Ritual alimentar da Maravilha
Mostra da fotógrafa italiana Francesca Nocivelli é uma das atrações do seminário Comida Ceará
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura apresenta a exposição fotográfica e o livro “Maravilha”, da fotógrafa italiana Francesca Nocivelli, com abertura da mostra e lançamento da publicação dia 13 de maio, na Sala Multiuso. O trabalho é uma amostra dos pratos, comidas típicas e lugares onde são estocados os alimentos das pessoas da comunidade Maravilha, situada no Bairro de Fátima, em Fortaleza. As imagens foram registradas entre 2005 e 2007. A iniciativa do evento é do Memorial da Cultura Cearense, por ocasião do Projeto Comida Ceará, pesquisa etnográfica que analisa sistemas alimentares de todo o Ceará. O Projeto inicia suas ações neste mês através de seminário dias 12 e 13. Tanto o seminário quanto a exposição e o livro de Francesca revelam o comer sendo um ritual do que se consome e do que é oferecido.
A ideia de fotografar “a comida e o cotidiano” surgiu em 2002, quando Francesca ouviu falar no Programa Fome Zero: “O Lula estava sendo eleito, todo mundo falava no Fome Zero. Pensei em fazer um trabalho que registrasse a alimentação das pessoas numa comunidade”, afirma a fotógrafa. De início a ideia era de um trabalho que desse conta da renda familiar em cada casa, a quantidade de moradores etc. Mas as respostas obtidas nas entrevistas estavam cada vez mais distantes da realidade, sobretudo porque os personagens não tinham renda fixa. Então, Francesca resolveu fazer diferente. Trabalharia com o que lhe era oferecido à primeira vista: comida, prato e gente comendo. “O povo cearense é muito hospitaleiro. Quando se chega numa casa, logo te oferecem café ou água. Em Maravilha, as pessoas podiam até não ter geladeira, mas as que tinham faziam questão de dar água gelada”, conclui a fotógrafa.
Em 2007, o ensaio foi premiado na Edição Photo-Service (Rencontres Internationaux de la Photographie, Arles, França) e ganhou o FestPhotoPoA (Brasil). Foi exposto na VII° Mostra Albacete Documental (Espanha), no V° Congresso Internacional “Cultura y Desarrollo” (Cuba) e na Farmani Gallery (Los Angeles-USA).
Serviço: Abertura da exposição fotográfica e lançamento do livro “Maravilha”, de Francesca Nocivelli, dia 13 de maio de 2009, às 19h, na Sala Multiuso do Centro Dragão do Mar. Acesso livre. A exposição permanece de terça à quinta, de 9h às 19h (acesso até 18h30) e de sexta a domingo, de 14h às 21h (acesso até 20h30). Outras informações: 85.3488.8600
Em cartaz no Museu de Arte Contemporânea
Ressonância da Cor (Até 14 de junho)
Curadoria: José Guedes
Mostra de vídeos e instalações onde a cor talvez não seja o assunto principal das obras, mas é elemento indissociável de todos eles: pelo evidente caráter pictorial; pela ausência, num filme em preto e branco ou desbotado pela precariedade técnica potencializante; pela cor-luz estourada dos trópicos; ou pela poética simbólica.
Artistas participantes:
Marianita Luzatti
Maurício Coutinho
Jonathan Harker
Rosana Ricalde
Carlinhos Morais
Thomie Otake
Szusza Dardai
Vidal Jr.
Donna Conlon
Sergio Vega
Karim Aïnouz e Marcelo Gomes
Victor de Castro
Jussara Correia
Marina de Botas
Pianíssimo (De 08 de maio a 07 de junho)
Curadoria: José Guedes
As artes visuais representadas pela sutileza na coleção do MAC. O acervo do MAC foi cuidadosamente pesquisado e revelou obras delicadas, sutis. São desenhos, vídeos e gravuras que denunciam o silêncio em seus aspectos. A referência ao título "Pianíssimo", intensidade musical de tom muito baixo, quase inaudível, foi proposta pela melodia íntima e suave das obras.
Artistas participantes
Alex Cabral
Evandro Carlos Jardim
Camila Rodrigues
Nicolas Robbio
Gabriela Machado
Tony Camargo
Leya Mira Brander
Paulo Camilo Pena
Iran do Espírito Santo
Valdirley Dias Nunes
Sérvulo Esmeraldo
Marcelo Gandhi
Efrain Almeida
Luís Rodolfo Annes
Débora Santiago
Herbert Rolim
Cristiano Mascaro
Lina Kim
Rosana Monnerat
Mauro Restife
Diogénges Chaves
Laura Vinci
Albano Alfonso
Fábio Miguez
Leonardo Videla
Maurício Coutinho
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Mostra em cartaz no Museu de Arte Contemporânea, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, de terça a quinta, das 9h às 19h (acesso até 18h30), e de sexta a domingo, das 14h às 21h (acesso até 20h30). Ingressos: R$ 2,00 / 1,00. Outras informações: 85.3488.8622 / 8624.
