exemplo hoje, elas certamente estão colaborando para uma sociedade brilhante.


Mais informações sobre a pesquisa, acesse o site: www.prolivro.org.br

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