Exposição Fotográfica retrata aspectos da finitude
Apreciadores da fotografia e o público em geral poderão conferir a Exposição Fotográfica Memento Mori do fotógrafo cearense Fernando Silva, a partir do dia 08 de maio, às 19h30, no Centro Cultural Oboé - anexo Praia de Iracema (Rua Almirante Barroso, 734). A Exposição permanece durante o período de 08 de maio a 08 de junho, no horário das 9h às 18h, de segunda à sexta-feira.
Memento Mori é uma expressão em latim que significa lembrem-se de que somos mortais, ou, ainda, lembrem-se de que todos morremos. A proposta artística do ensaio é tratar do fluxo do tempo, de questões sobre nossa relação com a morte e de como esse fenômeno que encerra nossa existência biológica é experimentado em nossa cultura. Ao todo são 40 imagens em preto e branco, todas ampliadas em papel fotográfico de tamanho 30x40 centímetros.
A ideia do ensaio surgiu quando o efeito do tempo sobre as coisas e sobre os seres passou a ser um questionamento constante. “A passagem do tempo, seu fluxo, o desgaste das coisas ao longo do tempo, isso tudo sempre me interessou bastante. E essa coisa da morte vem muito mais de sua ligação com o tempo do que com o aspecto de tragedia”, explica o fotógrafo que capturou as imagens num espaço de pouco mais de dois anos nas cidades de Fortaleza, Canindé e Juazeiro do Norte.
De acordo com o artista, apesar da morbidez proposta, à princípio, pelo tema o ensaio pretende ser uma celebração da vida. Quase como a expressão também de origem latina Carpe Diem (aproveite o dia), uma outra expressão em latim, Memento Mori “é um lembrete de que o tempo é irrefreável, uma constante, quase que uma dádiva que deve ser aproveitada enquanto apresenta-se disponível. O aspecto trágico da morte é relevado, e não é explícito nas imagens em momento algum. Mais do que um sombrio lembrete do que nos espera, Memento Mori é um exercício de humildade e respeito para com a existência”, enfatiza o fotógrafo Fernando Jorge.
SERVIÇO:
Exposição Fotográfica Memento Mori
Local: Centro Cultural Oboé - anexo Praia de Iracema (Rua Almirante Barroso, 734)
Horário: 9h às 18h no período de 8 de maio à 8 de junho (segunda à sexta)
SOBRE O FOTÓGRAFO FERNANDO JORGE SILVA
Fernando Jorge Silva, 28, é fotógrafo e professor de fotografia. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará, com especialização em Teorias da Comunicação e da Imagem, atualmente leciona na Casa Amarela Eusélio Oliveira e nas Faculdades Cearenses. Já expôs em mostras coletivas, como o deVERcidade 2007 e a XIV Unifor Plástica. Sua produção fotográfica é de aspecto autoral e documental, buscando expressar sua criação artística através de imagens fotográficas feitas a partir de assuntos e situações cotidianas.
Exposição 100 x France na Unifor
A mostra reúne fotografias francesas antigas e contemporâneas e pode ser visitada no Espaço Cultural Unifor Anexo a partir de 8 de maio
Como parte das comemorações do ano da França no Brasil, evento que tem como objetivo aprofundar o diálogo entre Brasil e França, a Unifor, em parceria com a Aliança Francesa, traz a Fortaleza a exposição 100 x France. A mostra fotográfica conta a história da fotografia francesa das origens até os dias atuais.
As reproduções apresentadas foram escolhidas dentre milhares de cópias conservadas na Biblioteca Nacional da França, no Museu d'Orsay e no Centro Pompidou em Paris, três das mais ricas coleções públicas existentes no mundo.
Serão 100 fotos de fotógrafos como: Nicéphore niépce, Louis-Adolphe Humbert de Molard, Gustav Le Gray, Charles Nègre, Eugène Cuvelier, os irmãos Bisson, Fèlix Nadar e Eugène Atget; fotógrafos menos conhecidos como Édouard Baldus, Charles Marville e Auguste Collard, além de amadores anônimos. Trata-se de uma exposição itinerante que percorrerá todo o Brasil, sendo Fortaleza a primeira capital a recebê-la.
Serviço:
Exposição 100 x France
Abertura: 7 de maio, quinta-feira, às 20h
Visitação: De 8 de maio a 14 de junho
Local: Espaço Cultural Anexo
Entrada gratuita
Informações: 3477 3239
Mostra de Nelson Leirner propõe viagem bem-humorada ao mundo do casamento e da sociedade de consumo
Um grande tapete vermelho dá o tom da celebração de “Vestidas de Branco”, a exposição de Nelson Leirner no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Térreo – Centro – fone: (85) 3464.3108) que terá o casamento como tema, a partir de amanhã (quinta-feira, 7), às 19 horas.
Gratuita ao público, a mostra individual de Nelson Leirner ficará em cartaz até o próximo dia 4 de julho (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; domingo, de 10h às 18h). Antes da abertura da exposição, às 18h30 desta quinta-feira, 7, Nelson Leirner terá um encontro com o público e artistas visuais cearenses, no auditório do CCBNB-Fortaleza (3º andar). A exposição tem curadoria de Moacir dos Anjos.
Um dos mais expressivos vanguardistas dos anos 1960
A criação é de Nelson Leirner, artista considerado um dos mais expressivos representantes do espírito vanguardista dos anos 1960, no Brasil e no mundo, e cujas realizações têm como foco a popularização da arte, a participação e identificação do público. Suas obras, emblemáticas e instigantes, criam um elo imediato de identificação com as pessoas, através dos elementos que ele utiliza, sempre familiares ao cotidiano do povo.
Em “Vestidas de Branco”, Nelson Leirner propõe uma viagem pelo mundo do casamento, da cerimônia à maternidade; da festa à lua de mel, do erotismo dos casais ao inevitável mundo do consumo. Com muito humor e irreverência, características inerentes ao artista.
A idéia de fazer uma exposição sobre o tema surgiu quando Leirner visitou o Museu Vale, em Vila Velha no Espírito Santo, e ficou impressionado com a quantidade de noivos e noivas que vão ao local diariamente para fazer as fotos do álbum de casamento. Com as roupas da cerimônia, muitas vezes acompanhados dos pais e damas de honra, eles escolhem os mais bonitos ângulos dos jardins daquele Museu.
“Parto muito da observação para realizar o meu trabalho. E a imagem dos noivos fotografados nas mais diversas poses não saiu mais da minha cabeça. Então, decidi: é isso! Está dado o tema da exposição”, conta o artista. “Vestidas de Branco” tem curadoria de Moacir dos Anjos e produção da Imago Escritório de Arte.
A mostra
Um enorme tapete vermelho na área central do espaço leva aos noivos; nas laterais, os convidados: imagens de santos, soldados, divindades afro-brasileiras, bonecos infantis e réplicas de animais, criações do artista já reverenciadas nas obras A Grande Parada (1998), O Grande Desfile (1984), O Grande Combate (1985) e O Grande Enterro (1986). No final da extensão do tapete, os noivos.
A caráter, e com caras de macaco!, outra marca registrada nos trabalhos de Leirner desde os anos 1970. “O macaco é único. É o animal que mais se assemelha ao homem e com o qual o homem tem grande identificação”, diz o artista ao lembrar de sua recente participação na Arco, em Madri, quando os seus macacos fizeram enorme sucesso.
A festa começa com o bolo, de seis andares, Padre Cícero ao alto, e uma série de bonecos do folclore brasileiro, personagens místicos e folclóricos que Nelson Leirner costuma utilizar em seus trabalhos. A música será representada por estantes de partituras e máscaras de macacas.
A “cena” seguinte é a Lua de Mel, com dois ambientes: praia e campo. No primeiro, barracas e cadeiras de praia. Na “cena” do Campo haverá um bosque de grama artificial, com 32 peças de base fina e fotos ovaladas de grama.
O erotismo dois noivos será lembrado com as imagens de três noivas: uma cercada de objetos de petshop, com apelo fálico; outra cercada de macacos; e a terceira, com flores artificiais de madeira também com aspecto fálico.
A penúltima instalação remete à Maternidade. Doze berços, com 12 macaquinhos de pelúcia, representarão a concepção. Por fim, o consumismo, com a instalação Bagalot, uma estrutura que ocupará a parede do fundo da sala com 500 bolsas coloridas penduradas.
“Vestidas de branco”, por Nelson Leirner
“ ... A idéia é representar o casamento, fazendo uma passagem do presente para o futuro, e deste para o passado. Será uma exposição espelhada, sem espelho. Ou seja, com a possibilidade de percorrê-la na ida, dentro estilo cronológico do casamento, da cerimônia à maternidade e ao consumo; e na volta, depois de experimentar as várias etapas e poder viver novamente o passado, o momento onde tudo começou”.
O artista
Nelson Leirner possui uma obra marcadamente política, na qual os traços de humor e corrosão crítica caminham juntos. Sua produção abrange diversas linguagens e suportes, entre eles objeto, happening, instalação, outdoor, desenho, gravura, design e cinema experimental.
Em todos os meios, afirma sua posição crítica e irônica ao sistema da arte abrindo brechas ao entendimento do público não-iniciado, através da utilização de materiais familiares ao povo, como imagens de santos e entidades do candomblé, soldadinhos, pequenos brinquedos, animais e adesivos autocolantes.
Nascido em São Paulo, em 16 de janeiro de 1932, Nelson Leirner, 77 anos, é considerado um artista polêmico, irreverente, contestador. Ele busca atingir as ruas de forma a criar indagações nas pessoas, e utiliza várias estratégias estéticas e/ou comportamentais de forma experimental, mesmo que isso cause certo estranhamento. O artista se recusou a participar das Bienais de 1969 e 1971 durante o período da ditadura.
Em 1974, criticou o regime militar através da série A rebelião dos Animais. Leirner iniciou a carreira na década de 1950 e, desde então, participou de mais de uma centena de coletivas, além de realizar individuais no Brasil e em várias partes do mundo e de atuar como professor em cursos de arte por mais de duas décadas.
Leirner fala sobre essa identificação: “o público em geral, independentemente do grau de instrução, se identifica muito com o meu trabalho, com os elementos que eu uso, mesmo não conseguindo conceituá-lo (porque a arte é elitista, carrega um conceito, o artista carrega um pensamento). O fato e que há uma identificação em si mesma, uma atração imediata. Não que eu faça uma arte para grandes públicos, mas o grande público se identifica com os elementos que uso, e as pessoas se encantam por reconhecerem na arte objetos muito familiares, como Iemanjá, São Sebastião, Saci etc. O meu maior fã clube são as crianças. Quando eu faço os stickers eles conhecem, eles identificam todos os elementos que vêem nos programas de televisão, nas revistas, nas histórias em quadrinhos”.
SERVIÇO:
Exposição “Vestidas de Branco”, mostra individual de Nelson Leirner, com curadoria de Moacir dos Anjos. Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Térreo – Centro – fone: (85) 3464.3108). Abertura nesta quinta-feira, 7, às 19 horas. Antes, Nelson Leirner participará de um encontro com artistas visuais cearenses, aberto ao público, no auditório do CCBNB-Fortaleza (3º andar), às 18h30. A exposição ficará em cartaz até 4 de julho de 2009, de terça-feira a sábado, de 10h às 20h, e domingo, de 10h às 18h. Grátis.
Mestre do expressionismo
Obras de Iberê Camargo estarão no Espaço Cultural Unifor sob novo olhar
Fortaleza volta a receber uma exposição do pintor Iberê Camargo (1914-1994). A mostra Iberê Camargo: uma Experiência da Pintura foi concebida especialmente para o Espaço Cultural Unifor, da Universidade de Fortaleza, por meio de uma parceria entre a Fundação Edson Queiroz e a Fundação Iberê Camargo. São 67 obras do pintor nascido no Rio Grande do Sul, entre pinturas, desenhos, guaches e gravuras. Com abertura marcada para hoje, 30 de abril, às 20h, a exibição permanece em cartaz até 2 de agosto. Esta não é a primeira vez que a Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, expõe trabalhos do mestre do expressionismo. Em 1994, a instituição apresentou uma mostra de desenhos e gravuras do artista.
A curadora Virginia Aita – pesquisadora em estética, doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com cursos de Arte e Teoria pelo Barnard College da Universidade de Columbia, em Nova York – imprime um olhar inédito sobre o conjunto da obra de Iberê. Ao tomar da fenomenologia o conceito de “experiência”, Virginia quer na verdade destacar a maneira visceral como Iberê experienciou a arte. No ateliê, o pintor inquieto reeditava na tela sua tumultuada busca existencial. Atirava-se a um fazer e refazer obsessivo.
O público é convidado a testemunhar, em cada quadro, essa luta que ele empreendia à procura de uma verdade da pintura. Para isso, estão reunidas obras de importância ímpar na trajetória do pintor.
O visitante passeará por dois blocos principais, onde estão distribuídas 18 pinturas em tela, três pinturas sobre papel, 13 gravuras e 24 desenhos e guaches, do acervo da Fundação Iberê Camargo, além de nove obras do acervo da Fundação Edson Queiroz e do acervo particular. A primeira parte abrange das naturezas mortas às séries de carretéis, que, com o tempo, tornaram-se progressivamente abstratos.
A segunda parte foca na última fase de Iberê, marcada pela melancolia e por uma reflexão sobre o vazio existencial e a finitude. Informações: (85)3477-3319
Segue em cartaz a mostra "Retratos de um mundo às avessas"
A mostra apresenta a última série de trabalhos de Carlito - uma coleção de auto-retratos e retratos pintados sob o sentimento da solidão e do desamparo. Apropriando-se de velhos materiais “inúteis”, como porta de geladeira, pára-brisa de automóveis, tampa de fogão e pedaços de aglomerado de madeira sucateados – o artista recicla os suportes de sua arte “indomável” . Em cartaz até 24 de maio.
Serviço:
Exposição Retratos de um mundo às avessa no Sobrado Dr. José Lourenço (Rua Major Facundo, 154 – Centro). Informações: 85-3101.8826/ 8827. Visitação aberta ao público de terça-feira a sexta-feira das 9h às 19h; Sábados das 10h às 19h e domingos das 10 às 14h. Entrada gratuita.
Mostra da fotógrafa italiana Francesca Nocivelli é uma das atrações do seminário Comida Ceará
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura apresenta a exposição fotográfica e o livro “Maravilha”, da fotógrafa italiana Francesca Nocivelli, com abertura da mostra e lançamento da publicação dia 13 de maio, na Sala Multiuso. O trabalho é uma amostra dos pratos, comidas típicas e lugares onde são estocados os alimentos das pessoas da comunidade Maravilha, situada no Bairro de Fátima, em Fortaleza. As imagens foram registradas entre 2005 e 2007. A iniciativa do evento é do Memorial da Cultura Cearense, por ocasião do Projeto Comida Ceará, pesquisa etnográfica que analisa sistemas alimentares de todo o Ceará. O Projeto inicia suas ações neste mês através de seminário dias 12 e 13. Tanto o seminário quanto a exposição e o livro de Francesca revelam o comer sendo um ritual do que se consome e do que é oferecido.
A ideia de fotografar “a comida e o cotidiano” surgiu em 2002, quando Francesca ouviu falar no Programa Fome Zero: “O Lula estava sendo eleito, todo mundo falava no Fome Zero. Pensei em fazer um trabalho que registrasse a alimentação das pessoas numa comunidade”, afirma a fotógrafa. De início a ideia era de um trabalho que desse conta da renda familiar em cada casa, a quantidade de moradores etc. Mas as respostas obtidas nas entrevistas estavam cada vez mais distantes da realidade, sobretudo porque os personagens não tinham renda fixa. Então, Francesca resolveu fazer diferente. Trabalharia com o que lhe era oferecido à primeira vista: comida, prato e gente comendo. “O povo cearense é muito hospitaleiro. Quando se chega numa casa, logo te oferecem café ou água. Em Maravilha, as pessoas podiam até não ter geladeira, mas as que tinham faziam questão de dar água gelada”, conclui a fotógrafa.
Em 2007, o ensaio foi premiado na Edição Photo-Service (Rencontres Internationaux de la Photographie, Arles, França) e ganhou o FestPhotoPoA (Brasil). Foi exposto na VII° Mostra Albacete Documental (Espanha), no V° Congresso Internacional “Cultura y Desarrollo” (Cuba) e na Farmani Gallery (Los Angeles-USA).
Serviço: Abertura da exposição fotográfica e lançamento do livro “Maravilha”, de Francesca Nocivelli, dia 13 de maio de 2009, às 19h, na Sala Multiuso do Centro Dragão do Mar. Acesso livre. A exposição permanece de terça à quinta, de 9h às 19h (acesso até 18h30) e de sexta a domingo, de 14h às 21h (acesso até 20h30). Outras informações: 85.3488.8600
Em cartaz no Museu de Arte Contemporânea
Ressonância da Cor (Até 14 de junho)
Curadoria: José Guedes
Mostra de vídeos e instalações onde a cor talvez não seja o assunto principal das obras, mas é elemento indissociável de todos eles: pelo evidente caráter pictorial; pela ausência, num filme em preto e branco ou desbotado pela precariedade técnica potencializante; pela cor-luz estourada dos trópicos; ou pela poética simbólica.
Artistas participantes:
Marianita Luzatti
Maurício Coutinho
Jonathan Harker
Rosana Ricalde
Carlinhos Morais
Thomie Otake
Szusza Dardai
Vidal Jr.
Donna Conlon
Sergio Vega
Karim Aïnouz e Marcelo Gomes
Victor de Castro
Jussara Correia
Marina de Botas
Pianíssimo (De 08 de maio a 07 de junho)
Curadoria: José Guedes
As artes visuais representadas pela sutileza na coleção do MAC. O acervo do MAC foi cuidadosamente pesquisado e revelou obras delicadas, sutis. São desenhos, vídeos e gravuras que denunciam o silêncio em seus aspectos. A referência ao título "Pianíssimo", intensidade musical de tom muito baixo, quase inaudível, foi proposta pela melodia íntima e suave das obras.
Artistas participantes
Alex Cabral
Evandro Carlos Jardim
Camila Rodrigues
Nicolas Robbio
Gabriela Machado
Tony Camargo
Leya Mira Brander
Paulo Camilo Pena
Iran do Espírito Santo
Valdirley Dias Nunes
Sérvulo Esmeraldo
Marcelo Gandhi
Efrain Almeida
Luís Rodolfo Annes
Débora Santiago
Herbert Rolim
Cristiano Mascaro
Lina Kim
Rosana Monnerat
Mauro Restife
Diogénges Chaves
Laura Vinci
Albano Alfonso
Fábio Miguez
Leonardo Videla
Maurício Coutinho
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Mostra em cartaz no Museu de Arte Contemporânea, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, de terça a quinta, das 9h às 19h (acesso até 18h30), e de sexta a domingo, das 14h às 21h (acesso até 20h30). Ingressos: R$ 2,00 / 1,00. Outras informações: 85.3488.8622 / 8624.
Exposição Fotográfica retrata aspectos da finitude
Apreciadores da fotografia e o público em geral poderão conferir a Exposição Fotográfica Memento Mori do fotógrafo cearense Fernando Silva, a partir do dia 08 de maio, às 19h30, no Centro Cultural Oboé - anexo Praia de Iracema (Rua Almirante Barroso, 734). A Exposição permanece durante o período de 08 de maio a 08 de junho, no horário das 9h às 18h, de segunda à sexta-feira.
Memento Mori é uma expressão em latim que significa lembrem-se de que somos mortais, ou, ainda, lembrem-se de que todos morremos. A proposta artística do ensaio é tratar do fluxo do tempo, de questões sobre nossa relação com a morte e de como esse fenômeno que encerra nossa existência biológica é experimentado em nossa cultura. Ao todo são 40 imagens em preto e branco, todas ampliadas em papel fotográfico de tamanho 30x40 centímetros.
A ideia do ensaio surgiu quando o efeito do tempo sobre as coisas e sobre os seres passou a ser um questionamento constante. “A passagem do tempo, seu fluxo, o desgaste das coisas ao longo do tempo, isso tudo sempre me interessou bastante. E essa coisa da morte vem muito mais de sua ligação com o tempo do que com o aspecto de tragedia”, explica o fotógrafo que capturou as imagens num espaço de pouco mais de dois anos nas cidades de Fortaleza, Canindé e Juazeiro do Norte.
De acordo com o artista, apesar da morbidez proposta, à princípio, pelo tema o ensaio pretende ser uma celebração da vida. Quase como a expressão também de origem latina Carpe Diem (aproveite o dia), uma outra expressão em latim, Memento Mori “é um lembrete de que o tempo é irrefreável, uma constante, quase que uma dádiva que deve ser aproveitada enquanto apresenta-se disponível. O aspecto trágico da morte é relevado, e não é explícito nas imagens em momento algum. Mais do que um sombrio lembrete do que nos espera, Memento Mori é um exercício de humildade e respeito para com a existência”, enfatiza o fotógrafo Fernando Jorge.
SERVIÇO:
Exposição Fotográfica Memento Mori
Local: Centro Cultural Oboé - anexo Praia de Iracema (Rua Almirante Barroso, 734)
Horário: 9h às 18h no período de 8 de maio à 8 de junho (segunda à sexta)
SOBRE O FOTÓGRAFO FERNANDO JORGE SILVA
Fernando Jorge Silva, 28, é fotógrafo e professor de fotografia. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará, com especialização em Teorias da Comunicação e da Imagem, atualmente leciona na Casa Amarela Eusélio Oliveira e nas Faculdades Cearenses. Já expôs em mostras coletivas, como o deVERcidade 2007 e a XIV Unifor Plástica. Sua produção fotográfica é de aspecto autoral e documental, buscando expressar sua criação artística através de imagens fotográficas feitas a partir de assuntos e situações cotidianas.
Exposição 100 x France na Unifor
A mostra reúne fotografias francesas antigas e contemporâneas e pode ser visitada no Espaço Cultural Unifor Anexo a partir de 8 de maio
Como parte das comemorações do ano da França no Brasil, evento que tem como objetivo aprofundar o diálogo entre Brasil e França, a Unifor, em parceria com a Aliança Francesa, traz a Fortaleza a exposição 100 x France. A mostra fotográfica conta a história da fotografia francesa das origens até os dias atuais.
As reproduções apresentadas foram escolhidas dentre milhares de cópias conservadas na Biblioteca Nacional da França, no Museu d'Orsay e no Centro Pompidou em Paris, três das mais ricas coleções públicas existentes no mundo.
Serão 100 fotos de fotógrafos como: Nicéphore niépce, Louis-Adolphe Humbert de Molard, Gustav Le Gray, Charles Nègre, Eugène Cuvelier, os irmãos Bisson, Fèlix Nadar e Eugène Atget; fotógrafos menos conhecidos como Édouard Baldus, Charles Marville e Auguste Collard, além de amadores anônimos. Trata-se de uma exposição itinerante que percorrerá todo o Brasil, sendo Fortaleza a primeira capital a recebê-la.
Serviço:
Exposição 100 x France
Abertura: 7 de maio, quinta-feira, às 20h
Visitação: De 8 de maio a 14 de junho
Local: Espaço Cultural Anexo
Entrada gratuita
Informações: 3477 3239
Mostra de Nelson Leirner propõe viagem bem-humorada ao mundo do casamento e da sociedade de consumo
Um grande tapete vermelho dá o tom da celebração de “Vestidas de Branco”, a exposição de Nelson Leirner no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Térreo – Centro – fone: (85) 3464.3108) que terá o casamento como tema, a partir de amanhã (quinta-feira, 7), às 19 horas.
Gratuita ao público, a mostra individual de Nelson Leirner ficará em cartaz até o próximo dia 4 de julho (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; domingo, de 10h às 18h). Antes da abertura da exposição, às 18h30 desta quinta-feira, 7, Nelson Leirner terá um encontro com o público e artistas visuais cearenses, no auditório do CCBNB-Fortaleza (3º andar). A exposição tem curadoria de Moacir dos Anjos.
Um dos mais expressivos vanguardistas dos anos 1960
A criação é de Nelson Leirner, artista considerado um dos mais expressivos representantes do espírito vanguardista dos anos 1960, no Brasil e no mundo, e cujas realizações têm como foco a popularização da arte, a participação e identificação do público. Suas obras, emblemáticas e instigantes, criam um elo imediato de identificação com as pessoas, através dos elementos que ele utiliza, sempre familiares ao cotidiano do povo.
Em “Vestidas de Branco”, Nelson Leirner propõe uma viagem pelo mundo do casamento, da cerimônia à maternidade; da festa à lua de mel, do erotismo dos casais ao inevitável mundo do consumo. Com muito humor e irreverência, características inerentes ao artista.
A idéia de fazer uma exposição sobre o tema surgiu quando Leirner visitou o Museu Vale, em Vila Velha no Espírito Santo, e ficou impressionado com a quantidade de noivos e noivas que vão ao local diariamente para fazer as fotos do álbum de casamento. Com as roupas da cerimônia, muitas vezes acompanhados dos pais e damas de honra, eles escolhem os mais bonitos ângulos dos jardins daquele Museu.
“Parto muito da observação para realizar o meu trabalho. E a imagem dos noivos fotografados nas mais diversas poses não saiu mais da minha cabeça. Então, decidi: é isso! Está dado o tema da exposição”, conta o artista. “Vestidas de Branco” tem curadoria de Moacir dos Anjos e produção da Imago Escritório de Arte.
A mostra
Um enorme tapete vermelho na área central do espaço leva aos noivos; nas laterais, os convidados: imagens de santos, soldados, divindades afro-brasileiras, bonecos infantis e réplicas de animais, criações do artista já reverenciadas nas obras A Grande Parada (1998), O Grande Desfile (1984), O Grande Combate (1985) e O Grande Enterro (1986). No final da extensão do tapete, os noivos.
A caráter, e com caras de macaco!, outra marca registrada nos trabalhos de Leirner desde os anos 1970. “O macaco é único. É o animal que mais se assemelha ao homem e com o qual o homem tem grande identificação”, diz o artista ao lembrar de sua recente participação na Arco, em Madri, quando os seus macacos fizeram enorme sucesso.
A festa começa com o bolo, de seis andares, Padre Cícero ao alto, e uma série de bonecos do folclore brasileiro, personagens místicos e folclóricos que Nelson Leirner costuma utilizar em seus trabalhos. A música será representada por estantes de partituras e máscaras de macacas.
A “cena” seguinte é a Lua de Mel, com dois ambientes: praia e campo. No primeiro, barracas e cadeiras de praia. Na “cena” do Campo haverá um bosque de grama artificial, com 32 peças de base fina e fotos ovaladas de grama.
O erotismo dois noivos será lembrado com as imagens de três noivas: uma cercada de objetos de petshop, com apelo fálico; outra cercada de macacos; e a terceira, com flores artificiais de madeira também com aspecto fálico.
A penúltima instalação remete à Maternidade. Doze berços, com 12 macaquinhos de pelúcia, representarão a concepção. Por fim, o consumismo, com a instalação Bagalot, uma estrutura que ocupará a parede do fundo da sala com 500 bolsas coloridas penduradas.
“Vestidas de branco”, por Nelson Leirner
“ ... A idéia é representar o casamento, fazendo uma passagem do presente para o futuro, e deste para o passado. Será uma exposição espelhada, sem espelho. Ou seja, com a possibilidade de percorrê-la na ida, dentro estilo cronológico do casamento, da cerimônia à maternidade e ao consumo; e na volta, depois de experimentar as várias etapas e poder viver novamente o passado, o momento onde tudo começou”.
O artista
Nelson Leirner possui uma obra marcadamente política, na qual os traços de humor e corrosão crítica caminham juntos. Sua produção abrange diversas linguagens e suportes, entre eles objeto, happening, instalação, outdoor, desenho, gravura, design e cinema experimental.
Em todos os meios, afirma sua posição crítica e irônica ao sistema da arte abrindo brechas ao entendimento do público não-iniciado, através da utilização de materiais familiares ao povo, como imagens de santos e entidades do candomblé, soldadinhos, pequenos brinquedos, animais e adesivos autocolantes.
Nascido em São Paulo, em 16 de janeiro de 1932, Nelson Leirner, 77 anos, é considerado um artista polêmico, irreverente, contestador. Ele busca atingir as ruas de forma a criar indagações nas pessoas, e utiliza várias estratégias estéticas e/ou comportamentais de forma experimental, mesmo que isso cause certo estranhamento. O artista se recusou a participar das Bienais de 1969 e 1971 durante o período da ditadura.
Em 1974, criticou o regime militar através da série A rebelião dos Animais. Leirner iniciou a carreira na década de 1950 e, desde então, participou de mais de uma centena de coletivas, além de realizar individuais no Brasil e em várias partes do mundo e de atuar como professor em cursos de arte por mais de duas décadas.
Leirner fala sobre essa identificação: “o público em geral, independentemente do grau de instrução, se identifica muito com o meu trabalho, com os elementos que eu uso, mesmo não conseguindo conceituá-lo (porque a arte é elitista, carrega um conceito, o artista carrega um pensamento). O fato e que há uma identificação em si mesma, uma atração imediata. Não que eu faça uma arte para grandes públicos, mas o grande público se identifica com os elementos que uso, e as pessoas se encantam por reconhecerem na arte objetos muito familiares, como Iemanjá, São Sebastião, Saci etc. O meu maior fã clube são as crianças. Quando eu faço os stickers eles conhecem, eles identificam todos os elementos que vêem nos programas de televisão, nas revistas, nas histórias em quadrinhos”.
SERVIÇO:
Exposição “Vestidas de Branco”, mostra individual de Nelson Leirner, com curadoria de Moacir dos Anjos. Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Térreo – Centro – fone: (85) 3464.3108). Abertura nesta quinta-feira, 7, às 19 horas. Antes, Nelson Leirner participará de um encontro com artistas visuais cearenses, aberto ao público, no auditório do CCBNB-Fortaleza (3º andar), às 18h30. A exposição ficará em cartaz até 4 de julho de 2009, de terça-feira a sábado, de 10h às 20h, e domingo, de 10h às 18h. Grátis.
Mestre do expressionismo
Obras de Iberê Camargo estarão no Espaço Cultural Unifor sob novo olhar
Fortaleza volta a receber uma exposição do pintor Iberê Camargo (1914-1994). A mostra Iberê Camargo: uma Experiência da Pintura foi concebida especialmente para o Espaço Cultural Unifor, da Universidade de Fortaleza, por meio de uma parceria entre a Fundação Edson Queiroz e a Fundação Iberê Camargo. São 67 obras do pintor nascido no Rio Grande do Sul, entre pinturas, desenhos, guaches e gravuras. Com abertura marcada para hoje, 30 de abril, às 20h, a exibição permanece em cartaz até 2 de agosto. Esta não é a primeira vez que a Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, expõe trabalhos do mestre do expressionismo. Em 1994, a instituição apresentou uma mostra de desenhos e gravuras do artista.
A curadora Virginia Aita – pesquisadora em estética, doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com cursos de Arte e Teoria pelo Barnard College da Universidade de Columbia, em Nova York – imprime um olhar inédito sobre o conjunto da obra de Iberê. Ao tomar da fenomenologia o conceito de “experiência”, Virginia quer na verdade destacar a maneira visceral como Iberê experienciou a arte. No ateliê, o pintor inquieto reeditava na tela sua tumultuada busca existencial. Atirava-se a um fazer e refazer obsessivo.
O público é convidado a testemunhar, em cada quadro, essa luta que ele empreendia à procura de uma verdade da pintura. Para isso, estão reunidas obras de importância ímpar na trajetória do pintor.
O visitante passeará por dois blocos principais, onde estão distribuídas 18 pinturas em tela, três pinturas sobre papel, 13 gravuras e 24 desenhos e guaches, do acervo da Fundação Iberê Camargo, além de nove obras do acervo da Fundação Edson Queiroz e do acervo particular. A primeira parte abrange das naturezas mortas às séries de carretéis, que, com o tempo, tornaram-se progressivamente abstratos.
A segunda parte foca na última fase de Iberê, marcada pela melancolia e por uma reflexão sobre o vazio existencial e a finitude. Informações: (85)3477-3319
Segue em cartaz a mostra "Retratos de um mundo às avessas"
A mostra apresenta a última série de trabalhos de Carlito - uma coleção de auto-retratos e retratos pintados sob o sentimento da solidão e do desamparo. Apropriando-se de velhos materiais “inúteis”, como porta de geladeira, pára-brisa de automóveis, tampa de fogão e pedaços de aglomerado de madeira sucateados – o artista recicla os suportes de sua arte “indomável” . Em cartaz até 24 de maio.
Serviço:
Exposição Retratos de um mundo às avessa no Sobrado Dr. José Lourenço (Rua Major Facundo, 154 – Centro). Informações: 85-3101.8826/ 8827. Visitação aberta ao público de terça-feira a sexta-feira das 9h às 19h; Sábados das 10h às 19h e domingos das 10 às 14h. Entrada gratuita.
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